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Quando procurar um otorrinolaringologista? 

Homem branco de blusa vermelha sentado em frente a uma lousa. Ele está com uma das mãos próxima à orelha, como se tentasse ouvir melhor.

Na língua portuguesa, otorrinolaringologista é uma daquelas palavras que chamam muita atenção por sua sonoridade e pronúncia difícil. O que muitos não imaginam é a grande importância que esse profissional tem para o nosso bem-estar.

Isso porque ele é responsável por tratar regiões do corpo que são vitais, como nariz, garganta, laringe, faringe, pescoço e toda a parte auditiva do ser humano.

Essa especialidade, então, é aquela a qual você deve recorrer em casos de dores persistentes de ouvido, alergias respiratórias, apneias e distúrbios do labirinto, por exemplo.

Continue acompanhando este conteúdo para saber mais sobre essa linha de atuação médica e seus principais objetivos.

O que faz um otorrinolaringologista? 

Esse é o médico dedicado a tratar condições relacionadas à saúde da audição, das narinas, da garganta, da cabeça e do pescoço.

Além disso, também pode avaliar quadros que envolvem o equilíbrio, já que essa função do corpo tem associação direta com o labirinto, uma das estruturas internas do ouvido.

Como esse especialista ajuda nos cuidados com a saúde? 

Para se ter uma ideia da importância da otorrinolaringologia, um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que uma em cada quatro pessoas terão adversidades auditivas até 2050

O mesmo documento estima que mais de 1,5 bilhão de pessoas tiveram perda na audição, e, desse número, pelo menos 700 milhões precisarão de algum cuidado especial nos próximos anos.

O crescente uso de fones de ouvido em um volume muito alto é outro dos alertas da OMS nesse sentido. Ela estima que, entre pessoas de 12 a 35 anos, mais de 1 bilhão de indivíduos correm o risco de perder a audição por conta dessa exposição.

De onde vem o nome?

A palavra tem origem grega e é a junção entre ous (ouvido), rhinos (nariz) e larynx (laringe), com o sufixo logista, que se refere ao profissional.

Dito isso, você pode estar se perguntando “qual a diferença entre um otorrino ou otorrinolaringologista?”. A resposta é: nenhuma! Otorrino é apenas uma contração popular da palavra original.

Para trabalhar nesse ramo, o indivíduo deve se formar em Medicina, curso que dura seis anos. E, após a graduação, é necessário fazer residência médica na área por mais três anos, em média.

Durante a especialização o aluno tem uma visão geral sobre todos os campos de atuação da Otorrinolaringologia e pode decidir se especializar ainda mais, optando por se aprimorar em uma subárea:

Quando procurar um otorrino?

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Em resumo, sempre que você se deparar com incômodos ou dores persistentes relacionadas ao nariz, ouvido, garganta ou situações frequentes de desequilíbrio, tontura e vertigem, é importante procurar profissionais dessa área médica.

Alguns sintomas que podem precisar de atenção são:

Além disso, ao se consultar com um clínico geral ou levar as crianças a um pediatra, o acompanhamento com o otorrino também pode ser recomendado, especialmente quando há algum dos sinais citados acima.

Vale lembrar que no dia a dia podemos sentir desconfortos devido a alguns estímulos — como dor após usar fones por muito tempo. É aconselhado procurar atendimento quando o incômodo persistir.

Patologias e tratamentos comuns

Já sabemos quando buscar um otorrinolaringologista e por quais partes do corpo ele é responsável. Mas quais as principais patologias que podem ser tratadas por esse profissional? Confira:

No ouvido

A primeira condição, e também a mais frequente, é a otite, uma infecção provocada por vírus, bactérias ou fungos.

A otite pode ser externa (geralmente originada pelo acúmulo de umidade), média (comum em gripes e resfriados) ou interna (quando há infecções mais sérias) e também pode ser aguda (quando persiste por até duas semanas) ou crônica (quando dura mais de quatro semanas). 

Dependendo de cada classificação, esse diagnóstico pode apresentar sinais e gravidades diferentes, sendo preciso investigá-los para chegar ao tratamento adequado.

Outras condições corriqueiras são:

Na garganta 

Entre as enfermidades da garganta, existem a amigdalite e a faringite, que são infecções ligadas respectivamente às amígdalas, à faringe e à mucosa da boca, ocasionadas por bactérias ou vírus.

O otorrino também pode investigar e tratar adversidades com a voz, como alterações nas pregas vocais e falhas na fala. 

Da mesma maneira, ele é responsável por questões relativas à deglutição, como dor ou dificuldade para engolir, lesões na boca e língua ou ronco e apneia obstrutiva do sono.

Por fim, esse profissional também pode ser acionado em caso de suspeita de anomalias, deformidades e cânceres na região da boca e pescoço (como o câncer na garganta, na laringe ou na cavidade oral).

No nariz 

Entre as patologias que envolvem esse órgão, podemos citar como as mais comuns as inflamações como as rinites. Segundo o Ministério da Saúde, a rinite é uma reação do sistema respiratório ao entrar em contato com partículas ou substâncias irritantes. 

Outro tipo de queixa bastante recorrente nos consultórios é a sinusite, que ocorre nas mucosas dos seios da face e pode ser de causa viral ou bacteriana.

Para além dessas, outras condições que se dão na mesma região do nariz são a epistaxe (sangramento), desvios de septo, obstruções, coriza intensa, congestão nasal e distúrbios do olfato.

Por fim, um diagnóstico comum, especialmente na infância, é o aumento da adenoide, uma carne esponjosa localizada atrás da cavidade nasal e que faz parte do sistema imune. Em alguns casos pode ser necessária uma pequena cirurgia para remoção.

Outras enfermidades

Também existem outras questões que podem ser tratadas pelo otorrinolaringologistas:

Todas essas podem ocorrer de diferentes maneiras e têm origens distintas. Por isso, cabe ao médico especialista identificar e prescrever o tratamento.

Quais exames o otorrino pode pedir?

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Durante uma consulta, o profissional fará uma anamnese e verificará seu ouvido, boca, garganta e nariz. A partir daí, pode pedir outros tipos de exames para ter uma visão mais detalhada.

Entre os mais comuns está a audiometria tonal e vocal. Para realizá-la, o paciente entra em uma cabine de vidro e coloca um fone com microfone.

Durante o teste ele deve seguir algumas instruções, seja reconhecendo sons, reagindo a eles ou repetindo palavras ditas. A duração é de cerca de 40 minutos e ele é capaz de identificar se há perda auditiva e a partir de quantos decibéis o paciente deixa de escutar.

Outro exame é a imitanciometria ou impedanciometria, realizada de maneira complementar à audiometria. Uma sonda é colocada no canal auditivo do paciente para captar a movimentação dos órgãos e entender se há dificuldade em receber estímulos.

Já a vectoeletronistagmografia é menos habitual e permite avaliar o funcionamento do labirinto, do ouvido interno e do sistema vestibular. Para realizá-lo, o médico coloca eletrodos no rosto do paciente, avalia os movimentos oculares e realiza uma prova calórica nos ouvidos. 

Geralmente, a duração é de cerca de 40 minutos e o teste pretende observar a reação a esses estímulos e de que forma eles influenciam no equilíbrio do corpo. 

Também pode ser realizado o exame otoneurológico, que é feito de maneira parecida à da vectoeletronistagmografia (com eletrodos fixados na face do paciente e avaliação de estímulos), mas com o objetivo de avaliar o labirinto e a cóclea (outro nervo craniano que influencia na audição e no equilíbrio).

Agora que você já sabe quando procurar um otorrinolaringologista e também qual a sua importância, fique de olho nos sintomas e agende uma consulta preventiva.

Além disso, faça acompanhamentos de rotina para cuidar do seu bem-estar. Isso possibilitará até mesmo que você identifique enfermidades antes que elas se desenvolvam e que o tratamento seja mais simples.

Com o Cartão dr.consulta, inclusive, você pode agendar consultas com médicos de mais de 60 especialidades com descontos especiais e pode incluir até quatro dependentes. 

Fontes:

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