Como o Nesh Ferro funciona?
O corpo utiliza o ferro para a produção de glóbulos vermelhos que, em quantidades normais, ajudam na manutenção de boas condições de saúde. Em situações em que não há quantidade suficiente do mineral, a produção de glóbulos vermelhos não ocorre em quantidade necessária e resulta em uma condição conhecida como anemia ferropriva. Nesh Ferro pertence a um grupo de medicamentos chamados de suplementos de ferro, pois atuam em sua reposição no corpo.
Contraindicação do Nesh Ferro
Nesh Ferro não deve ser utilizado por pacientes que tenham sensibilidade a qualquer componente da formulação. Este medicamento não é indicado para anemias que não necessitam de ferro (por exemplo: anemia megaloblástica, aplástica e falciforme). Pacientes que recebam transfusões de sangue frequentemente ou em que façam uso da terapia parenteral de ferro também não devem utilizar este medicamento.
Além disso, Nesh Ferro é contraindicado a pacientes que sofram de hemocromatose (excesso de ferro no organismo), hemoglobinúria paroxística noturna (uma anemia hemolítica crônica), hemossiderose (acúmulo de homossiderina no organismo), úlcera péptica (lesão na mucosa do estômago ou duodeno), enterite regional (Doença de Crohn) ou colite ulcerosa (tipo de inflamação do intestino).
Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.
Como usar o Nesh Ferro
Ingerir 1 (um) comprimido revestido ao dia.
Este medicamento deve ser utilizado apenas pela via oral. O uso do medicamento por outra via que não a oral, pode resultar na perda do efeito esperado do medicamento ou mesmo provocar dano à saúde.
Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico.
Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Nesh Ferro?
Não ingerir uma dose dupla para compensar a dose esquecida. Nestes casos, tome a dose assim que se lembrar e, posteriormente, continue com as outras doses nos horários normais.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Nesh Ferro
A intoxicação aguda por ferro raramente ocorre em adultos. No entanto, pode ocorrer caso este medicamento seja engolido por crianças. Para crianças, a sobredose pode ser fatal.
Pacientes que fazem uso excessivo de álcool, que apresentam inflamação no trato intestinal, problemas de rins ou de fígado, devem utilizar este produto com cuidado.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Reações Adversas do Nesh Ferro
Foram relatadas reações de hipersensibilidade, as quais variam entre erupções da pele, por vezes severas, e anafilaxia (tipo de reação alérgica). Há relações entre episódios de náusea e dor epigástrica (queimação no estômago) com a dose ingerida de Nesh Ferro. Já nos casos de constipação e diarréia, esta relação é menos clara.
Nesh Ferro, como todos os sais de ferro, pode induzir a irritação do estômago e/ou intestino e o escurecimento das fezes. Os medicamentos que contêm sais de ferro que são administrados oralmente podem causar constipação, particularmente em pacientes de idade mais avançada, ocasionalmente resultando na prisão de ventre.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Nesh Ferro
Gravidez
Sais de ferro são recomendados para utilização durante os períodos de gravidez e amamentação, para evitar a sua deficiência nesses casos, sendo desconhecidas as contraindicações nestas situações.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Riscos do Nesh Ferro
Não use este medicamento se você tem problemas gastrointestinais. |
Composição do Nesh Ferro
Cada comprimido revestido contém
Sulfato ferroso seco | 125,545 mg* |
Excipientes** q.s.p. | 1 comprimido revestido |
*Equivalente a 40 mg de ferro elementar.
**Amido de milho, glucose líquida, talco purificado, estearato de magnésio, goma guar, sílica anidra coloidal, hipromelose, macrogol 400 e macrogol 6000, dióxido de titânio e corante Ponceau 4R Lake.
% IDR = Porcentagem em relação à Ingestão Diária Recomendada.
Apresentação do Nesh Ferro
Comprimido revestido – 40 mg de ferro elementar por comprimido
- Caixa contendo 3 blisters contendo 10 comprimidos cada.
- Caixa contendo 10 blisters contendo 10 comprimidos cada.
Uso oral.
Uso adulto.
