Bula do Olanzapina FURP
Olanzapina (substância ativa) é indicado, em monoterapia ou em combinação com lítio ou valproato, para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos de transtorno bipolar em pacientes adultos, com ou sem sintomas psicóticos e, com ou sem ciclagem rápida. Olanzapina (substância ativa) é indicado para prolongar o tempo de eutimia e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no transtorno bipolar.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Contraindicação do Olanzapina – FURP
Olanzapina (substância ativa) é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da formulação do medicamento.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Como usar o Olanzapina – FURP
Olanzapina (substância ativa) deve ser administrada por via oral e pode ser tomado independentemente das refeições.
Excluvido Comprimidos Orodispersíveis
Antes de abrir o blister, certificar-se de que as mãos estejam muito bem secas, pois o medicamento dissolve-se muito rapidamente, com pouquíssimas quantidades de água, como por exemplo, mãos úmidas. Após abrir a embalagem, separe um casulo do blister e, cuidadosamente, retire o laminado da parte de trás do blister. Gentilmente, empurre o comprimido para fora do casulo. Os comprimidos orodispersíveis podem ser facilmente engolidos sem água, imediatamente após a abertura do blister ou podem ser dissolvidos em um copo de água, café, leite, suco de laranja ou suco de maçã antes da administração. Após dissolver o comprimido orodispersível, ingerir imediatamente.
Posologia do Olanzapina
Esquizofrenia e transtornos relacionados em adultos
A dose inicial recomendada de Olanzapina (substância ativa) é de 10 mg administrada uma vez ao dia, independentemente das refeições, já que a absorção não é afetada pelo alimento. A dose diária deve ser ajustada de acordo com a evolução clínica, dentro da faixa de 5 a 20 mg diários. O aumento de dose acima da dose diária de rotina de 10 mg só é recomendado após avaliação clínica apropriada.
Mania aguda associada ao transtorno bipolar em adultos
A dose inicial recomendada de Olanzapina (substância ativa) é de 15 mg administrada uma vez ao dia em monoterapia, ou de 10 mg administrada uma vez ao dia em terapia de combinação com lítio ou valproato, independentemente das refeições, já que a absorção não é afetada pelo alimento. A dose diária deve ser ajustada de acordo com a evolução clínica, dentro da faixa de 5 a 20 mg diários. O aumento de dose acima da dose diária sugerida só é recomendado após avaliação clínica apropriada e geralmente deve ocorrer em intervalos não inferiores a 24 horas.
Prevenção de recorrência do transtorno bipolar em adultos
Pacientes que já estavam recebendo Olanzapina (substância ativa) para tratamento de mania aguda, devem inicialmente continuar o tratamento com mesma dose, para a manutenção do tratamento de transtorno bipolar. A dose inicial recomendada é de 10 mg/dia para os pacientes que já estão em remissão. A dose diária pode ser subsequentemente ajustada com base na condição clínica individual, dentro da variação de 5 a 20 mg/dia. Olanzapina (substância ativa) pode ser administrada independentemente das refeições, já que a absorção não é afetada pelo alimento.
Considerações gerais sobre posologia oral em populações especiais
Dose para pacientes idosos
Uma dose inicial mais baixa de 5 mg/dia pode ser considerada para pacientes idosos ou quando fatores clínicos justificarem.
Dose para pacientes com disfunção hepática ou renal
Uma dose inicial de 5 mg deve ser considerada para pacientes com disfunção hepática moderada ou renal grave e aumentada somente com cautela.
Pode ser considerada uma dose inicial mais baixa em pacientes que exibem uma combinação de fatores (sexo feminino, idosos, não tabagista) que podem diminuir o metabolismo da Olanzapina (substância ativa).
O uso de Olanzapina (substância ativa) oral em monoterapia não foi estudado em indivíduos menores de 13 anos de idade.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Precauções do Olanzapina – FURP
Síndrome neuroléptica maligna (SNM)
A SNM é um conjunto de sintomas complexos e potencialmente fatais, associada com medicamentos antipsicóticos, incluindo a Olanzapina (substância ativa).
As manifestações clínicas da SNM são: hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Outros sinais adicionais podem incluir: elevação da creatinofosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. As manifestações clínicas de SNM ou presença inexplicada de febre alta sem manifestações clínicas de SNM requerem a descontinuação de todas as drogas antipsicóticas, incluindo a Olanzapina (substância ativa).
Discinesia tardia
Em estudos comparativos com haloperidol de mais de 6 semanas, a Olanzapina (substância ativa) foi associada com uma incidência menor, mas estatisticamente significante, de discinesia proveniente do tratamento. Contudo, porque o risco de discinesia tardia aumenta com a exposição em longo prazo às medicações antipsicóticas, deve-se considerar a redução da dose ou a interrupção da droga se sinais ou sintomas de discinesia tardia aparecerem em um paciente. Esses sintomas podem piorar temporariamente, ou mesmo aparecerem após a interrupção do tratamento.
Síndrome DRESS (Reação à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos)
A síndrome tem sido relatada com exposição à Olanzapina (substância ativa), consistindo de uma combinação de três ou mais dos seguintes eventos:
Reação cutânea (por exemplo, rash cutâneo ou dermatite esfoliativa), eosinifilia, febre, linfadenopatia e uma ou mais complicações sistêmicas, tais como hepatite, nefrite, pneumonite, miocardite e pericardite. Em caso de suspeita de DRESS, descontinuar o tratamento com Olanzapina (substância ativa).
Provas de função hepática
Ocasionalmente, têm sido observadas, especialmente na fase inicial do tratamento, elevações assintomáticas e transitórias das transaminases hepáticas TGP e TGO.
Raros casos de hepatite foram relatados no período pós-comercialização. Nesse período, casos muito raros de insuficiência hepática mista ou colestática foram relatados.
Hiperglicemia e diabetes mellitus:
Em pacientes com esquizofrenia, ocorre aumento na prevalência de diabetes. Assim como com outros antipsicóticos, alguns sintomas como hiperglicemia, diabetes, exacerbação de diabetes preexistente, cetoacidose e coma diabético foram relatados. Recomenda-se monitoramento clínico apropriado em todos os pacientes, particularmente em pacientes com diabetes e que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes.
Alterações dos líquidos
Em estudos clínicos placebo-controlados, alterações indesejáveis dos lipídios foram observadas em pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa). Elevações significantes e, às vezes, muito altas (gt; 500 mg/dL) dos níveis de triglicérides foram observadas com o uso da Olanzapina (substância ativa). Aumentos médios moderados do colesterol total também foram observados com o uso da Olanzapina (substância ativa). Portanto, recomenda-se monitoramento clínico adequado.
Morte cardíaca
Em um estudo retrospectivo observacional, pacientes tratados com antipsicóticos atípicos (incluindo Olanzapina (substância ativa)) ou antipsicóticos típicos tiveram aumento semelhante, dose-relacionada, de morte súbita cardíaca presumida (MSC), comparado com os não usuários de antipsicóticos (aproximadamente duas vezes o risco do que para não usuários). Em dados pós-comercialização relatados com Olanzapina (substância ativa), o evento MSC foi muito raramente relatado.
Eventos adversos cerebrovasculares (EAC), incluindo acidente vascular cerebral, em pacientes idosos com demência:
Eventos adversos cerebrovasculares (ex.: acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório), incluindo mortes, foram relatados em estudos com pacientes idosos com psicose associada à demência. Em estudos placebo-controlados, houve uma alta incidência de EAC em pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) comparados aos pacientes tratados com placebo (1,3% versus 0,4%, respectivamente). Todos os pacientes que apresentaram eventos cerebrovasculares tinham fatores de risco pré-existentes conhecidos que estão relacionados com um risco elevado para os EAC (ex.: histórico de EAC ou ataque isquêmico transitório, hipertensão, tabagismo) e apresentaram condições médicas concomitantes e/ou medicamentos concomitantes tendo uma associação temporal com os EAC.
A Olanzapina (substância ativa) não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose associada à demência.
Convulsões
A Olanzapina (substância ativa) deve ser usada cuidadosamente em pacientes com histórico de convulsões ou que estão sujeitos a fatores que possam diminuir o limiar convulsivo. Convulsões foram raramente relatadas em tais pacientes, quando tratados com Olanzapina (substância ativa).
Atividade anticolinérgica
A experiência durante os estudos clínicos revelou uma baixa incidência de eventos anticolinérgicos. Contudo, como a experiência clínica com Olanzapina (substância ativa) em pacientes com doença concomitante é limitada, devem ser tomadas precauções quando for prescrita a pacientes com hipertrofia prostática, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito ou condições relacionadas.
Antagonismo dopaminérgico
A Olanzapina (substância ativa) exibe antagonismo à dopamina in vitro, e, em teoria, pode antagonizar os efeitos da levodopa e dos agonistas da dopamina, assim como outras drogas antipsicóticas.
Atividade geral no sistema nervoso central (SNC)
Devido aos efeitos primários da Olanzapina (substância ativa) serem no SNC, deve-se tomar cuidado adicional quando for administrada em combinação com outras drogas que atuem centralmente, incluindo o álcool.
Efeitos cardiovasculares
As comparações entre os grupos Olanzapina (substância ativa)/placebo, provenientes dos resultados agrupados de estudos clínicos placebo-controlados, revelaram que não há diferenças estatisticamente significantes na proporção de pacientes recebendo Olanzapina (substância ativa)/placebo que apresentaram alterações potencialmente importantes nos parâmetros do eletrocardiograma (ECG), incluindo os intervalos QT, QTC (correção Fridericia) e PR. O uso de Olanzapina (substância ativa) foi associado a um aumento médio na frequência cardíaca (adulto: mais de 2,4 batimentos por minuto, comparado com nenhuma alteração entre os pacientes que utilizaram placebo). Esta pequena tendência à taquicardia pode estar relacionada ao potencial da Olanzapina (substância ativa) em induzir alterações ortostáticas.
Hipotensão ortostática
A Olanzapina (substância ativa) pode induzir hipotensão ortostática associada com vertigem, taquicardia, bradicardia e em alguns pacientes, síncope, especialmente durante o período inicial de titulação da dose, provavelmente refletindo suas propriedades de antagonista ?-1 adrenérgico. Os riscos de hipotensão ortostática e síncope podem ser minimizados ao se adotar uma terapia inicial com 5 mg de Olanzapina (substância ativa) administrada uma vez ao dia. Se ocorrer hipotensão, uma titulação mais gradual para a dose-alvo deve ser considerada.
Uso em idosos e outros grupos de risco
Pacientes com acometimento hepático de diversas naturezas
Devem ser tomadas precauções em pacientes com TGP e/ou TGO elevadas, com sinais e sintomas de insuficiência hepática, com doenças preexistentes associadas com reserva funcional hepática limitada e em pacientes que estejam sendo tratados com medicamentos potencialmente hepatotóxicos. No caso de elevação da TGP e/ou TGO durante o tratamento, é necessário acompanhamento cuidadoso e deve-se considerar a redução da dose.
Pacientes com acometimento hematológico de diversas naturezas
Como com outras drogas antipsicóticas, deve-se tomar cuidado quando usar Olanzapina (substância ativa) nos seguintes tipos de pacientes:
- Aqueles que, por qualquer razão, tenham contagens baixas de leucócitos e/ou neutrófilos;
- Com história de depressão/toxicidade da medula óssea, induzida por drogas;
- Com depressão da medula óssea causada por doença concomitante, radioterapia ou quimioterapia;
- Com hipereosinofilia ou doença mieloproliferativa.
Uso geriátrico
Dos 2.500 pacientes que participaram dos estudos clínicos com Olanzapina (substância ativa) pré-comercialização, 11% (263) tinham idade de 65 anos ou mais. Em pacientes esquizofrênicos, não há indícios de diferença de tolerabilidade à Olanzapina (substância ativa) entre pacientes idosos e jovens. Os pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com Olanzapina (substância ativa) têm um risco aumentado de morte quando comparado com o placebo. Em um estudo clínico placebo-controlado com pacientes com psicose relacionada à demência, houve uma maior incidência de eventos adversos cerebrovasculares (ex.: acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório) nos pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) comparado com os pacientes tratados com placebo. A Olanzapina (substância ativa) não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose relacionada à demência. Também, na presença de fatores que possam diminuir o clearance farmacocinético ou aumentar a resposta farmacodinâmica à Olanzapina (substância ativa), deve-se levar em consideração uma dose inicial mais baixa para os pacientes idosos.
Segurança em pacientes idosos com psicose associada à demência
Em pacientes idosos, com psicose associada à demência, não foi estabelecida a eficácia da Olanzapina (substância ativa). Em estudos clínicos placebo-controlados em pacientes idosos com psicose associada à demência, a incidência de morte foi significativamente maior nos pacientes tratados com a Olanzapina (substância ativa) em comparação com os pacientes tratados com placebo (3,5% versus 1,5%, respectivamente). Os fatores de risco que podem predispor ao aumento da mortalidade nestes pacientes, quando tratados com Olanzapina (substância ativa), incluem: faixa etária 80 anos, sedação, uso concomitante de benzodiazepínicos ou presença de condições respiratórias (ex.: pneumonia, com ou sem aspiração).
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade e toxicidade animal
Baseando-se nos resultados de estudos em ratos e camundongos, conclui-se que a Olanzapina (substância ativa) não é carcinogênica. Achados significantes em estudos de oncogenicidade foram limitados ao aumento da incidência de adenocarcinomas mamários em ratas e fêmeas de camundongo. Esse é um achado comum em roedores tratados com agentes que aumentam a secreção de prolactina e não tem significância direta para humanos.
A Olanzapina (substância ativa) não foi mutagênica em uma extensa bateria de testes padrão, que incluíram testes de mutação bacteriana e testes in vitro e in vivo em mamíferos.
Nos estudos em animais, a Olanzapina (substância ativa) não apresentou efeitos teratogênicos. A sedação afetou o desempenho no acasalamento dos ratos machos. Os ciclos estrais foram afetados com doses de 1,1 mg/Kg (3 vezes a dose máxima humana) e os parâmetros de reprodução foram influenciados em ratos que receberam 3 mg/Kg (9 vezes a dose máxima humana). Na ninhada de ratos que receberam Olanzapina (substância ativa) foram observados atrasos no desenvolvimento fetal e diminuições transitórias dos níveis de atividade da prole.
Em estudos animais com Olanzapina (substância ativa), os principais achados hematológicos foram citopenias periféricas reversíveis em cães que receberam altas doses de Olanzapina (substância ativa) (24 a 30 vezes a dose diária máxima humana), diminuições dose-relacionadas nos linfócitos e neutrófilos em camundongos e linfopenia secundária ao estado nutricional comprometido em ratos. Poucos cães tratados com doses 24 a 30 vezes a dose diária máxima humana desenvolveram 8 neutropenia reversível ou anemia hemolítica reversível entre 1 e 10 meses de tratamento. Efeitos nos parâmetros hematológicos em cada espécie envolveram células sanguíneas circulantes e nenhuma evidência de citotoxicidade da medula óssea foi encontrada em todas as espécies estudadas.
Gravidez (categoria C)
Não há estudos adequados e bem controlados com Olanzapina (substância ativa) em mulheres grávidas. As pacientes devem ser avisadas para notificarem seu médico se ficarem grávidas ou se pretenderem engravidar durante o tratamento com Olanzapina (substância ativa). Dado que a experiência em humanos é limitada, Olanzapina (substância ativa) (substância ativa) deve ser usada na gravidez somente se os benefícios possíveis justificarem os riscos potenciais para o feto.
Lactação
Em um estudo em mulheres saudáveis, lactantes, a Olanzapina (substância ativa) foi excretada no leite materno. A média de exposição infantil (mg/Kg) no estado de equilíbrio foi estimada ser 1,8% da dose materna de Olanzapina (substância ativa) (mg/Kg). As pacientes devem ser aconselhadas a não amamentarem no caso de estarem recebendo Olanzapina (substância ativa).
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas ou amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas
Devido ao fato de a Olanzapina (substância ativa) poder causar sonolência, os pacientes devem ser alertados quando operarem máquinas, incluindo veículos motorizados, enquanto estiverem em tratamento com Olanzapina (substância ativa).
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Reações Adversas do Olanzapina – FURP
Peso
Em estudos clínicos randomizados, o ganho de peso médio foi maior em pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) que com placebo. Foi observado um ganho de peso clinicamente significante em todas as categorias de índice de massa corporal (IMC) basal.
Em estudos de longo prazo (de no mínimo 48 semanas) com Olanzapina (substância ativa), tanto a magnitude de ganho de peso quanto a proporção de pacientes tratados que apresentaram ganho de peso clinicamente significante foram maiores que em estudos de curta duração. A porcentagem de pacientes que ganharam ? 25% do peso corporal basal em exposição por longo período foi muito comum (? 1/10).
Glicemia
Nos estudos clínicos em adultos (de até 52 semanas), a Olanzapina (substância ativa) foi associada a uma alteração média maior na glicemia em relação ao placebo.
A diferença nas alterações médias entre os grupos Olanzapina (substância ativa) e placebo foi maior em pacientes com evidências de desregulação da glicemia na avaliação inicial na linha de base (incluindo aqueles pacientes diagnosticados com diabetes mellitus ou que apresentaram quadro sugestivo de hiperglicemia), e estes pacientes tiveram um aumento maior na HbA1c comparados ao placebo.
A proporção de pacientes que apresentaram alteração no nível da glicemia basal de normal ou limítrofe para elevado aumentou ao longo do tempo. Em uma análise dos pacientes que completaram 9-12 meses da terapia com Olanzapina (substância ativa), a taxa de aumento da glicose sanguínea média reduziu depois de aproximadamente 6 meses.
Lipidemia
Nos estudos clínicos de até 12 semanas de duração em adultos, os pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) tiveram um aumento médio nos níveis de colesterol total, colesterol LDL e triglicérides de jejum, comparado aos pacientes tratados com placebo.
Os aumentos médios nos valores da lipidemia de jejum (colesterol total, colesterol LDL e triglicérides) foram maiores em pacientes com evidência de desregulação lipídica na avaliação inicial na linha de base.
Com relação ao colesterol HDL de jejum, não foi observada diferença estatisticamente significante entre pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) e pacientes tratados com placebo.
A proporção de pacientes que apresentaram alterações no colesterol total, colesterol LDL ou triglicérides, de normal ou limítrofe para elevado, ou alterações no colesterol HDL, de normal ou limítrofe para baixo, foi maior nos estudos de longa duração (de no mínimo 48 semanas) quando comparado aos estudos de curta duração. Em uma análise dos pacientes que completaram 12 semanas de terapia, o colesterol total médio fora do jejum não aumentou mais depois de aproximadamente 4-6 meses.
Prolactina
Em um estudo clínico controlado (mais de 12 semanas), elevações na prolactina foram observadas em 30% dos pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) quando comparado a 10,5% de pacientes tratados com placebo. Na maioria desses pacientes, a elevação foi leve.
Em pacientes com esquizofrenia, eventos adversos relacionados a menstruação potencialmente associados com elevações de prolactina foram comuns (lt; 1/10 a ? 1/100), enquanto que os eventos adversos relacionados a função sexual e a mama foram incomuns (lt; 1/100 a ? 1/1.000). Durante o tratamento de pacientes com outras doenças mentais, eventos adversos relacionados a função sexual potencialmente associados com elevações de prolactina foram comuns (lt; 1/10 a ? 1/100), enquanto que os eventos adversos relacionados a menstruação e a mama foram incomuns (lt; 1/100 a ? 1/1.000).
(1) Análises dos tratamentos dos eventos adversos emergentes – até 52 semanas de tratamento.
(2) Depressão Bipolar, Depressão Psicótica, Transtorno de Personalidade Limítrofe e Mania Bipolar.
Transaminases hepáticas
Elevações transitórias e assintomáticas das transaminases hepáticas TGP e TGO foram observadas ocasionalmente.
Eosinofilia
Eosinofilia assintomática foi ocasionalmente observada.
Efeitos adversos para populações especiais
Pacientes idosos com psicose associada à demência
Nos estudos clínicos com pacientes idosos com psicose associada à demência, os efeitos indesejáveis muito comuns (? 1/10) relacionados ao uso da Olanzapina (substância ativa) foram marcha anormal e queda. Quanto aos efeitos indesejáveis comuns (lt; 1/10 e ? 1/100) associados ao uso da Olanzapina (substância ativa), foram incontinência urinária e pneumonia.
Pacientes com psicose induzida por droga (agonista da dopamina) associada com doença de Parkinson
Nos estudos clínicos envolvendo pacientes com psicose induzida por droga (agonista da dopamina) associada à doença de Parkinson, a piora dos sintomas parkinsonianos (o termo Costart é sindrome extrapiramidal) foi relatada muito comumente e com maior frequência do que com o placebo. Alucinações também foram muito comumente relatadas e com maior frequência do que com o placebo. Nesses estudos, foi necessário que os pacientes estivessem estáveis à dose eficaz mais baixa de medicamentos antiparkinsonianos (agonista da dopamina) antes do início do estudo e permanecessem com as mesmas doses e medicações antiparkinsonianas ao longo do estudo. A Olanzapina (substância ativa) foi iniciada na dose de 2,5 mg/dia e titulada até a dose máxima de 15 mg/dia, baseada no julgamento do investigador.
As informações a seguir resumem as reações adversas relevantes, com suas respectivas frequências, identificadas durante os estudos clínicos e/ou durante a experiência obtida após a comercialização das formas farmacêuticas de uso oral e intramuscular de Olanzapina (substância ativa).
Reação muito comum (gt; 10%)
Ganho de peso1,9,10, ganho de peso ? 7% do peso corporal basal1,11, hipotensão ortostática1 , sonolência2 e aumento da prolactina1,9,10.
Colesterol total de jejum1,11
Limítrofe a elevado (? 200 mg/dL e lt; 240 mg/dL a ? 240 mg/dL).
Triglicérides de jejum1
Limítrofe a elevado (? 150 mg/dL e lt; 200 mg/dL a ? 200 mg/dL).
Glicemia de jejum1
Limítrofe a elevada (? 100 mg/dL e lt; 126 mg/dL a ? 126 mg/dL).
Reação comum (gt; 1% e lt; 10%)
Astenia2 , pirexia2 , ganho de peso ? 15% do peso corporal basal1,12, fadiga2,9, constipação2 , boca seca2 , aumento do apetite2 , edema periférico2 , artralgia2 , acatisia2 , tontura2,9, aumento da TGO1 , aumento da TGP1 , aumento da fosfatase alcalina1 , glicosúria1 , aumento da ?-glutamiltransferase (U/L)1 , aumento do ácido úrico (µmol/L)1 , eosinofilia1 e leucopenia1 (incluindo neutropenia).
Colesterol total de jejum1
Normal a elevado (lt; 200 mg/dL a ? 240 mg/dL).
Triglicérides de jejum1,10
Normal a elevado (lt; 150 mg/dL a ? 200 mg/dL).
Glicemia de jejum1
Normal a elevada (lt; 100 mg/dL a ? 126 mg/dL).
Reação incomum (gt; 0,1% e lt; 1%)
Reação de fotossensibilidade2 , bradicardia2 , distensão abdominal2 , amnésia2 , síndrome das pernas inquietas13 , epistaxe2 e gagueira3,14.
Reação rara (gt; 0,01% e lt; 0,1%)
Hepatite3 , hiperglicemia3 , convulsão3 e erupção cutânea3 .
Reação muito rara (lt; 0,01%)
Reação alérgica3,6, reação de descontinuação do medicamento3,7, tromboembolismo venoso3 (incluindo embolismo pulmonar e trombose venosa profunda), pancreatite3 , trombocitopenia3 , icterícia3 , coma diabético3 , cetoacidose diabética3,4, hipercolesterolemia3,8, hipertrigliceridemia3,5,8, rabdomiólise3 , alopecia3 , reação à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS)3 , priapismo3 , incontinência urinária3 , retenção urinária3 , aumento da bilirrubina total3 e aumento dos níveis de creatinofosfoquinase sanguínea3 .
1 Conforme avaliado pelos valores mensurados dentro da base de dados dos estudos clínicos.
2 Evento adverso identificado na base de dados dos estudos clínicos.
3 Evento adverso identificado a partir de relatos espontâneos pós-comercialização.
4 O termo Costart é acidose diabética.
5 O termo Costart é hiperlipidemia.
6 Por exemplo: reação anafilactoide, angioedema, prurido ou urticária.
7 Por exemplo: diaforese, náusea ou vômito.
8 Níveis esporádicos de colesterol ? 240 mg/dL e níveis esporádicos de triglicérides ? 1.000 mg/dL foram muito raramente relatados.
9 Diferenças estatisticamente significativas entre os 3 grupos de dose foram observadas em um único estudo de 8 semanas, randomizado, duplo-cego, de dose-fixa, comparando as doses de 10, 20 e 40 mg/dia de Olanzapina (substância ativa) oral em pacientes com esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo.
10 Diferença estatisticamente significativa entre grupos de dose foram observadas nas 24 semanas de dose fixa, comparando 150 mg/2 semanas, 405 mg/4 semanas e 300 mg/2 semanas de embonato de Olanzapina (substância ativa) em pacientes com esquizofrenia. Para triglicerídeos, esta diferença de doses comparadas foi observada para níveis normais de colesterol que aumentaram para alto nível (lt; 150 mg/dL a ? 200 mg/dL).
11 Duração média de exposição de 8 semanas.
12 Duração média de exposição de 12 semanas.
13 Evento adverso identificado a partir de relatos espontâneos pós-comercialização com a frequência determinada usando a base de dados dos estudos clínicos de Olanzapina (substância ativa).
14 Gagueira foi estudada apenas em formulações oral e injeção de longa ação. Eventos adversos observados durante os estudos clínicos em pacientes com mania bipolar recebendo terapia combinada com lítio ou valproato.
Reação muito comum (gt; 10%)
Ganho de peso, boca seca, aumento de apetite e tremores.
Reação comum (gt; 1% e lt; 10%)
Distúrbio da fala.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Composição do Olanzapina – FURP
Cada comprimido contém: olanzapina 2,5 mg 5,0 mg 10,0 mg excipiente q s p 1 comp (Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, copovidona, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, polissorbato 80).
Interação Medicamentosa do Olanzapina – FURP
Potencial de interação de outras drogas sobre a Olanzapina (substância ativa)
O metabolismo da Olanzapina (substância ativa) pode ser afetado pelos inibidores ou indutores das isoenzimas do citocromo P450, especificamente a atividade do CYP1A2. O clearance da Olanzapina (substância ativa) foi aumentado pelo tabagismo e coadministração de carbamazepina. Tabagismo e carbamazepina induzem a atividade do CYP1A2. Inibidores da atividade do CYP1A2 podem diminuir o clearance da Olanzapina (substância ativa). A Olanzapina (substância ativa) não é um potente inibidor da atividade do CYP1A2. A farmacocinética da teofilina, uma droga principalmente metabolizada pelo CYP1A2, não é alterada pela Olanzapina (substância ativa).
Também foram estudados os efeitos de drogas que provavelmente alterariam a absorção da Olanzapina (substância ativa) oral.
Doses únicas de um antiácido contendo alumínio e magnésio ou cimetidina não afetaram a biodisponibilidade oral da Olanzapina (substância ativa). Porém, a administração concomitante de carvão ativado reduziu a biodisponibilidade oral da Olanzapina (substância ativa) de 50 a 60%.
A fluoxetina (dose única de 60 mg ou 60 mg diárias por 8 dias) causa um aumento médio de 16% na concentração máxima de Olanzapina (substância ativa) e uma diminuição média de 16% no clearance de Olanzapina (substância ativa). A magnitude do impacto deste fator é pequena em relação à variabilidade entre os indivíduos e, portanto, a alteração da dose não é rotineiramente recomendada.
A fluvoxamina, um inibidor do CYP1A2, diminui o clearance de Olanzapina (substância ativa). Isto resulta num aumento médio na Cmáx da Olanzapina (substância ativa), após a fluvoxamina, em 54% das mulheres não fumantes e em 77% de homens fumantes. O aumento médio na AUC da Olanzapina (substância ativa) é 52% e 108%, respectivamente. Doses menores de Olanzapina (substância ativa) devem ser consideradas em pacientes recebendo tratamento concomitante com fluvoxamina.
Potencial de interação da Olanzapina (substância ativa) sobre outras drogas
Em estudos clínicos com doses únicas de Olanzapina (substância ativa), não foi evidente a inibição do metabolismo de imipramina ou seu metabólito desipramina (CYP2D6, CYP3A, CYP1A2), varfarina (CYP2C19), teofilina (CYP1A2) ou diazepam (CYP3A4 e CYP2C19). A Olanzapina (substância ativa) também não mostrou interação quando coadministrada com lítio ou com biperideno.
Em estudos in vitro com microssomos hepáticos humanos, a Olanzapina (substância ativa) demonstrou pequeno potencial de inibir as isoenzimas do citocromo P450: CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A.
Estudos in vitro usando microssomos hepáticos humanos mostraram que a Olanzapina (substância ativa) tem pequeno potencial de inibir a glucuronidação do valproato, que é sua maior via de metabolização. Além disso, o valproato mostrou ter pouco efeito no metabolismo da Olanzapina (substância ativa) in vitro. A administração diária e concomitante in vivo de 10 mg de Olanzapina (substância ativa) e valproato por 2 semanas não afetou a concentração de valproato no plasma. Portanto, a administração concomitante de Olanzapina (substância ativa) e valproato não requer ajuste na dose de valproato.
As concentrações de equilíbrio de Olanzapina (substância ativa) não têm efeito na farmacocinética do etanol. No entanto, podem ocorrer efeitos farmacológicos aditivos, tal como aumento de sedação, quando o etanol é ingerido junto com a Olanzapina (substância ativa).
O paciente deve ser aconselhado a informar seu médico caso esteja utilizando, planeja utilizar ou parou de utilizar um medicamento com ou sem prescrição médica, incluindo fitoterápicos, uma vez que existe potencial de interação.
Nenhum estudo clínico foi conduzido para avaliar possíveis interações entre Olanzapina (substância ativa) e testes laboratoriais e não laboratoriais. Não há conhecimento de interações entre Olanzapina (substância ativa) e testes laboratoriais e não laboratoriais.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Interação Alimentícia do Olanzapina – FURP
A absorção da Olanzapina (substância ativa) não é afetada por alimentos.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Ação da Substância Olanzapina – FURP
Resultados de Eficácia
Esquizofrenia
A eficácia da Olanzapina (substância ativa) oral no tratamento da esquizofrenia foi estabelecida em 2 estudos controlados de curto prazo (6 semanas) de pacientes internados, que preenchiam os critérios do DSM III-R (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para esquizofrenia. Em um dos dois estudos, o medicamento comparador em um dos braços foi o haloperidol, mas no estudo não foram comparadas todas as doses clinicamente relevantes para ambos.
Vários instrumentos foram usados para avaliar os sinais e sintomas psiquiátricos nesses estudos, entre eles a Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica (BPRS), um questionário com múltiplos itens de psicopatologia geral, usado tradicionalmente para avaliar os efeitos do tratamento na esquizofrenia. O fator de psicose da BPRS (desorganização conceitual, comportamento alucinatório, desconfiança e alteração do conteúdo do pensamento) é considerado um instrumento particularmente útil para avaliar os pacientes esquizofrênicos. Uma segunda avaliação tradicional, a Impressão Clínica Global (CGI), reflete a impressão de um observador hábil, completamente familiarizado com manifestações de esquizofrenia, sobre o estado clínico geral do paciente. Além disso, mais duas escalas foram empregadas: a Escala das Síndromes Positiva e Negativa (PANSS), na qual estão enquadrados os 18 itens da BPRS e a Escala para Avaliação dos Sintomas Negativos (SANS).
Os resumos de estudos clínicos apresentados abaixo focam nos seguintes parâmetros:
PANSS total e/ou BPRS total; fator de psicose na BPRS; subescala negativa da PANSS ou SANS e gravidade da CGI.
Os resultados dos estudos são os seguintes:
(1) Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas (n=149), envolvendo duas doses fixas de 1 e 10 mg/dia de Olanzapina (substância ativa), a dose de 10 mg/dia (mas não a dose de 1 mg/dia) foi superior ao placebo na PANSS total (também na BPRS total extraída), no fator de psicose da BPRS, na subescala negativa da PANSS e na gravidade da CGI.
(2) Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas (n=253), envolvendo 3 intervalos de doses fixas (5,0 ± 2,5 mg/dia; 10,0 ± 2,5 mg/dia e 15,0 ± 2,5 mg/dia), os grupos de dose mais alta de Olanzapina (substância ativa) (doses médias efetivas de 12 e 16 mg/dia, respectivamente) foram superiores ao placebo no resultado da BPRS total, fator de psicose da BPRS e no resultado de gravidade da CGI. O grupo de dose mais alta de Olanzapina (substância ativa) foi superior ao placebo na SANS. Não houve vantagem evidente para o grupo de dose alta sobre o grupo de dose média.
(3) Em um estudo de longo prazo com pacientes adultos ambulatoriais que reuniam predominantemente os critérios do DSM-IV para esquizofrenia e que permaneceram estáveis durante o tratamento aberto com a Olanzapina (substância ativa) por pelo menos 8 semanas, 326 pacientes foram randomizados para continuar com as doses de Olanzapina (substância ativa) (intervalo de 10 a 20 mg/dia) ou com placebo. O período de acompanhamento para observar os pacientes quanto à recidiva, definida como o aumento dos sintomas positivos na BPRS ou hospitalização, foi planejado para 12 meses. Contudo, ocorreu a interrupção antecipada do estudo devido a um excesso das recidivas com placebo, comparadas às recidivas com Olanzapina (substância ativa). A Olanzapina (substância ativa) foi superior ao placebo no período para recidiva, o principal desfecho clínico avaliado neste estudo. Portanto, a Olanzapina (substância ativa) foi mais efetiva do que o placebo na manutenção da eficácia em pacientes estabilizados por aproximadamente 8 semanas, e seguidos por um período de observação de até 8 meses. O exame dos grupos de população (raça e sexo) não revelou qualquer resposta diferencial com base nesses subgrupos.
Mania (mania pura ou mista)
Monoterapia
A eficácia da Olanzapina (substância ativa) oral no tratamento dos episódios maníacos agudos ou mistos foi estabelecida em dois estudos de curto prazo (um de 3 semanas e um de 4 semanas), placebo-controlados, em pacientes que reuniram os critérios para Transtorno Bipolar tipo I com episódios maníacos ou mistos. Estes estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida.
O instrumento primário usado para avaliar os sintomas maníacos foi a Escala de Mania Young (Y-MRS), uma escala de 11 itens preenchida pelo médico, tradicionalmente usada para avaliar o grau de sintomatologia maníaca (irritabilidade, comportamento agressivo/disruptivo, sono, elevação do humor, fala elevada, atividade aumentada, aumento da libido, transtorno da fala/pensamento, conteúdo de pensamento, aparência e discernimento) em uma escala de 0 (sem características de mania) a 60 (pontuação máxima). O principal desfecho clínico foi a redução da pontuação da Y-MRS ao longo do estudo.
Os resultados desses estudos são os seguintes:
- No estudo placebo-controlado de 3 semanas (n=67), que envolveu um intervalo de dose de Olanzapina (substância ativa) de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia, a Olanzapina (substância ativa) foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS.
- Em um estudo placebo-controlado de 4 semanas (n=115), que envolveu um intervalo de dose de Olanzapina (substância ativa) de 5-20 mg/dia, iniciando com 15 mg/dia, a Olanzapina (substância ativa) foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS.
- Em outro estudo, 361 pacientes que preenchiam os critérios do DSM-IV para mania ou episódio misto de transtorno bipolar e que apresentaram resposta clínica à Olanzapina (substância ativa) de 5 a 20 mg/dia na fase inicial aberta do tratamento (duração média aproximada de duas semanas), foram randomizados para continuar o tratamento com Olanzapina (substância ativa) na mesma dose (n=225) ou para realizar o tratamento com placebo (n=136), com o objetivo de observar as taxas de recaída dos pacientes. Na fase duplo-cego do estudo, aproximadamente 50% dos pacientes do grupo recebendo Olanzapina (substância ativa) interromperam o tratamento até o 59º dia e 50% dos pacientes do grupo tratados com placebo interromperam o tratamento até o 23º dia. As respostas durante a fase aberta foram definidas como a diminuição da pontuação total da escala Y-MRS ? 12 e da escala 3 de Hamilton de Avaliação da Depressão (HAM-D 21) ? 8. As recaídas durante a fase duplocego foram definidas como o aumento na pontuação das escalas Y-MRS ou HAM-D 21 ? 15, ou a hospitalização em caso de mania ou depressão. Na fase randomizada, os pacientes que continuaram recebendo Olanzapina (substância ativa) apresentaram um significativo aumento no tempo do aparecimento de uma recaída.
Terapia em combinação com lítio e valproato
A eficácia do uso de Olanzapina (substância ativa) oral concomitantemente com lítio ou valproato no tratamento dos episódios maníacos agudos, foi estabelecida em dois estudos controlados em pacientes que preenchiam os critérios do DSM-IV para Transtorno Bipolar tipo I com episódios maníacos ou mistos. Esses estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e, com ou sem curso de ciclagem rápida.
Os resultados desses estudos são os seguintes:
- Em um estudo de combinação, placebo-controlado, de 6 semanas, 175 pacientes ambulatoriais em tratamento com lítio ou valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos, foram randomizados para receber Olanzapina (substância ativa) ou placebo, em combinação com o tratamento original. A Olanzapina (substância ativa) (em intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia) combinada com lítio ou valproato (em intervalo terapêutico de 0,6 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL, respectivamente) foi superior ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS.
- Em um segundo estudo de combinação, placebo-controlado, de 6 semanas, 169 pacientes ambulatoriais em tratamento com lítio ou valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos (Y-MRS ? 16), foram randomizados para receber Olanzapina (substância ativa) ou placebo, em combinação com o seu tratamento original. A Olanzapina (substância ativa) (em intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia) combinada com lítio ou valproato (em intervalo terapêutico de 6,0 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL, respectivamente) foi superior ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS.
Prevenção de recorrência no transtorno bipolar
A eficácia e a segurança da Olanzapina (substância ativa) na prevenção da recorrência no transtorno bipolar foram investigadas em quatro estudos randomizados, duplo-cegos e controlados. Em cada estudo, a Olanzapina (substância ativa) foi administrada por via oral, na forma de comprimidos ou cápsulas, em dose de 5 a 20 mg/dia. As doses de lítio (300 a 1.800 mg/dia) e de valproato (500 a 2.500 mg/dia) foram ajustadas para manter níveis terapêuticos plasmáticos seguros.
O primeiro estudo procurou estabelecer a não inferioridade da Olanzapina (substância ativa) versus lítio em termos de incidência da recorrência sintomática para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão.
Pela definição de recorrência (incluindo hospitalização), os pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) tiveram uma incidência estatisticamente inferior de recorrência bipolar (31,3% versus 42,5%; p=0,02) e de recorrência de mania (13,8% versus 26,6%; p=0,001), quando comparados aos pacientes tratados com lítio. Os pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) também demonstraram um período estatisticamente mais longo até a recorrência de transtorno bipolar ou mania do que os pacientes tratados com lítio. Além disso, a Olanzapina (substância ativa) foi tão eficaz quanto o lítio em prolongar o período de uma recorrência depressiva. A taxa de recorrência e o período até sua ocorrência foram estatisticamente mais favoráveis para os pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) do que para os pacientes tratados com lítio.
O segundo estudo, de 47 semanas, procurou estabelecer a superioridade da Olanzapina (substância ativa) versus placebo em termos do tempo até a recorrência sintomática para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão. Esse estudo mostrou que o tempo até uma recorrência para mania ou depressão foi estatisticamente maior para a Olanzapina (substância ativa) do que para o placebo (174 dias para Olanzapina (substância ativa) e 22 dias para placebo).
Os pacientes tratados com Olanzapina (substância ativa) tiveram taxas estatisticamente menores de recorrência para mania (16,4%) quando comparadas ao placebo (41,2%), e para depressão (34,7% para Olanzapina (substância ativa) versus 47,8% para o placebo). O terceiro estudo procurou estabelecer a superioridade da Olanzapina (substância ativa) mais um estabilizador do humor (lítio ou valproato) versus placebo mais um estabilizador do humor, em termos do tempo até a recorrência sindrômica para pacientes em remissão sindrômica de mania e depressão. Para as análises usando a definição comum de recorrência sintomática, a incidência de recorrência de mania isolada foi estatisticamente menor para o grupo de tratamento com Olanzapina (substância ativa) mais 4 estabilizador do humor, do que para o grupo de tratamento com placebo mais estabilizador do humor. Esses dados demonstram a utilidade da Olanzapina (substância ativa) não apenas em monoterapia, mas também em combinação com lítio ou valproato, para tratamento de prevenção da recorrência no transtorno bipolar.
O quarto estudo, duplo-cego, randomizado, de 47 semanas, comparou a Olanzapina (substância ativa) ao divalproato. Nesse estudo, a Olanzapina (substância ativa) mostrou-se estatisticamente mais eficaz do que o divalproato em reduzir a sintomatologia maníaca (p=0,002). Além disso, o tempo até a remissão sintomática de mania foi significativamente menor para a Olanzapina (substância ativa) do que para o divalproato (14 dias para Olanzapina (substância ativa) e 62 dias para divalproato; p=0,047).
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Características Farmacológicas
Descrição
A Olanzapina (substância ativa) é uma droga antipsicótica atípica que pertence à classe das tienobenzodiazepinas. A designação química é 2-metil-4-(4-metil-1-piperazinil)-10H-tieno[2,3- b] [1,5]benzodiazepina. A fórmula molecular da Olanzapina (substância ativa) é C17H20N4S e tem um peso molecular de 312,44. Apresenta-se como um sólido cristalino amarelo, que é praticamente insolúvel em água.
Propriedades farmacológicas
Farmacodinâmica
A Olanzapina (substância ativa) é uma droga antipsicótica com perfil farmacológico amplo, através da ação em vários sistemas de receptores. Em estudos pré-clínicos, a Olanzapina (substância ativa) demonstrou afinidade pelos receptores de serotonina 5HT2A/C, 5HT3, 5HT6; dopamina D1, D2, D3, D4, D5; muscarínicos M1-5; ?1-adrenérgico e histamina H1.
Os estudos de comportamento em animais sobre os efeitos da Olanzapina (substância ativa) indicaram antagonismo aos receptores 5HT, dopaminérgicos e colinérgicos, consistente com o perfil de ligação a esses receptores. A Olanzapina (substância ativa) demonstrou maior afinidade in vitro ao receptor da serotonina 5HT2, bem como maior atividade in vivo, comparada à afinidade e atividade para o receptor da dopamina D2. Os estudos eletrofisiológicos demonstraram que a Olanzapina (substância ativa) reduziu seletivamente a ativação dos neurônios dopaminérgicos mesolímbicos (A10), enquanto demonstrou pouco efeito sobre as vias estriatais (A9) envolvidas na função motora. A Olanzapina (substância ativa) reduziu uma resposta condicionada de aversão, que é um teste indicativo de atividade antipsicótica, em doses abaixo das que produzem catalepsia, que é um resultado indicativo de efeitos motores adversos. Ao contrário de outras drogas antipsicóticas, a Olanzapina (substância ativa) aumenta a resposta em um teste “ansiolítico”.
Em dois dos dois estudos controlados com placebo e em dois dos três estudos controlados comparativos, com mais de 2.900 pacientes esquizofrênicos com sintomas positivos e negativos, a Olanzapina (substância ativa) foi associada a melhoras significativamente maiores tanto dos sintomas negativos quanto dos positivos.
Farmacocinética
A Olanzapina (substância ativa) é bem absorvida após administração oral, atingindo concentrações plasmáticas máximas em 5 a 8 horas. A absorção não é afetada por alimentos. As concentrações plasmáticas de Olanzapina (substância ativa) foram lineares e proporcionais à dose em estudos clínicos nas doses de 1 a 20 mg.
A Olanzapina (substância ativa) é metabolizada no fígado pelas vias conjugativa e oxidativa. O maior metabólito circulante é o 10-N-glucuronida, que em teoria não ultrapassa a barreira hematoencefálica. As isoenzimas CYP1A2 e CYP2D6 do citocromo P450 contribuem para a formação dos metabólitos N-desmetil e 2-hidroximetil, ambos exibindo significativamente menor atividade farmacológica in vivo do que a Olanzapina (substância ativa) em estudos animais. A atividade farmacológica predominante é a da Olanzapina (substância ativa) original.
Embora tabagismo, sexo e, em menor extensão, idade possam afetar o clearance e a meia-vida da Olanzapina (substância ativa), a magnitude do impacto desses fatores isolados é pequena em comparação à variabilidade geral entre indivíduos.
A ligação da Olanzapina (substância ativa) às proteínas plasmáticas foi cerca de 93% em uma faixa de concentração de 7 a 1.000 ng/mL. A Olanzapina (substância ativa) está ligada predominantemente à albumina e à ?1-glicoproteína ácida.
Após administração oral a indivíduos sadios, a meia-vida média de eliminação da Olanzapina (substância ativa) foi de 33 horas (21 a 54h para o 5º a 95º percentil) e o clearance plasmático médio foi de 26 L/h 5 (12 a 47 L/h para o 5º ao 95º percentil).
A farmacocinética da Olanzapina (substância ativa) variou em função do tabagismo, da idade e do sexo, conforme tabela abaixo:
Características do paciente | Meia-vida (horas) | Clearance plasmático (L/h) |
Não fumante | 38,6 | 18,6 |
Fumante | 30,4 | 27,7 |
Mulheres | 36,7 | 18,9 |
Homens | 32,3 | 27,3 |
Idosos (65 anos ou mais) | 51,8 | 17,5 |
Não idosos | 33,8 | 18,2 |
Não houve diferença significativa na meia-vida média de eliminação ou no clearance da Olanzapina (substância ativa) em pacientes com insuficiência renal grave, comparando-se aos pacientes com função renal normal. Aproximadamente 57% da Olanzapina (substância ativa) radioativamente marcada é excretada na urina, principalmente como metabólitos.
Indivíduos fumantes com disfunção hepática leve apresentaram diminuição do clearance comparado aos indivíduos não fumantes e sem disfunção hepática.
Em um estudo com indivíduos caucasianos, japoneses e chineses, não houve diferenças entre os parâmetros farmacocinéticos da Olanzapina (substância ativa) entre as três populações. O estado da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 não afeta o metabolismo da Olanzapina (substância ativa).
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Zyprexa.
Cuidados de Armazenamento do Olanzapina – FURP
A olanzapina deve ser guardada à temperatura ambiente (15 a 30 ºC), em sua embalagem original, protegida da umidade. O produto deve ser mantido dentro de sua embalagem até o momento do uso. O prazo de validade do produto nestas condições de armazenamento é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original Aspecto físico. A olanzapina é apresentada em: Comprimidos revestidos circulares, biconvexos, de cor branca a levemente amarelada Na concentração de 2,5 mg apresenta 6,0 mm de diâmetro. Na concentração de 5 mg apresenta 8,0 mm de diâmetro Na concentração de 10 mg apresenta 10,5 mm de diâmetro. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Olanzapina – FURP
I- DIZERES LEGAIS MS – 1 1213 0443 Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães – CRF-SP n° 12 449 Registrado por: Biosintética Farmacêutica Ltda Av das Nações Unidas, 22 428 São Paulo – SP CNPJ 53 162 095/0001-06 Indústria Brasileira Fabricado por: Aché Laboratórios Farmacêuticos S A Guarulhos – SP
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA