A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. Sobre isso, já vale o alerta do Ministério da Saúde: o contato com gatos não causa a doença!
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Como se transmite toxoplasmose
O gato contrai a infecção ao comer carnes cruas, ratos ou pássaros contaminados. A transmissão indireta acontece com a ingestão de carne ou água contaminadas com o protozoário. O gado e o porco, por exemplo, podem se contaminar ao ingerir pastagens ou outros animais que são portadores do protozoário.
Com isso, a carne deles fica contaminada e a doença é transmitida para uma pessoa que come essa carne mal passada.
Há ainda a contaminação da água, que, além de consumida diretamente, pode ser usada para higienizar frutas e vegetais – que também ficam contaminados.
Especialistas do Ministério da Saúde explicam que ainda há a transmissão direta, que é aquela que pode ocorrer por meio da inalação do agente transmissor (presente no solo, alimentos, fezes e contato com gatos, pombos e roedores). Gestação e transfusão de sangue também são formas de passar a toxoplasmose para a frente.
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Conheça os sintomas
A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. Quando os sintomas aparecem, são variáveis e associados ao estágio da infecção: agudo ou crônico.
Em estágio agudo, os sintomas normalmente são leves, similares à gripe e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos.
Já no estágio crônico, a doença pode trazer complicações: sequelas pela infecção congênita (de gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido.
Quem são essas pessoas? Transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em tratamento contra o câncer.
O Ministério da Saúde lembra que os casos agudos são, geralmente, limitados e com baixas incidências. Nessa fase, a infecção tem cura, mas o parasita persiste por toda a vida no organismo e pode se manifestar ou não em outros momentos, com diferentes tipos de sintomas.
Quanto à infecção crônica, a taxa de incidência é baixa até os cinco anos e começa a aumentar a partir dos 20 anos de idade.
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Tratamento da toxoplasmose
A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade. Por isso, não se recomenda uma intervenção específica contra a contaminação: apenas tratamentos que possam combater os sintomas.
Quem se contamina com a toxoplasmose e tem a imunidade comprometida ou que já desenvolveu complicações da doença (cegueira e diminuição auditiva, por exemplo) precisa de acompanhamento médico especializado.
Lembrando que o diagnóstico da toxoplasmose é baseado, principalmente, em exames de sangue. Em alguns casos, pode ser necessário combinar outros tipos de exames laboratoriais para uma avaliação mais detalhada.
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O melhor mesmo é se prevenir!
Ingerir água e alimentos contaminados é a principal forma de se contrair a doença. Acesse as dicas do Ministério da Saúde para manter a toxoplasmose bem afastada:
- evite comer alimentos crus. Não prove a carne crua durante a preparação;
- lave bem as mãos após manipular carnes cruas e antes de comer; se estiver gestante, procure usar luvas;
- coma verduras e legumes sempre bem lavados em água potável;
- evite contato com fezes de gatos, controle ratos e insetos como moscas, baratas e formigas, descartando corretamente o lixo doméstico e os dejetos das criações de animais;
- lave bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra (horta ou jardim);
- mantenha os reservatórios bem fechados e se a água não for tratada, deve ser fervida antes do consumo.
Fontes:
Ministério da Saúde