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Bula do Pantonax

Contraindicação do Pantonax

– Durante Gravidez e Lactação.
– Pacientes com Câncer no esôfago ou estômago e com diminuição da função do fígado.

Como usar o Pantonax

Uso Oral.

Adultos.

– Úlcera do estômago, Esofagite de refluxo: 40 mg por dia, durante 4 semanas, podendo prolongar o tratamento por 8 semanas.

– Úlcera do Duodeno: 40 mg por dia, durante 2 semanas, podendo prolongar o tratamento por 4 semanas.

Precauções do Pantonax

Quando prescrito dentro de uma terapia combinada, seguir as instruções de uso de cada um dos fármacos.

Na presença de qualquer sintoma de alarme (como significativa perda de peso não intencional, vômitos recorrentes, disfagia, hematêmese, anemia ou melena) e quando houver suspeita ou presença de úlcera gástrica, deve-se excluir a possibilidade de malignidade, já que o tratamento com Pantoprazol (substância ativa) pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico. Casos os sintomas persistam apesar de tratamento adequado, devem-se considerar investigações adicionais.

Em terapia de longo prazo, especialmente quando o tratamento exceder 1 ano, os pacientes devem ser mantidos sob acompanhamento regular.

Clostridium difficile

O tratamento com IBP pode estar associado a um risco aumentado de infecção por Clostridium difficile.

Como todos os inibidores de bomba de próton, o Pantoprazol (substância ativa) pode aumentar a contagem de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal superior. O tratamento com Pantoprazol (substância ativa) pode levar a um leve aumento do risco de infecções gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella, Campylobacter e C. difficile.

Fratura óssea

O tratamento com inibidores da bomba de próton (IBP) pode estar associado a um aumento do risco de osteoporose relacionada a fraturas no quadril, pulso ou coluna. O risco de fratura foi maior em pacientes que receberam altas doses; múltiplas doses diárias, e no tratamento a longo prazo com IBP (um ano ou mais).

Hipomagnesemia

Hipomagnesemia tem sido raramente relatada em pacientes tratados com IBP por pelo menos três meses (na maioria dos casos, após um ano de terapia). Consequências graves de hipomagnesemia incluem tétano, arritmia e convulsão.

Gravidez e lactação

Pantoprazol (substância ativa) não deve ser administrado a gestantes e lactantes, a menos que seja absolutamente necessário, uma vez que a experiência clínica sobre seu uso em mulheres nestas condições é limitada. Estudos de reprodução em animais demonstraram uma toxicidade reprodutiva.

O risco potencial em humanos é desconhecido.

Estudos em animais mostraram a excreção do Pantoprazol (substância ativa) no leite materno. A excreção no leite humano foi reportada. Os dados disponíveis sobre o uso de Pantoprazol (substância ativa) em lactantes são limitados. Portanto, a decisão sobre continuar / descontinuar a amamentação ou continuar / interromper o tratamento com Pantoprazol (substância ativa) deve ser tomada tendo em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício do tratamento com Pantoprazol (substância ativa) às mulheres.

Pantoprazol (substância ativa) só deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança.

Categoria B de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes idosos

Não é necessário o ajuste de dose.

Pacientes pediátricos

A segurança e eficácia do uso de Pantoprazol (substância ativa) não foram estabelecidas em menores de 18 anos, portanto, o seu uso não está indicado para pessoas menores de 18 anos.

Insuficiência renal

Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nos casos de insuficiência renal grave o paciente deve ser cuidadosamente monitorado.

Insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática grave, as enzimas hepáticas devem ser monitoradas regularmente durante o tratamento com Pantoprazol (substância ativa), particularmente em uso de longo prazo. No caso de um aumento das enzimas hepáticas, o tratamento deve ser descontinuado.

Inibidores da Protease do HIV

A coadministração de Pantoprazol (substância ativa) não é recomendada com inibidores da protease do HIV para os quais a absorção é dependente do pH do ácido intragástrico tais como o atazanavir,
nelfinavir; devido a uma redução significativa na sua biodisponibilidade.

Metotrexato

O uso concomitante com alta dose de metotrexato pode elevar e prolongar os níveis séricos de metotrexato e / ou seus metabólitos, levando possivelmente à toxicidade do metotrexato.

Malignidade gástrica

A resposta sintomática ao Pantoprazol (substância ativa) não exclui a presença de malignidade gástrica.

Influência na absorção de vitamina B12

O tratamento diário com qualquer medicamento supressor ácido, por períodos prolongados (vários anos) pode levar à má absorção da cianocobalamina (vitamina B12), causada por hipo ou acloridria. A deficiência de cianocobalamina deve ser considerada em pacientes com a Síndrome de Zollinger-Ellison e outras patologias hipersecretórias que necessitam de tratamento a longo prazo, em pacientes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para a absorção reduzida de vitamina B12 (como os idosos), em tratamento de longo prazo ou se sintomas clínicos relevantes são observados.

Lúpus Eritematoso Cutâneo Subagudo (LECSA)

Os inibidores da bomba de prótons estão associados em casos raros com a ocorrência de lúpus eritematoso cutâneo subagudo. Se ocorrerem lesões, especialmente nas áreas da pele expostas ao sol, e se acompanhadas de artralgia, o paciente deve procurar orientação médica prontamente e o profissional de saúde deve considerar interromper o uso do produto.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não é esperado que Pantoprazol (substância ativa) afete negativamente a habilidade de dirigir veículos ou usar máquinas. Reações adversas como tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado, o paciente não deve dirigir nem operar máquinas.

Reações Adversas do Pantonax

O perfil de segurança do Pantoprazol (substância ativa) não deve diferir do observado com o Pantoprazol (substância ativa) sódico 40 mg, uma vez que ambos contêm o mesmo princípio ativo – o Pantoprazol (substância ativa) “livre” dissociado (ânion Pantoprazol (substância ativa), íons Mg ou Na). Isso tem sido confirmado pela experiência pós-comercialização com Pantoprazol (substância ativa) magnésio.

O Pantoprazol (substância ativa) (a substância ativa) é muito bem tolerado, de modo que a maioria dos eventos adversos observados tem sido leve e transitória, não apresentando nenhuma relação consistente com o tratamento.

Assim, podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso do produto:

Reações incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do sono, cefaleia, diarreia, náusea/vômito, inchaço e distensão abdominal, dor e desconforto abdominal, boca seca, constipação, aumento nos níveis de enzimas hepáticas, tontura, prurido, exantema, erupções cutâneas e erupções, astenia, fadiga e mal estar

Reações raras (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Agranulocitose, hipersensibilidade (incluindo reações e choque anafiláctico), hiperlipidemias, alterações de peso, depressão, distúrbios de paladar, distúrbios visuais (visão turva), aumento nos níveis de bilirrubina, urticária, angioedema, artralgia, mialgia, ginecomastia, elevação da temperatura corporal, edema periférico

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, desorientação

Reações de frequência desconhecida

Hiponatremia; hipomagnesinemia; alucinação, confusão, dano hepatocelular grave, icterícia, insuficiência hepática, nefrite intersticial, síndrome de Stevens Johnson, eritema multiforme, síndrome de Lyell, fotossensibilidade, fraturas no quadril, pulso ou coluna

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Pantonax

Os estudos de interação medicamentosa foram conduzidos com Pantoprazol (substância ativa) sódico. O conteúdo de magnésio em um comprimido de Pantoprazol (substância ativa) não é clinicamente significativo (1,268 mg a cada comprimido de 40 mg).

Assim, não se esperam diferenças nas interações medicamentosas entre o Pantoprazol (substância ativa) magnésico e o Pantoprazol (substância ativa) sódico.

Outros estudos de interações

Pantoprazol (substância ativa) é extensamente metabolizado no fígado via enzimas do citocromo P450. A principal via metabólica é a desmetilação pelo CYP2C19 e outras vias metabólicas incluem a oxidação pelo CYP3A4.

Os estudos de interação com fármacos que também são metabolizados com estas vias, como a carbamazepina, diazepam, glibenclamida, nifedipino, fenitoína e contraceptivo oral contendo levonorgestrel e etinilestradiol, não observaram interações clínicas significativas.

Uma interação de Pantoprazol (substância ativa) com outros medicamentos ou compostos, os quais são metabolizados pelo mesmo sistema de enzima, não pode ser excluída.

Os resultados de uma série de estudos de interação demonstraram que o Pantoprazol (substância ativa) não afeta o metabolismo de substâncias ativas metabolizadas por CYP1A2 (tais como cafeína, teofilina), CYP2C9 (tais como piroxicam, diclofenaco, naproxeno), CYP2D6 (tais como metoprolol), CYP2E1 (como o etanol), e não interfere com a glicoproteínaP relacionada à absorção de digoxina.

Não houve interações com administração concomitante de antiácidos. Estudos de interação também foram realizados administrando Pantoprazol (substância ativa) concomitantemente com os respectivos antibióticos (claritromicina, metronidazol, amoxicilina) e nenhuma interação clinicamente relevante foi encontrada.

Medicamentos com absorção farmacocinética phdependente

Pantoprazol (substância ativa) pode interferir na absorção de medicamentos cuja biodisponibilidade dependa do pH do suco gástrico, como cetoconazol e itraconazol. Isso se aplica também a medicamentos ingeridos pouco tempo após Pantoprazol (substância ativa).

Inibidores da Protease do HIV

A coadministração de Pantoprazol (substância ativa) não é recomendada com inibidores da protease do HIV para os quais a absorção é dependente do pH do ácido intragástrico tais como o atazanavir, nelfinavir; devido a uma redução significativa na sua biodisponibilidade.

Metotrexato

O uso concomitante com alta dose de metotrexato pode elevar e prolongar os níveis séricos de metotrexato e / ou seus metabólitos, levando possivelmente à toxicidade do metotrexato.

Clopidogrel

A administração concomitante do Pantoprazol (substância ativa) e clopidogrel em indivíduos saudáveis não teve efeito clinicamente importante na exposição ao metabólito ativo do clopidogrel ou inibição plaquetária induzida pelo clopidogrel. Não é necessário qualquer ajuste da dose de clopidogrel quando administrado com uma dose aprovada de Pantoprazol (substância ativa).

Anticoagulantes cumarínicos (femprocumona ou varfarina)

A coadministração de Pantoprazol (substância ativa) com varfarina ou femprocumona não afeta a farmacocinética da varfarina, femprocumona ou o INR (tempo de protrombina do paciente/média normal do tempo de protrombina).

Entretanto, foram reportados aumentos de INR e no tempo de protrombina em pacientes recebendo IBPs e varfarina ou femprocumona concomitantemente. Um aumento de INR e no tempo de protrombina pode levar a um sangramento anormal, e até mesmo à morte. Pacientes tratados com Pantoprazol (substância ativa) e varfarina ou femprocumona podem precisar ser monitorados para aumento do INR e tempo de protrombina.

De maneira geral, o tratamento diário prolongado com qualquer medicamento bloqueador de ácido (p. ex. mais de três anos) pode levar a má absorção da cianocobalamina (vitamina B12).

Ingestão com alimentos

O consumo de alimentos não interfere nas ações de Pantoprazol (substância ativa) no organismo.

Interferência em testes de laboratório

Em alguns poucos casos isolados detectaramse alterações no tempo de coagulação durante o uso de Pantoprazol (substância ativa). Desta forma, em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos, recomendase a monitoração do tempo de coagulação após início, o término ou durante o tratamento com Pantoprazol (substância ativa). Níveis de cromogranina A aumentados podem interferir com as investigações de tumores neuroendócrinos.

Para evitar essa interferência, o tratamento com inibidores das bombas de prótons deve ser interrompido 14 dias antes do doseamento de CgA.

Medicamentos que inibem ou induzem a CYP2C19

Os inibidores da CYP2C19, tais como a fluvoxamina, provavelmente aumentam a exposição sistêmica do Pantoprazol (substância ativa). Os indutores da CYP2C19 podem diminuir a exposição sistêmica a Pantoprazol (substância ativa).

Ação da Substância Pantonax

Resultados de Eficácia


A eficácia terapêutica dos inibidores da bomba de prótons, entre os quais o Pantoprazol (substância ativa), é incontestável, sendo estes agentes considerados como de primeira escolha para o tratamento dos transtornos gastrintestinais relacionados com a produção de ácido clorídrico no estômago. Os IBPs são pró-drogas que são convertidas em seus princípios ativos nas células parietais gástricas. Assim, está bem estabelecido que a forma absorvida do Pantoprazol (substância ativa) é a livre e neutra (não associada) seja qual for sua formulação. Esta circula no sangue e inibe de forma específica e dose-dependente a secreção de ácido clorídrico no estômago por meio de uma ação direta sobre a bomba de prótons das células parietais, exercendo assim seus efeitos terapêuticos.

De um modo global, os resultados observados nos estudos clínicos com o uso de Pantoprazol (substância ativa) magnésico – Pantoprazol (substância ativa) – comprovam sua eficácia e segurança no tratamento da DRGE, com taxas expressivas de cicatrização comprovada endoscopicamente e de melhora absoluta dos sintomas gastrintestinais.

Um estudo duplo-cego, randomizado e cruzado (estudo CP-072), com pacientes com DRGE (n=79; estágios I-III de Savary-Miller), comparou o perfil do pH intragástrico de 24 horas após a administração de comprimidos de 40 mg de Pantoprazol (substância ativa) magnésico e de 40 mg de Pantoprazol (substância ativa) sódico uma vez ao dia por sete dias consecutivos e verificou com ambas as formulações uma inibição similar da secreção ácida e sobre o período de manutenção do pH intragástrico ?4 em 24 horas, tanto nos casos de H. pylori negativo como positivo.

Um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico, de grupos paralelos, com pacientes com DRGE (estágios I-III de Savary-Miller) (estudo M3-323), comparou 40 mg de Pantoprazol (substância ativa) magnésico (n= 322) com 40 mg de Pantoprazol (substância ativa) sódico (n=314). A variável primária foi a cura da esofagite de refluxo confirmada por endoscopia. Após 4 semanas detratamento, as taxas de cura na população ITT foram de 72,7% e 66,2%, respectivamente com Pantoprazol (substância ativa) magnésico e Pantoprazol (substância ativa) sódico, o que permitiu concluir que o Pantoprazol (substância ativa) magnésico é superior ao Pantoprazol (substância ativa) sódico (Dif. 6,4; IC 95% 0,43;12,43). Após 8 semanas de tratamento, as taxas de cura na população ITT foram de 87,3% com Pantoprazol (substância ativa) magnésico e 85,0% com Pantoprazol (substância ativa) sódico (dif. 2,2; IC de 95% -2,3;6,7), comprovando a eficácia comparável dos dois sais.

Um estudo duplo-cego, randomizado, multicêntrico e de grupos paralelos comparou as taxas de cicatrização comprovada endoscopicamente no tratamento de pacientes com DRGE (grau A-D de Los Angeles) (estudo M3-906) com Pantoprazol (substância ativa) magnésico 80 mg (n=1.134) e com Pantoprazol (substância ativa) sódico 40 mg (n=1.127), ambos administrados em dose única diária. Após quatro semanas de tratamento, as taxas de cicatrização na população ITT foram de 65,7% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Mg e 62,2% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na.

Após oito semanas de tratamento, as taxas de cicatrização foram de 93,4% e de 95,0%, respectivamente. A presença do H. pylori não interferiu nos resultados. Este estudo demonstrou superioridade do Pantoprazol (substância ativa)-Mg 80 mg sobre o Pantoprazol (substância ativa)-Na 40 mg após quatro semanas de tratamento considerando-se os graus A a D da classificação de Los Angeles para a esofagite de refluxo.

Outro estudo, com metodologia semelhante à do anterior, mas com pacientes com DRGE grau C-D da classificação de Los Angeles (estudo M3-904), comparou o Pantoprazol (substância ativa) magnésico 80 mg (n=444) com o Pantoprazol (substância ativa) sódico 40 mg (n=457), ambos administrados em dose única diária. O índice de cura na população ITT (taxas de cicatrização endoscopicamente confirmada da esofagite de refluxo) após quatro semanas foi de 39,19% (IC de 95%: 34,62; 43,90) com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg 80 mg e de 38,29% (IC de 95%: 33,82; 42,92) com o Pantoprazol (substância ativa)-Na 40 mg. Após oito semanas de tratamento, as taxas de cicatrização foram de 78,83% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Mg e de 78,34% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na. Todos os escores do questionário clínico ReQuest diminuíram consideravelmente do dia 0 para o dia 28 com ambos os tratamentos; as taxas gerais do escore total de melhora dos sintomas do ReQues foram de 63,61% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Mg versus 63,03% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na. Após 28 dias de tratamento, cerca de 80% tiveram seus sintomas melhorados por pelo menos uma vez de acordo com o escore total do ReQuest, enquanto mais de 60% tiveram enfim seus sintomas definitivamente melhorados no dia 28.

Avaliaram-se a segurança e a eficácia do uso de Pantoprazol (substância ativa) magnésico 40 mg em comparação com Pantoprazol (substância ativa) sódico 40 mg em pacientes com DRGE (estágios I-III de Savary-Miller) foi avaliada através do estudo MX-023. Os fármacos foram administrados em dose única diária por quatro ou oito semanas. Em ambos os tratamentos, as taxas de cicatrização das diferentes populações decresceram com o aumento do estágio da DRGE (I, II e III) após quatro e oito semanas de terapia, sem se notassem diferenças significativas entre os grupos com os tratamentos. Com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg, as taxas de cicatrização após as quatro e oito semanas de tratamento foram maiores nos pacientes com H. pylori positivo do que nos pacientes com H. pylori negativo; com o sal sódico observou-se uma tendência oposta. Os escores de todos os onze sintomas gastrintestinais avaliados diminuíram intensamente durante o curso do estudo e também foram comparáveis entre os grupos tratados. Treze pacientes (5%) apresentaram eventos adversos durante o estudo (sete com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg e seis com o Pantoprazol (substância ativa)-Na). Apenas 3,3% dos eventos foram relacionados com os fármacos em estudo (seis com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg e dois com o Pantoprazol (substância ativa)-Na).

Os eventos mais comuns foram:

Um estudo multicêntrico aberto avaliou a melhora dos sintomas da DRGE em 3665 pacientes por meio do questionário ReQuest,(escores lt;1,7 significam ausência de DRGE).

Ao final de quatro semanas de tratamento com Pantoprazol (substância ativa) magnésico (40 mg uma vez ao dia por 28 dias), as porcentagens de pacientes com escores lt;1,7 nos diversos sintomas foram:

Na avaliação dos pesquisadores ao final do tratamento, as porcentagens de pacientes apresentando melhora completa dos sintomas (usando uma escala de Likert) foram:

[Lopez L, et al. Gastroenterol 2008;134(4 Suppl 1):A-177; Lopez LH, et al. Gut 2006;55(Suppl V):A275].

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Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Pantoprazol (substância ativa) magnésico di-hidratado – é um inibidor da bomba de prótons (IBP). O Pantoprazol (substância ativa) – é um benzimidazol substituído que, independentemente de sua formulação como sal neutro ou como ácido livre, inibe prontamente e de forma específica e dose-dependente a secreção de ácido clorídrico no estômago por meio de uma ação direta sobre a bomba de prótons das células parietais.

Pantoprazol (substância ativa) é uma base racêmica fraca que, após absorção, acumula-se de maneira seletiva e progressiva nos canalículos ácidos das células parietais, onde a molécula se protona e se converte rapidamente em Pantoprazol (substância ativa), uma sulfonamida cíclica, que se liga à enzima H+K+ATPase (bomba de prótons) através de uniões dissulfeto covalentes com as cisteínas 813 e 822, inibindo sua ação. Assim, o Pantoprazol (substância ativa) inibe de modo eficaz a última etapa da produção de ácido no estômago, o que se reflete em uma potente e prolongada supressão da secreção ácida basal e estimulada com consequente redução da acidez no estômago e com um aumento reversível de gastrina proporcional à redução da acidez.

Pantoprazol (substância ativa) não exerce efeitos sobre os receptores de histamina, de acetilcolina ou de gastrina. A organoespecificidade e a seletividade de Pantoprazol (substância ativa) decorrem do fato de ele somente exercer plenamente sua ação em meio ácido (pH lt;3), mantendo-se praticamente inativo em valores de pH mais elevados. Consequentemente, seu completo efeito farmacológico e terapêutico somente pode ser alcançado nas células parietais secretoras de ácido.1 Por meio de um mecanismo de ‘feedback’, este efeito diminui à medida que a secreção ácida é inibida.

Pantoprazol (substância ativa) proporciona um tempo maior para o retorno da secreção de ácido clorídrico do que outros IBPs, muito similar ao tempo previsto para a reposição biológica ou a biossíntese de novas bombas de prótons. Pantoprazol (substância ativa) é o único IBP que se une à cisteína 822, a qual se localiza na porção mais profunda da molécula da bomba de prótons e não é acessível à ação do agente redutor glutationa que reverte a atividade inibitória da secreção de ácido da maioria dos IBPs. Isto se traduz clinicamente em um tempo de ação maior.

O início de sua ação ocorre logo após a administração da primeira dose e o efeito máximo é cumulativo, acontecendo dentro de três dias. A produção ácida total é restabelecida três dias após a interrupção da medicação.

Propriedades farmacocinéticas

Pantoprazol (substância ativa) é um sal estável com dois radicais de Pantoprazol (substância ativa) e duas moléculas de água para cada íon magnésio. A solubilidade do sal de magnésio em água (0,3 g/l) é menor do que a do sal de sódio (300 g/l). O revestimento de proteção gástrica do comprimido proporciona ao Pantoprazol (substância ativa) magnésico a proteção necessária contra a acidez gástrica. Uma vez alcançado o duodeno, cujo pH é em torno de 6, o sal se dissolve, estabelecendo um equilíbrio entre o sal de Pantoprazol (substância ativa) (ânion Pantoprazol/Mg++) e o Pantoprazol (substância ativa) “livre”. A proporção da fração livre é determinada por meio do pKa (constante de dissociação) do imidazol e depende do pH do meio e não do cátion. As propriedades proteolíticas dos IBPs caracterizam-se por dois valores de pKa que descrevem o equilíbrio para a protonização do anel piridina (py-pKa 3,92 para o Pantoprazol (substância ativa)) e para a liberação de um próton a partir do nitrogênio benzimidazólico (imidazol pKa, 8,19 para Pantoprazol (substância ativa)). Em um pH de 6,2, cerca de 99% do Pantoprazol (substância ativa) magnésico se converte em seu estado neutro, o qual atravessa as membranas biológicas intestinais de um modo muito mais fácil do que em seu estado iônico. Independentemente da forma em que foi absorvido (magnésica ou sódica), o valor plasmático do Pantoprazol (substância ativa) a um pH de 7,4 é de 86% (disponível em estado neutro) e somente 14% se apresenta em forma de ânion de Pantoprazol (substância ativa) unido a qualquer cátion disponível. Deve-se ressaltar que isto ocorre independentemente do sal administrado.

Depois da dissolução do comprimido gastrorresistente no intestino, o Pantoprazol (substância ativa) é absorvido rápida e completamente e a concentração plasmática máxima é alcançada mesmo após uma administração única. O tipo de sal administrado é um fator importante para otimizar o grau de absorção intestinal. Estudos comparativos com comprimidos de 40 mg de Pantoprazol (substância ativa) magnésico em indivíduos sadios mostraram um interessante perfil farmacocinético, uma Cmax consideravelmente mais baixa que a do Pantoprazol (substância ativa) sódico, mantendo uma área sob a curva (ASC) comparável. A Cmax (mg/ml) do sal de magnésico foi de 65% em jejum e de 73% pósprandial, em comparação com o sal sódico. Os estudos de farmacocinética comparando os dois sais mostraram que a ASC do Pantoprazol (substância ativa) magnésico é quase 100% similar à do Pantoprazol (substância ativa) sódico, tanto em jejum como pós-prandial.

Concentrações séricas máximas em torno de 2 – 3 g/ml de Pantoprazol (substância ativa) magnésico são atingidas dentro de aproximadamente 2,5 horas após a ingestão oral, sendo que estes valores permanecem constantes após administrações múltiplas. Após uma dose oral de 40 mg, as concentrações séricas máximas de aproximadamente 1,3 ?g/ml e 1,4 ?g/ml são obtidas após cerca de 2,5 e 6 horas em condições de jejum e sob alimentação, respectivamente. A ASC é de aproximadamente 4 ?g·h/ml. O tempo para atingir as concentrações séricas máximas aumenta levemente quando o medicamento é administrado com um desjejum altamente calórico. Levando-se em conta a longa duração da ação do Pantoprazol (substância ativa), que excede em muito o período no qual as concentrações séricas são mensuráveis, esta variação observada no tmax é considerada sem importância clínica.

O volume de distribuição gira em torno de 0,15 l/kg e a taxa de depuração é de aprox. 0,1 l/h/kg. A meia-vida de eliminação é de 1 h. Ao contrário dos demais IBPs, o metabolismo dos enantiômeros de Pantoprazol (substância ativa) não apresenta estereosseletividade, não ocorrendo interferência na eficácia terapêutica. Como o metabolismo e a eliminação do Pantoprazol (substância ativa) são independentes do sal utilizado, os metabolizadores lentos do Pantoprazol (substância ativa) acarretarão uma eliminação retardada do sal de magnésico. Em função da ativação específica de Pantoprazol (substância ativa) nas células parietais, a sua meia-vida de eliminação não está relacionada com ação mais prolongada (inibição da secreção ácida).

A farmacocinética não varia após administração única ou repetida. Na faixa de dosagem de 10 a 80 mg, as cinéticas plasmáticas de Pantoprazol (substância ativa) são virtualmente lineares tanto após administração oral como intravenosa. A meia-vida de eliminação, a depuração e o volume de distribuição são considerados como independentes da dose.

A ligação de Pantoprazol (substância ativa) às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 98%. Pantoprazol (substância ativa) é quase completamente metabolizado no fígado. Estudos com Pantoprazol (substância ativa) sódico em humanos não revelam nenhuma inibição ou ativação do sistema do citocromo P450 (CYP 450) do fígado.

A eliminação renal representa a principal via de excreção (cerca de 80%) dos metabólitos de Pantoprazol (substância ativa); o restante é excretado com as fezes. O principal metabólito presente tanto na urina quanto no plasma é o desmetilPantoprazol (substância ativa), o qual está conjugado com sulfato. A meia-vida do principal metabólito (cerca de 1,5 h) não é muito maior do que a do próprio Pantoprazol (substância ativa).

Biodisponibilidade

O Pantoprazol (substância ativa) magnésico é absorvido completamente após administração oral, conforme se pode deduzir da correspondência de biodisponibilidade existente entre Pantoprazol (substância ativa) magnésico e o sal sódico, a qual é de 100% para a dose de 40 mg. A biodisponibilidade absoluta com o comprimido de Pantoprazol (substância ativa) sódico é de 77%. Como a biodisponibilidade do sal de magnésio corresponde à do sal de sódio, não deve ocorrer nenhuma influência da ingestão concomitante com alimentos sobre a ASC (área sob a curva), a concentração plasmática e, portanto, sobre a biodisponibilidade do Pantoprazol (substância ativa). Somente a variabilidade do tempo (lag-time) será aumentada pela ingestão concomitante de alimentos.

Dados de segurança pré-clinicos

Os dados dos estudos pré-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, mutagenicidade, genotoxicidade, toxicidade reprodutiva e reprodução geral.

Nos estudos de toxicidade aguda com roedores (ratos e camundongos) com Pantoprazol (substância ativa) magnésico, não se observaram efeitos tóxicos com nenhuma das doses administradas (100, 300, 1.000 mg/kg). Os valores da dose letal média (DL50) para a administração oral foram superiores a 700 mg/kg em camundongos e a 900 mg/kg em ratos; no cão variou entre 266 a 887 mg/kg. Em geral, em estudos de dose única foram toleradas doses maiores de Pantoprazol (substância ativa) magnésico do que do sal de sódio, tanto por ratos quanto por camundongos.

Não se observaram diferenças quantitativas ou qualitativas no padrão dos efeitos tóxicos em ratos após administrações repetidas de doses iguais de Pantoprazol (substância ativa), tanto do sal de magnésio quanto do de sódio. Não se detectaram diferenças significativas nas características toxicocinéticas entre as duas formas de sal em ratos. Nos estudos de toxicidade crônica (12 meses em ratos e 6 meses em cães) com doses orais variadas, verificou-se hipergastrinemia relacionada à dose, reversível após o período de recuperação de quatro ou oito semanas. As alterações foram consideradas como consequência da ação farmacológica do composto, principalmente pela administração prolongada, e à profunda inibição da secreção ácida.

A ativação da tireóide em experimentos animais é devida à rápida metabolização dos hormônios tireoidianos no fígado e foi descrita de maneira semelhante com outros medicamentos. Com doses elevadas de Pantoprazol (substância ativa) (200 mg/kg/dia) administradas a ratos por longos períodos observou-se um discreto aumento na ocorrência de adenomas e carcinomas das células foliculares associadas com a dissociação da tiroxina no fígado do rato. Em estudos de longo prazo em cães, só se observaram aumentos do peso da tireoide, sem alterações histológicas. Como a dose terapêutica no homem é baixa, não se esperam nem se relataram alterações tireoidianas.

Não se observaram efeitos tóxicos adicionais durante a administração concomitante de diferentes antibióticos e Pantoprazol (substância ativa).

Nos estudos de carcinogenicidade de dois anos em ratos (correspondente ao período de vida dos animais) observaram-se neoplasias neuroendócrinas no estômago com doses de 50 mg/kg/dia (cerca de 100 vezes as doses em humanos), mas este tipo de alteração não foi relatado em camundongos e cães. Também se relataram tumores hepatocelulares em roedores com administração de doses elevadas de Pantoprazol (substância ativa). Estes tipos de tumor em roedores não é indicativo de risco carcinogênico humano, uma vez que os tumores induzidos em ratos e camundongos por Pantoprazol (substância ativa) sódico foram resultado de mecanismos não genotóxicos que não são relevantes em humanos. Os tumores foram induzidos nos roedores sob doses que apresentam exposição mais elevada que o uso terapêutico humano.

Com base nos dados cinéticos, a exposição ao Pantoprazol (substância ativa) em ratos tratados com 200 mg/kg foi 22,5 vezes maior que aquela encontrada em humanos tratados com doses orais de 40 mg. Em camundongos tratados com 150 mg/kg, a exposição ao Pantoprazol (substância ativa) foi 2,5 vezes maior que aquela em humanos.

Com base nos diversos estudos de mutagenicidade, de testes de transformação celular e de ligação ao DNA, pode-se concluir que o Pantoprazol (substância ativa) não tem potencial mutagênico ou genotóxico.

As investigações com animais não revelaram qualquer evidência de efeitos teratogênicos sobre a fertilidade e o desempenho reprodutivo com doses de até 450 mg/kg/dia em ratos e 40 mg/kg/dia em coelhos (correspondente a 88 vezes a dose humana com base na superfície corporal).

A penetração na placenta foi pesquisada em ratas e se encontrou um aumento com a gestação avançada. Como resultado, a concentração de Pantoprazol (substância ativa) no feto estava levemente aumentada antes do nascimento, independentemente da via de administração.

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