O que há por trás da violência doméstica
“A cada 2 minutos, uma mulher é agredida no Brasil”. Esse é um dos dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que contabilizou mais de 120 mil casos de lesões provenientes de violência doméstica no país em 2020.
De acordo com a Lei Maria da Penha, a violência doméstica contra a mulher é caracterizada por “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
Saiba o que caracteriza cada um dos tipos de violência doméstica:
- Física: atitudes que afetam a saúde corporal da vítima, como socos, empurrões, queimaduras, facadas e agressões do tipo.
- Psicológica: atitudes que causam danos mentais, diminuição da autoestima, que constrangem, ridicularizam e violam a intimidade da vítima.
- Sexual: ações que forcem a mulher a praticar atos sexuais que não desejam.
- Patrimonial: destruição de qualquer patrimônio ou bem pessoal/profissional.
- Moral: atitudes que desonram uma mulher (mentiras, ofensas, acusações e humilhações públicas).
Por que o tema se tornou ainda mais relevante nos últimos meses?
Apesar de sempre ter sido uma realidade em milhões de lares brasileiros, a violência contra a mulher teve um crescimento considerável durante a pandemia do novo coronavírus. Mas se engana quem pensa que o número de denúncias seguiu a mesma proporção. Com o agressor 24 horas por dia dentro de casa, a mulher vítima de violência passou a ser afetada ainda mais pelo isolamento, pela pressão e pelas poucas possibilidades de escape.
Diferentemente do que os agressores pensam, nenhuma mulher aceita sofrer de violência porque quer. Quase sempre, a vítima passa por situações de ameaças que a paralisam e a impedem de buscar ajuda, seja por medo, falta de liberdade ou por vergonha, pois se culpa pela violência que recebe.
Mesmo sendo cometido a quatro paredes, o crime de violência doméstica é um problema social, que merece atenção e precisa ser combatido com o acesso à informação e com a ajuda da sociedade, que ainda propaga muito preconceito em relação ao assunto.
Para começar a combater a violência, é muito importante nos desvencilharmos de pensamentos e olhares que só incentivam o agressor a praticar o crime. Vamos lá:
- A mulher não apanha porque quer ou porque provoca essa situação. A vítima, na maioria das vezes, opta por não denunciar o agressor por medo, por falta de oportunidade, por vergonha ou por falta de recursos financeiros.
- Os casos de violência não acontecem só em população de baixa renda. A agressão doméstica pode acontecer em qualquer lar, e apresentam níveis de intensidade que variam desde uma pequena censura até tortura física ou psicológica.
- Não existe um perfil de vítima. A aparência da mulher, bem como seu jeito e personalidade, sua raça e preferência religiosa não devem servir como suspeita. Qualquer mulher pode sofrer de violência independente do seu perfil.
- Existe um limite para a expressão “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Hoje em dia, essa frase serve apenas para a população se isentar da responsabilidade de proteger uma vítima e condenar um agressor.
- Problemas psicológicos, ciúmes e alcoolismo não são desculpas para a agressão. Para todas essas questões, existe tratamento clínico. Nada justifica a agressão a uma mulher.
- A Lei Maria da Penha não é uma forma de vingança. A lei funciona como um método eficaz de proteção às mulheres que necessitam de ajuda e amparo. Não se trata de vingança, e sim de proteção e justiça. A Lei está presente para fazer com que os direitos das mulheres sejam respeitados.
O olhar de parentes e amigos próximos é muito importante para identificar se a mulher está ou não sendo agredida frequentemente. Note repressões e censuras por parte do homem, e isolamento constante, sentimento de tristeza e até mesmo marcas de agressão corporal por parte da mulher.
Toda vítima de violência doméstica merece apoio, cuidado e incentivo para denunciar quem a agride.
Quem pode ajudar uma mulher vítima de violência doméstica?
Qualquer pessoa está apta a ajudar uma mulher vítima de violência doméstica. A ajuda de CDCMs (Centros de Defesa e de Convivência da Mulher), como a Associação Fala Mulher, é essencial para que elas garantam apoio psicológico e jurídico. Para solicitar o auxílio dos CDCMs, não é necessário realizar nenhum tipo de denúncia.
Observe. Lute. Incentive. Talvez alguém próximo de você esteja precisando da sua ajuda. Dizer não à violência doméstica precisa ser muito mais do que uma fala, mas também uma atitude.
Em apoio às vítimas de violência no Brasil, o dr.consulta desenvolveu uma parceria com a ONG Fala Mulher, o negócio social Utopiar e a associação Casa Sofia responsáveis por acolher e ajudar psicologicamente e financeiramente mulheres que sofreram nas mãos de agressores. Estamos todas juntas nessa!
Leia mais:
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/denuncie-violencia-contra-a-mulher/violencia-contra-a-mulher
https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/o-que-e-violencia-domestica.html
Eu tenho que abrir o jogo amo minha ex esposa porém desde jovem adquiri um comportamento violento muito violento, e quando nos conhecemos eu havia saído de um relacionamento já fazia dois anos que eu estava solteiro e ela foi a primeira pessoa que me fez querer amar alguém novamente, ela era uma menina sensacional nos conhecemos na faculdade na qual ela trabalhava e eu era aluno, os primeiros meses de namoro foram maravilhosos e logo fomos morar juntos, eu trabalhava e ela também era muito bom por mais uns 6 meses só que daí sai do trabalho comecei a ficar todos os dias em casa e ela trabalhando, eu passava o dia todo ocioso daí ela como era muito bonita sempre chamava atenção onde vai, e comecei a criar diversas coisas fantasiosas na minha cabeça, de que ela tinha um amante de que ela estava me traindo e comecei a questionar ela sobre isso ela negava e eu acreditava na minha mente doentia que ela estava mentindo e que tinha sim um amante e acabei agredindo ela a primeira vez, daí agredi novamente e novamente e comecei a acabar com a auto estima dela, não queria mais que ela se arrumasse e cada dia mais eu fantasiava que ela tinha alguém que eu nunca soube e passei a ser mais e mais agressivo até que nos separamos a primeira vez daí voltamos fomos viajar e brigamos na viagem acabei agredindo ela na viagem também onde era para ser só amor eu estava descontrolado e em todas as agressões eu me arrependi na mesma hora mais mesmo assim cometi uma, duas, três vezes e jurava que não faria mais, e acabava fazendo até que ela se separou da segunda vez e agora pela terceira, eu só me tornei mais e mais agressivo tanto nas agressões físicas quanto nas verbais e em todas as vezes eu me arrependi de verdade mais em nenhum momento consegui me controlar por conta de estar desempregado eu ficava mais tempo fantasiando mais e mais coisas que nunca se mostraram reais cheguei a ponto de ofender ela e chama de nomes absurdos.
A perdi e vejo que não tenho a mínima chance de reconquistá-la eu sei que eu posso agredi-la novamente em qualquer momento se ela me der mais uma chance mais estou lutando para não ser mais a mesma pessoa, agora ela contou para muita gente o que eu fiz saiu de casa falou para as amigas para amigos meus e o que eu tenho é uma grande vergonha de ser o lixo que sou, de ser um homem covarde e babaca a minha insegurança comigo mesmo me fez tirar a alto estima dela uma mulher linda e radiante, seu que devo mudar pois não posso mais viver assim tenho que ser um homem que nunca fui, mais de verdade como ser esse homem será que vou ser esse homem eu sonho com isso mais não sei de verdade se eu algum dia me curarei dessa doença chamada ser um homem violento eu de verdade tenho muita vergonha de mim e hoje consigo assumir isso para qualquer um.
Depois que o nosso casamento acabou por conta dos conflitos, em poucos dias minha ex arrumou um novo amor. O cara é bem legal, simpático e não é igual a esses caras violentos que maltratam e agridem as namoradas e ele está fazendo com ela o que eu não fiz na minha vida, ele trata ela bem, dá flores e bombons pra ela, estão saindo juntos, isso é muito bom, eu fiquei feliz pelos dois na verdade. Só que tem um problema nessa história que estava por vir, pois nem tudo nessa vida são flores. A ex do cara descobriu tudo por uma amiga e passou a perseguir e ameaçar os dois. Ele já sofria o mesmo com ela, assim como a minha ex sofria comigo e fiquei preocupado com ela. A mulher é ciumenta, possessiva e violenta e não se conformava com o fim do relacionamento e foi aí que as coisas sairam do controle, uma tragédia interrompeu tudo. Minha ex estava sendo deixada em casa pelo atual assim que voltaram de um cinema, quando os dois foram surpreendidos pela ex dele, ela estava com uma arma, ele tentou conversar com ela pedindo pra deixá-lo em paz e abaixar a arma, mas a garota estava completamente louca, nervosa e descontrolada, gritava sem se importar e eu já imaginava que as coisas não iriam terminar bem. Ela apontou a arma pra minha ex e quando apertou o gatilho pra atirar, o cara entrou na frente da namorada e levou o tiro. A mulher ficou em choque e fugiu. Minha ex ficou desesperada e tentou gritar por ajuda, pois ele estava gravemente ferido e foi aí que as últimas palavras que ele disse pra minha ex: “Eu te amo!”. Ela chorava muito dizendo pra ele não deixá-la, pois ele era a alegria dela, o ar que ela respirava e que agora sem ele a vida dela não seria mais a mesma, mas tudo foi em vão. O cara era gente boa, não merecia essa brutalidade que a ex fez com ele, morreu nos braços da minha ex que depois de mais uma tragédia se afundou numa depressão, passou a ficar mais tempo na cama, não queria comer, nem sair pra passear, só queria ficar dentro do quarto e ainda tomava remédios pra dormir, pois a alegria foi tirada dela, pois o atual fazia muito bem pra ela, a fazia feliz, fazia tudo o que eu nunca tinha feito na minha vida e eu ainda me sinto culpado por tudo. Já a mulher está foragida já tem passagens pela polícia e eu ainda tenho medo dela fazer algo de ruim pra minha ex e ainda matá-la. A família dela me culpa por tudo, disse que eu coloquei a vida dela em perigo e depois dessa confusão toda ela não quer mais saber de ninguém na vida dela e que pretende viajar e ficar fora por alguns dias até que as coisas melhorarem. E mais uma coisa pra minha angústia é que eu terei de manter no máximo 200 metros de distância dela.