Bula do Neotrin
Infecções urinárias e renais
Pielonefrites, uretrites, prostatites, cistites.
Infecções genitais
Em ambos os sexos, inclusive uretrite gonocócica.
Infecções respiratórias
Bronquites, pneumonia, faringite, amigdalite, sinusite, bronquiectasia.
Infecções gastrintestinais
Febre tifóide e paratifóide, cólera.
Infecções da pele e tecidos moles
Piodermite, abscessos, furúnculos.
Outras infecções bacterianas
Brucelose, blastomicose sul-americana, osteomielite aguda e crônica.
Contraindicação do Neotrin
Neotrin está contraindicado para pacientes hipersensíveis a quaisquer dos componentes da fórmula; nos casos de insuficiência grave e lesões hepátias graves; durante as primeiras 6 semanas de vida.
Como usar o Neotrin
Suspensão
Crianças de 6 semanas a 5 meses
2,5 mL, a cada 12 horas.
Crianças de 6 meses a 5 anos
5 mL, a cada 12 horas.
Crianças de 6 a 12 anos
10 mL, a cada 12 horas.
Adultos e crianças acima de 12 anos
20 mL, a cada 12 horas.
Comprimidos
Adultos e crianças acima de 12 anos
2 comprimidos por vez, a cada 12 horas.
Tratamento da gonorréia (adultos)
5 comprimidos por vez, 2 vezes ao dia (manhã e noite) durante um único dia.
As doses devem ser administradas de manhã e à noite, preferencialmente às refeições e com bastante líquido. Para tratamento por mais de 14 dias, recomenda-se reduzir a dose pela metade.
Dose máxima
A dose total não deverá exceder 320 mg de trimetoprima e 1.600 mg de sulfametoxazol, exceto no caso do tratamento para gonorréia, que apresenta uma posologia especial.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Precauções do Neotrin
O uso de Neotrin ocasiona alterações hematológicas indicativas da deficiência de ácido fólico, alterações que são reversíveis após administração de ácido fólico.
Em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) o uso deve ser restrito a casos de extrema necessidade e em doses mínimas, pois pode ocasionar hemólise.
Pacientes em uso de Neotrin por tempo prolongado devem fazer controle periódico de hemograma.
Quando estritamente necessário, o uso em pacientes portadores de insuficiência renal leve a moderada, requer um ajuste posológico orientado pelo médico, através da depuração de creatinina.
Durante o tratamento prolongado com Neotrin, recomenda-se a administração de ácido fólico.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando antes do início ou durante o tratamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para a sáúde.
Reações Adversas do Neotrin
As reações adversas mais comuns são distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômito, diarréia, anorexia, estomatite) e reações alérgicas na pele (erupções generalizadas e urticárias) que desaparecem após a suspensão do medicamento.
Raros casos relatados de enterocolite pseudomembranosa, pancreatite aguda, infiltrados pulmonares, miocardite, dermatite esfoliativa, edema angioneurótico e aumento da diurese em indivíduos portadores de edema de origem cardíaca.
Pacientes tratados por tempo prolongado com Neotrin sem uso concomitante de ácido fólico, podem apresentar alterações hematológicas (agranulocitose, trombocitopenia, leucopenia, neutropenia, hipoprotrombinemia, metemoglobinemia) devido à interferência do medicamento com o mecanismo de hematopoiese.
Dor e irritação local na administração intravenosa.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como febre, tosse ou respiração ofegante.
População Especial do Neotrin
Gravidez e lactação
Os componentes de Neotrin atravessam a barreira placentária e aparecem no leite materno, portanto, o uso em mulheres grávidas ou em fase de lactação deve ser precedido de avaliação médica da relação risco/benefício; recomenda-se que toda mulher grávida tratada com Neotrin receba doses diárias de 5 a 10 mg de ácido fólico.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informe seu médico se está amamentando.
Idosos
O uso em pacientes idosos (acima de 60 anos) requer prescrição e acompanhamento médico.
Composição do Neotrin
Cada comprimido contém:
Sulfametoxazol | 400mg |
Trimetoprima | 80mg |
Excipientes q.s.p* | 1 comprimido |
*Amido de milho, lactose, polivinilpirrolidona, estearato de magnésio, croscarmelose sódica e lauril sulfato de sódio.
Cada 5 mLde suspensão oral contém:
Sulfametoxazol | 200mg |
Trimetoprima | 40mg |
Excipientes q.s.p* | 5mL |
*Metilparabeno, propilparabeno, ciclamato de sódio, sacarina sódica, corante vermelho eritrosina, essência de tutti-fruti, álcool etílico 96 GL, sorbitol, glicerina bi-destilada, propilenoglicol, goma xantana e água purificada.
Superdosagem do Neotrin
Recomenda-se as seguintes medidas terapêuticas nestes casos, dependendo do grau de intoxicação
Lavagem gástrica, êmese, excreção renal através de diurese forçada, hemodiálise (diálise peritoneal não é eficaz), controle de hemograma e eletrólitos. Ocorrendo significativa discrasia sangüínea ou icterícia, deve-se instituir tratamento específico.
Interação Medicamentosa do Neotrin
Interações farmacocinéticas
Trimetoprima é um inibidor do transportador de cátions orgânicos 2 (OCT2), e um inibidor fraco do CYP2C8. Sulfametoxazol é um inibidor fraco do CYP2C9.
A exposição sistêmica aos medicamentos transportados por OCT2 pode aumentar quando administrados com TMP-SMZ. Exemplos incluem a dofetilida, amantadina,memantina, e lamivudina.
Dofetilida
Trimetoprima e sulfametoxazol não devem ser administrados em combinação com dofetilida.
Há evidências de que trimetoprima inibe a excreção renal de dofetilida. Trimetoprima 160 mg em combinação com sulfametoxazol 800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 µg, duas vezes ao dia, durante quatro dias, resultou em 103% de aumento na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de dofetilida e 93% de aumento na concentração plasmática máxima (Cmáx). Dofetilida pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de pointes, que são diretamente relacionadas com a concentração plasmática de dofetilida.
Amantadina
Delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina. Os pacientes que receberam a amantadina ou memantina podem ter risco aumentado de efeitos adversos neurológicos, como delírios e mioclonia.
A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C8 pode aumentar quando administrado com TMP e SMZ. Exemplos incluem paclitaxel, amiodarona, dapsona, repaglinida, rosiglitazona e pioglitazona.
Paclitaxel e amiodarona apresentam um estreito índice terapêutico, portanto, a administração concomitante com TMP-SMZ não é recomendada.
Tanto dapsona como TMP-SMZ podem causar metahemoglobinemia, e, portanto, há potencial para interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os pacientes que recebem tanto dapsona quanto TMP-SMZ devem ser monitorados quanto à ocorrência de metahemoglobinemia. Outras opções terapêuticas devem ser consideradas, se possível.
Os pacientes que receberam repaglinida, rosiglitazona ou pioglitazona devem ser monitorados regularmente em relação à ocorrência de hipoglicemia.
A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C9 pode aumentar quando administrados em conjunto com TMP-SMZ.
Exemplos incluem:
Cumarinas
Varfarina, acenocoumarol, femprocumona, fenitoína. Os parâmetros de coagulação devem ser monitorados em pacientes que recebem cumarinas.
Fenitoína
Aumento de 39% na meia-vida e diminuição de 27% na taxa de depuração da fenitoína foram observados, após a administração da dose padrão de TMP-SMZ. Os pacientes que recebem fenitoína devem ser monitorados em relação à toxicidade da fenitoína
Derivados de sulfonilureia
Glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida e tolbutamida. Pacientes que recebem derivados de sulfonilureia devem ser monitorados regularmente devido ao risco de hipoglicemia. Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa), assim como outras sulfonamidas, potencializa o efeito dos hipoglicemiantes orais.
Digoxina
Níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante com Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa), especialmente em pacientes idosos. Os níveis séricos de digoxina devem ser monitorados.
Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo indefinido
A taxa de incidência e a gravidade das reações adversas mielotóxicas e nefrotóxicas podem aumentar quando TMP-SMZ é administrado concomitantemente com outros medicamentos mielosupressores ou associados à disfunção renal, como análogos de nucleosídeos, tacrolimus, azatioprina ou mercaptopurina. Pacientes que recebem TMP-SMZ concomitantemente com tais medicamentos devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica e/ou renal.
A administração em conjunto com a clozapina, uma substância conhecida por ter um grande potencial para causar agranulocitose, deve ser evitada. Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia foi observado em pacientes idosos que recebiam concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos. Nesses pacientes, as plaquetas devem ser monitoradas regularmente.
Metotrexato
As sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o transporte renal de metotrexato, aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição sistêmica.
Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes tratados com a combinação de trimetoprima com metotrexato. A trimetoprima apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato, especialmente na presença de fatores de risco, tais como idade avançada, hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea diminuída, e em pacientes que receberam altas doses de metotrexato. Pacientes de risco devem ser tratados com ácido fólico ou folinato de cálcio, para contrabalançar os efeitos do metotrexato sobre a hematopoiese.
Antidepressivos
A eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando coadministrados com TMPSMZ.
Pirimetamina
Relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como na profilaxia da malária, em doses que excedam 25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica, se TMPSMZ for prescrito concomitantemente.
Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP-SMZ, cuidado deve ser tomado quando TMP-SMZ é coadministrado com outros agentes que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina, diuréticos poupadores de potássio e prednisolona.
Ciclosporina
Deterioração reversível da função renal foi observada em pacientes tratados com TMP-SMZ e ciclosporina após transplante renal.
Influência em métodos diagnósticos
TMP-SMZ, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir na determinação sérica do metotrexato, utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada como proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for dosado por radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode interferir na reação de picrato alacalino de Jaffé, usada na determinação de creatinina, que resultam em aumento dos valores normais em cerca de 10%.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Bactrim®.
Ação da Substância Neotrin
Resultados de Eficácia
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos, com eficáciaº comparável à eritromicina e amoxicilina (Bottone et al., 1982; Davies et al.,1983).
Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988; Blumer et al., 1984; Shurin et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas infecções causadas por H. influenzae resistente à ampicilina ou em pacientes com hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica (Gaskins et al., 1982; Krause et al., 1982). Na sinusite aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).
No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexina (Phadtare amp; Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode ser uma opção em casos leves a moderados; contudo, deve-se sempre considerar a resistência local (Nierdman et al., 1993). Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) também se mostra eficaz na bronquite crônica agudizada (Pines et al., 1969).
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da pneumonia por P. jirovecii em adultos e em crianças HIV positivo (Anon, 1992; Schneider et al., 1992). Nesses pacientes, seu uso mostrase também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).
Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) tem eficácia similar a ofloxacino e a ciprofloxacino no tratamento com duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar a norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al., 1994) e, similar a ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986). Também é efetivo na profilaxia de infecções recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al., 1980). No tratamento da pielonefrite aguda não complicada, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) tem eficácia similar a cefaclor e a ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox et al., 1986) e, quando usado em associação com gentamicina, apresenta menor resistência antimicrobiana significativa, quando comparada à associação ampicilina com gentamicina, além de oferecer menor custo (Johnson et al., 1991).
Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido prostático (Lipsky et al., 1999).
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da clamídia em cinco a dez dias de tratamento com Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) (Tavares W, 1996).
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é efetivo no tratamento das infecções gastrintestinais por Salmonella, Shigella e E. coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont et al., 1993; Thisyakorn amp; Mansuwan, 1992). Na diarreia dos viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias (Ericson et al., 1987).
Em adultos, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa), por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).
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Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Bactrim®.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) contém dois componentes ativos, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa), agindo sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido folínico no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em concentrações nas quais as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus dois componentes. Devido ao seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.
O efeito antibacteriano de Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) in vitro atinge um amplo espectro de microrganismos patogênicos grampositivos e gram-negativos, embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é utilizado.
Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima lt; 80 mg/L)*:
* Equivalente ao SMZ.
Cocos
Branhamella catarrhalis.
Bacilos gram-negativos
Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase negativo), Haemophilus parainfluenzae, E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia marcescens, Serratia liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp., Yersinia enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.
Outros diversos bacilos gram-negativos
Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas cepacia, Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.
Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados como sensíveis:
Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Pneumocystis jirovecii, Cyclospora cayetanensis.
Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160 mg/L)*:
* Equivalente ao SMZ.
Cocos
Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis, penicilina resistentes).
Bacilos gram-negativos
Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia spp., Salmonella typhi, Salmonella-enteritidis Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia).
Outros diversos bastonetes gram-negativos
Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente A. baumanii), Aeromonas hydrophila.
Microrganismos resistentes (CIM gt; 160 mg/L)*:
* Equivalente ao SMZ.
Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.
A prevalência local de resistência a Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) entre as bactérias pertinentes à infecção tratada deve ser conhecida quando Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é prescrito em bases empíricas.
Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas por um patógeno parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.
A sensibilidade a Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) pode ser determinada por métodos padronizados, tais como os testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Clinical Laboratory Standards – NCCLS.
Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:
Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS
– | Teste de disco* | Teste de diluição** | |
Diâmetro da zona de inibição (mm) | CIM (µg/mL) | ||
TMP | SMZ | ||
Sensível | gt; 16 | lt; 2 | lt; 38 |
Parcialmente sensível | 11 – 15 | 4 | 76 |
Resistente | lt; 10 | gt; 8 | gt; 152 |
* Disco: 1,25
µ
g TMP (trimetoprima) e 23,75
µ
g SMZ (sulfametoxazol).
** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.
Farmacocinética
As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.
Absorção
Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e completamente absorvidos na porção superior do trato gastrintestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ, são obtidas concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3 µg/mL para TMP e 40 – 80 µg/mL para SMZ, dentro de uma a quatro horas. Se a administração for repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em dois ou três dias, variam entre 1,3 e 2,8µg/mL para o TMP e entre 32 e 63 µg/mL para o SMZ.
Biodisponibilidade
A absorção de TMP e SMZ é completa conforme demonstrado pela biodisponibilidade oral absoluta chegando a 100% para ambas as drogas.
Distribuição
O volume de distribuição é de aproximadamente 1,6 L/kg para TMP e 0,2 L/kg para SMZ, enquanto a ligação às proteínas plasmáticas atinge 37% para TMP e 62% para SMZ.
O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido vaginal, saliva, tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor aquoso é similar para ambos componentes.
Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os líquidos intersticiais e para outros líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as concentrações de TMP e SMZ são superiores às concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos suscetíveis.
Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue do cordão umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos. Em geral, concentrações fetais de TMP são similares às concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da mãe.
Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares à concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ.
Metabolismo
Cerca de 20% da dose de TMP é metabolizada. As isoenzimas do citocromo P450 envolvidas no metabolismo oxidativo de TMP não foram identificadas.
Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxido 1 e 3 e hidroxi 3′ e 4′; alguns metabólitos são microbiologicamente ativos. Cerca de 80% da dose de SMZ é metabolizada no fígado, predominantemente para derivados N4 acetil (? 40% da dose) e, em uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; seus metabólitos são inativos. SMZ também sofre metabolismo oxidativo. O primeiro passo da via oxidativa conduz à formação do derivado de hidroxilamina, o qual é catalisada pelo CYP2C9.
Eliminação
As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para TMP e onze horas para SMZ).
Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal por meio de filtração glomerular e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias ativas consideravelmente mais altas que as concentrações no sangue. Cerca de dois terços da dose de TMP e um quarto da dose SMZ são excretados inalterados na urina. A depuração plasmática total de TMP é igual a 1,9 mL/min/kg. A depuração plasmática total de SMZ é igual a 0,32 mL/min/kg. Apenas uma pequena parte dos fármacos é eliminada por via fecal.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
Idosos
As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função renal normal.
Insuficiência renal
Em pacientes com comprometimento da função renal (depuração de creatinina de 15 – 30 mL/min), as meiasvidas dos dois componentes podem estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses. Diálise peritoneal ambulatorial contínua ou intermitente não contribuem significativamente para a eliminação de TMP-SMZ.
TMP e SMZ são removidos de forma significativa durante a hemodiálise e hemofiltração. Sugere-se aumentar em 50% a dose de TMP-SMZ depois de cada sessão de hemodiálise. Em crianças com insuficiência renal (depuração de creatinina lt; 30 mL / min), a depuração da TMP é reduzida, e sua meia-vida de eliminação prolongada. Portanto, a dose de TMP-SMZ deve ser reduzida proporcionalmente à diminuição da taxa de filtração glomerular nesta população de pacientes.
Insuficiência hepática
A farmacocinética da TMP e SMZ em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave não é significativamente diferente daquela observada em indivíduos saudáveis.
Pacientes com fibrose cística
A depuração renal da TMP e a depuração metabólica de SMZ são aumentadas em pacientes com fibrose cística. Consequentemente, a depuração total no plasma é aumentada e a meia-vida de eliminação é reduzida para ambos os fármacos.
Crianças e adolescentes
Em crianças de 1 a 9 anos a depuração plasmática total de TMP é cerca de três vezes maior do que em adultos. Como consequência, a meia-vida de TMP em crianças é menor do que metade da observada em adultos.
Observações semelhantes foram feitas para sulfametoxazol.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Bactrim®.
Cuidados de Armazenamento do Neotrin
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: vide cartucho.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido; poderá ocorrer diminuição significativa do seu efeito terapêutico.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Neotrin
Registro M.S. nº 1.0465.0001
Farm. Responsável:
Dr. Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO nº 3.524
Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.
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Venda sob prescrição médica.