Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Prandin

O tratamento deve ser iniciado como adjuvante à dieta e exercícios físicos para diminuir a glicemia nas refeições.

Como este medicamento funciona?


Prandin (repaglinida) é um hipoglicemiante oral, que atua na diminuição da glicemia nas refeições em pacientes com Diabetes Tipo 2 (Diabetes mellitus não-insulinodependente – DMNID ou Diabetes que se manifesta na idade madura), cuja hiperglicemia não pode ser controlada satisfatoriamente com dieta, redução de peso e exercícios físicos.

Contraindicação do Prandin

Prandin não deve ser usado nos seguintes casos:

Não se recomenda o uso de Prandin durante a gravidez e lactação.

Como usar o Prandin

A repaglinida deve ser administrada por via oral, antes das principais refeições.

Normalmente, a dose inicial é de 0,5 mg, podendo ser ajustada pelo médico em até 4 mg antes das principais refeições. A dose máxima diária recomendada é de 16 mg. 

Além da auto-monitoração usual da glicemia e/ou glicose urinária, a glicemia do paciente deve ser monitorada periodicamente pelo médico para determinação da dose mínima eficaz para o paciente. Os níveis de hemoglobina glicosilada também podem ser importantes na monitoração da resposta do paciente à terapia. Essa monitoração periódica é necessária para detectar redução inadequada da glicemia na dose máxima recomendada (falha primária) e perda de resposta hipoglicemiante adequada após um período inicial de eficácia (falha secundária).

A administração de curta duração de repaglinida pode ser suficiente durante períodos de perda transitória do controle da glicemia em pacientes com Diabetes Tipo 2 que são normalmente bem controlados com dieta.

Posologia


Dose inicial

A dose deve ser determinada pelo médico, de acordo com as necessidades do paciente.

A dose inicial recomendada é de 0,5 mg. Deve-se respeitar um intervalo de aproximadamente uma a duas semanas entre as etapas de titulação (conforme determinado pela resposta da glicemia).

No caso de pacientes submetidos anteriormente a tratamento com outro agente hipoglicemiante oral, recomenda-se uma dose inicial de 1mg.

Manutenção

A dose única máxima recomendada é de 4 mg, administrada junto com as principais refeições.

A dose máxima diária total não deve exceder 16 mg.

Grupos específicos de pacientes

A repaglinida é primariamente excretada por via biliar, portanto a excreção não é afetada por disfunções renais.

Somente 8% da dose de repaglinida é excretada através dos rins e a depuração plasmática total do produto diminui em pacientes com insuficiência renal. Como a sensibilidade à insulina é maior em pacientes diabéticos com insuficiência renal, deve-se tomar cuidado ao titular as doses destes pacientes. 

Não há estudos clínicos em pacientes com mais de 75 anos de idade e com insuficiência hepática.

Em pacientes debilitados ou desnutridos, as doses inicial e de manutenção devem ser mantidas e a titulação da dose deve ser cuidadosa para evitar reações hipoglicêmicas.

Pacientes em tratamento com outros agentes hipoglicemiantes orais (AHO)

Os pacientes podem ser transferidos diretamente de outros agentes hipoglicemiantes para a repaglinida. No entanto, não existe relação exata de dose entre a repaglinida e os outros agentes hipoglicemiantes orais.

A dose inicial máxima recomendada para pacientes transferidos para a repaglinida é de 1 mg, administrada antes das refeições principais.

A repaglinida pode ser administrada em associação à metformina, quando a glicemia não for suficientemente controlada com a metformina em monoterapia.

Nesse caso, deve-se manter a dose da metformina e administrar repaglinida concomitantemente.

A dose inicial de repaglinida é de 0,5 mg, tomada antes das principais refeições; a titulação é feita de acordo com a resposta da glicemia, como na monoterapia.

Interrupção do tratamento

A interrupção do tratamento sem orientação médica pode ocasionar perda do controle glicêmico.

Siga a orientação do seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Precauções do Prandin

A repaglinida deve ser prescrita se não ocorrer o controle da glicemia e se os sintomas de Diabetes persistirem apesar das tentativas com dieta, exercícios e redução de peso. A repaglinida, assim como outros agentes que atuam na secreção da insulina é capaz de causar hipoglicemia.

Pode ocorrer perda do controle glicêmico quando um paciente estabilizado pelo uso de qualquer agente hipoglicêmico oral é exposto a estresse, tal como febre, trauma, infecção ou cirurgia ou quando da existência de problemas hepáticos ou renais. O médico deve ser informado sobre o uso de genfibrozila (um agente antilipêmico) uma vez que ele pode causar o aumento e o prolongamento do efeito da repaglinida. Não foram realizados ensaios clínicos em pacientes com deficiência hepática, em crianças e adolescentes com menos de 18 anos e em pacientes com mais de 75 anos de idade, portanto o tratamento não é recomendado para estes grupos de pacientes.

Efeitos na habilidade para dirigir e usar máquinas

Os pacientes devem se precaver contra a hipoglicemia ao dirigir. Isto é particularmente importante para os pacientes que não apresentam sinais perceptíveis de hipoglicemia e nos que apresentam sinais leves ou sofrem freqüentes episódios de hipoglicemia.

Deve-se considerar com precaução o ato de dirigir em tais circunstâncias.

Função hepática

Não foram realizados ensaios clínicos em pacientes com deficiência na função hepática. Portanto, o tratamento não é recomendado para estes grupos de pacientes.

Gerais

A repaglinida deve ser prescrita apenas se não ocorrer o controle da glicemia e se os sintomas de diabetes persistirem apesar das tentativas com dieta, exercícios e redução de peso.

A repaglinida, assim como outros secretagogos da insulina, é capaz de causar hipoglicemia.

Em muitos pacientes tal efeito diminui ao longo do tempo, possivelmente em decorrência da progressão da gravidade do diabetes ou da diminuição da resposta ao produto. Esse fenômeno conhecido como falha secundária, que se diferencia da falha primária caracterizada pela ineficácia do fármaco especificamente quando administrado pela primeira vez a um paciente. Antes de se classificar a resposta do paciente como falha secundária, devem ser avaliados o ajuste posológico e a adesão à dieta e ao exercício.

A repaglinida age através de um sítio distinto de ligação, desenvolvendo ação de curta duração sobre as células beta. O uso de repaglinida em caso de falha secundária de secretagogos de insulina não foi investigado em ensaios clínicos.

Gravidez e lactação

Não há estudos sobre o uso de repaglinida em mulheres grávidas ou lactantes, portanto não se recomenda usar Prandin durante a gravidez e lactação.

Os estudos pré-clínicos demonstraram que a repaglinida não é teratogênica. Entretanto, ratos expostos a níveis elevados da repaglinida no último estágio de gravidez e durante o período de lactação apresentaram embriotoxicidade, desenvolvimento anormal dos membros em fetos e em filhotes recém-nascidos.

A repaglinida foi detectada no leite de animais de experimento. Portanto, deve-se evitar o uso de repaglinida durante a gravidez e lactação.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informe seu médico se está amamentando.

Crianças / Idosos

Não foram realizados ensaios clínicos em crianças e adolescentes com menos de 18 anos e em pacientes com mais de 75 anos de idade. Portanto, o tratamento não é recomendado para estes grupos de pacientes.

Pacientes idosos

Prandin não foi estudado em pacientes acima de 75 anos de idade, portanto não se recomenda o uso do medicamento nestes pacientes.

Reações Adversas do Prandin

Podem ocorrer reações hipoglicêmicas, como:

Essas reações são leves e facilmente controladas com a ingestão de carboidratos, por exemplo alimentos açucarados. Se tais eventos não forem tratados, poderá ocorrer agravamento do quadro (dores de cabeça, náusea, vômito, desidratação, perda da consciência etc).

Se forem graves, pode haver necessidade de administração intravenosa de glicose por um médico. A ocorrência dessas reações depende também, como em todas as terapias diabéticas, de fatores individuais como hábitos alimentares, dose, exercícios e estresse. Caso qualquer dessas reações seja observada, consulte seu médico.

Reações adversas como distúrbios visuais transitórios, principalmente no início do tratamento, disfunção hepática, dor abdominal, diarréia, náuseas, vômitos, constipação e reações de hipersensibilidade cutânea como coceira, erupções e urticária, devem ser imediatamente informadas ao seu médico.

Composição do Prandin

Apresentações

Embalagens contendo comprimidos 0,5 mg, 1,0 mg ou 2,0 mg de repaglinida, acondicionados em blisters com 30 comprimidos.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido 0,5 mg contém

Repaglinida 0,500 mg.

Excipientes:

poloxamer, povidona, meglumina, amido, fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, glicerol, polacrilina potássica, estearato de magnésio.

Cada comprimido 1,0 mg contém

Repaglinida 1,000 mg.

Excipientes:

poloxamer, povidona, meglumina, amido, fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, glicerol, polacrilina potássica, estearato de magnésio, óxido de ferro amarelo.

Cada comprimido 2,0 mg contém

Repaglinida 2,000 mg.

Excipientes:

poloxamer, povidona, meglumina, amido, fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, glicerol, polacrilina potássica, estearato de magnésio, óxido de ferro vermelho.

Superdosagem do Prandin

Administrou-se repaglinida com doses escalonadas semanalmente de 4 mg – 20 mg, 4 vezes ao dia, durante um período de 6 semanas. Não foram detectados problemas quanto à segurança do produto.

Como neste estudo houve prevenção da hipoglicemia pelo aumento da ingestão de calorias, superdose relativa pode resultar em efeito hipoglicemiante exagerado com desenvolvimento de sintomas hipoglicêmicos (tontura, sudorese, tremor, cefaléia etc.).

Caso ocorram esses sintomas, devem ser tomadas medidas adequadas para corrigir o baixo nível da glicemia (carboidratos orais). A hipoglicemia mais grave com convulsão, perda da consciência ou coma deve ser tratada com glicose intravenosa.

Interação Medicamentosa do Prandin

O álcool pode intensificar e prolongar o efeito hipoglicemiante da repaglinida.

A necessidade de Prandin pode se alterar se o paciente estiver tomando outros medicamentos, tais como:

Genfibrozila (droga hipolipemiante), inibidores de monoaminooxidase (usados para tratar depressão), agentes betabloqueadores não-seletivos (usados para tratar hipertensão e certas cardiopatias), inibidores de enzimas conversoras da angiotensina (ECA, usados para tratar certas cardiopatias), salicilatos, octreotídeo, antiinflamatórios não-esteróides (AINES), esteróides anabólicos e corticosteróides, contraceptivos orais (usados para controle de natalidade), tiazidas, danazol, produtos para tireóide (usados para tratar pacientes com baixa produção do hormônio tireoidiano), simpatomiméticos (usados para tratar asma), claritromicina, itraconazol (droga antifúngica) e cetoconazol (droga antifúngica).

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Ação da Substância Prandin

Resultados de eficácia

Em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, a resposta insulinotrópica a uma refeição ocorreu dentro de 30 minutos após uma dose oral de Repaglinida (substância ativa). Isto resultou em um efeito redutor da glicemia durante o período da refeição. Os níveis plasmáticos de Repaglinida (substância ativa) diminuíram rapidamente e baixas concentrações do fármaco foram observadas no plasma dos pacientes portadores de diabetes tipo 2 quatro horas após administração. Uma redução dose-depende da glicemia foi demonstrada em pacientes portadores de diabetes tipo 2, na administração de doses de 0,5 a 4 mg de Repaglinida (substância ativa). Resultados de estudos clínicos demonstraram que a Repaglinida (substância ativa) deve ser administrada antes das refeições (posologia pré-prandial). As doses são tomadas geralmente dentro de 15 minutos antes da refeição, mas o tempo pode variar de imediatamente antes da refeição até 30 minutos antes da refeição.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

A Repaglinida (substância ativa) é um secretagogo oral, derivado do ácido carbamoilmetil-benzóico, de ação curta. A Repaglinida (substância ativa) reduz os níveis de glicemia de forma aguda, ao estimular a liberação de insulina pelo pâncreas, um efeito dependente do funcionamento das células-ß nas ilhotas pancreáticas. A Repaglinida (substância ativa) fecha os canais de potássio ATP-dependentes na membrana das células-ß pela ligação a sítios nestas células. Isto despolariza a célula-ß e leva à abertura dos canais de cálcio. O aumento do influxo de cálcio resultante induz a secreção de insulina pela célula-ß.

Propriedades farmacocinéticas

A Repaglinida (substância ativa) é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, o que leva a um rápido aumento na concentração plasmática do fármaco. O pico dos níveis plasmáticos ocorre dentro de uma hora após a administração. Depois de ter atingido um máximo, o nível plasmático diminui rapidamente e a Repaglinida (substância ativa) é eliminada dentro de 4-6 horas.

A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 1 hora. A farmacocinética da Repaglinida (substância ativa) é caracterizada por uma biodisponibilidade absoluta média de 63% (Coeficiente de Variação 11%), baixo volume de distribuição 30 L (compatível com a distribuição no fluído intracelular) e rápida eliminação do sangue. Uma grande variabilidade interindividual (60%) nas concentrações plasmáticas da Repaglinida (substância ativa) foi detectada em estudos clínicos. A variabilidade intraindividual é de baixa a moderada (35%) e, como a Repaglinida (substância ativa) deve ser titulada de acordo com a resposta clínica, a sua eficácia não é afetada pela variabilidade interindividual.

Insuficiência renal

As farmacocinéticas de dose única e do estado de equilíbrio da Repaglinida (substância ativa) foram avaliadas em pacientes com diabetes tipo 2 e vários graus de disfunção renal. Tanto a área sob a curva (AUC) como a Cmáx da Repaglinida (substância ativa) foram as mesmas nos pacientes com função renal normal e com insuficiência renal leve a moderada (valores médios 56,7 ng/mL*h versus 57,2 ng/mL*h e 37,5 ng/mL versus 37,7 ng/mL, respectivamente). Pacientes com função renal gravemente reduzida tiveram valores médios um pouco elevados da AUC e da Cmáx (98,0 ng/mL*h e 50,7 ng/mL, respectivamente), mas este estudo mostrou apenas uma pequena correlação entre os níveis de Repaglinida (substância ativa) e o clearance da creatinina. O ajuste da dose inicial não parece ser necessário para pacientes com disfunção renal. Aumentos subsequentes de dose da Repaglinida (substância ativa) devem ser feitos com cuidado em pacientes com diabetes tipo 2 que apresentam comprometimento grave da função renal ou insuficiência renal que requer hemodiálise.

Insuficiência hepática

Um estudo aberto de dose única foi realizado com 12 indivíduos sadios e 12 pacientes com doença hepática crônica (DHC), classificada pela escala Child-Pugh e pelo clearance de cafeína. Os pacientes com comprometimento moderado a grave da função hepática tiveram concentrações séricas maiores e mais prolongadas tanto da Repaglinida (substância ativa) total como da não-ligada, em comparação aos indivíduos sadios (AUC sadio: 91,6 ng/mL*h; AUC pacientes DHC: 368,9 ng/mL*h; Cmáx sadio: 46,7 ng/mL; Cmáx, pacientes DHC: 105,4 ng/mL). A AUC foi estatisticamente correlacionada com o clearance de cafeína. Nenhuma diferença nos perfis de glicose foi observada entre os grupos de pacientes.

Os pacientes com disfunção hepática podem ficar expostos a maiores concentrações de Repaglinida (substância ativa) e de seus metabólitos do que os pacientes com função hepática normal, que recebem doses usuais. Por isso, a Repaglinida (substância ativa) deve ser usada com precaução em pacientes com comprometimento da função hepática. Intervalos mais longos entre os ajustes de dose devem ser utilizados para permitir a avaliação completa da resposta. Em humanos, a Repaglinida (substância ativa) liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (gt; 98%).

Não foram observadas diferenças clínicas relevantes na farmacocinética da Repaglinida (substância ativa), quando esta foi administrada 0, 15 ou 30 minutos antes de uma refeição ou em jejum. A Repaglinida (substância ativa) é completamente metabolizada, predominantemente via CYP2C8, mas também via CYP3A4, e nenhum metabólito com efeito hipoglicemiante clinicamente relevante foi identificado. A Repaglinida (substância ativa) e os seus metabólitos são eliminados principalmente na bile. Uma pequena fração (aproximadamente 8%) da dose administrada aparece na urina, preliminarmente como metabólitos. Menos de 2% do fármaco original é recuperado nas fezes.

Cuidados de Armazenamento do Prandin

Armazenar em local seco, mantendo a embalagem original fechada.

Prazo de validade: 60 meses.

Nunca use qualquer medicamento com o prazo de validade vencido. Pode ser perigoso para a sua saúde.

O prazo de validade do produto está impresso no rótulo e na embalagem.

Características físicas

0,5 mg

Comprimidos de cor branca.

1,0 mg

Comprimidos de cor amarela.

2,0 mg

Comprimidos de cor pêssego.

Dizeres Legais do Prandin

Para data de fabricação, validade e lote: vide cartucho.

Reg. MS – 1.0181.0322

Farm. Resp.:

Dra. Clarice Mitie Sano Yui
CRF-SP nº 5.115

Importado e distribuído por:

Medley S. A. Indústria Farmacêutica
Rua Macedo Costa, 55
Campinas – SP
C.N.P.J.: 50.929.710/0001-79
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Novo Nordisk A/S
Novo Allé
DK-2880 Bagsvaerd
Dinamarca

SIM – Serviço de Informações Medley:

0800-13.0666

Venda sob prescrição médica.

Sair da versão mobile