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Bula do Paratram

Como o Paratram funciona?


O início do alívio da dor é rápido (de 30 a 60 minutos) e, dependendo da intensidade da dor, o efeito analgésico dura por até 8 horas.

Contraindicação do Paratram

Você não deve usar Paratram® se apresentar uma das situações abaixo:

Não foi estudada a segurança e a eficácia de Paratram® em crianças.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Paratram

Você deve tomar Paratram® por via oral, engolindo o comprimido inteiro, em jejum ou após a ingestão de alimentos.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Posologia do Paratram


Tomar de 1 a 2 comprimidos a cada 4 a 6 horas, de acordo com a necessidade para alívio da dor.

Nas condições dolorosas crônicas, o tratamento deve ser iniciado com 1 comprimido ao dia e aumentado em 1 comprimido a cada 3 dias, conforme a tolerância do paciente, até atingir a dose de 4 comprimidos ao dia.

Depois disso, Paratram® pode ser administrado na dose de 1-2 comprimidos a cada 4-6 horas até o máximo de 8 comprimidos ao dia.

Nas condições dolorosas agudas, o tratamento pode ser iniciado com a dose terapêutica completa com 1- 2 comprimidos a cada 4-6 horas, até o máximo de 8 comprimidos ao dia.

O limite máximo diário de administração de Paratram® é de 8 comprimidos por dia.

Pacientes com disfunção renal

Em pacientes com problemas nos rins, recomenda-se aumentar o intervalo entre as administrações de Paratram® de forma a não ultrapassar 2 comprimidos a cada 12 horas.

Idosos

Recomenda-se iniciar com a dosagem mais baixa.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Paratram?


Se você perder uma dose ou esquecer-se de tomar o medicamento, tome o mais rápido possível. Se estiver próximo da dose seguinte, aguarde a próxima dose e pule a dose esquecida. Não tome uma dose extra para compensar a dose perdida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

Precauções do Paratram

Você deve informar seu médico caso você:

Durante o uso prolongado de Paratram® recomenda-se ingerir bastante líquido para evitar a prisão de ventre.

Disfunção hepática

Paratram® não foi estudado em pacientes com disfunção hepática e o seu uso não é recomendado em pacientes com disfunção hepática grave.

Risco de convulsões

Embora sejam incomuns, há relatos de convulsões em pacientes que estavam recebendo tramadol na dose recomendada.

O risco de convulsões aumenta com doses de tramadol maiores que os limites contém 37,5 mg (equivalente a 32,9 mg de tramadol base) de cloridrato de recomendados.

O risco aumenta em pacientes que estavam recebendo os seguintes medicamentos juntamente com Paratram®:

Reações anafilactoides (reações alérgicas)

Podem ocorrer reações alérgicas sérias e raramente fatais. Estas reações ocorrem, geralmente, após a primeira dose.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Mesmo quando tomado de acordo com as instruções, o medicamento pode modificar reações que necessitam de muita atenção, como dirigir veículos ou operar máquinas perigosas. Isto se aplica particularmente no caso de uso de bebidas alcoólicas em conjunto com o medicamento.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Não use outro produto que contenha Paracetamol.

Atenção: pode causar dependência física ou psíquica.

Reações Adversas do Paratram

As seguintes reações adversas poderão ocorrer com o uso de Paratram®:

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento)

Náusea e tontura.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Sudorese*, prurido* (coceira), constipação* (prisão de ventre), diarreia*, anorexia* (diminuição ou perda do apetite), náusea*, boca seca*, dor abdominal (dor na barriga), dispepsia (dificuldade de digestão), flatulência (gases), vômitos, sonolência*, tontura*, insônia*, fadiga (cansaço), cefaleia (dor de cabeça), tremores, ansiedade, confusão, euforia (agitação), nervosismo, “distúrbios prostáticos” (alterações na próstata)* e fogachos.

*Pacientes que receberam pelo menos 6 comprimidos por dia durante 5 dias.

Reação incomum (ocorre em menos de 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hipertensão (pressão alta), hipotensão (pressão baixa), dor precordial (dor no peito próxima ao coração), arritmia (alterações no ritmo dos batimentos do coração), palpitações (batimentos incomuns do coração), síncope (desmaio), taquicardia (aumento dos batimentos do coração), rash cutâneo (erupção na pele), perda de peso, disfagia (dificuldade de engolir), melena (fezes com sangue), edema (inchaço) da língua, anemia.

Função hepática alterada (não foram informadas as alterações laboratoriais específicas), ataxia (dificuldade de coordenar os movimentos), convulsões, hipertonia (aumento do tônus muscular), enxaqueca (dor de cabeça forte), contrações involuntárias, parestesias (sensação de formigamento), vertigem (tontura), amnésia (perda de memória), despersonalização (estado de perda de identidade), depressão, paranóia, labilidade emocional (instabilidade emocional), alucinações.

Visão anormal, distúrbio miccional (problemas ao urinar), albuminúria (presença de albumina na urina), oligúria (diminuição na quantidade de urina), retenção urinária (impossibilidade de urinar), dispneia (dificuldade de respirar), rigidez, sintomas de abstinência e tinitus (zumbido).

Também foram relatadas as seguintes reações:

Síndrome de Stevens-Johnson (lesões na pele com bolhas, febre e dor de cabeça) e necrólise epidérmica (necrose da pele), ambas de ocorrência rara; broncoespasmo (contração dos brônquios do pulmão); angioedema (inchaço por baixo da pele); reação anafilactoide (reações alérgicas); convulsões e miose (fechamento da pupila).

Sintomas na interrupção do tratamento

Ansiedade, sudorese, insônia, rigidez, dor, náusea, tremores, diarreia, sintomas do trato respiratório superior (sintomas em nariz, laringe e faringe) e piloereção (arrepio) podem ocorrer se o uso do Paratram® for interrompido de repente.

Outros sintomas, como ataques de pânico, ansiedade intensa, alucinação e parestesia foram também raramente relatados com a interrupção.

Os sintomas de descontinuação podem ser aliviados diminuindo a medicação aos poucos.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

As reações adversas mais comuns durante o tratamento com Paratram são tontura, náuseas e sonolência.

População Especial do Paratram

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso em idosos

Embora os dados disponíveis sobre o uso de Paratram® em idosos não sejam amplos, não foram observadas alterações significantes em pacientes sem problemas nos rins e fígado.

Composição do Paratram

Cada comprimido de Paratram contém:

Cloridrato de tramadol (equivalente a 32,9mg de tramadol base)37,5mg
Paracetamol325mg

Excipientes:

croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, celulose microcristalina, povidona, estearato de magnésio.

Apresentação do Paratram


Comprimidos. Paratram 37,5 mg + 325mg. Embalagem com 10, 20 ou 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Paratram

Uma vez que Paratram® é uma associação de dois fármacos (tramadol e paracetamol), os sinais e sintomas de superdose podem ser da toxicidade de tramadol, de paracetamol ou de ambos.

Tramadol

Os sintomas iniciais do tramadol incluem depressão do sistema nervoso central, depressão respiratória (problemas respiratórios) e/ou convulsões, coma, taquicardia (aumento dos batimentos do coração), arritmia (alteração no ritmo do coração), hipertensão, náusea, vômito, miose (fechamento da pupila), agitação, rabdomiólise (ruptura de células musculares) e raramente colapso cardiovascular (problemas no coração e vasos sanguíneos).

Embora incomuns, podem ocorrer depressão respiratória fatal, insuficiência hepática e renal (problemas no fígado e nos rins).

Paracetamol

Na superdose de paracetamol, o evento adverso mais grave é a necrose hepática (necrose do fígado) potencialmente fatal e dependente da dose.

Pode ocorrer hepatotoxicidade (toxicidade do fígado), juntamente com náusea e vômito, que pode evoluir para insuficiência hepática.

Insuficiência renal aguda e hiperamilasemia (aumento da amilase no sangue) são menos comuns.

Outros sintomas que também podem ocorrer são coma, acidose metabólica (aumento da acidez do sangue), lesões no miocárdio (músculo do coração), ARDS (síndrome do desconforto respiratório), necrose tubular renal (necrose nos rins), coma hipoglicêmico (coma devido a baixa quantidade de açúcar no sangue)e trombocitopenia (diminuição da quantidade de plaquetas no sangue).

Pode ocorrer hepatotoxicidade dentro de 24 a 36 horas após a ingestão de Paratram®.

Os sintomas observados dentro das primeiras 24 horas incluem anorexia (diminuição ou perda de apetite), náusea, vômito, mal-estar, palidez e diaforese (transpiração).

Pode não ocorrer a presença aparente de sinais clínicos e laboratoriais de toxicidade do fígado antes de 48 a 72 horas após a ingestão de Paratram®.

Em adultos, raramente foi relatada toxicidade no fígado com doses abaixo de 7,5 a 10 g ou fatalidades com menos de 15 g.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Paratram

Os seguintes medicamentos e substâncias interagem com Paratram®, caso você utilize algum deles, informe ao seu médico:

Carbamazepina (um medicamento para tratamento da epilepsia), antidepressivos (como, por exemplo, amitriptilina), varfarina, anticonvulsivantes (como, por exemplo, fenitoína), diflusinal, inibidores de CYP2D6 (como fluoxetina, paroxetina, quinidina e amitriptilina), inibidores MAO (como, por exemplo, moclobemida) e inibidores de recaptura de serotonina (como, por exemplo, fluoxetina), álcool, outros opioides, anestésicos, narcóticos, fenotiazinas, tranquilizantes ou hipnóticos sedantes, colestiramina, digoxina, eritromicina, cetoconazol, rifampicina, erva de São João, exenatida, fenoldopam, lamotrigina, metirapona, femprocumona, sulfimpirazona, zidovudina.

Interação com alimentos

A administração de Paratram® não afeta de forma significante a sua taxa ou extensão de absorção. A ingestão excessiva de alimentos como repolho diminui a eficácia do Paratram®.

Interação entre o medicamento e exames laboratoriais

Exame de urina

A medição do ácido 5-hidroxiindolacético pode ser falso-positivo,Avaliação do ácido úrico: resultado falso de altos níveis de ácido úrico.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Paratram

A administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) com alimentos não afeta de forma significativa a sua taxa ou extensão de absorção.

Ação da Substância Paratram

Resultados de Eficácia


Estudos de dose única

Em estudos duplo-cegos controlados por placebo e ativo, de grupos paralelos, de dose única e com desenho fatorial, dois comprimidos de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) administrados em pacientes com dor após procedimentos cirúrgicos orais proporcionaram melhor alívio do que o placebo ou até mesmo que uma mesma dose dos componentes ativos isolados. O início do alívio da dor após a administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi mais rápido que o tramadol isolado. O início da analgesia ocorreu em menos de uma hora. A duração do alívio da dor após administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi maior que a do paracetamol isolado. A analgesia foi, em geral, comparável ao ibuprofeno, o comparador. Em outro estudo de dose única em indivíduos com dor houve uma dose-resposta estatisticamente significativa para o alívio da dor proveniente de procedimentos cirúrgicos orais em relação ao placebo; 37,5 mg de cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol; e 75 mg de cloridrato de tramadol/650 mg de paracetamol.

Estudos para o tratamento de dor aguda

O estudo CAPSS-105 avaliou a segurança e eficácia de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) no tratamento de crises dolorosas de osteoartrite no joelho e quadril. Todos os 308 indivíduos randomizados foram incluídos na população a ser tratada (intenção de tratamento) e na população a ser avaliada quanto à segurança. Desses indivíduos, 197 foram randomizados com Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) (102 com 37,5 mg de cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol; 95 com 75 mg de cloridrato de tramadol/ 650 mg de paracetamol para a dose inicial) e 111 foram randomizados com placebo. Os grupos de tratamento foram semelhantes em relação às características demográficas, como sexo e idade. A maioria dos indivíduos teve o joelho designado como articulação alvo do estudo (77,9%). Após uma dose inicial, os indivíduos receberam 1 a 2 comprimidos de 37,5 mg de cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol ou placebo correspondente a cada 4 a 6 horas, conforme necessário. Em geral, o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi mais efetivo que o placebo em ajudar os indivíduos em gerenciar as crises dolorosas de osteoartrite. Durante os Dias 1 ao 5, o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi significativamente mais efetivo que o placebo em diminuir a média diária do Escore de Intensidade da Dor (plt;0,001) e em aumentar a média diária do Escore para Alívio da Dor (plt;0,001).

O estudo CAPSS-115 comparou o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) e paracetamol/codeína em indivíduos com dor pós-cirúrgica (ortopédica ou abdominal). De 306 indivíduos randomizados, 98 foram randomizados com Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa), 99 com placebo e 109 com paracetamol com fosfato de codeína (30 mg). Não houve diferenças clinicamente significativas entre os três grupos de tratamento para qualquer característica demográfica ou de linha de base. O Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi estatisticamente superior ao placebo para todas as três variáveis primárias, ou seja, TOTPAR (alívio total da dor) (p=0,004), SPID (soma da diferença da intensidade da dor) (p=0,015) e SPRID (soma do total de alívio da dor e soma das diferenças da intensidade da dor) (p=0,005).

Estudos de tratamento de dor crônica

Os comprimidos de Cloridrato de tramadol 37,5mg + Paracetamol 325 mg foram avaliados em três estudos controlados por placebo, em 960 pacientes com osteoartrite do quadril e joelho, e dor lombar.
Cada estudo controlado por placebo iniciou com um período de titulação de dose de aproximadamente 10 dias, seguidos por uma fase de manutenção com doses de 1 a 2 comprimidos (37,5 mg de tramadol/325 mg de paracetamol para 75 mg de tramadol/650 mg de paracetamol) a cada 4 a 6 horas, não excedendo o máximo de 8 comprimidos ao dia. Todos os três estudos tiveram uma duração de tratamento de 90 dias. A dose diária média de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) para os estudos controlados variou de 4,1 para 4,2 comprimidos.

Dores de osteoartrite (CAPSS-114) e dor lombar (TRP-CAN-1 e CAPSS-112)

Todos os três estudos tiveram a intensidade final da dor medida pela Escala Visual Analógica da Dor (100 mm) (VAS) como desfecho primário (veja Tabela 1 a seguir).

CAPSS-114

O estudo CAPSS-114 incluiu 306 indivíduos que tiveram osteoartrite sintomática durante pelo menos 1 ano e continuaram a ter ao menos dor moderada devido à osteoartrite (? 50/100 mm na VAS) apesar do tratamento com doses estabelecidas de celecoxibe (? 200 mg/dia) ou rofecoxibe (25 mg/dia) por pelo menos 2 semanas. Nenhuma outra medicação para dor ou outro tratamento que não fosse o medicamento estudado e os inibidores seletivos da COX-2 foram permitidos durante o andamento do estudo. Os indivíduos tratados com Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) receberam uma média de 155 mg de tramadol/1346 mg de paracetamol durante o período de estudo.

CAPSS-112 e TRP-CAN-1

Nos estudos CAPSS-112 e TRP-CAN-1 foram incluídos 654 pacientes com dor lombar crônica que foi suficientemente grave para requerer medicação diariamente nos três meses anteriores e ao menos dor moderada (40/100 mm) na VAS. A média diária de doses de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) para CAPSS-112 e TRP-CAN-1 foi 159 mg de tramadol/1391 mg de paracetamol e 158 mg de tramadol/1369 mg de paracetamol, respectivamente.

Tabela 1: Intensidade final da dor medida pela Escala Visual Analógica (100 mm), estudos de longa duração de dor de osteoartrite (CAPSS-114), dor lombar (TRP-CAN-1 e CAPSS-112)

A média dos Escores de Intensidade Final da Dor com três meses de tratamento estão apresentadas na Figura 1 a seguir.

Figura 1: Média da intensidade final da dor com três meses de tratamento vs. Dor final na Escala Visual Analógica

Características Farmacológicas


Grupo farmacoterapêutico:

analgésicos, opioides em combinação com analgésicos não-opioides.

Código ATC:

N02AJ13.

Propriedades Farmacodinâmicas

O tramadol é um analgésico sintético de ação central. Embora o seu modo de ação não seja totalmente conhecido, a partir de testes em animais pelo menos dois mecanismos complementares parecem aplicáveis: ligação do fármaco e do metabólito M1 aos receptores de ?-opioide e inibição fraca da recaptação da norepinefrina e da serotonina.

O paracetamol é outro analgésico de ação central. Embora o sítio e os mecanismos de ação exatos não estejam claramente definidos, parece que o paracetamol produz analgesia através da elevação do limiar da dor. O mecanismo potencial pode envolver inibição da via do óxido nítrico mediada por uma variedade de receptores de neurotransmissores incluindo N-metil-D-aspartato e Substância P.

Quando avaliada em modelo animal padrão, a combinação de tramadol e paracetamol exibiu um efeito sinérgico. Isto é, quando tramadol e paracetamol são administrados em conjunto, uma quantidade significativamente menor de cada fármaco foi necessária para produzir um determinado efeito analgésico que seria esperado se seus efeitos fossem meramente aditivos. O tramadol atinge atividade de pico em 2 a 3 horas com um efeito analgésico prolongado, de forma que a sua combinação com paracetamol, um agente analgésico de início de ação rápido e de curta duração, fornece benefício substancial aos pacientes em relação aos componentes isolados.

Propriedades Farmacocinéticas

O tramadol é administrado sob a forma de racemato e tanto a forma (-) como a (+) do tramadol e do metabólito M1 são detectadas na circulação. Embora o tramadol seja absorvido rapidamente após a administração, a sua absorção é mais lenta (e a meia-vida mais longa) quando comparado ao paracetamol.

Após dose oral única da combinação de tramadol e paracetamol (37,5 mg/325,0 mg), concentrações plasmáticas de pico de 64,3 ng/mL / 55,5 ng/mL de (+) tramadol/(-) tramadol e 4,2 mcg/mL de paracetamol são alcançadas após 1,8 horas e 0,9 hora respectivamente. As meias-vidas de eliminação (t½) são 5,1 h / 4,7 h para (+) tramadol / (-) tramadol e 2,5 horas para o paracetamol.

Estudos farmacocinéticos de dose única e múltipla realizados com Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) em voluntários não mostraram interações medicamentosas significativas entre tramadol e paracetamol.

Absorção

O cloridrato de tramadol apresenta biodisponibilidade absoluta média de aproximadamente 75% após a administração de uma única dose oral de tramadol comprimido de 100 mg. A concentração plasmática máxima média de tramadol racêmico e M1 após administração de dois comprimidos de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) ocorre aproximadamente duas e três horas, respectivamente, após a dose em adultos saudáveis.

A absorção oral de paracetamol após a administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) é rápida e quase completa e ocorre, principalmente, no intestino delgado. O pico de concentração plasmática do paracetamol ocorre dentro de 1 hora e não é afetado pela coadministração com tramadol.

Efeito da alimentação

A administração oral de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) com alimentos não afeta de forma significativa a concentração plasmática máxima ou a extensão de absorção de tramadol ou paracetamol, de modo que Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) pode ser tomado independentemente das refeições.

