A prática regular de atividades físicas é incentivada como mecanismo para se atingir uma vida com mais bem-estar em diferentes faixas etárias e condições de saúde.
Nesse cenário, os exercícios para diabéticos surgem como ferramenta fundamental para o controle da glicemia e a prevenção de agravamentos, possibilitando uma qualidade de vida ao paciente.
Confira a seguir de que forma a prática contribui para o tratamento do diabetes e quais são as orientações gerais para que se alcance seus benefícios.
Entenda a relevância dos treinos para diabéticos
Antes de entender a importância para o controle e a prevenção do distúrbio metabólico, é essencial compreender a diferença entre atividade e exercícios físicos.
Por um lado, a primeira diz respeito a qualquer movimento corporal que gera gasto energético, informa a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Isso inclui a execução de tarefas no trabalho, em casa ou mesmo em momentos de lazer.
O segundo, por outro lado, refere-se a movimentos planejados, estruturados e repetitivos que tem como objetivo manter o condicionamento físico – por essa razão, os exercícios físicos são chamados também de treinos.
Junto à dieta saudável e ao uso de medicamentos, eles são essenciais para a prevenção e o tratamento do distúrbio metabólico, de acordo com o Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região.
Isso se deve, informa a SBD, à contribuição para o controle glicêmico, à diminuição de chances de complicações cardiovasculares, à redução do peso e ao aumento do bem-estar. Em outras palavras, ao praticar exercícios físicos, a pessoa com diabetes terá muito mais chance de levar uma vida mais longa, de qualidade e sem complicações.
Quanto tempo a pessoa com diabetes deve treinar?
De acordo com a SBD, o horário ou o período do dia escolhido não interfere nos resultados. O importante é que o paciente dedique 150 minutos semanais para as atividades, além de manter a regularidade.
4 cuidados essenciais ao praticar exercícios
Embora ofereça uma série de benefícios ao corpo, é preciso atenção do paciente com diabetes na hora de realizar o treino. Abaixo, estão reunidas recomendações de entidades de saúde para garantir a segurança do paciente.
- orientação profissional;
- alimentação e hipoglicemia;
- aumento da glicemia;
- exercícios recomendados.
1. Orientação profissional
Em documento, o Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região reforça a importância de que a prática de exercícios físicos seja realizada sempre com supervisão e orientação profissional para que os objetivos sejam plenamente alcançados.
2. Alimentação e hipoglicemia
O monitoramento e controle da glicose é indispensável para que se atinja os benefícios e não haja prejuízos ao corpo.
Sendo assim, pessoas com diabetes – em especial, com o tipo 1 – devem tomar cuidado com o risco de hipoglicemia (níveis de açúcar no sangue abaixo do ideal), pois qualquer atividade física contribui para a diminuição da glicose.
Para isso, é importante se alimentar corretamente antes, durante e após o treino. Para preparar uma dieta que traga benefícios e segurança, vale buscar orientações de um nutricionista.
3. Aumento da glicemia
De acordo com a SBD, essa elevação dos níveis de açúcar pode ocorrer em casos de exercícios de alta intensidade – termo usado para categorizar movimentos que aumentam o batimento cardíaco, a respiração, o gasto de energia e a percepção do esforço, informa o Ministério da Saúde.
Além disso, a entidade de saúde aconselha que a prática seja evitada caso a glicemia esteja acima de 250mg/dL para que o valor não aumente ainda mais.
Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes especialistas que auxiliam a estruturar um plano alimentar seguro e eficiente para pessoas com diabetes. Por meio do programa Viva Bem, o paciente também pode receber suporte e orientações sobre como controlar a condição. O mesmo vale para pessoas com hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).
4. Exercícios recomendados
Atividades de baixa e média intensidade são as recomendadas para pacientes iniciantes, além dos chamados aeróbicos (caminhadas, corrida, pedalada, natação, entre outros).
Musculação, Pilates e outros treinos anaeróbicos também são indicados, especialmente por aumentarem o gasto de glicose e a sensibilidade à insulina.
É importante lembrar que o planejamento da rotina de atividades varia conforme o paciente e deve ser sempre montado com recomendação e supervisão profissional.
Com essas recomendações, espera-se que o paciente consiga executar e manter uma rotina saudável em seu dia a dia.
Fontes: