O prolapso genital é mais conhecido como “bexiga caída”, mas não é algo exclusivo da bexiga. A doença atinge todos os órgãos pélvicos, que podem perder sustentação e “cair”, dando a sensação de se estar com uma bola na região vaginal.
De acordo com os especialistas, o problema pode prejudicar a qualidade de vida e até ter impacto social, fazendo com que a mulher busque o isolamento.
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Prolapso genital é um problema comum
Mais conhecido como “bexiga caída”, o problema é comum em mulheres mais velhas. De acordo com o Ministério da Saúde, é difícil estipular números para falar de prolapso genital. Isso porque muita gente esconde o problema ou simplesmente aceita isso como consequência natural do envelhecimento ou da realização de partos vaginais.
Ainda assim, estima-se que 30% das mulheres com idade entre 50 e 89 anos sofrem com prolapso genital. Aos 80 anos, 11,1% delas têm ou tiveram indicação cirúrgica para corrigir disfunções do assoalho pélvico.
Sabendo que esse é um problema comum, vale conhecer os diferentes tipos de prolapso genital, de acordo com a região pélvica afetada:
Cistocele
A bexiga perde a sustentação e forma um abaulamento na região da vagina.
Retocele ou enterocele
O intestino perde a sustentação e forma um abaulamento na região da vagina.
Prolapso de útero:
O útero perde a sustentação e faz um movimento de descida pela vagina.
Existe, ainda, a rotura de períneo, que não é um prolapso genital propriamente dito, mas é uma condição comumente associada ao problema. Nesse caso, há um enfraquecimento de um dos pontos de sustentação dos órgãos da pelve.
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?Conheça fatores de risco e sintomas
Existem alguns fatores que podem propiciar o aparecimento do prolapso genital. De acordo com o Ministério da Saúde, eles podem ser divididos em três categorias:
1 – Aumento de pressão intra-abdominal:
Gravidez, obesidade, tosse crônica, prisão de ventre crônica, exercícios físicos intensos ou sem orientação adequada são exemplos de condições que aumentam a pressão dentro do abdômen.
2 – Trauma
Parto vaginal (normal ou com uso de fórceps), acidente com lesão de períneo e até alguns tipos de cirurgias podem ser considerados traumas que levam ao prolapso genital.
3 – Deficiência de colágeno
Quando falta no organismo a substância que dá sustentabilidade para os tecidos, o caminho está aberto para o aparecimento do problema. Tendência genética, tabagismo e menopausa são fatores que contribuem para a deficiência de colágeno.
A sensação de peso ou “bola” na vagina é característica do problema. Mas o prolapso genital pode vir acompanhado de sintomas urinários como vontade de fazer xixi a toda hora, incontinência e até dificuldade para urinar.
Os especialistas lembram que sintomas intestinais como urgência ou dificuldade para evacuar também podem aparecer. Dificuldade de ter relação sexual ou sensação de “vagina larga” também são sinais do problema.
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Como é o tratamento do prolapso genital?
O objetivo do tratamento é a correção total do defeito do assoalho pélvico e das lesões responsáveis pelos sintomas. Em geral, isso é feito por meio de cirurgias, que de acordo com os especialistas do Ministério da Saúde, têm índice de sucesso de até 90%.
Como o prolapso genital é um comum em idosos, existem muitos casos em que a pessoa não tem condição clínica de se submeter a uma cirurgia. Então, são usados aparelhos de borracha com formatos específicos para o correção temporária do problema.
Lembrando que assim que os primeiros sintomas aparecerem, o médico ginecologista deve ser procurado. Vale dizer, ainda, que o prolapso genital pode ser evitado. Manter-se no peso corporal saudável, fazer exercícios intensos com acompanhamento e, principalmente, não descuidar do pré-natal são medidas importantes para isso.
Fontes: