Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Neuropram

Como Neuropram funciona?

Neuropram é um medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que é uma classe do grupo dos antidepressivos. Neuropram age no cérebro, onde corrige as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causam os sintomas na situação de doença.

Pode demorar cerca de duas semanas até você começar a se sentir melhor. Continue a tomar Neuropram, mesmo que leve algum tempo até você se sentir melhor.

Você deve procurar seu médico se você não se sentir melhor ou se sentir pior.

Contraindicação do Neuropram

Não tomar Neuropram se você for alérgico a qualquer um dos componentes mencionados anteriormente.

Não tomar Neuropram se estiver em uso de medicamentos conhecidos como inibidores da monoaminoxidase (IMAO), incluindo selegilina (usada no tratamento de Mal de Parkinson), moclobemida (usada no tratamento da depressão) e linezolida (um antibiótico).

Não tomar o oxalato de escitalopram se você nasceu com ou teve um episódio de arritmia cardíaca (observado em Eletrocardiograma, exame que avalia como o coração está funcionando).

Não tomar Neuropram se estiver em uso de medicamentos para tratamento de arritmia cardíaca ou que podem afetar o ritmo cardíaco.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Neuropram

Os comprimidos do Neuropram são administrados por via oral, uma única vez ao dia. Os comprimidos do Neuropram podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos.

Preferencialmente tomar sempre no mesmo horário. Engolir os comprimidos com água, sem mastigá-los.

Se necessário iniciar o tratamento com 5 mg para melhor adesão ao tratamento, o comprimido de 10 mg poderá ser partido ao meio. Para isso, coloque-o sobre uma superfície lisa e seca, mantenha a parte sulcada para cima, coloque os dedos indicadores nas extremidades de cada lado do comprimido e pressione para baixo.

Posologia

Para o tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão

A dose recomendada normalmente é 10 mg ao dia. Dependendo da resposta individual, a dose pode ser aumentada pelo seu médico até um máximo de 20 mg ao dia. Usualmente 2-4 semanas são necessárias para obter uma resposta antidepressiva. Após remissão dos sintomas, o tratamento por pelo menos 6 meses é requerido para consolidação da resposta.

Para o tratamento do Transtorno do Pânico com ou sem agorafobia

A dose inicial para a 1ª semana é de 5 mg ao dia (apenas para iniciar o tratamento), aumentada a seguir para 10 mg ao dia, a dose terapêutica. Esta dose também pode ser aumentada até um máximo de 20 mg ao dia pelo seu médico, se ele achar necessário.

Pacientes suscetíveis a ataques de pânico podem apresentar um aumento da ansiedade logo após o início do tratamento, que geralmente se normaliza nas 2 primeiras semanas de uso do medicamento. Uma dose inicial menor é recomendada para evitar ou amenizar esse efeito. A melhora total é atingida após aproximadamente 3 meses. O tratamento é de longa duração.

Para o tratamento doTranstorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

A dose inicial usual é de 10 mg ao dia. Pode ser aumentada até um máximo de 20 mg ao dia pelo seu médico.

O tratamento por 3 meses é recomendado para consolidação da resposta. Tratamento por no mínimo 6 meses mostrou prevenir novos episódios e deve ser considerado pelo médico, pois a resposta é individual.

Por isso, seu médico deve lhe avaliar regularmente.

Para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

A dose usual terapêutica é de 10 mg ao dia. Conforme a resposta individual, a dose pode ser diminuída para 5 mg ao dia (para proporcionar melhor tolerabilidade ao tratamento) ou aumentada até um máximo de 20 mg ao dia pelo seu médico (dose terapêutica que também pode ser utilizada se necessário).

Geralmente, para o alívio dos sintomas, é necessário um período mínimo de 2 a 4 semanas. Tratamento por no mínimo 3 meses é recomendado para consolidação da resposta. Tratamento por até 6 meses mostrou prevenir novos episódios e deve ser considerado pelo médico, pois a resposta é individual. Por isso, seu médico deve lhe avaliar regularmente.

Para o tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

A dose inicial usual é de 10 mg ao dia. A dose poderá ser aumentada pelo seu médico até um máximo de 20 mg ao dia.

Como o TOC é uma doença crônica, você deve ser tratado por um período suficiente até estar livre dos sintomas. Este período pode ser durante vários meses, de acordo com o critério de seu médico. Os benefícios do tratamento e a dose devem ser reavaliados regularmente.

Pacientes idosos (gt;65 anos de idade)

Pacientes idosos devem iniciar o tratamento com Neuropram com metade da dose mínima usualmente recomendada, ou seja, 5 mg/dia. A dose pode era aumentada pelo seu médico até 10 mg por dia.

Crianças e adolescentes (lt;18 anos)

Neuropram não é recomendado para crianças e adolescentes.

Uso em crianças e em adolescentes

Neuropram normalmente não deve ser usado no tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade. Você também deve saber que os pacientes com menos de 18 anos de idade apresentam um risco maior para alguns efeitos adversos, tais como tentativas de suicídio, pensamentos suicidas e hostilidade (predominantemente agressividade, comportamento opositor e raiva), se fizerem uso desta classe de medicamentos. Apesar disto, seu médico pode prescrever Neuropram para pacientes com menos de 18 anos se achar necessário. Se o seu médico prescreveu Neuropram para um paciente com menos de 18 anos de idade, por favor, volte ao seu médico e converse com ele. Você deve informar ao seu médico se algum dos sintomas mencionados acima surgir ou piorarem em pacientes com menos de 18 anos. Os efeitos em longo prazo em relação ao desenvolvimento do crescimento, maturação, aprendizado e comportamento em pacientes desta faixa etária e Neuropram ainda não foram demonstrados.

Este medicamento não é recomendado em crianças função renal reduzida.

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. Deve-se ter cuidado com pacientes com função renal gravemente reduzida (depuração de creatinina lt; 30 ml/min).

Função hepática reduzida

Recomenda-se que os pacientes com problemas no fígado leves ou moderados utilizem uma dose inicial de 5 mg ao dia durante as duas primeiras semanas do tratamento. Dependendo da resposta individual, seu médico pode aumentar para 10 mg ao dia, a dose terapêutica usual.

Duração do tratamento com Neuropram

Como ocorre com outros medicamentos para depressão e transtorno do pânico, a ação do medicamento demora algumas semanas para ser percebida.

Nunca trocar a dose do medicamento sem antes falar com seu médico.

A duração do tratamento é individual. Usualmente, o período mínimo do tratamento é de 6 meses.

Pacientes que tem depressão recorrente se beneficiam de tratamento continuado, às vezes por vários anos, para a prevenção de novos episódios.

Não interrompa o uso do Neuropram até que o seu médico lhe diga para fazê-lo.

Quando você tiver terminado o seu período de tratamento, é recomendado, geralmente, que a dose do Neuropram seja gradualmente reduzida por algumas semanas.

Quando você interrompe o tratamento com Neuropram, especialmente se de forma abrupta, você pode sentir sintomas de descontinuação. Eles são comuns quando o tratamento com Neuropram é interrompido. O risco é maior quando se usa Neuropram por períodos longos, em doses altas ou quando a dose é reduzida muito rápido. A maioria das pessoas acha que estes sintomas são amenos e toleráveis, e permanecem assim por até 2 semanas. Porém, em alguns pacientes eles podem ser de grande intensidade ou prolongados (2-3 meses ou mais). Se você apresentar sintomas de descontinuação graves quando parar de usar Neuropram, por favor, contate o seu médico. Ele poderá pedir para você retomar o uso do Neuropram e retirá-lo mais lentamente. Esses sintomas não são indicativos de vício.

Os sintomas de descontinuação incluem:

Sensação de tontura (instabilidade), sensações de agulhas na pele, sensações de queimação e de choques elétricos (menos comuns) – inclusive na cabeça, alterações do sono (sonhos vívidos, pesadelos, dificuldade para dormir), ansiedade, dores de cabeça, náusea, suor aumentado (inclui suores noturnos), inquietude ou agitação, tremores, confusão ou desorientação, inconstância emocional, irritabilidade, diarreia, alterações visuais, palpitações.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Neuropram?

Se você esqueceu-se de tomar uma dose, e lembrou-se até antes de deitar-se para dormir, pode fazer uso da dose excepcionalmente neste momento. No dia seguinte, retome o horário usual de uso do medicamento. Se você lembrar-se somente no meio da noite, ou no dia seguinte, ignore a dose esquecida e retome o tratamento como de costume. Não tomar a dose em dobro.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Neuropram

Avisar ao seu médico se teve ou tem algum problema de saúde. Principalmente, fale com seu médico:

Atenção:

Pacientes com transtorno bipolar do humor na fase da depressão, ao fazer uso de antidepressivos, podem apresentar uma virada para a fase maníaca. A mania é caracterizada por mudanças incomuns e rápidas das ideias, alegria inapropriada e atividade física excessiva. Se você se sentir assim com o oxalato de escitalopram, contate o seu médico imediatamente.

Sintomas como inquietude ou dificuldade de sentar ou permanecer em pé também podem ocorrer nas primeiras semanas de tratamento. Avise imediatamente o seu médico se você sentir esses sintomas.

Pensamentos suicidas e agravamento da sua depressão ou distúrbio de ansiedade.

Se você está deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar em autoagressão ou suicídio. Estes pensamentos podem aumentar quando utilizar pela primeira vez um antidepressivo, pois estes medicamentos necessitam de tempo para começarem a agir no organismo, geralmente cerca de duas semanas, às vezes mais.

Caso você:

Se você tiver pensamentos de suicídio ou de causar ferimento a si próprio a qualquer momento, contatar o seu médico ou ir a um hospital imediatamente.

Você pode achar útil dizer a um parente ou amigo próximo que você está deprimido ou tem um transtorno de ansiedade, e pedir-lhes para que leiam a bula. Você pode pedir-lhes para dizer-lhe se acham que a sua depressão ou ansiedade está piorando ou se há mudanças no seu comportamento.

Principais interações medicamentosas

Alguns medicamentos podem afetar a ação de outros, e isso pode causar sérias reações adversas.

Comunicar ao seu médico todos os medicamentos que estiver em uso ou que tenha feito uso nos 14 dias prévios ao início do tratamento com Neuropram (mesmo os sem necessidade de receita controlada), inclusive outros medicamentos para depressão.

Neuropram e os medicamentos abaixo devem ser associados com orientação médica:

Não use Neuropram se você faz uso de outros medicamentos para arritmia cardíaca ou medicamentos que podem afetar o ritmo cardíaco, como antiarrítmicos das Classes IA e III, antipsicóticos (ex: derivados de fenotiazina, pimozida, haloperidol), antidepressivos tricíclicos, alguns antimicrobianos (ex: esparfloxacino, mofloxacino, eritromicina IV, pentamidina ou medicamentos antimaláricos particularmente halofantrina), alguns anti-histamínicos (astemizol, mizolastol). Se você tiver qualquer dúvida procure seu médico.

Neuropram interage com alimentos e bebidas?

Neuropram não interage com alimentos ou bebidas.

Neuropram interage com o álcool?

Neuropram não potencializa os efeitos do álcool. Apesar de não haver interação, recomenda-se não ingerir álcool durante o tratamento com Neuropram.

Informe ao seu médico se está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não usar medicamentos sem o conhecimento do seu médico. pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Neuropram

Como todos os medicamentos, Neuropram pode causar efeitos adversos, apesar do que, nem todos os pacientes os apresentam.

Os efeitos adversos são geralmente amenos e desaparecem espontaneamente após alguns dias de tratamento. Por favor, esteja atento, pois muitos desses sintomas podem ser da sua doença e desaparecerão quando você melhorar.

Procure o seu médico se você apresentar algum dos efeitos adversos listados abaixo durante o seu tratamento:

Reação muito comum – ocorre em mais de 10% (gt; 1/10) dos pacientes que utilizam este medicamento:

Reação comum – ocorre entre 1% e 10% (gt; 1/100 e ? 1/10) dos pacientes que utilizam este medicamento:

Reação incomum – ocorre entre 0,1% e 1% (gt; 1/1.000 e ? 1/100) dos pacientes que utilizam este medicamento:

Reação rara – ocorre entre 0,01% e 0,1% (gt;1/10.000 e ? 1/1000) dos pacientes que utilizam este medicamento:

Desconhecida (frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):

Outros efeitos adversos ocorrem com todos os medicamentos que agem de forma semelhante ao escitalopram (o ingrediente ativo do Neuropram). São eles:

Se você apresentar algum dos efeitos adversos abaixo listados, você deve contatar imediatamente o seu médico ou ir diretamente para um hospital com serviço de emergência:

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Neuropram

Gravidez, amamentação e fertilidade

Informe o seu médico se você está grávida ou planeja ficar grávida. Não tome o Neuropram se você estiver grávida ou amamentando, exceto se você e seu médico já conversaram sobre os riscos e benefícios relacionados.

Se você fizer uso do Neuropram nos 3 últimos meses da sua gravidez, você deve estar ciente que as seguintes reações poderão ser notadas no seu recém-nascido: problemas respiratórios, pele azulada, convulsões, mudanças na temperatura corporal, dificuldades de alimentação, vômitos, açúcar baixo no sangue, contrações espontâneas dos músculos, reflexos vívidos, tremores, icterícia, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência e dificuldades para dormir. Se o seu recém-nascido apresenta algum destes sintomas, por favor, contate o seu médico imediatamente.

Informe ao seu obstetra e/ou médico que você está utilizando Neuropram. Quando utilizado durante a gravidez, especialmente nos últimos três meses, medicamentos como Neuropram podem aumentar o risco de uma doença grave em bebês, chamada de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN) fazendo o bebê respirar mais rápido e apresentar um tom azulado. Estes sintomas geralmente começam nas primeiras 24 horas após o nascimento do bebê. Se isso acontecer com seu bebê, o obstetra e/ou médico deverá ser consultado imediatamente.

Se usado durante a gravidez, Neuropram não deve nunca ser interrompido abruptamente.

Neuropram pode ser excretado no leite materno.

O citalopram, um medicamento parecido com Neuropram, mostrou reduzir a qualidade do esperma em estudos em animais. Teoricamente, isto pode afetar a fertilidade, mas até o momento nenhum impacto sobre a fertilidade em humanos foi observado.

Se você está grávida, amamentando, desconfia que esteja grávida ou planeja engravidar, consulte seu médico ou o farmacêutico antes de usar Neuropram.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Durante o tratamento, você não deve dirigir veículos ou operar máquinas até saber se Neuropram afeta ou não sua atenção. sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Composição do Neuropram

Cada comprimido revestido de 10 mg contém:

12,770 mg de Oxalato de escitalopram*.

*12,770 mg de oxalato de escitalopram equivalem a 10,000 mg de escitalopram.

Cada comprimido revestido de 15 mg contém:

19,160 mg de Oxalato de escitalopram*.

*19,160 mg de oxalato de escitalopram equivalem a 15,000 mg de escitalopram.

Cada comprimido revestido de 20 mg contém:

25,540 mg de Oxalato de escitalopram*.

*25,540 mg de oxalato de escitalopram equivalem a 20,000 mg de escitalopram.

Excipientes:

celulose microcristalina, talco, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio, água purificada.

Superdosagem do Neuropram

Contatar o médico imediatamente ou ir ao hospital mais próximo, mesmo na ausência de desconforto ou sinais de intoxicação, para que sejam realizados os procedimentos médicos adequados. Não existe antídoto específico. O tratamento é sintomático e de suporte. Levar a caixa do Neuropram ao médico ou hospital.

Sintomas de superdose incluem tonturas, tremores, agitação, vômitos convulsões, coma, náuseas, mudança no ritmo cardíaco, diminuição da pressão arterial e alteração do equilíbrio líquido/sal do corpo.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Neuropram

Interações farmacodinâmicas

Combinações contraindicadas

Inibidores Não-Seletivos Irreversíveis da MAO (Monoaminoxidase):

Foram registrados casos de reações graves em pacientes em uso de um ISRS combinado a um inibidor da monoaminoxidase (IMAO) não-seletivo irreversível, e em pacientes que descontinuaram recentemente o tratamento com ISRSs e iniciaram o tratamento com IMAO. Em alguns casos os pacientes desenvolveram síndrome serotoninérgica.

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é contraindicado em combinação com IMAOs irreversíveis não-seletivos. Iniciar o uso do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO irreversível. Iniciar o tratamento com um IMAO irreversível não-seletivo, no mínimo, 7 dias após a suspensão do tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa).

Pimozida:

A coadministração de uma dose única de 2 mg de pimozida a indivíduos tratados com citalopram racêmico (40 mg/dia por 11 dias) causou aumento no AUC e Cmax da pimozida, embora não consistentemente ao longo do estudo. A coadministração de pimozida e citalopram resultou num aumento siginificativo do intervalo QTc de aproximadamente 10 ms. Devido à interação observada com uma dose baixa de pimozida, a administração concomitante de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e pimozida é contraindicada.

Inibidor Seletivo Reversível da MAO-A (Moclobemida):

Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a combinação de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) com inibidores da MAO-A, como a moclobemida, é contraindicada. Se a combinação for considerada necessária, deve ser iniciado com a dose mínima recomendada e a monitoração clínica deve ser reforçada.

Inibidor Não-Seletivo Reversível da MAO (Linezolida):

O antibiótico linezolida é um inibidor não seletivo reversível da MAO e não deve ser administrado em pacientes em tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa). Se a combinação for considerada necessária, deve ser iniciado com a dose mínima recomendada e sob monitoração clínica.

Inibidor Seletivo Irreversível da MAO-B (Selegilina):

Em combinação com selegilina (inibidor irreversível da MAO-B), recomenda-se cautela devido ao risco de síndrome serotoninérgica. Doses de selegilina até 10 mg diárias foram coadministradas com segurança associadas ao Oxalato de Escitalopram (substância ativa).

Prolongamento do Intervalo QT:

Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e outros medicamentos que prolongam o intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um efeito aditivo entre esses medicamentos e o citalopram. Desta forma, a coadministração do citalopram e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como antirrítimicos Classes IA e III, antipsicóticos (ex.: derivados da fenotiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos tricíclicos, alguns agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacino, moxifloxacina, eritromicina IV, pentamidina e antimaláricos particularmente halofantrina), alguns anti histamínicos (astemozol e mizolastina) etc., é contraindicado.

Combinações que exigem precaução quando utilizadas

Drogas de ação serotoninérgica:

A administração concomitante com outras drogas de ação serotoninérgica (por exemplo, tramadol, sumatriptano) pode levar ao aparecimento da síndrome serotoninérgica.

Medicamentos que diminuem o limiar convulsivo:

ISRSs podem diminuir o limiar convulsivo. Recomenda-se cautela no uso concomitante do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e outros medicamentos capazes de diminuir o limiar convulsivo (por exemplo, antidepressivos (tricíclicos), neurolépticos (fenotiazinas, tioxantenos e butirofenonas), mefloquina, bupropiona e tramadol).

Lítio, triptofano:

Houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente com lítio ou triptofano, sendo assim, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve ser realizado sob orientação médica.

Erva de São João:

O uso concomitante de ISRS e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João (Hypericum perforatum) pode resultar num aumento da incidência de reações adversas.

Hemorragia:

Alterações nos efeitos anticoagulantes podem ocorrer quando o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é combinado com anticoagulantes orais. Pacientes em uso de anticoagulantes orais devem ter a coagulação monitorada cuidadosamente quando o tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) for iniciado ou interrompido.

O uso concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode aumentar tendências hemorrágicas.

Álcool:

Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e o álcool. Entretanto, assim como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central, a combinação com álcool não é recomendada.

Medicamentos indutores de hipocalemia / hipomagnesemia:

Recomenda-se precaução no uso concomitante com medicamentos indutores de hipocalemia/hipomagnesemia, uma vez que estas condições aumentam o risco de arritimias malignas.

Interações farmacocinéticas

Efeito de outros medicamentos na farmacocinética do Oxalato de Escitalopram

O metabolismo do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é mediado principalmente pela enzima CYP2C19. As enzimas CYP3A4 e CYP2D6 também contribuem, embora em menor escala. A metabolização do principal metabólito do Oxalato de Escitalopram (substância ativa), o S-desmetilOxalato de Escitalopram (substância ativa) (S-DCT) parece ser parcialmente catalisada pela enzima CYP2D6. A administração concomitante do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) com o omeprazol 30 mg diários (inibidor da CYP2C19) resulta em um aumento das concentrações plasmáticas de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) de aproximadamente 50%.

A administração concomitante de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) com a cimetidina 400 mg, 2 vezes ao dia (inibidor de enzimas potência moderada) resultou em um aumento das concentrações plasmáticas de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) de aproximadamente 70%. Recomenda-se precaução na administração concomitante de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e cimetidina. Pode ser necessário um ajuste da dose.

É necessária cautela na administração concomitante de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) com inibidores da CYP2C19 (por ex.: omeprazol, azomeprazol, fluvoxamina, lansoprazol, ticlopidina) ou cimetidina. Poderá ser necessária a redução da dose do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) baseada na monitoração dos efeitos colaterais durante o tratamento concomitante.

Efeito do Oxalato de Escitalopram na farmacocinética de outros medicamentos

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é um inibidor moderado da enzima CYP2D6. Quando coadministrado com medicamentos cuja metabolização seja catalisada por esta enzima e cujo índice terapêutico é estreito, por exemplo, flecainida, propafenona e motoprolol (quando usados para tratamento de insuficiência cardíaca), ou alguns medicamentos que agem no sistema nervoso central e que são metabolizados principalmente pela CYP2D6, por exemplo, antidepressivos como a desipramina, clomipramina, e nortriptilina ou antipsicóticos como a risperidona, tioridazina e o haloperidol.

Pode ser necessário o ajuste da dose. A administração concomitante com a desipramina ou metropolol (substratos da CYP2D6) resultou em um aumento dobrado dos níveis plasmáticos destes medicamentos.

Estudos in vitro demonstraram que o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) poderá também causar uma leve inibição da CYP2C19. Recomenda-se cautela no uso concomitante de medicamentos que são metabolizados pela CYP2D6.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lexapro. 

Ação da Substância Neuropram

Resultados de Eficácia


Estudos em animais

Nenhum protocolo convencional de estudos pré-clínicos foi conduzido com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa), já que estudos de similaridade quanto à toxicologia e toxicidade cinética, conduzidos em ratos com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e o citalopram, demonstraram um perfil similar. Portanto, todas as informações do citalopram podem ser extrapoladas para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa).

Em estudos toxicológicos comparativos em ratos, o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e o citalopram causaram toxicidade cardíaca, inclusive falência cardíaca, após algumas semanas de tratamento, com doses que causavam toxicidade generalizada.

A cardiotoxicidade parece estar mais relacionada aos picos de concentrações plasmáticas do que à exposição sistêmica AUC (área sobre curva). Os picos de concentrações plasmáticas nos quais ainda não se observavam efeitos, eram aproximadamente 8 vezes maiores do que os clinicamente observados enquanto a AUC, para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa), estava apenas 3 a 4 vezes maior que a observada durante o uso clínico.

Na avaliação do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) (mistura racêmica), os valores da AUC para o S-enantiômero (Oxalato de Escitalopram (substância ativa)) foram 6 a 7 vezes maiores que os valores clinicamente observados. Estes achados estão provavelmente relacionados a uma influência exagerada sobre as aminas biogênicas, isto é, são secundárias aos efeitos farmacológicos primários, resultando em repercussões hemodinâmicas (redução do fluxo coronário) e isquemia. No entanto, o mecanismo exato de cardiotoxicidade em ratos não é claro. A experiência clínica com o citalopram, e os dados disponíveis para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa), não indicam que estes achados tenham correlação clínica.

Foi observado um aumento dos fosfolipídios em alguns tecidos, como os pulmões, testículos e fígado, após o tratamento por períodos mais prolongados com Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e citalopram em ratos. O efeito é reversível após o término do tratamento.

Achados no epidídimo e no fígado foram observados com exposições semelhantes ao do homem. O acúmulo de fosfolipídios (fosfolipidose) em animais tem sido observado e relacionado a muitos medicamentos anfifílicos catiônicos. Não se sabe se este fato possui algum significado clínico relevante para o homem.

No estudo de toxicidade do desenvolvimento em ratos, efeitos embriotóxicos (redução do peso fetal e retardo de ossificação reversível), foram observados após exposições AUC excessivas às encontradas no uso clínico, porém não foi observado um aumento na frequência de malformações. Estudos peri e pós-natal apresentaram uma diminuição da sobrevivência durante o período de lactação, em exposições AUC excessivas às exposições observadas clinicamente.

Dados de estudos em animais demonstraram que o citalopram, em níveis de exposição bem acima da exposição humana, induz uma redução nos índices de fertilidade e de gravidez, redução do número de implantações e de anormalidades do esperma. Não há dados animais relativos a esse aspecto disponíveis para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa).

Estudos em humanos

Episódios depressivos

Em um estudo de dose fixa, placebo-controlado, duplo-cego, de 8 semanas de duração, o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) apresentou taxas de respostas e de remissão significativamente maiores que o placebo (55,3% contra 41,8%; p = 0,01 e 47,3% contra 34,9%, respectivamente)1.

Em outro estudo de dose fixa, duplo-cego, placebo controlado, de 8 semanas, pacientes que foram tratados com Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10mg/dia (n = 118), Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 20mg/dia (n = 123), citalopram 40mg/dia (n = 125) ou placebo (n = 119)2, as doses de 10 e 20mg de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foram significativamente melhores do que o placebo na redução da pontuação na Escala de Depressões de Montgomery Asberg (MADRS) a partir de segunda semana (p lt; 0,05 nas semanas 2 e 4; p lt; 0,01 nas semanas 6 e 8)2.

Um resultado semelhante foi obtido usando a Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton (HAM) e nas medidas de melhora e gravidade na Impressão Clínica Global (CGI). Na Impressão Clínica de Melhora (CGI-I), uma superioridade significativa do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) sobre o placebo já foi vista a partir da primeira semana para a dose de 10mg/dia e partir da segunda semana para a dose de 20mg/dia2. Na escala de Hamilton – 24 itens (HAM-D), o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) na dose de 20mg/dia foi significativamente superior ao citalopram na dose de 40mg/dia ao final do estudo. Estes resultados sugerem que o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) está associado a uma melhora precoce dos sintomas depressivos2. A taxa de remissão foi significativamente maior para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10mg/dia (40%) e 20mg/dia (41%), do que para o placebo (24%)2. A taxa geral de abandono no estudo foi de 24%, sem diferenças significativas entre os grupos que receberam Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10mg/dia (20%), Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 20mg/dia (25%), citalopram 40mg/dia (25%) ou placebo (25%)2.

Na análise unificada de eficácia, o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) produziu efeitos rápidos e duradouros num subgrupo de pacientes com transtorno depressivo maior (pontuação inicial na MADRS ? a 30). O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) proporcionou uma redução estatisticamente significativa dos sintomas já a partir da primeira semana de tratamento comparado ao placebo (análise LOCF), e mostrou-se significativamente superior ao placebo ao longo de todo o estudo, exceto na segunda semana, na qual apresentou, no entanto, superioridade numérica (p = 0,07)3.

Em um estudo de extensão de 36 semanas, multicêntrico, duplo-cego, com doses flexíveis do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10-20mg/dia (n = 181) e placebo (n = 93), realizado com pacientes respondedores (MADRS ? 12) que realizaram estudo prévio de 8 semanas, duplo-cegos, o tempo para recaída foi significativamente maior para o grupo Oxalato de Escitalopram (substância ativa) (p = 0,13) e o numero total de pacientes que recaíram foi significativamente menor para o grupo Oxalato de Escitalopram (substância ativa) (26% contra 40% do placebo; p = 0,01). Neste estudo, o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) se mostrou eficaz na prevenção de recaídas e proporcionou melhora continuada no tratamento de manutenção de depressão4.

Referências

1. Wade A et al. Escitalopram 10 mg-day is Effective and Well Tolerated in a Placebo-Controlled Study in Depression in Primary Care. Int Clin Psychopharmacol 2002, 17:95-102.
2. Burke WJ et al. Fixed-Dose Trial of the Single Isomer SSRI Escitalopram in Depressed Outpatients. J Clin Psychiatry 2002; 63(4):331-336.
3. Gorman JM et al. Efficacy Comparison of Escitalopram and Citalopram in the Treatment of Major Depressive Disorder: Pooled Analysis of Placebo-Controlled Trials. CNS Spectrums 2002; 7:40-44.
4. Rapaport MH et al. Escitalopram Continuation Treatment Prevents Relapse of Depressive Episodes. J Clin Psychiatry, 2004. 65 (1):44-49.

Transtorno de pânico com ou sem agorafobia

Um total de 366 pacientes foi randomizado (placebo n = 114, citalopram n = 112 e Oxalato de Escitalopram (substância ativa) n = 125) em um estudo duplo-cego de 10 semanas1. No grupo tratado com Oxalato de Escitalopram (substância ativa), a diminuição na frequência de ataques de pânico na semana 10, em comparação ao início (aferida pela Escala Modificada de Pânico e Ansiedade Antecipatória de Sheehan), foi significativamente superior ao placebo (p = 0,04), bem como a diminuição do percentual de horas diárias de ansiedade antecipatória1.

Escitalopram e citalopram reduziram significativamente a gravidade e os sintomas de transtorno de pânico em comparação ao placebo ao final do estudo (p ? 0,05). O índice de descontinuação por efeitos adversos foi de 6,3% para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa), 8,4% para o citalopram e 7,6% para o placebo.

Referências

1. Stahl S, Gergel I, Li D. Escitalopram in the Treatment of Panic Disorder. – A Randomized, Double-Blind, Placebo – Controlled Trial; J Clin Psychiatry. 2003, 64(11):1322-1327.

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Em um estudo de 8 semanas, multicêntrico, com doses flexíveis, placebo-controlado, comparou- se o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10 a 20mg/dia (n = 158) ao placebo (n = 157) em pacientes ambulatoriais entre 18 e 80 anos de idade, que preenchiam os critérios do DSM-IV para TAG e apresentavam pontuação maior ou igual a 18 na escala de Avaliação de Hamilton para Ansiedade (HAM-A).

O grupo tratado com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) demonstrou uma melhora significativamente maior, quando comparado ao placebo, na pontuação total da HAM-A e também na pontuação da subescala de ansiedade psíquica da HAM-A desde a 1a semana até o final do estudo. Ao final do estudo, as variações na pontuação total da HAM-A foram de -11,3 para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e -7,4 para o placebo (LOCF; p lt; 0,001).

