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Bula do Mycamine

Adultos gt;16 anos de idade e idosos

Crianças e adolescentes lt; 16 anos de idade

Como o Mycamine funciona?


Mycamine interfere com a produção de um componente da parede da célula do fungo, inibindo ativamente o seu crescimento.

Contraindicação do Mycamine

Não use Mycamine se você for alérgico (hipersensível) à micafungina, a qualquer outro ingrediente de Mycamine ou a outras substâncias do grupo das equinocandinas.

Como usar o Mycamine

A preparação e aplicação do medicamento devem ser feitas exclusivamente por profissional de saúde com experiência e capacitação. Deve-se ter cuidado na reconstituição e diluição de Mycamine.

Mycamine deve ser diluído com Solução de Cloreto de Sódio 0,9%, ou Solução de Dextrose a 5%. Após a reconstituição com Solução de Cloreto de Sódio 0,9%, o pH resultante da solução estará entre 5-7.

Não misturar ou coinfundir Mycamine com outras medicações. Mycamine mostrou que se precipita quando misturado diretamente com várias outras medicações usadas comumente.

Posologia do Mycamine


Uso em adultos ? 16 anos de idade e idosos

Indicação

Peso corporal gt; 40 kg

Peso corporal ? 40 kg

Tratamento de candidíase invasiva

100 mg/dia

2 mg/kg/dia

Tratamento de candidíase esofágica

150 mg/dia

3 mg/kg/dia

Profilaxia de infecção por Candida

50 mg/dia

1 mg/kg/dia

Uso em crianças e adolescentes lt; 16 anos de idade

Indicação

Peso corporal gt; 40 kg

Peso corporal ? 40 kg

Tratamento de candidíase invasiva

100 mg/dia

2 mg/kg/dia

Profilaxia de infecção por Candida

50 mg/dia

1 mg/kg/dia

Uso em populações especiais

Nenhum ajuste de dose é necessário nos seguintes grupos de pacientes:

Pacientes com alteração da função dos rins, pacientes com insuficiência hepática, idosos.

Nenhum ajuste de dose de Mycamine é necessário com base em raça e sexo.

A duração do tratamento será estabelecida pelo médico, conforme situação clínica de cada paciente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Mycamine?


Este medicamento é de uso hospitalar. Seu médico é responsável pelo controle da frequência de administração.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Mycamine

Casos isolados de reações de hipersensibilidade como choque anafilático (reação anafilática e anafilactoide) grave (incluindo choque) foram relatados em pacientes recebendo Mycamine. Se essas reações ocorrerem, a infusão de Mycamine deve ser descontinuada e tratamento apropriado deve ser administrado.

Pacientes que desenvolverem evidência clínica ou laboratorial de rompimento dos glóbulos vermelhos presentes no sangue (hemólise) ou anemia causada devido à hemólise, a quebra anormal de hemácias nos vasos sanguíneos (anemia hemolítica), durante o tratamento com Mycamine devem ser monitorados de perto para evidência de piora dessas condições e avaliado o risco/benefício de continuar a terapia com Mycamine.

Anormalidades laboratoriais de testes de função do fígado foram vistas em voluntários sadios e pacientes tratados com Mycamine.

Pacientes que desenvolvam testes de função anormal do fígado durante a terapia com Mycamine devem ser monitorados para a evidência de piora da função do fígado e avaliado o risco/benefício de continuar a terapia com o medicamento. A função do fígado deve ser monitorizada durante o tratamento com Mycamine. Recomenda-se a descontinuação precoce no caso de uma subida significativa e persistente dos níveis de enzimas hepáticas chamadas AST e ALT.

Casos isolados de doença renal significativa ou diminuição importante da função dos rins foram relatados em pacientes que receberam Mycamine. Pacientes que desenvolvam exames de função renal anormais durante a terapia com Mycamine devem ser monitorados para a evidência de piora da função renal.

Mycamine deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.

Não se sabe se Mycamine é excretado no leite humano. Deve-se ter cuidado quando Mycamine for administrado a uma mulher amamentando.

Atenção:

Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Mycamine contém 200 mg de lactose (açúcar do leite). Caso você apresente intolerância a alguns açúcares, informe seu médico antes da administração desse medicamento.

Reações Adversas do Mycamine

Como todos os medicamentos, Mycamine pode causar efeitos colaterais, embora nem todas as pessoas os apresentem.

A segurança de Mycamine foi avaliada em estudos clínicos. Os pacientes que fazem parte desses estudos estão criticamente doentes, apresentam uma variedade de outras condições médicas e requerem muitos outros medicamentos.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Testes anormais no sangue (células brancas do sangue diminuídas [leucopenia, neutropenia]), células vermelhas no sangue diminuídas (anemia), potássio no sangue diminuído (hipopotassemia), magnésio no sangue diminuído (hipomagnesemia), cálcio no sangue diminuído (hipocalcemia), dor de cabeça, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, testes anormais de função do fígado (fosfatase alcalina aumentada, aspartato aminotransferase aumentado, alanina aminotransferase aumentada), aumento do pigmento biliar no sangue (hiperbilirrubinemia), erupção cutânea, febre, tremores.

Reação Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Testes anormais no sangue (células do sangue diminuídas [pancitopenia], plaquetas no sangue diminuídas [trombocitopenia]); aumento em um certo tipo de células brancas do sangue chamadas eosinófilos; albumina no sangue diminuída (hipoalbuminemia); alergia (reação anafilática / choque anafilactoide); hipersensibilidade; sudorese aumentada; diminuição do sódio no sangue (hiponatremia); aumento do potássio no sangue (hiperpotassemia); diminuição do fosfato no sangue (hipofosfatemia); anorexia (perda do apetite); insônia (dificuldade para dormir); ansiedade; confusão; sonolência; tremores; tontura; paladar alterado; frequência do coração aumentada; batida do coração mais forte; batida do coração irregular; pressão do sangue alta ou baixa; rubores na pele; encurtamento da respiração; indigestão; prisão de ventre (constipação); insuficiência do fígado; enzimas do fígado aumentadas (gama-glutamiltransferase); icterícia (amarelamento da pele ou do branco dos olhos causada por problemas no fígado); diminuição e liberação da bile que chega ao intestino (colestase); fígado aumentado; inflamação do fígado; erupção cutânea com coceira (urticária); coceira; vermelhidão na pele (eritema); testes anormais de função do rim (creatinina no sangue aumentada; ureia no sangue aumentada); agravamento da insuficiência do rim; aumento em uma enzima chamada lactato desidrogenase; coágulo na veia no local de injeção; inflamação no local da injeção; dor no local da injeção; acúmulo de fluido no seu corpo.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Anemia devido ao rompimento dos glóbulos vermelhos presentes no sangue (anemia hemolítica), rompimento dos glóbulos vermelhos presentes no sangue (hemólise).

Desconhecida (frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)

Choque; danos às células do fígado incluindo morte; problemas do rim, insuficiência aguda do rim; coagulação intravascular disseminada, vermelhidão na pele (eritema multiforme), reação alérgica grave que pode ser letal chamada síndrome de Stevens-Johnson, rara doença dermatológica conhecida como necrólise epidérmica tóxica.

As seguintes reações foram relatadas mais frequentemente em pacientes pediátricos do que em pacientes adultos:

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento

Diminuição de plaquetas no sangue (trombocitopenia); frequência cardíaca aumentada (taquicardia); pressão do sangue alta ou baixa; aumento do pigmento biliar no sangue (hiperbilirrubinemia); fígado aumentado; insuficiência aguda do rim; ureia no sangue aumentada.

Se qualquer desses efeitos colaterais se agravarem, ou se você notar qualquer outro efeito adverso não listado nessa bula, por favor, avise seu médico ou farmacêutico.

Atenção:

Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.

Composição do Mycamine

Ingrediente ativo

Micafungina sódica.

Excipientes:

lactose monoidratada, ácido cítrico e/ou hidróxido de sódio (usado para ajuste de pH).

Apresentação do Mycamine


Mycamine é um pó liófilo injetável, para infusão intravenosa, e está disponível em:

Mycamine 50 mg

Cartuchos contendo 01 frasco-ampola de uso único com tampa azul.

Mycamine 100 mg

Cartuchos contendo 01 frasco-ampola de uso único com tampa vermelha.

Somente para uso intravenoso.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Mycamine

Seu médico vai monitorar a resposta e sua condição para determinar qual a dose necessária de Mycamine.

Entretanto, se você está preocupado que você possa ter recebido muito Mycamine, fale para seu médio ou outro profissional de saúde imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Mycamine

Alterações de exames de laboratório, tais como elevações do nitrogênio ureico no sangue e creatinina.

Informe seu médico ou farmacêutico se você está tomando medicamentos contendo sirolimo, nifedipina ou itraconazol em combinação com Mycamine, de modo que ele possa monitorar a toxicidade do sirolimo, nifedipina ou itraconazol e reduzir a dose desses medicamentos, se necessário.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Mycamine

Resultados de Eficácia

Tratamento de Candidemia e Candidíase Invasiva

A micafungina (100 mg/dia ou 2 mg/kg/dia) foi tão eficaz quanto e melhor tolerada do que a anfotericina B lipossomal (3 mg/kg) como tratamento de primeira linha da candidemia e candidíase invasiva em um estudo randomizado, duplo-cego, multinacional de não-inferioridade. A micafungina e a anfotericina B lipossomal foram administradas durante um período mediano de 15 dias (intervalo, 4 a 42 dias em adultos; 12 a 42 dias em crianças).

A não-inferioridade foi provada em pacientes adultos, e foram demonstrados resultados similares para as subpopulações pediátricas (incluindo neonatos e bebês prematuros). Os achados de eficácia foram consistentes, independentemente da espécie de Candida causadora da infecção, do local primário da infecção e do estado de neutropenia (ver Tabela 1). A micafungina demonstrou uma menor diminuição média no pico da taxa de filtração glomerular estimada durante o tratamento (p lt; 0,001) e uma menor incidência de reações relacionadas com a infusão (p = 0,001) do que a anfotericina B lipossomal.

Tabela 1: Análise de Eficácia: Sucesso do Tratamento em Pacientes com Candidemia e outras Infecções por Candida no Estudo FG-463-21- 08

Taxa de micafungina menos a taxa de anfotericina B lipossomal, intervalo de confiança bicaudal de 95 % para a diferença na taxa de sucesso global, baseada na aproximação normal de grandes amostras.
Ajustado para o estado de neutropenia; objetivo primário. § A população pediátrica não foi dimensionada de forma a testar a não-inferioridade.
A eficácia cínica também foi observada (lt; 5 pacientes) nas seguintes espécies de Candida: C. guilliermondii, C. famata, C. lusitaniae, C. utilis, C. inconspicua e C. dubliniensis.

Em um segundo grande estudo duplo-cego, fase 3, Mycafungina Sódica (substância ativa) foi avaliado versus caspofungina em pacientes com candidíase invasiva e candidemia.

Neste estudo, 111/578 (19,2 %) dos pacientes tiveram pontuação APACHE II basal gt;20, e 50/578 (8,7%) apresentavam neutropenia na avaliação basal (contagem absoluta de neutrófilos menor que 500 células/mm3 ). Resultados, dados de recidiva e mortalidade são mostrados para a dose recomendada de Mycafungina Sódica (substância ativa) (100 mg/dia) e caspofungina na Tabela 2.

Tabela 2: Análise de Eficácia: Sucesso do Tratamento em Pacientes no Estudo 03-0-192 com Candidemia e outras Infecções por Candida

 

Mycafungina Sódica (substância ativa) 100 mg/dia

n (%)

% diferença no tratamento (95%IC)

Caspofungina 70/50 mg/dia1 n (%)

S

ucesso no Tratamento ao Final da Terapia IV2

135/191 (70,7)

7,4

(-2,0, 16,3)

119/188 (63,3)

Sucesso em Pacientes com Neutropenia basal

14/22 (63,6)

5/11 (45,5)

Sucesso pelo Local da Infecção

  

Candidemia 

116/163 (71,2)

103/161 (64)

Abscesso

4/5 (80

5/9 (55,6)

Disseminada Aguda3

6/13 (46,2)

5/9 (55,6)

Endoftalmite

1/31/1

Coriorretinite

0/30

Pele

1/10

Rim

2/21/1

Pâncreas

1/10

Peritônio

1/10

Pulmão/Pele

0/10

Pulmão/Baço

0/10

Fígado

00/2

Abscesso Intra-abdomina

03/5

Disseminada Crônica

0/10

Peritonite

4/6 (66,7)2/5 (40)

Sucesso por Organismo4

  

C. albicans

57/81 (70,4)

45/73 (61,6)

C. glabrata

16/23 (69,6)

19/31 (61,3)

C. tropicalis

17/27 (63)

22/29 (75,9)

C. parapsilosis

21/28 (75)

22/39 (56,4)

C. krusei

5/8 (62,5)

2/3 (66,7)

C. guilliermondii

1/2

0/1

C. lusitaniae

2/3 (66,7)

2/2

Recidiva em seis Semanas5

  

Geral

49/135 (36,3)

44/119 (37)

Recidiva confirmada por Cultura

54

Necessitaram terapia antifúngica sistêmica

115

Morreram durante acompanhamento

1716

Não acessado

1619

Mortalidade geral no estudo

28/200 (29)51/193 (26,4)

Mortalidade durante a terapia IV

28q200 (14)27/193 (14)

1 70 mg de dose de ataque no dia 1 seguido por 50 mg/dia daí em diante (caspofungina). 2 Todos os pacientes que receberam pelo menos uma dose da medicação do estudo e tiveram candidíase invasiva ou candidemia documentada. Pacientes com endocardite por Candida foram excluídos das análises.
3 Um paciente pode ter tido gt;1 órgão de disseminação.
4 Um paciente pode ter tido gt;1 espécie de infecção no momento basal.
5 Todos os pacientes que tiveram recidiva confirmada por cultura ou terapia antifúngica sistêmica requerida no período pós-tratamento de uma infecção por Candida suspeita ou provada. Também inclui pacientes que morreram ou não foram analisados no acompanhamento.

Tratamento de Candidíase Esofágica

Num estudo randomizado, duplo-cego, que comparou a micafungina com o fluconazol, como tratamento de primeira linha de candidíase esofágica, 518 pacientes receberam pelo menos uma dose do medicamento em estudo. A duração mediana do tratamento foi de 14 dias e a média da dose diária mediana foi de 150 mg para a micafungina (N = 260) e 200 mg para o fluconazol (N = 258). No fim do tratamento foi observado um grau endoscópico de 0 (cura endoscópica) em 87,7% (228/260) e 88,0% (227/258) dos pacientes nos grupos da micafungina e do fluconazol, respectivamente (IC 95% para a diferença: [-5,9%; 5,3%]). O limite inferior do IC 95% foi acima da margem de não-inferioridade predefinida de – 10%, provando a não-inferioridade. A natureza e a incidência das reações adversas foram similares entre os grupos de tratamento.

Profilaxia de Infecções de Candida em Receptores de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas

A micafungina foi mais eficaz do que o fluconazol na prevenção de infecções fúngicas invasivas em uma população de pacientes com elevado risco de desenvolver uma infecção fúngica sistêmica (pacientes submetidos a transplante hematopoiético de células-tronco [HSCT], em um estudo randomizado, duplo-cego e multicêntrico). O sucesso do tratamento foi definido como a ausência de infecção fúngica sistêmica comprovada, provável ou suspeita até o final do tratamento e ausência de uma infecção fúngica sistêmica comprovada ou provável até o fim do estudo.

A maioria dos pacientes (97%, N = 882) desenvolveu neutropenia (lt; 200 neutrófilos/?L) durante o tratamento. A neutropenia persistiu por um período mediano de 13 dias. Foi utilizada uma dose diária fixa de 50 mg (1,0 mg/kg) para a micafungina e de 400 mg (8 mg/kg) para o fluconazol. A duração média do tratamento foi de 19 dias para a micafungina e de 18 dias para o fluconazol na população adulta (N = 798), e de 23 dias para ambos os grupos de tratamento na população pediátrica (N = 84).

A taxa de sucesso do tratamento foi estatisticamente significante e superior para micafungina comparada ao fluconazol (80,7% versus 73,7% respectivamente). O surgimento de infecções por Aspergillus foi observado em um versus sete pacientes e o surgimento de infecções comprovadas ou prováveis por Candida foi observado em quatro versus dois pacientes, nos grupos da micafungina e do fluconazol, respectivamente.

As outras infecções que surgiram foram causadas por Fusarium (um e dois pacientes, respectivamente) e Zygomycetes (um e zero pacientes, respectivamente). A natureza e a incidência das reações adversas foram similares entre os dois grupos de tratamento.

Características Farmacológicas

Farmacocinética

Absorção

Micafungina é um medicamento administrado intravenosamente.

A farmacocinética foi linear em uma faixa de dose diária de 12,5 mg a 200 mg e 3 mg/kg a 8 mg/kg. Não há evidência de acumulação sistêmica com administração repetida, e o estado de equilíbrio é geralmente atingido dentro de quatro a cinco dias.

Distribuição

Após administração intravenosa as concentrações de micafungina mostram um declínio biexponencial.

A droga é rapidamente distribuída para os tecidos.

Na circulação sistêmica, micafungina é altamente ligada às proteínas plasmáticas (gt; 99%), primariamente a albumina. A ligação à albumina é independente da concentração de micafungina (10 – 100 µg/mL).

O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) foi de aproximadamente 18 – 19 litros.

Metabolismo

Micafungina não metabolizada é o principal composto encontrado na circulação sistêmica. Micafungina mostrou ser metabolizada em vários compostos; destes M-1 (forma catecol), M-2 (forma metóxi do M-1) e M-5 (hidroxilação da cadeia lateral) da micafungina foram detectados na circulação sistêmica. A exposição a esses metabólitos é baixa e os metabólitos não contribuem para a eficácia geral da micafungina.

Embora a micafungina seja um substrato para CYP3A in vitro, a hidroxilação pelo CYP3A não é uma via principal para o metabolismo da micafungina in vivo.

Eliminação e excreção

A meia-vida terminal média é aproximadamente 10-17 horas e mantém consistência com doses de até 8 mg/kg, após dose única ou repetida. O clearance total foi 0,15- 0,3 mL/min/kg em indivíduos sadios e pacientes adultos e é independente da dose após administração única ou repetida.

Após uma dose única intravenosa de 14C-micafungina (25 mg) a voluntários sadios, 11,6% da radioatividade foi recuperada na urina e 71,0% nas fezes após 28 dias. Esses dados indicam que a eliminação da micafungina é primariamente não-renal. No plasma, os metabólitos M-1 e M-2 foram detectados somente em traços de concentração e o metabólito M-5, o metabólito mais abundante, respondeu por 6,5% do total relativo ao composto de origem.

Populações Especiais

Pacientes pediátricos

Em pacientes pediátricos os valores de AUC foram proporcionais à dose em uma faixa de variação de 0,5 – 4 mg/kg. O clearance foi influenciado pela idade, com valores médios de clearance em crianças mais jovens (2-11 anos) sendo aproximadamente 1,3 vezes maior que aqueles em crianças mais velhas (12-17 anos).

Crianças mais velhas tiveram valores médios de clearance similares àqueles determinados em pacientes adultos. O clearance médio em crianças prematuras (idade gestacional aproximadamente de 26 semanas) foi aproximadamente cinco vezes maior que em adultos.

Idosos

Quando administrado como uma infusão única de uma hora de 50 mg, a farmacocinética da micafungina em idosos (66-78 anos) foi similar àquela de indivíduos jovens (20-24 anos). Nenhum ajuste de dose é necessário em idosos.

Pacientes com insuficiência hepática

Em um estudo realizado em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh escala 7 9), (n=8), a farmacocinética da micafungina não diferiu significantemente daquela em indivíduos sadios (n=8). Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.

A infusão única de uma hora de 100 mg de Mycafungina Sódica (substância ativa) foi aplicada a 8 pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh 10-12) e 8 pacientes com idade, sexo, temas étnicos e peso equivalentes que tinham função hepática normal. Os valores de Cmáx e AUC de micafungina foram menores em aproximadamente 30% em indivíduos com insuficiência hepática grave, em comparação com indivíduos normais.

Os valores de Cmáx e AUC do metabólito M5 foram de aproximadamente 2,3 vezes maior em indivíduos com insuficiência hepática grave, em comparação com os indivíduos normais; no entanto, esta exposição (molécula original e metabólito) foi comparável às de pacientes com infecção sistêmica por Candida. Portanto, nenhum ajuste da dose micafungina é necessário em pacientes com insuficiência hepática grave.

Pacientes com insuficiência renal

Insuficiência renal grave (Taxa de Filtração Glomerular [GFR] lt; 30 mL/min) não afetou significantemente a farmacocinética da micafungina. Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal.

Sexo/Raça

Sexo e raça (Caucasiana, Negra e Oriental) não influenciaram significantemente os parâmetros farmacocinéticos da micafungina. Não é necessário ajuste de dose da micafungina baseado no sexo ou raça.

Farmacodinâmica

Mecanismo de Ação

Micafungina inibe de forma não competitiva a biossíntese do 1,3-?-D-glucano, que é um componente essencial da parede celular dos fungos, que não está presente nas células de mamíferos.

Micafungina exibe atividade fungicida contra a maioria das espécies de Candida e proeminentemente inibe ativamente o crescimento das hifas de espécies de Aspergillus.

Relação Farmacocinética/Farmacodinâmica

Uma interação farmacodinâmica aditiva ou sinérgica da micafungina com anfotericina B foi encontrada em um modelo de aspergilose pulmonar no camundongo (imunossupressão com hidrocortisona, infecção intranasal com Aspergillus fumigatus).

Mecanismo(s) de resistência

Como para todos os agentes antimicrobianos, casos de suscetibilidade reduzida e resistência foram relatados e resistência cruzada com outras equinocandinas não pode ser excluída. Suscetibilidade reduzida às equinocandinas foi associada com mutações na codificação do gene Fks1 para uma subunidade principal da glucano sintase.

Pontos de corte

Testes de suscetibilidade foram realizados com modificações de acordo com os métodos M27 – A2 (espécies de Candida) e M38 – A (espécies de Aspergillus), respectivamente, do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Até o momento, não foram estabelecidas técnicas padronizadas para teste de susceptibilidade para inibidores da síntese do 1,3-?-D-glucano e os resultados do teste de susceptibilidade não necessariamente se correlacionam com o resultado clínico.

Embora não tenham sido estabelecidos pontos de corte de CMI (concentração mínima inibitória) para equinocandinas, uma CMI de lt; 2 mg/L inclui gt; 99% de todos os isolados clínicos de Candida spp. sem bisseccionar nenhum grupo de espécies e representa uma concentração que é facilmente mantida ao longo do intervalo de dose. Infecções devido a Candida spp. nessa faixa de CMI provavelmente responderão à terapia.

A prevalência de resistência pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informação local sobre a resistência é desejável, particularmente quando se estiver tratando infecções graves.

Espécies comumente suscetíveis [faixas de CMI na Europa, mg/L]:

A forma micelial de fungos dimórficos (p. ex. Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema:

Organismos inerentemente resistentes:

Cuidados de Armazenamento do Mycamine

Frascos fechados de material liofilizado devem ser armazenados abaixo de 25ºC, por até 36 meses a partir da data de fabricação.

O produto reconstituído pode ser armazenado no frasco original por até 24 horas abaixo de 25ºC.

A infusão diluída deve ser protegida da luz e pode ser armazenada por até 24 horas abaixo de 25ºC.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Mycamine é um pó branco, sensível à luz, e que absorve umidade do ar facilmente.

Os cartuchos de Mycamine 50 mg e 100 mg contêm 01 frasco-ampola de vidro incolor, de uso único, embalados individualmente, cobertos com um filme protetor de luz e selados com uma tampa do tipo flip-off.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja dentro do prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Mycamine

Registro MS-1.7717.0001

Farmacêutico Responsável:

Sandra Winarski
CRF-SP 18.496

Fabricado por:

Astellas Pharma Tech Co., Ltd.
Takaoka Plant, 30 Toidesakae-machi
Takaoka city, Toyama 939-1118, Japão

Registrado e importado por:

Astellas Farma Brasil Importação e Distribuição de Medicamentos Ltda.
Av. Guido Caloi, 1.935, Bloco B, 2º andar, Santo Amaro
CEP: 05802-140
São Paulo – SP
CNPJ 07.768.134/0001-04

SAC:

0800-6007080

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

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