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O que é síndrome metabólica e como prevenir a condição

dr.consulta - profissional da saúde mede glicose de uma pessoa para avaliar fator de risco da síndrome metabólica

Com a correria do dia a dia, hábitos como dormir mal, fazer refeições pouco nutritivas e passar muito tempo sentado passaram a se tornar cada vez mais comuns.

Embora pareça rotineiro, esse estilo de vida pode ajudar a desenvolver uma condição séria e silenciosa: a síndrome metabólica. Dessa forma, entender melhor esse quadro e formas de preveni-lo é essencial para uma vida mais saudável.

Não é uma doença 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a síndrome metabólica não é uma doença.

Na verdade, esse é um termo que corresponde a um conjunto de fatores que uma pessoa pode apresentar, todos associados à resistência insulínica, que combinados aumentam suas chances de desenvolver outras condições sérias, como doenças cardíacas e a diabetes.

Qual o papel da insulina no organismo?

Esse é o nome dado a um hormônio produzido pelo pâncreas que tem como principal função o controle da glicose no sangue. Isso quer dizer que quando uma pessoa ingere alimentos ricos em açúcar, responsável por fornecer energia ao corpo, é ela que ajuda na sua absorção.

No entanto, em casos de resistência insulínica ou produção insuficiente desse hormônio, como ocorre na síndrome metabólica e na diabetes, pode ocorrer hiperglicemia (altos níveis de glicose no sangue), resultando em deficiências nos órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Fatores que determinam a síndrome metabólica

De acordo com os critérios nacionais definidos pelo Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, em um documento de referência médica, considera-se que uma pessoa está com a condição quando ela apresenta pelo menos três, das cinco, manifestações:

Quantidade alta de gordura abdominal

Também chamada de obesidade central, é a circunferência da cintura superior a 80 cm na mulher e 94 cm no homem, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pressão alta

É considerada hipertensão quando a pressão do sangue nas artérias está acima do normal. Isso pode ser medido de duas maneiras: 

Se uma pessoa já toma medicamentos para controlar a pressão, isso também é um critério para considerar a presença de síndrome metabólica.

Glicemia alterada

Valores de glicose no sangue iguais ou superiores a 100 mg/dl, ou um diagnóstico prévio de diabetes, são fatores de risco significativos para a condição.

Altos níveis de triglicerídeos 

Quando a quantidade de gordura no sangue é igual ou superior a 150 mg/dl, isso aumenta o risco de síndrome metabólica.

Índice baixo de HDL

Conhecido como “colesterol bom”, níveis inferiores a 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres também são indicativos da síndrome metabólica.

Como confirmar a síndrome metabólica?

Para avaliação dos fatores de risco e um diagnóstico mais preciso, é recomendável consultar um endocrinologista ou um clínico geral.

Esses profissionais estão capacitados para realizar uma avaliação completa, incluindo exames de sangue para verificar os níveis de glicose, triglicerídeos e HDL, além de medição da circunferência da cintura e avaliação da pressão arterial.

Com base nos resultados desses testes e na presença de pelo menos três dos critérios mencionados, o diagnóstico de síndrome metabólica pode ser confirmado.

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Hábitos saudáveis fazem a diferença

Imagem ilustrativa (GettyImages)

A síndrome metabólica não tem cura, mas a adoção de hábitos mais saudáveis ajudará a manter o quadro controlado.

Em alguns casos, pode ser necessário também o uso de medicamentos, mas apenas o médico poderá fazer essa indicação após avaliar o caso individualmente.

Confira cinco dicas essenciais para o tratamento ou prevenção dessa condição.

1. Invista em uma alimentação saudável

Quando se fala em saúde e bem-estar, essa é uma das principais recomendações. Para uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, inclua na sua alimentação frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva e nos peixes.

Por outro lado, evitar alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, também é essencial como medida preventiva. Nesse sentido, diminua o consumo de biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos “de pacote”.

2. Pratique atividades físicas regularmente

Pode ser difícil começar um exercício depois de um tempo acostumado com o comportamento sedentário, mas alguns minutos do dia já podem fazer a diferença para evitar o desenvolvimento da síndrome metabólica (ou seu agravamento).

A recomendação é praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana. Sendo assim, separando 30 minutos todos os dias da semana já é possível atingir a meta estipulada pela OMS.

Segundo especialistas, caminhadas, corridas, natação e musculação são algumas das alternativas que ajudam a controlar o peso, reduzir a pressão arterial e melhorar os níveis de colesterol.

3. Faça técnicas de gerenciamento de estresse

Com as obrigações do dia a dia, é comum acumular esse sentimento. No entanto, o estresse crônico pode levar ao aumento da pressão arterial e níveis elevados de glicose no sangue, contribuindo para o desenvolvimento da síndrome metabólica.

Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e exercícios de respiração, podem ser muito úteis para evitar esse quadro.

Se não encontrar nenhuma medida que te ajude, busque ajuda especializada de um profissional da saúde, como o psicólogo.

4. Faça avaliações regulares de saúde

Monitorar regularmente os níveis de glicose, colesterol e pressão arterial é uma prática recomendada.

Sendo assim, consultar um profissional de saúde, como o endocrinologista, para avaliações regulares pode ajudar na detecção precoce e no tratamento adequado dos fatores de risco da síndrome metabólica.

5. Cuidado com o álcool e cigarro

O tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas estão associados a um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas.

Portanto, é recomendado parar com esses dois hábitos para uma melhor qualidade de vida.

Apesar de ser dicas sempre mencionadas por especialistas e muitas vezes parecer repetitivas, vale a pena colocá-las em práticas. Lembre-se que a sua saúde deve ser sempre sua prioridade.

Fontes:

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