O índice de resposta para os que completaram o estudo, na semana 8, foi de 68% para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e de 41% para o placebo (p lt; 0,01) e de 58% (Oxalato de Escitalopram (substância ativa)) e 38% (placebo) na avaliação LOCF (p lt; 0,01). O tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foi bem tolerado, com índice de descontinuação por efeitos adversos sem diferença estatística em comparação ao do placebo (8,9% contra 5,1%, respectivamente, P = 0,27). O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foi efetivo, seguro e bem tolerado no tratamento de pacientes com TAG.

Referências

1. Davidson JRT, Bose A, Korotzer A, Zheng H. Escitalopram in the treatment of generalized anxiety disorder: double blind, placebo controlled, flexible-dose study. Depression and Anxiety 2004, 19:234–240.

Transtorno de ansiedade social (fobia social)

Em um estudo de estabelecimento de dose, tanto em 12 semanas (curto prazo) como em 24 semanas (longo prazo), o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) mostrou-se eficaz e bem tolerado nas doses de 5, 10 e 20mg/dia para o tratamento do transtorno de ansiedade social1.

Em outro estudo, duplo-cego, pacientes com transtorno de ansiedade social foram randomizados para receber placebo (n = 177) ou Oxalato de Escitalopram (substância ativa) na dose de 10 a 20mg/dia (n = 181), por 12 semanas. A medida primária de eficácia foi a mudança média desde o início na pontuação total da escala de Liebowitz para Ansiedade Social (LSAS). O estudo mostrou uma superioridade estatística para o tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) em comparação ao placebo na pontuação total da LSAS (P=0,005). O número de respondedores ao tratamento no grupo Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foi significativamente maior do que no grupo placebo (54% contra 39%; P lt; 0,01).

A relevância clínica destes achados foi corroborada pela redução significativa nos componentes relacionados ao trabalho e às questões sociais na escala de Sheehan de Desadaptação e pela boa tolerabilidade ao tratamento com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa)2. Escitalopram foi eficaz e bem tolerado no tratamento do transtorno de ansiedade social1,2.

Referências

1. Lader M, Stender K, Bürger V, Nil R. Efficacy and Tolerability of Escitalopram in 12- and 24-Week Treatment of Social Anxiety Disorder: Randomized, Double Blind, Placebo – Controlled, Fixed-Dose Study. Depression and Anxiety 2004, 19:241-248.
2. Kasper S, Stain D, Loft H, Nil R. Escitalopram in the treatment of social anxiety disorder. Randomised, placebo controlled flexible dosage study. British Journal of Psychiatry 2005, 186: 222-226.

Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

Em curto-prazo1 (12 semanas), evidenciou-se a separação do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) (20mg/dia) do placebo na pontuação total e nas subescalas para obsessões e rituais da escala de Yale Bocks (Y-BOCS) e também na pontuação total da NIMH-OCS. Pela análise de casos observados (LOCF), tanto o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10mg/dia (p = 0,005) como 20mg/dia (p lt; 0,001) foram efetivos.

A manutenção da resposta em longo prazo foi demonstrada em um estudo1 placebo controlado de 24 semanas de busca de dose eficaz e em um estudo placebo controlado de prevenção de recaídas2 de 24 semanas de duração, que teve uma fase aberta, prévia a de 24 semanas, de 16 semanas de duração.

A longo-prazo, ambos os grupos com 10mg/dia (p lt; 0,05) e 20mg/dia (p lt; 0,01) do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foram significativamente mais efetivos que o placebo, conforme mensurado pela medida primária de eficácia, a pontuação total na Y-BOCS, bem como pelas medidas secundárias, as subescalas de obsessões e rituais Y-BOCS e a NIMH-OCS (10mg/dia (p lt; 0,01) e 20mg/dia (p lt; 0,001) do Oxalato de Escitalopram (substância ativa)).

A manutenção da eficácia e da prevenção das recaídas foram demonstradas para as doses de 10 e 20mg/dia do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) em pacientes que responderam ao Oxalato de Escitalopram (substância ativa) em uma primeira fase de tratamento aberto de 16 semanas e que depois entraram em uma fase de 24 semanas de prevenção de recaídas (duplo-cego, placebo controlado, randomizado). No estudo de prevenção de recaídas, os grupos em uso do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) 10mg/dia (p = 0,014) e 20mg/dia (p lt; 0,001) apresentaram, significativamente, menos recaídas.

Um efeito benéfico significativo na qualidade de vida dos pacientes com TOC foi observado (aferido pela SF-36 e SDS) nos estudos com o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) nesta população.

Referências

1. Stein DJ, Andersen EW, Tonnoir B, Fineberg N. Escitalopram in obsessive compulsive disorder: a randomized, placebo-controlled, paroxetine-referenced, fixed-dose, 24-week study. Curr Med Res Opin. 2007; 23(4):701-11.
2. Fineberg NA, Tonnoir B, Lemming O, Stein DJ. Escitalopram prevents relapse of obsessive-compulsive disorder. Eur Neuropsychopharmacol. 2007; 17(6-7):430-9.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é um inibidor seletivo da receptação de serotonina (5-HT) de afinidade alta pelo sítio de ligação primário do transportador de serotonina. Ele também se liga a um sítio alostérico no transportador de serotonina, com uma afinidade de ligação 1000 vezes menor. A modulação alostérica do transportador de serotonina potencializa a ligação do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) ao sítio primário, o que resulta em uma inibição da recaptação de serotonina mais eficaz.

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é isento de afinidade ou esta é muito baixa, por diversos receptores, o que se inclui 5-HT1A, 5-HT2, dopaminérgicos D1 e D2, ?1, ?2, ?-adrenoreceptores, histaminérgico H1, muscarínicos, colinérgicos, benzodiazepínicos e opioides.

A inibição da receptação de 5-HT é o único mecanismo de ação que explica os efeitos farmacológicos e clínicos do Oxalato de Escitalopram (substância ativa).

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é o enantiômero S do racemato (citalopram), ao qual é atribuída a atividade terapêutica. Estudos farmacológicos demonstram que o R-citalopram não é somente inerte, pois interfere negativamente na potencialização da receptação de serotonina e, por conseguinte, nas propriedades farmacológicas do enantiômero S.

Efeitos farmacodinâmicos

Em um estudo duplo-cego, placebo controlado, de ECG em voluntários sadios, a alteração em relação ao início do QTc (correção Fridericia) foi de 4,3 ms (90% CI 2,2-6,4) com uma dose de 10mg/dia e 10,7 ms (90% CI 8,6-12,8) com uma dose de 30mg/dia.

Farmacocinética

Absorção

A absorção é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmax médio de 4 horas após dosagem múltipla). Tal como acontece com citalopram racêmico, a biodisponibilidade absoluta do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é esperada para ser aproximadamente 80%.

Distribuição

O volume de distribuição aparente (Vd,?/F) é de cerca de 12 a 26 L/Kg, após administração oral. A ligação às proteínas plasmáticas é menor que 80% para o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e seus principais metabólitos.

Biotransformação

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é metabolizado no fígado em derivados desmetilados e didesmetilados. Ambos são farmacologicamente ativos. Alternativamente, o nitrogênio pode ser oxidado formando o metabólito N-óxido. Tanto o composto original como os metabólitos são parcialmente excretados como glicoronídeos.

Após administração de múltiplas doses, as concentrações médias dos metabólitos desmetilados e didesmetilados geralmente são 28-31% e lt; 5% da concentração do Oxalato de Escitalopram (substância ativa), respectivamente. A biotransformação do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) no metabólito desmetilado é mediada pelo CYP2C19. É possível alguma contribuição das enzimas CYP3A4 e CYP2D6.

Eliminação

A meia-vida de eliminação (T1/2?) após doses múltiplas é de cerca de 30horas, e o clearance plasmático oral (Cloral) é de aproximadamente 0,6 L/min. Os principais metabólitos têm uma meia-vida consideravelmente mais longa. Assume-se que o Oxalato de Escitalopram (substância ativa) e seus principais metabólitos são eliminados tanto pela via hepática como pela via renal, sendo a maior parte da dose excretada como metabólitos na urina.

Linearidade

A farmacocinética é linear. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são alcançados em aproximadamente 1 (uma) semana. As concentrações médias em equilíbrio de 50 nmol/L (variação de 20 a 125 nmol/L) são alcançadas com uma dose diária de 10mg.

Pacientes idosos (gt; 65 anos)

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) aparentemente é eliminado mais lentamente em pacientes idosos, se comparado com pacientes mais jovens. Foi observado um aumento de 50% na exposição sistêmica (AUC) em idosos comparados a pacientes mais jovens.

Função hepática reduzida

O Oxalato de Escitalopram (substância ativa) é eliminado mais lentamente em pacientes com função hepática reduzida. Em pacientes com alterações da função hepática leve e moderada (classificação de Child-Pugh A e B), a meia-vida do Oxalato de Escitalopram (substância ativa) foi aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações em equilíbrio foram em média 60% maiores quando comparados a pacientes com função hepática normal.

Função renal reduzida

Observou-se um aumento da meia-vida e aumentos menores na exposição (AUC) em pacientes com função renal reduzida (clearance de creatinina entre 10-53mL/min). As concentrações plasmáticas dos metabólitos não foram estudadas, porém podem ser elevadas.

Polimorfismo

Foi observado que pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2C19 apresentam uma concentração plasmática de Oxalato de Escitalopram (substância ativa) duas vezes maior quando comparados com pacientes sem problemas. Nenhuma mudança significativa na exposição foi observada em pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2D6.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lexapro. 

Cuidados de Armazenamento do Neuropram

Neuropram deve ser guardado à temperatura ambiente (15 a 30°C), em sua embalagem original, protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Neuropram é apresentado em:

Comprimidos revestidos, na concentração de 10 mg, 15 mg e 20 mg.

O comprimido revestido de Neuropram tem a cor branca, é oblongo e monossectado para as três concentrações deste produto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Neuropram

Registro M.S. nº. 1.0235.1064

Farm. Resp.:

Dr. Ronoel Caza de Dio
CRF SP 19.710

Registrado e Fabricado por:

EMS S/A
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, s/n°, Km 08 – Chácara Assay
CEP 13186-901, Hortolândia – SP
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira

Comercializado por:

Nova Química Farmacêutica S/A – Barueri/SP

Venda sob prescrição médica.

Sair da versão mobile