Bula do Ozempic
Ozempic® é usado:
- Sozinho – se sua glicemia (nível de açúcar no sangue) não for suficientemente controlada somente com dieta e exercícios, e você não puder usar metformina (outro medicamento para diabetes), ou;
- Com outros medicamentos para diabetes – quando eles não são suficientes para atingir o controle glicêmico adequado. Esses outros medicamentos podem incluir: antidiabéticos orais (como metformina, tiazolidinediona (TZD), sulfonilureia) ou insulina.
É importante que você siga a dieta e o estilo de vida indicado pelo seu médico, farmacêutico ou enfermeiro durante o tratamento com Ozempic®.
Como o Ozempic funciona?
Ozempic® contém o princípio ativo semaglutida. É utilizado para reduzir o açúcar no sangue (glicose sanguínea) em adultos com diabetes tipo 2 através de um mecanismo que estimula a secreção de insulina e diminui a secreção de glucagon, somente quando a glicose sanguínea estiver elevada.
Contraindicação do Ozempic
Não utilize Ozempic® se tem alergia ao semaglutida ou a qualquer outro componente deste medicamento.
Como usar o Ozempic
Instruções sobre como usar Ozempic® 0,25 mg e 0,5 mg/dose de solução para injeção em sistema de aplicação preenchido
Leia essas instruções cuidadosamente antes de usar seu sistema de aplicação preenchido Ozempic®.
Não utilize o sistema de aplicação preenchido sem o treinamento adequado de seu médico ou enfermeiro.
Inicie verificando seu sistema de aplicação para se certificar de que ele contém Ozempic® 0,25 mg ou 0,5 mg/dose. Em seguida, olhe as ilustrações a seguir para conhecer as diferentes partes de seu sistema de aplicação preenchido e agulha.
Se você possui deficiência visual total ou parcial e não puder ler o contador de dose de seu sistema de aplicação, não utilize este sistema de aplicação sem ajuda. Peça ajuda de uma pessoa com boa visão e treinada para utilizar o sistema de aplicação preenchido Ozempic®.
Ozempic® é um o sistema de aplicação preenchido de controle de dose. Ele contém 2 mg de semaglutida e você pode selecionar doses de 0,25 mg e 0,5 mg. Seu sistema de aplicação foi desenvolvido para ser utilizado com agulhas descartáveis NovoFine
®
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As agulhas descartáveis NovoFine
®
Plus estão incluídas na embalagem.
Informações importantes
Atente-se especialmente a estas observações, pois são importantes para o uso seguro do sistema de aplicação.
Ozempic
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sistema de aplicação de agulha (exemplo):
Prepare a sua caneta com uma agulha nova
- Verifique o nome e o rótulo colorido de seu sistema de aplicação para se certificar de que ele contém Ozempic® 0,25 mg e 0,5 mg/dose. Isso é especialmente importante se você tomar mais de um tipo de medicamento injetável. Usar o medicamento errado pode prejudicar sua saúde.
- Tire a tampa do sistema de aplicação.
- Verifique se a solução no sistema de aplicação está límpida e incolor. Olhe pela janela do sistema de aplicação. Se a solução parecer turva ou não for incolor, não use o sistema de aplicação.
- Pegue uma nova agulha e retire o selo protetor.
Se o selo de proteção estiver quebrado, não utilize a agulha, uma vez que não é possível garantir a esterilidade.
- Pressione a agulha no sistema de aplicação. Gire até que esteja firme.
- Retire a proteção exterior da agulha e guarde-a para a usar posteriormente. Será necessária após a injeção para retirar a agulha da caneta em segurança.
- Retire a proteção interior da agulha e deite fora. Se tentar colocá-la de novo, poderá picar-se acidentalmente com a agulha.
Uma gota da solução pode aparecer na ponta da agulha. Isso é normal, mas você deve verificar o fluxo se você estiver usando um sistema de aplicação novo pela primeira vez.
Não rosqueie uma nova agulha no sistema de aplicação até que esteja pronto para a injeção.
Sempre use uma nova agulha para cada injeção.
Isso pode evitar agulhas entupidas, contaminação, infecção e administração imprecisa.
Nunca use uma agulha danificada ou torta.
Verificação do fluxo
- Antes da sua primeira injeção com cada sistema de aplicação novo, verifique o fluxo. Se seu sistema de aplicação já estiver em uso, vá para a etapa 3 “Selecione sua dose”.
- Gire o seletor de dose até que o contador de dose mostre o símbolo de verificação de fluxo.
- Segure o sistema de aplicação com a agulha apontando para cima.
- Pressione e segure o botão de aplicação até que o contador de dose retorne para “0” (zero). O “0” deve se alinhar com o indicador da dose.
Uma gota da solução deve aparecer na ponta da agulha.
Uma pequena gota pode permanecer na ponta da agulha, mas ela não será injetada.
Se nenhuma gota aparecer, repita a etapa 2 “Verifique o fluxo” até 6 vezes. Se a gota ainda não aparecer, troque a agulha e repita a etapa 2 “Verifique o fluxo” novamente.
Se uma gota ainda não aparecer, descarte o sistema de aplicação e use um novo. Certifique-se sempre de que uma gota apareça na ponta da agulha antes de usar um novo sistema de aplicação pela primeira vez. Isso garante o fluxo da solução.
Se nenhuma gota aparecer, você não injetará o medicamento mesmo que o contador de dose se mova. Isso pode indicar uma agulha entupida ou danificada.
Se você não verificar o fluxo antes da sua primeira injeção com cada sistema de aplicação novo, você pode não receber a dose prescrita e o efeito pretendido de Ozempic®.
Selecione a sua dose
Gire o seletor de dose até que o contador de dose mostre sua dose (0,25 mg ou 0,5 mg).
Se você selecionar a dose errada, você poderá girar o seletor de dose para frente ou para trás para corrigir a dose.
O sistema de aplicação pode marcar até 0,5 mg.
O seletor de dose altera a dose. Somente o contador de dose e o indicador da dose mostrarão quanto mg você seleciona por dose.
Você pode selecionar até 0,5 mg por dose. Quando o sistema de aplicação contém menos de 0,5 mg, o contador de dose para antes de mostrar 0,5.
O seletor de dose clica de modo diferente quando é girado para frente, para trás ou quando passa o número de mg restante. Não conte os cliques do sistema de aplicação.
Sempre utilize o contador de dose e o indicador de dose para ver quanto mg você selecionou antes de injetar este medicamento.
Não conte os cliques do sistema de aplicação.
Somente doses de 0,25 mg ou 0,5 mg devem ser selecionadas com o seletor de dose. A dose selecionada deve se alinhar precisamente com o indicador da dose para garantir que está recebendo a dose correta.
Qual a quantidade de solução que resta
Para verificar a quantidade de solução que resta, utilize o marcador de doses:
Gire o seletor de dose até que o contador de dose pare.
Se mostrar 1.0, resta, pelo menos, 1,0 mg na caneta.
Se o marcador de doses parar antes de 1,0 mg, significa que não resta solução suficiente para uma dose completa de 1,0 mg.
Se não restar solução suficiente na caneta para uma dose completa, não a utilize. Utilize uma nova caneta de Ozempic
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Injete a sua dose
- Insira a agulha na sua pele como seu médico ou enfermeiro mostrou.
- Certifique-se de que possa ver o contador de dose.
Não cubra o contador com seus dedos. Isso pode interromper a injeção.
- Pressione e mantenha pressionado o botão injetor até o marcador de doses apresentar 0. O número 0 tem de ficar alinhado com o indicador de dose. Nesse momento, poderá ouvir ou sentir um clique.
- Mantenha a agulha na pele depois de o marcador de doses voltar a 0 e conte lentamente até 6.
Se a agulha for removida antes, você poderá ver um fluxo de solução vindo da ponta da agulha. Se isso ocorrer, a dose completa não foi liberada.
- Retire a agulha da pele. Se surgir sangue no local da injeção, pressione ligeiramente. Não esfregue a área.
Você pode ver uma gota de solução na ponta da agulha após a aplicação. Isso é normal e não afeta sua dose.
Sempre observe o contador de dose para saber quanto mg você injeta. Pressione o botão de aplicação até que o contador de dose mostre “0”.
Como identificar uma agulha danificada ou entupida
- Se “0” não aparece no contador de dose após pressionar continuamente o botão de aplicação, você pode ter utilizado um sistema de aplicação entupido ou danificado.
- Nesse caso, você pode não ter recebido a medicação – mesmo que o contador de dose tenha movido da dose original que você ajustou.
Como manusear uma agulha entupida
Troque a agulha, conforme descrito na etapa 5 “Após sua injeção” e repita todas as etapas iniciandona etapa 1 “Prepare seu sistema de aplicação com uma nova agulha”. Certifique-se de que você selecionou a dose total que precisa.
Nunca toque no contador de dose ao injetar. Isso pode interromper a injeção.
Após a injeção
- Leve a ponta da agulha para a tampa externa da agulha em uma superfície plana sem tocar na agulha ou na tampa externa da agulha.
- Após cobrir a agulha, empurre cuidadosa e completamente a tampa externa da agulha.
- Desrosqueie a agulha e descarte-a cuidadosamente.
- Coloque a tampa do sistema de aplicação após cada uso para proteger a solução da luz.
Sempre descarte a agulha após cada injeção para garantir injeções convenientes e evitar agulhas entupidas. Se a agulha estiver entupida, você não injetará nenhum medicamento.
Quando o sistema de aplicação estiver vazio, descarte-o sem a agulha, conforme instruído pelo seu médico, enfermeiro, farmacêutico ou autoridades locais.
Nunca tente recolocar a agulha na tampa interna da agulha. Você pode se machucar com a agulha.
Sempre retire a agulha do seu sistema de aplicação imediatamente após cada injeção.
Isso pode evitar agulhas entupidas, contaminação, infecção, vazamento de solução e administração incorreta.
Outras informações importantes
Sempre mantenha seu sistema de aplicação e agulhas fora do alcance de terceiros, especialmente de crianças.
Nunca compartilhe seu sistema de aplicação ou suas agulhas com outras pessoas.
Cuidadores devem ter cautela ao manusear as agulhas usadas para evitar lesão e infecção cruzada.
Cuidados com o sistema de aplicação
- Cuide de seu sistema de aplicação. O manuseio descuidado ou errado pode resultar na administração de dose inexata, levando a níveis altos de glicemia ou desconforto abdominal, como náusea ou vômito.
- Não deixe o sistema de aplicação no carro ou em locais que podem ficar muito quentes ou muito frios.
- Não injete Ozempic® que foi congelado. Se injetar, seu nível glicêmico pode ficar muito alto ou você pode sentir desconforto abdominal, como náusea ou vômito.
- Não injete Ozempic® que foi exposto à luz solar direta. Se injetar, seu nível glicêmico pode ficar muito alto.
- Não exponha seu sistema de aplicação à poeira, sujeira ou líquidos.
- Não lave, mergulhe ou lubrifique seu sistema de aplicação. Se necessário, limpe-o com um pano úmido e detergente neutro.
- Não derrube seu sistema de aplicação ou o bata contra superfícies duras. Se derrubar ou suspeitar de um problema, encaixe uma agulha nova e verifique o fluxo antes de injetar.
- Não tente reutilizar seu sistema de aplicação. Depois de vazio, ele deve ser descartado.
- Não tente reparar seu sistema de aplicação ou desmontá-lo.
Posologia do Ozempic
Sempre utilize este medicamento exatamente como seu médico informou. Em caso de dúvidas, converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Quando começar a utilizar Ozempic®, a dose inicial é 0,25 mg, uma vez por semana, por quatro semanas.
Após quatro semanas, seu médico vai aumentar sua dose para 0,5 mg, uma vez por semana.
Seu médico pode aumentar sua dose para 1 mg, uma vez por semana, se sua glicemia não estiver bem controlada com a dose de 0,5 mg, uma vez por semana.
Não altere sua dose, a menos que o médico tenha orientado.
Como Ozempic® é administrado
Ozempic® é administrado como injeção sob a pele (injeção subcutânea). Não deve ser injetado na veia ou no músculo.
Os melhores locais para aplicar a injeção são a parte anterior das coxas, a parte anterior da cintura (abdome) e a parte superior do braço.
Antes de utilizar o sistema de aplicação pela primeira vez, seu médico ou enfermeiro mostrará como usá-lo.
Instruções detalhadas do sistema de aplicação estão no verso desta bula.
Quando utilizar Ozempic®
- Você deve utilizar Ozempic® uma vez por semana no mesmo dia da semana, se possível.
- Você pode aplicar a injeção a qualquer hora do dia – independentemente das refeições.
Para ajudá-lo a lembrar de injetar Ozempic® somente uma vez por semana, recomenda-se anotar o dia da semana escolhido (por exemplo, quarta-feira) na caixa. Você também pode escrever a data na caixa sempre que injetar Ozempic®.
Se necessário, você pode alterar o dia da sua injeção semanal de Ozempic® contanto que tenha se passado pelo menos 3 dias desde sua última injeção de Ozempic®. Após selecionar um novo dia para sua injeção, continue com a injeção uma vez por semana.
Se você parar de utilizar Ozempic®
Não pare de utilizar Ozempic® sem conversar com seu médico. Se você parar de usá-lo, sua glicemia pode aumentar.
Em caso de dúvidas sobre o uso deste medicamento, converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Ozempic?
Se você esqueceu de injetar uma dose e:
Não se passaram mais de 5 dias que você deveria ter utilizado Ozempic®, use assim que se lembrar. Injete a próxima dose no dia planejado.
Se passaram mais de 5 dias que você deveria ter utilizado Ozempic®, pule a dose esquecida. Injete a próxima dose no dia planejado.
Não tome uma dose extra ou aumente a dose para compensar uma dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure a orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Ozempic
Leia esta bula cuidadosamente antes de iniciar o uso deste medicamento, ela contém informações importantes para você.
Guarde esta bula. Você pode precisar lê-la novamente.
Em caso de dúvidas, pergunte para seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Este medicamento foi prescrito somente para você. Não repasse para terceiros. Ele pode prejudicálos, mesmo que os sinais da doença sejam os mesmos que os seus.
Se apresentar qualquer efeito colateral, converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Isso inclui qualquer possível efeito colateral não listado nesta bula.
Converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Ozempic®.
Ozempic® não é uma insulina e não deve ser utilizado se:
- Você tem diabetes tipo 1 – uma condição na qual seu organismo não produz insulina;
- Você tem cetoacidose diabética – uma complicação do diabetes com glicemia (nível de açúcar no sangue) alta, dificuldade para respirar, confusão, sede em excesso, hálito com odor adocicado, ou um gosto metálico na boca.
Se você ou alguém da sua família já teve um tipo de câncer de tireoide chamado carcinoma medular de tireoide (CMT), ou se você tem uma condição do sistema endócrino chamada síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM 2), consulte seu médico.
Dor abdominal grave e contínua que pode ser em razão da pancreatite aguda
Se você sente dor grave ou contínua no abdome, procure um médico imediatamente, visto que isso pode ser um sinal de pancreatite aguda (inflamação do pâncreas).
Efeitos no sistema digestivo
Durante o tratamento com Ozempic®, você pode apresentar enjoo (náusea) ou vômito e diarreia. Esses efeitos colaterais podem causar desidratação (perda de líquidos), portanto, é importante que você bebamuito líquido para evitá-la. Isso é especialmente importante se você tem problema nos rins. Em caso de dúvidas ou preocupações, converse com seu médico.
Hipoglicemia
A combinação de uma sulfonilureia ou insulina com este medicamento pode aumentar o risco de apresentar níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia). O seu médico pode pedir-lhe para testar os seus níveis de açúcar no sangue. Isto ajudará o seu médico a decidir se a dose da sulfoniluréia ou insulina precisa ser alterada para reduzir o risco de queda de açúcar no sangue.
Doença do olho diabético (retinopatia)
Melhoras rápidas no controle do nível de açúcar no sangue podem levar a um agravamento temporário da doença do olho diabético. Isto pode exigir tratamento ou levar a perda de visão. Você deve informar seu médico em caso de doença do olho diabético (retinopatia) ou se você apresentar problemas oculares durante o tratamento com Ozempic®.
Crianças e adolescentes
Ozempic® não é recomendado em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade, visto que a segurança e a eficácia nesta faixa etária ainda não foram estabelecidas.
Gravidez e Amamentação
Informe seu médico se estiver grávida ou amamentando, se acha que está grávida ou se planeja engravidar. Ozempic® não deve ser utilizado durante a gravidez e por pelo menos dois meses antes de uma gravidez planejada, porque não se sabe se o medicamento pode afetar o feto.
Se você tem potencial para engravidar, você deve utilizar contraceptivos durante o tratamento com Ozempic®.
Não utilize este medicamento se estiver amamentando. Não se sabe se Ozempic® é excretado no leite.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Dirigir e operar máquinas
Se você usar este medicamento em associação com uma sulfonilureia ou insulina, pode ocorrer queda nos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia), que pode afetar sua capacidade de concentração. Evite dirigir ou utilizar máquinas se você apresentar sinais de baixa glicemia. Converse com seu médico para mais informações.
Conteúdo de sódio
Este medicamento contém menos que 1mmol de sódio (23 mg) por dose e, por isso, é essencialmente “livre de sódio”.
Reações Adversas do Ozempic
Como ocorre com todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos colaterais, embora nem todos os apresentem.
Reação muito comum (pode ocorrer em mais de 1 em 10 pessoas)
- Sensação de enjoo (náusea) – isso geralmente desaparece ao longo do tempo;
- Diarreia – isso geralmente desaparece ao longo do tempo.
Reação comum (pode afetar até 1 em 10 pessoas)
- Vômito;
- Baixa glicemia (hipoglicemia) quando Ozempic® é utilizado com outro medicamento antidiabético.
Os sinais de alerta de hipoglicemia podem surgir repentinamente e podem incluir:
Suor frio, pele fria e pálida, dor de cabeça, batimentos cardíacos rápidos, sensação de enjoo (náusea) ou muita fome, alterações na visão, sensação de sono ou fraqueza, nervosismo, ansiedade ou confusão, dificuldade de concentração ou tremor.
Seu médico o informará como tratar sua hipoglicemia e o que fazer se perceber esses sinais de alerta.
A baixa taxa de açúcar no sangue é mais provável de acontecer se você também tomar uma sulfoniluréia ou insulina. Seu médico pode reduzir a sua dose destes medicamentos antes de começar a utilizar este medicamento.
- Indigestão;
- Inflamação do estômago (“gastrite”) – os sinais incluem dor de estômago, sensação de enjoo (náusea) ou vômito;
- Refluxo ou azia – também chamado de “doença do refluxo gastroesofágico” (DRGE);
- Dor no abdome;
- Inchaço do abdome;
- Constipação;
- Arrotos;
- Cálculo biliar;
- Sensação de tontura;
- Sensação de cansaço;
- Perda de peso;
- Perda de apetite;
- Gases (flatulência);
- Aumento de enzimas pancreáticas (como lipase e amilase).
Reação incomum (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
- Alteração no gosto de alimentos ou bebidas;
- Pulso rápido;
- Reações no local da injeção – como hematoma, dor, irritação, coceira e erupção cutânea.
Efeitos colaterais graves
Reação comum (pode afetar até 1 em 10 pessoas)
Complicações de doença ocular diabética (retinopatia) – você deve informar o seu médico se tiver problemas oculares, como alterações na visão, durante o tratamento com este medicamento.
Reação rara (pode afetar até 1 em 1.000 pessoas)
Reações alérgicas graves (reações anafiláticas) – você deve procurar ajuda médica imediatamente e informar seu médico o quanto antes se apresentar sintomas como problemas respiratórios, inchaço do rosto e garganta e batimentos cardíacos rápidos.
Se apresentar qualquer efeito colateral, converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Isso inclui todos os possíveis efeitos colaterais não listados nesta bula.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Composição do Ozempic
Cada mL de solução injetável contém:
1,34 mg de semaglutida.
Excipientes:
fosfato de sódio dibásico di-hidratado, propilenoglicol, fenol, ácido clorídrico (ajuste de pH), hidróxido de sódio (ajuste de pH) e água para injetáveis.
Um sistema de aplicação preenchido contém 2 mg de semaglutida em 1,5mL.
Apresentação do Ozempic
Solução injetável de semaglutida 1,34 mg/mL em sistema de aplicação preenchido (multidose e descartável).
Embalagens contendo 1 sistema de aplicação preenchido e 6 agulhas descartáveis NovoFine
®
Plus.
Cada sistema de aplicação contém 1,5 mL e libera doses de 0,25 mg e 0,5 mg.
Via subcutânea.
Uso adulto.
Superdosagem do Ozempic
Se você utilizar mais Ozempic® do que deveria, converse com seu médico imediatamente. Você pode apresentar efeitos colaterais, como sensação de enjoo (náusea).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Ozempic
Informe seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se estiver tomando, se tomou recentemente ou poderá tomar qualquer outro medicamento, incluindo medicamentos fitoterápicos ou outros medicamentos que você comprou sem uma prescrição médica.
Em especial, informe seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se estiver utilizando medicamentos contendo:
Varfarina ou outros medicamentos similares ingeridos por via oral para reduzir a coagulação do sangue (anticoagulantes orais). Exames de sangue frequentes para determinar a capacidade do seu sangue coagular podem ser requeridos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Ozempic
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico:
Medicamentos usados no tratamento da diabetes, Análogos do péptido-1 semelhante ao glucagom (GLP-1).
Código ATC:
A10BJ06.
Mecanismo de ação
O Semaglutido (substância ativa) é um análogo do GLP-1 com uma sequência de homologia de 94% relativamente ao GLP-1 humano. O Semaglutido (substância ativa) atua como agonista dos recetores de GLP-1 que se liga seletivamente e ativa o recetor de GLP-1, o alvo para GLP-1 nativo.
O GLP-1 é uma hormona fisiológica que tem múltiplas ações na regulação do apetite e da glicose, bem como no sistema cardiovascular. Os efeitos no apetite e na glicose são especificamente mediados pelos recetores do GLP-1 no pâncreas e no cérebro.
O Semaglutido (substância ativa) reduz a glicose sanguínea de uma forma dependente da glicose, estimulando a secreção da insulina e reduzindo a secreção de glucagom quando a glicose sanguínea está elevada. O mecanismo de redução da glicose sanguínea também envolve um ligeiro atraso do esvaziamento gástrico na fase pós-prandial precoce. Durante a hipoglicemia, o Semaglutido (substância ativa) diminui a secreção de insulina e não inviabiliza a secreção de glucagom.
O Semaglutido (substância ativa) reduz o peso corporal e a massa de gordura corporal através da diminuição da necessidade de aporte de energia, o que envolve uma redução geral do apetite. Além disso, o Semaglutido (substância ativa) reduz a preferência por alimentos ricos em gordura.
Os recetores do GLP-1 são também expressos no coração, na vasculatura, no sistema imunitário e nos rins.
O Semaglutido (substância ativa) teve um efeito favorável nos lípidos plasmáticos, diminuiu a pressão arterial sistólica e reduziu a inflamação nos estudos clínicos. Nos estudos em animais, o Semaglutido (substância ativa) atenua o desenvolvimento de aterosclerose, prevenindo a progressão de placas na aorta e reduzindo a inflamação das placas.
Efeitos farmacodinâmicos
Todas as avaliações farmacodinâmicas foram realizadas após 12 semanas de tratamento (incluindo gradação de dose) no estado estacionário com 1 mg de Semaglutido (substância ativa) uma vez por semana.
Glicose pós-prandial e em jejum:
O Semaglutido (substância ativa) reduz as concentrações de glicose pós-prandial e em jejum. Nos doentes com diabetes tipo 2, o tratamento com 1 mg de Semaglutido (substância ativa) resultou na redução da glicose em termos de variação absoluta desde o início do estudo (mmol/l) e redução relativa comparativamente ao placebo (%) para glicose em jejum (1,6 mmol/l; redução de 22%), glicose pós-prandial de 2 horas (4,1 mmol/l; redução de 37%), concentração de glicose média de 24 horas (1,7 mmol/l; redução de 22%) e excursões de glicose pós-prandial em 3 refeições (0,6-1,1 mmol/l) comparativamente ao placebo. O Semaglutido (substância ativa) diminuiu a glicose em jejum após a primeira dose.
Função das células beta e secreção de insulina:
O Semaglutido (substância ativa) melhora a função das células beta. Comparativamente ao placebo, o Semaglutido (substância ativa) melhorou a resposta da insulina de primeira e segunda fase com um aumento triplo e duplo, respetivamente, e aumentou a capacidade secretora máxima das células beta em doentes com diabetes tipo 2. Além disso, o tratamento com Semaglutido (substância ativa) aumentou as concentrações de insulina em jejum comparativamente ao placebo.
Secreção de glucagom:
O Semaglutido (substância ativa) diminui as concentrações de glucagom pós-prandial e em jejum. Em doentes com diabetes tipo 2, o Semaglutido (substância ativa) resultou nas seguintes reduções relativas no glucagom comparativamente ao placebo: glucagom em jejum (8–21%), resposta de glucagom pós-prandial (14– 15%) e concentração de glucagom média de 24 horas (12%).
Insulina dependente da glicose e secreção de glucagom:
O Semaglutido (substância ativa) diminuiu as elevadas concentrações de glicose sanguínea, estimulando a secreção da insulina e reduzindo a secreção de glucagom de uma forma dependente da glicose. Com o Semaglutido (substância ativa), a taxa de secreção de insulina em doentes com diabetes tipo 2 foi comparável à de indivíduos saudáveis.
Durante a hipoglicemia induzida, o Semaglutido (substância ativa), comparativamente ao placebo, não alterou as respostas reguladoras do marcador quanto ao aumento de glucagom e não inviabilizou a diminuição de péptido-C em doentes com diabetes tipo 2.
Esvaziamento gástrico:
O Semaglutido (substância ativa) causou um ligeiro atraso do esvaziamento gástrico pós-prandial precoce, reduzindo, assim, a taxa em que a glicose aparece na circulação no período pós-prandial.
Apetite, aporte de energia e escolha dos alimentos:
O Semaglutido (substância ativa), comparativamente ao placebo, diminuiu o aporte de energia de 3 refeições ad libitum consecutivas em 18-35%. Este efeito deveu-se a uma supressão do apetite induzida pelo Semaglutido (substância ativa) no estado em jejum, bem como no período pós-prandial, um melhor controlo sobre os alimentos consumidos, menos ânsias alimentares e uma preferência relativamente menor por alimentos ricos em gordura.
Lípidos pós-prandial e em jejum:
O Semaglutido (substância ativa), comparativamente ao placebo, diminuiu as concentrações de colesterol de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e de triglicéridos em jejum em 21% e 12%, respetivamente. A resposta do colesterol VLDL e dos triglicéridos pós-prandial a uma refeição rica em gordura registou uma redução gt; 40%.
Eletrofisiologia cardíaca (QTc):
O efeito do Semaglutido (substância ativa) na repolarização cardíaca foi testado num ensaio QTc exaustivo. O Semaglutido (substância ativa) não prolongou os intervalos QTc a níveis de dose supra-terapêuticos (até 1,5 mg no estado estacionário).
Eficácia e segurança clínicas
Tanto a melhoria do controlo glicémico como a redução da morbilidade e mortalidade cardiovascular são uma parte integrante do tratamento da diabetes tipo 2.
A eficácia e a segurança deste medicamento 0,5 mg e 1 mg uma vez por semana foram avaliadas em seis ensaios de fase 3a controlados e aleatorizados que incluíram 7215 doentes com diabetes mellitus tipo 2 (4107 tratados com Semaglutido (substância ativa)). Cinco ensaios (SUSTAIN 1–5) tiveram como objetivo principal a avaliação da eficácia glicémica, enquanto um ensaio (SUSTAIN 6) centrou-se sobretudo no resultado cardiovascular.
O tratamento com Semaglutido (substância ativa) demonstrou reduções sustentadas, estatisticamente superiores e clinicamente significativas na HbA1c e no peso corporal durante um máximo de 2 anos comparativamente ao placebo e tratamento de controlo ativo (sitagliptina, insulina glargina e exenatido LP).
A eficácia de Semaglutido (substância ativa) não foi afetada pela idade, género, raça, etnia, IMC no início do estudo, peso corporal (kg) no início do estudo, duração da diabetes e nível de compromisso da função renal.
SUSTAIN 1 – Monoterapia:
Num ensaio controlado com placebo e em dupla ocultação que decorreu ao longo de 30 semanas, 388 doentes inadequadamente controlados com dieta e exercício foram aleatorizados para este medicamento 0,5 mg ou para este medicamento 1 mg uma vez por semana ou placebo.
Quadro 2. SUSTAIN 1: Resultados na semana 30
– | Semaglutido 0,5 mg | Semaglutido 1 mg | Placebo |
População (N) com intenção de tratamento (ITT) | 128 | 130 | 129 |
HbA1c (%) | |||
Valor inicial (média) | 8,1 | 8,1 | 8,0 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -1,5 | -1,6 | 0 |
Diferença do placebo [95% IC] | -1,4 [-1,7, -1,1]a | -1,5 [-1,8, -1,2]a | – |
Doentes (%) que alcançaram HbA1c lt;7% | 74 | 72 | 25 |
GPJ (mmol/l) | |||
Valor inicial (média) | 9,7 | 9,9 | 9,7 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -2,5 | -2,3 | -0,6 |
Peso corporal (kg) | |||
Valor inicial (média) | 89,8 | 96,9 | 89,1 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -3,7 | -4,5 | -1,0 |
]Diferença do placebo [95% IC] | -2,7 [-3,9, -1,6]a | -3,6 [-4,7, -2,4]a | – |
ap lt;0,0001 (2 lados) para superioridade.
SUSTAIN 2 – Associação com 1–2 medicamentos antidiabéticos orais: metformina e/ou tiazolidinedionas:
Num ensaio com controlo ativo e em dupla ocultação que decorreu ao longo de 56 semanas, 1231 doentes foram aleatorizados para este medicamento 0,5 mg uma vez por semana, este medicamento 1 mg uma vez por semana ou sitagliptina 100 mg uma vez por dia, todos eles em associação com metformina (94%) e/ou tiazolidinedionas (6%).
Quadro 3. SUSTAIN 2: Resultados na semana 56
– | Semaglutido 0,5 mg | Semaglutido 1 mg | Sitagliptina 100 mg |
População (N) com intenção de tratamento (ITT) | 409 | 409 | 407 |
HbA1c (%) | |||
Valor inicial (média) | 8,0 | 8,0 | 8,2 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -1,3 | -1,6 | -0,5 |
Diferença da sitagliptina [95% IC] | -0,8 [-0,9, -0,6]a | -1,1 [-1,2, -0,9]a | – |
Doentes (%) que alcançaram HbA1c lt;7% | 69 | 78 | 36 |
GPJ (mmol/l) | |||
Valor inicial (média) | 9,3 | 9,3 | 9,6 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -2,1 | -2,6 | -1,1 |
Peso corporal (kg) | |||
Valor inicial (média) | 89,9 | 89,2 | 89,3 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -4,3 | -6,1 | -1,9 |
Diferença da sitagliptina [95% IC] | -2,3 [-3,1, -1,6]a | -4,2 [-4,9, -3,5]a | – |
ap lt;0,0001 (2 lados) para superioridade.
Figura 1. Variação média da HbA1c (%) e peso corporal (kg) desde o início do estudo até à semana 56
SUSTAIN 3 – Associação com metformina ou metformina com sulfonilureia:
Num ensaio aberto de 56 semanas, 813 doentes a receber apenas metformina (49%), metformina com sulfonilureia (45%) ou outro (6%) foram aleatorizados para este medicamento 1 mg ou exenatido LP 2 mg uma vez por semana.
Quadro 4. SUSTAIN 3: Resultados na semana 56
– | Semaglutido 1 mg | Exenatido LP 2 mg |
População (N) com intenção de tratamento (ITT) | 404 | 405 |
HbA1c (%) | ||
Valor inicial (média) | 8,4 | 8,3 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -1,5 | -0,9 |
Diferença do exenatido [95% IC] | -0,6 [-0,8, -0,4]a | – |
Doentes (%) que alcançaram HbA1c lt;7% | 67 | 40 |
GPJ (mmol/l) | ||
Valor inicial (média) | 10,6 | 10,4 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -2,8 | -2,0 |
Peso corporal (kg) | ||
Valor inicial (média) | 96,2 | 95,4 |
Variação desde o valor inicial na semana 56 | -5,6 | -1,9 |
Diferença do exenatido [95% IC] | -3,8 [-4,6, -3,0]a | – |
ap lt;0,0001 (2 lados) para superioridade.
SUSTAIN 4 – Associação com 1–2 medicamentos antidiabéticos orais: metformina ou metformina e sulfonilureia:
Num ensaio comparador aberto de 30 semanas, 1089 doentes foram aleatorizados para este medicamento 0,5 mg uma vez por semana, este medicamento 1 mg uma vez por semana ou insulina glargina uma vez por dia, tendo como tratamento base a metformina (48%) ou a metformina e sulfonilureia (51%).
Quadro 5. SUSTAIN 4: Resultados na semana 30
– | Semaglutido 0,5 mg | Semaglutido mg | Insulina glargina |
População (N) com intenção de tratamento (ITT) | 362 | 360 | 360 |
HbA1c (%) | |||
Valor inicial (média) | 8,1 | 8,2 | 8,1 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -1,2 | -1,6 | -0,8 |
Diferença da insulina glargina [95% IC] | -0,4 [-0,5, -0,2]a | -0,8 [-1,0, -0,7]a | – |
Doentes (%) que alcançaram HbA1c lt;7% | 57 | 73 | 38 |
GPJ (mmol/l) | |||
Valor inicial (média) | 9,6 | 9,9 | 9,7 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -2,0 | -2,7 | -2,1 |
Peso corporal (kg) | |||
Valor inicial (média) | 93,7 | 94,0 | 92,6 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -3,5 | -5,2 | +1,2 |
Diferença da insulina glargina [95% IC] | -4,6 [-5,3, -4,0]a | -6,34 [-7,0, -5,7]a | – |
ap lt;0,0001 (2 lados) para superioridade.
SUSTAIN 5 – Associação com insulina basal:
Num ensaio controlado com placebo e em dupla ocultação que decorreu ao longo de 30 semanas, 397 doentes inadequadamente controlados com insulina basal, com ou sem metformina, foram aleatorizados para este medicamento 0,5 mg uma vez por semana, este medicamento 1 mg uma vez por semana ou placebo.
Quadro 6. SUSTAIN 5: Resultados na semana 30
– | Semaglutido 0,5 mg | Semaglutido 1 mg | Placebo |
População (N) com intenção de tratamento (ITT) | 132 | 131 | 133 |
HbA1c (%) | |||
Valor inicial (média) | 8,4 | 8,3 | 8,4 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -1,4 | -1,8 | -0,1 |
Diferença do placebo [95% IC] | -1,4 [-1,6, -1,1]a | -1,8 [-2,0, -1,5]a | – |
Doentes (%) que alcançaram HbA1c lt;7% | 61 | 79 | 11 |
GPJ (mmol/l) | |||
Valor inicial (média) | 8,9 | 8,5 | 8,6 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -1,6 | -2,4 | -0,5 |
Peso corporal (kg) | |||
Valor inicial (média) | 92,7 | 92,5 | 89,9 |
Variação desde o valor inicial na semana 30 | -3,7 | -6,4 | -1,4 |
Diferença do placebo [95% IC] | -2,3 [-3,3, -1,3]a | -5,1 [-6,1, -4,0]a | – |
ap lt;0,0001 (2 lados) para superioridade.
Associação com monoterapia de sulfonilureia:
No SUSTAIN 6, 123 doentes receberam monoterapia de sulfonilureia no início do estudo. A HbA1c no início do estudo era de 8,2%, 8,4% e 8,4% para este medicamento 0,5 mg, este medicamento 1 mg e placebo, respetivamente. Na semana 30, a variação na HbA1c era de -1,6%, -1,5% e 0,1% para este medicamento 0,5 mg, este medicamento 1 mg e placebo, respetivamente.
Associação com insulina de pré-mistura ± 1–2 ADOs:
No SUSTAIN 6, 867 doentes receberam insulina de pré- mistura (com ou sem ADO(s)) no início do estudo. A HbA1c no início do estudo era de 8,8%, 8,9% e 8,9% para este medicamento 0,5 mg, este medicamento 1 mg e placebo, respetivamente. Na semana 30, a variação na HbA1c era de -1,3%, -1,8% e -0,4% para este medicamento 0,5 mg, este medicamento 1 mg e placebo, respetivamente.
Doença cardiovascular:
Num ensaio em dupla ocultação de 104 semanas (SUSTAIN 6), 3297 doentes com diabetes mellitus tipo 2 com elevado risco cardiovascular foram aleatorizados para este medicamento 0,5 mg uma vez por semana, este medicamento 1 mg uma vez por semana ou placebo correspondente, além da terapêutica padrão e a partir daqui foram seguidos durante 2 anos. No total, 98% dos doentes concluiu o ensaio e o estado vital foi conhecido no fim do ensaio para 99,6% dos doentes.
A população do ensaio foi distribuída por idade: 1598 doentes (48,5%) ?65 anos, 321 (9,7%) ?75 anos e 20 (0,6%) ?85 anos. Havia 2358 doentes com compromisso renal normal ou ligeiro, 832 com compromisso renal moderado e 107 com compromisso renal grave ou em estado terminal. Havia 61% homens, com idade média de 65 anos e IMC médio de 33 kg/m2. A duração média da diabetes era de 13,9 anos.
O endpoint primário foi o tempo desde a aleatorização até à primeira ocorrência de um acontecimento cardiovascular adverso grave (MACE): morte cardiovascular, enfarte do miocárdio não fatal ou acidente vascular cerebral não fatal.
O número total de endpoints primários dos componentes MACE foi de 254, incluindo 108 (6,6%) com Semaglutido (substância ativa) e 146 (8,9%) com placebo. Ver figura 3 para consultar os resultados dos endpoints cardiovasculares primários e secundários. O tratamento com Semaglutido (substância ativa) resultou na redução do risco de 26% no resultado composto primário de morte por causas cardiovasculares, enfarte do miocárdio não fatal ou acidente vascular cerebral não fatal. Os números totais de mortes cardiovasculares, enfartes do miocárdio não fatais e acidentes vasculares cerebrais não fatais foram de 90, 111 e 71, respetivamente, incluindo 44 (2,7%), 47 (2,9%) e 27 (1,6%), respetivamente, com Semaglutido (substância ativa) (figura 3). A redução do risco no resultado composto primário foi sobretudo originada pela diminuição das taxas de acidente vascular cerebral não fatal (39%) e enfarte do miocárdio não fatal (26%) (figura 2).
Figura 2. Gráfico de Kaplan Meier referente ao tempo decorrido até à primeira ocorrência do resultado composto: morte cardiovascular, enfarte do miocárdio não fatal ou acidente vascular cerebral não fatal (SUSTAIN 6)
Figura 3. Gráfico de Forest: análise do tempo decorrido até à primeira ocorrência do resultado composto, seus componentes e morte por todas as causas (SUSTAIN 6)
Ocorreram 158 acontecimentos de de nefropatia de novo ou agravada. O hazard ratio [95% IC] para o tempo até à nefropatia (novo início de macroalbuminúria persistente, duplicação persistente de creatinina sérica, necessidade de terapêutica de substituição renal contínua e morte devido a doença renal) foi de 0,64 [0,46; 0,88] derivado do novo início de macroalbuminúria persistente.
Peso corporal:
Após um ano de tratamento, foi alcançada uma perda de peso ?5% e ?10% para mais indivíduos a tomar este medicamento 0,5 mg (46% e 13%) e 1 mg (52 – 62% e 21 – 24%) comparativamente aos comparadores ativos sitagliptina (18% e 3%) e exenatido LP (17% e 4%).
No estudo SUSTAIN 6 foi observada uma redução significativa e sustentada do peso corporal desde o início do estudo até à semana 104 com este medicamento 0,5 mg e 1 mg vs. placebo 0,5 mg e 1 mg, além da terapêutica padrão (-3,6 kg e -4,9 kg vs. -0,7 kg e -0,5 kg, respetivamente).
Pressão arterial:
Foram observadas reduções significativas na pressão arterial sistólica média quando Semaglutido (substância ativa) 0,5 mg (3,5-5,1 mmHg) e 1 mg (5,4–7,3 mmHg) foram utilizados em associação com medicamentos antidiabéticos orais ou insulina basal. Quanto à pressão arterial diastólica, não se verificaram diferenças significativas entre o Semaglutido (substância ativa) e os comparadores.
População pediátrica:
A Agência Europeia de Medicamentos diferiu a obrigação de apresentação dos resultados dos estudos com Semaglutido (substância ativa) em um ou mais subgrupos da população pediátrica em diabetes tipo 2.
Propriedades farmacocinéticas
Em comparação com o GLP-1 nativo, o Semaglutido (substância ativa) tem uma semivida prolongada de aproximadamente 1 semana, tornando-o adequado para a administração uma vez por semana por via subcutânea. O principal mecanismo de prorrogação é a ligação à albumina, o que resulta na diminuição da depuração renal e proteção contra a degradação metabólica. Além disso, o Semaglutido (substância ativa) está estabilizado em relação à degradação pela enzima DPP-4.
Absorção
A concentração máxima foi alcançada 1 a 3 dias após a dose. A exposição no estado estacionário foi alcançada após 4–5 semanas da administração uma vez por semana. Nos doentes com diabetes tipo 2, as concentrações médias no estado estacionário após a administração subcutânea de 0,5 mg e 1 mg de Semaglutido (substância ativa) foram de aproximadamente 16 nmol/l e 30 nmol/l, respetivamente. A exposição de Semaglutido (substância ativa) aumentou de forma proporcional à dose para as doses de 0,5 mg e 1 mg. Foi alcançada uma exposição semelhante com a administração subcutânea de Semaglutido (substância ativa) no abdómen, na coxa ou no braço. A biodisponibilidade absoluta do Semaglutido (substância ativa) subcutâneo era de 89%.
Distribuição
O volume médio da distribuição de Semaglutido (substância ativa) após a administração subcutânea em doentes com diabetes tipo 2 foi de aproximadamente 12,5 l. O Semaglutido (substância ativa) estava extensamente ligado à albumina plasmática (gt;99%).
Metabolismo / biotransformação
Antes da excreção, o Semaglutido (substância ativa) é extensamente metabolizado através da clivagem proteolítica da cadeia principal do péptido e beta-oxidação sequencial da cadeia lateral de ácidos gordos. Prevê-se que a enzima endopeptidase neutra (NEP) esteja envolvida no metabolismo do Semaglutido (substância ativa).
Eliminação
Num estudo com uma única dose subcutânea de Semaglutido (substância ativa) marcada radioativamente, verificou-se que as principais vias de excreção de material relacionado com Semaglutido (substância ativa) foram a urina e as fezes; aproximadamente 2/3 do material relacionado com Semaglutido (substância ativa) foi excretada na urina e aproximadamente 1/3 nas fezes. Aproximadamente 3% da dose foi excretada com o Semaglutido (substância ativa) intacta através da urina. Em doentes com diabetes tipo 2, a depuração do Semaglutido (substância ativa) foi de aproximadamente 0,05 l/h. Com uma semivida de eliminação de aproximadamente 1 semana, o Semaglutido (substância ativa) estará presente na circulação durante cerca de 5 semanas após a última dose.
População especial
Idosos:
A idade não teve qualquer efeito na farmacocinética do Semaglutido (substância ativa) com base nos dados dos estudos de fase 3a, incluindo doentes de 20–86 anos de idade.
Género, raça e etnia:
O género, a raça (Branca, Negra ou Afro-Americana, Asiática) e a etnia (Hispânica ou Latina, não Hispânica ou não Latina) não tiveram qualquer efeito na farmacocinética do Semaglutido (substância ativa).
Peso corporal:
O peso corporal teve efeito na exposição do Semaglutido (substância ativa). Um peso corporal mais elevado resulta numa exposição mais baixa; uma diferença de 20% no peso corporal entre indivíduos irá resultar numa diferença aproximada de 16% na exposição. As doses de 0,5 mg e 1 mg de Semaglutido (substância ativa) proporcionam uma exposição sistémica adequada num intervalo de peso corporal de 40–198 kg.
Compromisso renal:
O compromisso renal não afetou a farmacocinética do Semaglutido (substância ativa) de forma clinicamente relevante. – Esta situação foi verificada com uma dose única de 0,5 mg de Semaglutido (substância ativa) para doentes com diferentes graus de compromisso renal (ligeiro, moderado, grave ou doentes em diálise) comparativamente aos indivíduos com função renal normal. A mesma situação foi também verificada para indivíduos com diabetes tipo 2 e com compromisso renal com base nos dados dos estudos de fase 3a, embora a experiência em doentes com doença renal terminal tenha sido limitada.
Compromisso hepático:
O compromisso hepático não teve qualquer impacto sobre a exposição do Semaglutido (substância ativa). A farmacocinética do Semaglutido (substância ativa) foi avaliada em doentes com diferentes graus de compromisso hepático (ligeiro, moderado, grave) comparativamente aos indivíduos com função hepática normal num estudo com uma dose única de 0,5 mg de Semaglutido (substância ativa).
População pediátrica:
O Semaglutido (substância ativa) não foi estudada em doentes pediátricos.
Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida ou genotoxicidade.
Os tumores não mortais das células C da tiroide observados em roedores são um efeito de classe para os agonistas dos recetores de GLP-1. Em estudos de carcinogenicidade de 2 anos em ratos e ratinhos, o Semaglutido (substância ativa) causou tumores das células C da tiroide em exposições clinicamente relevantes. Não foram observados quaisquer outros tumores relacionados com o tratamento. Os tumores das células C do roedor são causados por um mecanismo mediado pelo recetor de GLP-1 específico e não genotóxico ao qual os roedores são particularmente sensíveis. A importância para o ser humano é considerada baixa, mas não pode ser completamente excluída.
Em estudos de fertilidade em ratos, o Semaglutido (substância ativa) não afetou o acasalamento nem a fertilidade masculina. Nos ratos fêmea, observou-se um aumento do ciclo estral e uma pequena redução nos corpos amarelos (ovulações) em doses associadas à perda de peso corporal materno.
Em estudos de desenvolvimento do feto/embrião em ratos, o Semaglutido (substância ativa) causou uma embriotoxicidade inferior às exposições clinicamente relevantes. O Semaglutido (substância ativa) causou reduções acentuadas no peso corporal materno e reduções na sobrevivência e crescimento embrionário. Nos fetos, foram observadas importantes malformações esqueléticas e viscerais, incluindo efeitos nos ossos longos, costelas, vértebras, cauda, vasos sanguíneos e ventrículos cerebrais. As avaliações mecanicistas indicaram que a embriotoxicidade envolveu um compromisso mediado pelo recetor de GLP-1 do fornecimento de nutrientes para o embrião através do saco vitelino do rato. Devido às diferenças de espécie no que toca à anatomia e função do saco vitelino e devido à falta de expressão do recetor de GLP-1 no saco vitelino dos primatas não humanos, considera-se improvável que este mecanismo seja relevante para o ser humano. Contudo, um efeito direto do Semaglutido (substância ativa) sobre o feto não pode ser excluído.
Em estudos de toxicidade no desenvolvimento em coelhos e macacos cinomolgos, observou-se um aumento da perda de gravidez e um ligeiro aumento da incidência de malformações fetais em exposições clinicamente relevantes. Os dados coincidiram com a perda acentuada de peso corporal materno até 16%. Não se sabe se estes efeitos estão relacionados com a diminuição do consumo de alimento materno como efeito direto do GLP-1.
O crescimento e desenvolvimento pós-natal foram avaliados em macacos cinomolgos. Os bebés eram ligeiramente mais pequenos no parto, mas recuperaram durante o período de aleitamento.
Em ratos jovens, o Semaglutido (substância ativa) causou um atraso na maturação sexual, tanto nos machos como nas fêmeas. Estes atrasos não tiveram impacto na fertilidade e capacidade reprodutiva de ambos os sexos nem na capacidade das fêmeas de manter a gravidez.
Fonte: Bula do Medicamento Ozempic.
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