Se não for tratada, a entrada de bactérias por meio da pele pode levar a uma infecção generalizada
De acordo com o Ministério da Saúde, erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular. O problema é causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos e não é contagioso.
A erisipela pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em quem tem diabetes, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores (geralmente, idosos).
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Conheça as causas e os principais sintomas
Especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) explicam que a erisipela está relacionada a um fator chamado “porta de entrada”. Úlcera venosa crônica, pé de atleta, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas são exemplos de portas de entrada. É por meio delas que as bactérias penetram na pele e se espalham pelo organismo.
A principal bactéria envolvida é o Estreptococo Beta-Hemolítico do grupo A, porém, outras bactérias também podem estar envolvidas na infecção. Pessoas com baixa condição imunológica, obesas e com má circulação são as mais suscetíveis, de acordo com a SBD.
Muitas vezes, a erisipela tem início súbito e envolve sintomas como mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios. Isso acontece antes mesmo de os primeiros sinais de infecção aparecerem na pele.
Outros sintomas de erisipela são avermelhamento em pontos locais da pele, dor, inchaço e aumento da temperatura. O aparecimento de inchaço nos gânglios linfáticos é comum.
De acordo com a SBD, em casos mais graves, podem surgir formação de bolhas, escurecimento de parte da pele que é afetada e até quadros de sepse, ou seja, infecção generalizada com risco de morte.
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A erisipela tem tratamento
Os especialistas do Ministério da Saúde explicam que o tratamento da erisipela é uma combinação de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico dermatologista:
- uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora;
- redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para que desinche mais rapidamente;
- fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras;
- limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente propício para o crescimento das bactérias;
- uso de medicação de apoio, como anti-inflamatórios, antitérmicos, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa.
As melhores medidas preventivas, de acordo com a SBD, consistem em: investir em medidas de limpeza local; evitar as “portas de entrada” (como traumas, picadas de insetos, dermatoses cutâneas – tipo pé de atleta); ter atitudes que reduzam a insuficiência linfática e venosa e ter um melhor controle do diabetes.
Fontes: