Conheça o exame e sua importância na prevenção de doenças
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 1,4 milhões de crianças no mundo apresentam algum tipo de deficiência visual. Entretanto, 80% das causas que provocam a cegueira infantil podem ser prevenidas ou, pelo menos, tratadas com um bom prognóstico.
É por isso que, nos últimos anos, as campanhas de saúde do recém-nascido no Brasil têm reforçado que, além do famoso teste do pezinho e outros exames que avaliam as condições de saúde geral da criança, é muito importante a realização do teste do olhinho.
Como funciona o teste do olhinho?
O teste do olhinho também é conhecido como teste do reflexo vermelho e é simples e indolor para a criança. Ele é realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, que acende uma fonte de luz (como uma lanterna) para observar o reflexo das pupilas do bebê.
Quando os olhos estão saudáveis, eles refletem tons de vermelho, porém tons de laranja ou amarelo também são considerados normais. Já nos olhos que possuem alguma patologia ocular, o reflexo pode ser esbranquiçado ou até mesmo não ser possível identificá-lo.
Algumas vezes com o teste também é possível diagnosticar precocemente e/ou prevenir qualquer trauma ocular ou infecção que tenha acontecido no desenvolvimento do bebê e condições como catarata congênita, glaucoma, retinopatia da prematuridade e retinoblastoma, podendo evitar um quadro de cegueira.
Além disso, o pediatra irá comparar os reflexos dos dois olhos da criança, que podem ser diferentes quando há, por exemplo, um grau maior de deficiência em um olho ou quando a criança possui estrabismo.
O recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que o pediatra já faça esse exame antes do recém-nascido sair da maternidade. Porém, se isso não acontecer, deve ser realizado na primeira consulta de acompanhamento.
Outros cuidados
Os pais também podem ficar atentos a alguns sinais no dia a dia com o bebê para relatar ao médico e ajudar no diagnóstico de patologias oculares, como observar os reflexos dos olhos do bebê diante de movimentações.
Também é indicado a consulta com um oftalmologista quando os olhos do bebê são muito sensíveis à luz, lacrimejam demais sem motivo aparente, os movimentos de um dos olhos são diferentes e/ou a própria criança parece incomodada com algo nos olhos o tempo todo.
Fontes:
- Teste do Olhinho, Sociedade Brasileira de Pediatria;
- Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância: detecção e intervenção precoce para a prevenção de deficiências visuais, Ministério da Saúde.