O que é o carcinoma basocelular?
Mais comum em pessoas acima dos 40 anos, o câncer de pele não melanoma é a condição cancerígena mais prevalente no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos registrados, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Entre os diferentes tipos de tumores dessa classificação, o mais frequente é o carcinoma basocelular (CBC), que costuma surgir na camada mais interna da epiderme – responsável pela produção de novas células para renovar a superfície da pele.
Embora apresente as maiores taxas de cura quando diagnosticado precocemente, pode provocar alterações significativas na aparência quando não tratado adequadamente.
Como identificar o carcinoma basocelular
As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas geralmente estão em locais expostos à radiação solar, como rosto, couro cabeludo, pescoço, orelhas, ombros e costas.
Elas também podem se manifestar de formas variadas, aponta a Skin Cancer Foundation, muitas vezes dificultando a percepção inicial. Mas alguns sinais típicos incluem:
- ferida aberta e persistente: não cicatriza ou melhora e retorna. Pode sangrar ou formar crostas;
- irritações ou manchas vermelhas: sem desconfortos associados ou que coçam ou descamam;
- inchaço ou nódulo brilhante: de aspecto perolado, transparente, rosado, avermelhado ou esbranquiçado. Em pessoas de pele mais escura pode apresentar coloração marrom ou preta;
- crescimento com borda elevada: geralmente rosado, com centro crostoso e, ao longo do tempo, pequenos vasos visíveis;
- área semelhante a cicatriz: lisa, branca, amarelada ou cerosa, muitas vezes com margens mal definidas.

Ao notar qualquer indício suspeito, é indispensável buscar suporte médico do dermatologista para uma avaliação detalhada dos sintomas.
Fatores de risco
Algumas características aumentam a predisposição ao desenvolvimento do carcinoma basocelular, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), incluindo:
- pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos;
- tendência a queimaduras solares (em vez de bronzeado);
- histórico familiar ou pessoal de câncer de pele;
- exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente durante a infância e adolescência.
O INCA também alerta que indivíduos com sistema imunológico enfraquecido ou expostos à radiação artificial (como câmaras de bronzeamento) estão mais suscetíveis.
Cirurgia costuma ser o tratamento mais indicado
Após a avaliação clínica, a conduta mais recomendada é a solicitação da biópsia para confirmar o diagnóstico e determinar as especificidades do tumor, de acordo com as diretrizes da SBD.
Assim, o profissional pode discutir junto ao paciente o melhor manejo terapêutico que, na maior parte dos casos, envolve o procedimento cirúrgico.
A escolha da técnica depende da localização e do tamanho do tumor, da idade da pessoa e de outras condições de saúde, segundo a Sociedade Americana do Câncer (ACS). Entre as opções mais utilizadas estão:
- curetagem e eletrodissecação: mais usada para lesões pequenas e de baixo risco. Pode ser repetida para garantir a retirada completa;
- excisão padrão: remoção da malignidade junto a uma margem de pele saudável;
- cirurgia de Mohs: técnica mais precisa, indicada para massas grandes, com bordas mal definidas ou que se encontram em áreas sensíveis, como nariz, olhos e orelhas.
Para indivíduos que não podem realizar operações ou quando a região afetada é de difícil intervenção, a radioterapia é uma alternativa.
Existem ainda tratamentos tópicos e locais para tumores superficiais, como crioterapia, terapia fotodinâmica, quimioterapia tópica e moduladores de resposta imune, mas exigem monitoramento rigoroso, já que o risco de retorno é maior.
É importante ressaltar que o acompanhamento médico periódico é necessário em todos os casos, pois o câncer pode voltar, o que recebe o nome de recidiva.
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Como prevenir o câncer de pele
Medidas simples podem ser eficazes para reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de pele não melanoma. O INCA orienta:
- evitar exposição solar direta entre 10h e 16h;
- aplicar protetor solar com FPS mínimo de 15 em todo o corpo e utilizar também produtos específicos para os lábios;
- procurar ficar na sombra em ambientes ao ar livre;
- utilizar chapéus de abas largas, roupas adequadas e óculos com proteção contra raios ultravioleta.
Apesar do carcinoma basocelular ter altos índices de cura e baixa taxa de mortalidade quando diagnosticado precocemente, pode gerar consequências estéticas e funcionais sem o tratamento correto.
Por isso, manter check-ups regulares com o dermatologista, adotar cuidados preventivos e observar atentamente qualquer alteração na pele são passos essenciais para preservar a saúde.
Fontes:
Ótimas dicas
Informações bem interessante