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Bula do Mucolab

– Indicado também na tosse alérgica.
Mucolítico e fluidificante das secreções, nas afecções agudas ou crônicas do trato respiratório onde a secreção viscosa e/ou abundante de muco seja fator agravante.

Contraindicação do Mucolab

– Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
– Pacientes com hipertensão arterial grave, coronariopatia grave, glaucoma, hipertiroidismo, diabetes mellitus, hipertrofia prostática e insuficiência cardíaca.
– Durante Gravidez e Lactação.
Pacientes alérgicos à carbocisteína ou a outros componentes da formulação.
Úlcera péptica ativa.
Precauções
Usar com cautela em pacientes com história de úlcera gástrica ou duodenal, asma brônquica, insuficiência respiratória. O xarope contém açúcar, devendo ser utilizado com cuidado em diabéticos. Gravidez. Lactação. Menores de 2 anos.

Como usar o Mucolab

Adultos: 250mg a 750mg VO, 3 vezes ao dia.

Crianças entre 6 e 12 anos de idade: 250mg VO, 3 vezes ao dia.

Crianças entre 2 e 5 anos de idade: 62,5mg a 125mg VO, 3 vezes ao dia.

Precauções do Mucolab

Deve-se ter cautela em paciente com antecedentes de úlcera gástrica ou duodenal.

Deve-se ter cuidado no uso em pacientes com asma brônquica e insuficiência respiratória.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Pacientes idosos

Não existem restrições ou precauções especiais com relação ao uso do produto.

Gravidez e Lactação

O efeito de Carbocisteína (substância ativa) na fertilidade humana não é conhecido e não há estudos adequados e bem controlados em gestantes. Não se sabe se a Carbocisteína (substância ativa) é excretada no leite humano.

Categoria B de Risco na Gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mucolitic® e Carbocisteína EMS S/A.

Reações Adversas do Mucolab

Podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso do produto:

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Distúrbios gastrintestinais, como: náuseas, diarréia e desconforto gástrico.

Reação incomum (gt; 1/1.000 e lt; 1/100)

Insônia, cefaléia, tontura e erupções cutâneas.

Reações de freqüência desconhecida

Sangramento gastrintestinal, palpitações, hipoglicemia leve.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mucolitic® e Carbocisteína EMS S/A.

Interação Medicamentosa do Mucolab

Durante o tratamento com Carbocisteína (substância ativa), não devem ser usados medicamentos que inibem a tosse como os antitussígenos e/ou medicamentos atropínicos (como por exemplo, atropina).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mucolitic® e Carbocisteína EMS S/A.

Ação da Substância Mucolab

Resultados de Eficácia


As doenças obstrutivas das vias respiratórias, como a bronquite crônica, a fibrose cística e o enfisema, embora apresentem grandes diferenças etiológicas e epidemiológicas, possuem uma importante característica em comum, que é o aumento da secreção brônquica, em algum estágio da doença. Esta secreção, devido às suas propriedades bioquímicas e físicas alteradas, não é eliminada pelos mecanismos mucociliares e pela tosse, determinando a necessidade de uma remoção terapêutica1.

Vários estudos clínicos comprovaram a eficácia da Carbocisteína (substância ativa) nas doenças obstrutivas crônicas das vias respiratórias, levando a alterações reológicas da secreção e o aumento da expectoração, indicando uma melhora primária da função mucociliar2.

Estudo duplo-cego comparou o uso da Carbocisteína (substância ativa) com placebo e com um esquema de nebulização com água em 82 pacientes com bronquite crônica. No grupo que utilizou a Carbocisteína (substância ativa), verificou-se uma melhora consistente na viscosidade da secreção e da expectoração, com um aumento de 30% no volume expectorado após 8 horas do tratamento (plt;0,02)3.

A eficácia terapêutica do uso de mucolíticos foi confirmada numa revisão de 23 estudos clínicos randomizados, que comparou a utilização de mucolíticos com placebo, em pacientes adultos com bronquite crônica estável e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Demonstrou-se que os mucolíticos reduzem de forma significativa o número e a duração das exacerbações, além de reduzirem a necessidade do uso de antibióticos4.

A Carbocisteína (substância ativa) também foi comparada com a bromexina em um estudo duplo-cego em 30 pacientes adultos com exacerbações de bronquite crônica e presença de secreção mucoide. Embora ambas as substâncias tenham levado a um aumento significativo do volume e da fluidez da secreção, os efeitos máximos foram observados já no terceiro dia de uso da Carbocisteína (substância ativa), e apenas no sétimo dia de uso da bromexina (plt;0,05). Houve também melhora nos parâmetros subjetivos (expectoração fácil, severidade da tosse e consistência da secreção). Porém, as respostas obtidas com o uso da Carbocisteína (substância ativa) foram observadas, no mínimo, quatro dias antes dos verificados com a bromexina. A Carbocisteína (substância ativa) determinou ainda uma melhora nos índices respiratórios, sendo também superiores aos obtidos com a bromexina5.

Em outro estudo duplo-cego, o efeito a longo-prazo da terapia oral com a Carbocisteína (substância ativa) foi comparado com placebo em 109 pacientes com bronquite crônica. Nos pacientes que utilizaram a Carbocisteína (substância ativa), observou-se um aumento significativo no fluxo expiratório máximo (15-20%), associado a melhora clínica importante(plt;0,05)6.

A eficácia da Carbocisteína (substância ativa) também foi avaliada no tratamento de otite média secretória em crianças. Uma metanálise envolvendo 430 crianças, com idades entre 3 e 12 anos observou que o uso da Carbocisteína (substância ativa) diminuiu a necessidade de intervenção cirúrgica (timpanostomia) em 2,31 vezes, quando comparada com crianças que receberam placebo (plt;0,01). Além disto, a Carbocisteína (substância ativa) reverteu as alterações dos timpanogramas para a normalidade7.

Estes resultados foram confirmados em outro estudo com 60 crianças, onde a utilização de Carbocisteína (substância ativa) reduziu de forma significativa a necessidade de inserção de tubos à timpanostomia (13%), em comparação com as crianças que não receberam mucolíticos (76,6%)8.

Em casos de crianças com otite média secretória, a taxa de sucesso clínico foi de 66% com o uso da Carbocisteína (substância ativa)9.

Além disto, estudos demonstraram que a Carbocisteína (substância ativa) tem o efeito de inibir a adesão da Moraxella catarrhalis, do Haemophilus influenzae e do Streptococcus pneumoniae às células epiteliais do aparelho respiratório, o que indica que a Carbocisteína (substância ativa) ajuda no tratamento das infecções respiratórias10, 11, 12.

Referências Bibliográficas

1.Brown DT. Carbocysteine. Drug Intell Clin Pharm 22:603-8, 1988.
2.Brown DT, 1988.
3.Edwards GF et al. S-carboxy-methyl-cysteine in the fluidification of sputum and treatment of chronic airway obstruction. Chest 70:506-13, 1976.
4.Poole PJ, Black PN. Oral mucolytic drugs for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: systematic review. BMJ 322(7297):1271-4, 2001.
5.Aylward M. A between-patient double blind comparison of S-carboxymethylcysteine and bromhexine in chronic obstructive bronchitis. Curr Med Res Opin 1:219-27, 1973.
6.Grillage M, Barnard-Jones K. Long-term oral carbocisteine therapy in patients with chronic branchitis. A double blind trial with placebo control. Br J Clin Pract 39:395-8, 1985.
7.Pignataro O et al. Otitis media with effusion and S-carboxymethylcysteine and/or its lysine salt: a critical overview. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 35(3):231-41, 1996.
8.Pollastrini L et al. Ruolo della S-carbossimetilcisteina nella terapia dellótite siero-mucosa in eta pediatrica. Ped Oggi 11(4):96-9, 1991.
9.Brkic F et al.Bronchobos in the therapy of chronic secretory otitis in children. Med Arh 53(2):89-91, 1999.
10.Zheng CH et al. The effects of S-carboxymethylcysteine and N-acetylcysteine on the aderence of Moraxella catarrhalis to human pharyngeal epithelial cells. Microbiol Immunol 43(2):107-13, 1999.
11.Ndour CT et al. Modulating effects of mucoregulating drugs on the attachment of Haemophilus influenzae. Microb Pathog 30(3):121-7, 2001.
12.Cakan G et al. S-carboxymethylcysteine inhibits the attachment of Streptococcus pneumoniae to human pharyngeal epithelial cells. Microb Pathog 34(6):261-5, 2003.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mucolitic® e Carbocisteína EMS S/A.

Características Farmacológicas


A Carbocisteína (substância ativa), cujo nome químico é S-(carboximetil)-1-cisteína, é um aminoácido dibásico, de peso molecular 179,2 e fórmula molecular C5H9NO4S.

Propriedades farmacodinâmicas

O exato mecanismo de ação da Carbocisteína (substância ativa) ainda não foi totalmente elucidado. No entanto, sua ação parece estar relacionada à regulação da viscosidade das secreções mucosas do trato respiratório. Estudos em animais e em humanos demonstram que a Carbocisteína (substância ativa) altera a síntese das glicoproteínas do muco, aumentando, proporcionalmente, a produção de sialoglicoproteínas, o que torna a secreção mais fluida, e assim melhora a depuração mucociliar, tornando a tosse mais efetiva. (Brown DT. Carbocysteine. Drug Intell Clin Pharm 22:603-8, 1988).

Propriedades farmacocinéticas

A Carbocisteína (substância ativa) é rapidamente absorvida após a administração oral. As concentrações séricas máximas são alcançadas entre 1 a 2 horas após a administração e, após uma dose de 1,5 g, os valores máximos foram de 13 a 16 mg/l. A meia-vida plasmática foi estimada em 1,5 a 2 horas, e o volume aparente de distribuição foi de aproximadamente 60 litros. A Carbocisteína (substância ativa) parece distribuir-se bem no tecido pulmonar e no muco respiratório, sugerindo ação local.

É metabolizada através de acetilação, descarboxilação e sulfoxidação. A produção do derivado descarboximetilado é muito pequena. A maior parte da droga é eliminada inalterada, por excreção urinária.

Dois terços dos indivíduos excretam um glicuronídeo, como metabólito menor. Não há relatos de atividade farmacológica importante destes metabólitos. (Brown DT. Carbocysteine. Drug Intell Clin Pharm 22:603-8, 1988).

A ação do Carbocisteína (substância ativa) inicia-se aproximadamente 1 a 2 horas após a ingestão.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mucolitic® e Carbocisteína EMS S/A.

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