Superdosagem do Nesh Ferro
Sinais iniciais da ingestão de Nesh Ferro em doses maiores do que a dose indicada incluem ausência da fome, enjoo, vômito, dor abdominal, fraqueza, fadiga, diarreia, distúrbios mentais, aumentos da sede e do volume de urina, dor óssea, aumento da quantidade de cálcio nos rins e cálculos renais. O vômito e as fezes podem ter coloração cinza. Em casos mais brandos há melhora destas características, mas em casos mais sérios podem haver sinais de hipoperfusão, acidose metabólica, necrose do fígado, toxicidade sistêmica e recorrência de vômito e sangramento gastrointestinal após 12 horas.
Em caso de haver suspeita de grande quantidade deste medicamento, deve-se garantir a desobstrução das vias aéreas e o monitoramento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Pode haver choque resultante da hipovolemia (estado de diminuição do volume sanguíneo, mais especificamente do volume do plasma sanguíneo) ou cardiotoxicidade direta.
Evidências de necrose das células hepáticas podem ser observadas nesse estágio por icterícia, hemorragia, hipoglicemia, encefalopatia e acidose metabólica de ânion gap.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, o paciente deverá procurar orientação médica e solicitar que as providências abaixo sejam tomadas:
Medidas iniciais sintomáticas e de apoio incluem garantir a desobstrução das vias áreas, monitorar o ritmo cardíaco, pressão arterial e diurese, estabelecer via intravenosa para administração de fluídos em quantidade suficiente para uma hidratação adequada. Considerar a irrigação intestinal caso haja persistência da acidose metabólica, apesar da correção da hipóxia e da reposição hídrica adequada.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Nesh Ferro
Os comprimidos de sulfato ferroso não devem ser ingeridos dentro de uma hora antes ou de duas horas após comer ou beber os seguintes produtos:
Chá, café, leite, ovos e grãos integrais. Estes produtos podem reduzir a absorção de ferro. Carne e produtos contendo vitamina C podem aumentar a absorção de ferro.
Por gentileza, informe seu médico ou farmacêutico se você está ou esteve recentemente em terapia com outros medicamentos, especialmente tetraciclinas, levofloxacina, ciprofloxacina, norfloxacina e ofloxacina (tratamento de infecções); levotiroxina (hormônio da tireoide); colestiramina; antiácidos (que contenham magnésio ou alumínio); medicamentos que contenham zinco, cálcio, fósforo ou trientina; metildopa (tratamento da pressão arterial); penicilamina (para a artrite reumatoide); entacapone e levodopa (para o Mal de Parkinson); e ácido ascórbico. Evite o uso conjunto de ferro e dimercaprol. O cloranfenicol retarda a eliminação plasmática do ferro e a incorporação deste nos glóbulos vermelhos pela interferência na eritropoiese (processo de formação dos glóbulos vermelhos no sangue). O sulfato ferroso também reduz o efeito hipotensor da metildopa.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Ação da Substância Nesh Ferro
Resultados de Eficácia
Comprimido
Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a efetividade de três esquemas de tratamento utilizando Sulfato Ferroso (substância ativa) em gestantes anêmicas. Esse estudo foi em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial, utilizando comprimidos de Sulfato Ferroso (substância ativa) para administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e ferritina.(1)
Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) uma vez ao dia. As médias de volume corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e 88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9 ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário. Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só foi observado no tratamento diário.(1)
Em conclusão, o tratamento diário com Sulfato Ferroso (substância ativa) continua sendo o mais eficaz.
Contudo, o tratamento com Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de adesão ao tratamento diário.(1)
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb lt; 11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer principalmente durante a segunda metade da gravidez.(2)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)
Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil dos Estados de Humor, pré e póstreinamento básico de combate.(3)
A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC) teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) – P lt;0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) – P lt;0,05. O RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6 ± 9.6 nmol/L. A ferritina sérica foi reduzida (P lt;0,05) pós-TBC, porém a suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo, os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para 26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ± 29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de execução médio foi de 110s mais rápido (P lt;0,001) no final do TBC no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A suplementação com ferro resultou em melhora (P lt;0,05) no vigor, de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós – TBC.(3)
Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o humor e a performance física.(3)
Referências:
(1) Souza A. I. et al. Efetividade de três esquemas com Sulfato Ferroso para tratamento de anemia em gestantes. Rev Panam Salud Publica vol.15 no.5 Washington May 2004.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) McClung J. P. et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled trial of iron supplementation in female soldiers during military training: effects on iron status, physical performance, and mood. Am J Clin Nutr. 2009 Jul;90(1):124-31. Epub 2009 May 27. PMID: 19474138 [PubMed – indexed for MEDLINE].
Gotas
Um ensaio de campo randomizado, com crianças de 6 a 12 meses de idade, foi realizado com o objetivo de avaliar a efetividade da suplementação universal profilática com Sulfato Ferroso (substância ativa), em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia em lactentes. As crianças foram atendidas em unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas três coortes concorrentes com suplementação universal com Sulfato Ferroso (substância ativa) com grupos: diário (n=150; 12,5mg Fe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia (Hblt;110,0 g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo, utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de Poisson).(1)
Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado nenhum efeito protetor do esquema semanal.(1)
Portanto, apenas o esquema diário de suplementação universal com Sulfato Ferroso (substância ativa) dos 6 aos 12 meses de idade foi efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em reduzir o risco de anemia. (1)
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Crianças com baixo peso ao nascer (lt; 2,5 kg) apresentam velocidade de crescimento pós-natal maior; por isso, recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de peso/dia a partir do segundo mês de idade. Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(2)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)
Um estudo foi realizado com o objetivo de determinar a situação de ferro das crianças que consumiam mingau cozido em água com adição de Sulfato Ferroso (substância ativa). Um total de 234 crianças, com idades entre 6-12 meses, foram recrutados na República Popular Democrática da Coreia (RPDC Coreia do Norte) e divididos aleatoriamente em grupo ferro (Fe) e grupo placebo. No início do estudo, não havia diferenças significativas entre os dois grupos no que diz respeito à concentração de hemoglobina (Grupo Fe com Hb = 111 ± 10.4 e grupo placebo com Hb = 111 ± 10.0) e na prevalência de anemia. O grupo Fe recebeu mingau de arroz fortificado com 10 mg de ferro (como Sulfato Ferroso (substância ativa)) por dia, adicionada à água em que o arroz era cozido e o grupo placebo recebeu cereal nãofortificado por 6 meses.(3)
Após a intervenção, a concentração média de hemoglobina no grupo Fe foi significativamente maior do que no grupo controle (grupo Fe 118 g/L e grupo placebo 110 g/L; plt;0,001). A prevalência de crianças com anemia no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (grupo Fe com 24% e no grupo placebo com 48%; p lt;0,001). Os valores de ferritina sérica foram significativamente diferentes no final do estudo (Grupo Fe com 40,7 K/L e grupo placebo com 26,8 K/L; plt;0,001). A proporção de crianças com anemia ferropriva (Hb lt; 110 g/L, Ferritina Sérica lt; 12 mcg/L) no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (p lt;0,001).(3) Em conclusão, a adição de Sulfato Ferroso (substância ativa) reduziu a prevalência de anemia ferropriva de lactentes na RPDC, sem reações adversas. Esta fortificação simples seria apropriada como um programa nacional na RPDC e em outros países.(3)
Em outro estudo objetivou-se testar a terapêutica com doses profiláticas de sulfato ferroso no combate à anemia carencial ferropriva, em 620 crianças de 4 a 36 meses de idade, atendidas em duas unidades de saúde do Município de São Paulo, Brasil. As crianças foram submetidas a coleta de sangue para dosagem de hemoglobina. Em seguida, foi prescrita dosagem de 12 mg/dia de ferro elementar, por 30 dias.
Observouse que 25% dos menores de 6 meses apresentaram níveis de hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl. As maiores ocorrências de anemia foram detectadas entre os de 9 e 23 meses de idade (50,0%).
Decorrido o prazo, apenas 37,4% das crianças com anemia e 52,4% das não anêmicas retornaram para reavaliação. Das 299 que foram reavaliadas, somente 157 (52,5%) receberam a medicação corretamente. A frequência de hemoglobinas inferiores a 9,5 g/dl caiu de 17,1% no início do estudo, para 8,1% ao final da intervenção. Por outro lado, o percentual de crianças com hemoglobinas superiores a 12,0 g/dl subiu de 13,4%, para 33,4%. As que receberam a suplementação férrica de forma correta registraram queda nos índices de anemia sensivelmente maior que a observada naquelas suplementadas de forma incorreta.
Concluiu-se que a terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) mostrou-se eficiente na recuperação dos níveis de hemoglobina.(4)
Referências:
(1) Engstrom E. M. et al. Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na prevenção da anemia em lactentes. Revista de Saúde Pública, vol.42 no.5 São Paulo Oct. 2008 Epub Aug 08, 2008.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) Rim H.Y. MD, et al. Effect ofiron fortification of nursery complementary food on iron status of infants in the DPRKorea. Pac J Clin Nutr 2008;17 (2):264-269.
(4) Torres M.A.A. et al. Terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) como medida de intervenção no combate à carência de ferro em crianças atendidas em unidades básicas de saúde. Revista de Saúde Pública, vol.28 no.6 São Paulo Dec. 1994.
Xarope
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(1)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(1)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(1)
Um estudo foi realizado em 118 crianças com anemia ferropriva (IDA), com idade variando entre 1-6 anos, para comparar a eficácia e efeitos colaterais do Complexo Polymaltose Ferro (IPC) em relação ao Sulfato Ferroso (substância ativa) (SF) em preparações convencionais para tratamento da anemia ferropriva (AF). Os indivíduos foram randomizados para receber terapia oral com um IPC (Grupo A, n = 59) ou SF oral (Grupo B, n = 59), todos receberam ferro elementar em três doses separadas de 6 mg/kg/dia. Cento e seis crianças puderam completar o estudo, sendo 53 em cada grupo.(2)
Na maioria dos casos, em ambos os grupos A e B mostraram aumento da hemoglobina após o tratamento. Nenhuma mudança foi observada na Hb em 7,6% (n = 4) das crianças do grupo A e 1,9% (n = 1) do Grupo B. Onze (20,75%) casos apresentaram diminuição da hemoglobina no Grupo A, enquanto nenhum caso apresentou diminuição na hemoglobina no grupo B. Os efeitos colaterais gastrintestinais foram 2,5 vezes mais comum no grupo SF em relação ao grupo IPC (grupo IPC = 4 (7,6%) e grupo SF = 9 (17,0%)). Entretanto, um conjunto de queixas residuais foram mais comuns no grupo do IPC em relação ao grupo FS em um mês de seguimento (grupo IPC = 16 (30.8%) e grupo SF = 2 (3.8%)).(2)
Portanto, as crianças que receberam Sulfato Ferroso (substância ativa) tinham maior nível de hemoglobina, e menos queixas residuais, em comparação com aqueles que haviam recebido polymaltose complexo de ferro. Esse estudo sugere que o Sulfato Ferroso (substância ativa) tem uma melhor resposta clínica e menos efeitos adversos significativos durante o tratamento da anemia ferropriva em crianças.(2)
Referências:
(1) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(2) Bopche A. V. et al. Ferrous Sulfate Versus Iron Polymaltose Complex for Treatment of Iron Deficiency Anemia in Children. Indian Pediatrics. Vol. 46, October 17, 2009. Published online 2009 April 15. PII:S097475590700648-2.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lomfer.
Características Farmacológicas
Mecanismo de Ação
O ferro é um componente essencial na função fisiológica da hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.
Farmacocinética
A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto, elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção.
Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta da seguinte forma:
- Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a quantidade aproximadamente proporcional ao grau de deficiência;
- Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada; mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e hemossiderinabaixa).
Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas, entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro, algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue menstrual e urina.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lomfer.
Cuidados de Armazenamento do Nesh Ferro
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da umidade. Nestas condições, o medicamento se manterá próprio para consumo, respeitando o prazo de validade de 36 meses, indicado na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
O medicamento Nesh Ferro se apresenta como comprimidos revestidos vermelhos, arredondados e biconvexos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Nesh Ferro
Reg. MS: 1.1795.0002
Responsável Técnico:
Pâmela Fernandes Kaseker
CRF-PR n° 16.297
Importado por:
Nunesfarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Almirante Gonçalves, 2247 – Água Verde
CEP: 80250-150
Curitiba – PR
CNPJ: 75.014.167/0001-00
Fabricado por:
Medicamen Biotech Ltda.
SP-1192, Aamp;B, Phase-IV
Industrial Area
Bhiwadi 301019, Alwar District
Rajasthan. India
SAC
(41) 2141-4100
Telefones: + 91 11 27240578, 27240610 e 27463506
Fax: +91 11 27138171
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas, procure orientação médica.