Distribuição

Após dose intravenosa de 100 mg, o volume de distribuição de tramadol foi 2,6 e 2,9 L/kg em homens e mulheres, respectivamente. A ligação de tramadol às proteínas plasmáticas é aproximadamente 20% e a ligação parece ser independente da concentração até 10 mcg/mL. A saturação da ligação à proteína plasmática ocorre apenas em concentração fora da faixa clinicamente relevante. O paracetamol parece ser amplamente distribuído para a maioria dos tecidos, exceto para a gordura. O seu volume de distribuição aparente é 0,9 L/kg. Uma porção relativamente pequena (~20%) do paracetamol liga-se às proteínas plasmáticas e não ocorre ligação aos glóbulos vermelhos.

Metabolismo

Os perfis de concentração plasmática de tramadol e seu metabólito M1 medidos após a administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) em voluntários, não mostraram alteração significativa comparado à administração de tramadol isolado. Aproximadamente 30% da dose é excretada na urina como fármaco inalterado, enquanto que 60% da dose é excretada como metabólitos. As principais vias metabólicas parecem ser a N- e a O-desmetilação e a glicuronidação ou sulfatação no fígado. O tramadol é extensivamente metabolizado por diversas vias, incluindo a CYP2D6 e CYP3A4, assim como por conjugação do fármaco “mãe” e dos metabólitos. Os pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos através da CYP2D6 podem converter tramadol no seu metabolito ativo (M1) de maneira mais rápida e completa do que outros pacientes. A prevalência deste genótipo CYP2D6 varia de acordo com a população e tem sido relatados na literatura de 1% a 10% em afro-americanos, americanos caucasianos, asiáticos e europeus (incluindo estudos específicos em gregos, húngaros e europeus do norte) para cifras tão altas quanto 29% em Africanos / etíopes.

Aproximadamente 7% da população tem atividade reduzida da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 e são considerados “metabolizadores pobres” de debrisoquina, dextrometorfano, antidepressivos tricíclicos, entre outros medicamentos. Após uma dose oral única de tramadol, as concentrações de tramadol foram apenas ligeiramente maiores em “metabolizadores pobres” em relação aos “metabolizadores extensivos”, enquanto que as concentrações de M1 foram menores.

O paracetamol é metabolizado principalmente no fígado pela cinética de primeira ordem e envolve 3 vias principais separadas:

P450-dependente, via enzima oxidase de função mista para formar um metabólito intermediário reativo, o qual se conjuga com glutationa e é metabolizado para formar cisteína e conjugados do ácido mercaptúrico. A principal isoenzima do citocromo P450 envolvida parece ser a CYP2E1, com vias adicionais da CYP1A2 e CYP3A4.

Em adultos, a maior parte do paracetamol é conjugada com ácido glicurônico e, em menor extensão, com sulfato. Estes metabólitos derivados de glicuronídeo, sulfato e glutationa não têm atividade biológica. Em bebês prematuros, recém-nascidos e crianças pequenas, o conjugado de sulfato predomina.

Excreção

O tramadol e seus metabólitos são eliminados principalmente pelo rim. As meias-vidas de eliminação do tramadol e de M1 são aproximadamente 6 e 7 horas, respectivamente. A meia-vida de eliminação plasmática do tramadol aumentou de aproximadamente 6 para 7 horas com doses múltiplas.

A meia-vida do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas em adultos, sendo um pouco mais curta em crianças e um pouco mais longa em recém-nascidos e pacientes cirróticos. O paracetamol é eliminado principalmente pela formação de conjugados de glicuronídeo e sulfato de maneira dose-dependente. Menos de 9% do paracetamol é excretado inalterado na urina.

Cuidados de Armazenamento do Paratram

Você deve conservar Paratram® em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

O comprimido de Paratram® é redondo, biconvexo, liso e de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.?

Dizeres Legais do Paratram

MS – 1.2214.0071

Resp. Téc.:

Marcia da Costa Pereira
CRF-SP n°. 32.700

Registrado por:

Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A.
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3400
Pindamonhangaba – SP
C.N.P.J. 55.980.684/0001-27
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da receita.

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