Antes de tudo, vamos conhecer os triglicérides (que também podem ser chamados de triglicerídeos).
Eles são como uma reserva de energia, um combustível para os músculos. Quando são pouco utilizados, acumulam-se no tecido adiposo, em forma de gordura.
Por aí, já dá para perceber que colocar os músculos para trabalhar é uma excelente forma de utilizar a energia dos triglicérides e evitar que aumentem o estoque das gordurinhas, certo?
Os triglicérides entram no nosso corpo pela boca: está presente em alimentos ricos em carboidratos simples (açúcar, farinha branca, refrigerante, etc.) e ricos em gorduras, principalmente de origem animal (carnes, leite integral, queijos amarelos).
Também podem ser resultado de processos metabólicos, especialmente quando o problema é genético – que é quando a pessoa, mesmo comendo direitinho e se exercitando, ainda apresenta taxas alteradas.
Qualquer um que tenha uma alimentação ruim e seja sedentário corre o risco de apresentar excesso de triglicérides, mas existem outros fatores que podem potencializar essa tendência.
São eles: excesso de peso, obesidade, acúmulo de gordura abdominal, síndrome metabólica, alcoolismo, resistência à insulina, diabetes e hipotireoidismo não tratados.
Como esse é um problema que não gera sintomas, é fundamental consultar um médico regularmente para manter os exames de sangue sempre atualizados – é só assim que o excesso de triglicérides é descoberto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, quando o resultado da medição de triglicérides é igual ou superior a 150mg/ml de sangue, o sinal de alerta está dado.
Só em casos muitos específicos o tratamento é feito com medicamento. Em geral, o que se recomenda é mudança de hábitos de vida: uma dieta mais nutritiva e reduzida em carboidratos simples e gorduras, menor ingestão de álcool e prática regular de atividade física.
Quem vai determinar o melhor tratamento para cada caso é o médico, então, não adie suas consultas! Se não for tratado corretamente, o excesso de triglicérides aumenta o risco de gordura no fígado, hepatite, cirrose, doença cardiovascular, infarto do coração e pancreatite.