Bula do Prinivil
Como o Prinivil funciona?
Prinivil dilata seus vasos sanguíneos para que o coração bombeie o sangue com mais facilidade para todas as partes do corpo. Isso ajuda a diminuir a pressão alta. Em muitos pacientes com insuficiência cardíaca, Prinivil ajuda o coração a funcionar melhor.
Contraindicação do Prinivil
Não use Prinivil em caso de:
- Hipersensibilidade a qualquer componente do produto;
- Tratamento prévio com um medicamento do mesmo grupo de fármacos do Prinivil (inibidores da ECA) e aparecimento de reações alérgicas com inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta com dificuldade para engolir ou respirar. Você não deve tomar Prinivil se teve esse tipo de reação sem uma causa conhecida ou se foi diagnosticado com angioedema hereditário ou idiopático;
- Tem diabetes e está tomando um medicamento chamado alisquireno para reduzir a pressão arterial.
Como usar o Prinivil
Prinivil pode ser tomado junto às refeições ou entre elas. A maioria das pessoas toma Prinivil com água. Seu médico decidirá a dose mais apropriada, dependendo de sua condição e se você está tomando outros medicamentos.
Tome Prinivil diariamente, exatamente como recomendado por seu médico. É muito importante continuar tomando Prinivil pelo tempo que seu médico prescreveu. Não tome mais comprimidos do que a dose prescrita.
Pressão alta
A dose inicial usual recomendada é de 10 mg uma vez ao dia.
A dose prolongada usual é de 20 mg uma vez ao dia.
Insuficiência cardíaca
A dose inicial usual recomendada é de 2,5 mg uma vez ao dia.
A dose prolongada usual é de 5 a 20 mg uma vez ao dia.
Após ataque cardíaco
A dose usual é de 5 mg no primeiro e segundo dias, depois 10 mg uma vez ao dia.
As doses de 5 mg e de 20 mg são citadas apenas para informação. Embora comprimidos de 5 mg e de 20 mg de lisinopril estejam disponíveis, Prinivil não é mais comercializado nessas concentrações.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Prinivil?
Tome Prinivil conforme prescrição médica. No entanto, se você esquecer de tomar uma dose, não tente compensar tomando em dobro. Apenas retome seu esquema usual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Prinivil
Informe ao seu médico quaisquer problemas de saúde e tipos de alergia que tem ou teve. Informe ao seu médico se tem uma condição cardíaca, se está sendo submetido a diálise ou tratado com diuréticos ou se apresentou recentemente vômitos ou diarreia em excesso. Informe também se está em dieta com restrição de sal, se está tomando suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio ou substitutos do sal contendo potássio, tem diabetes ou algum problema renal, pois estas condições podem levar a aumento dos níveis de potássio no sangue que podem ser sérios. Nesses casos, o seu médico pode precisar ajustar a dosagem de Prinivil ou monitorar seu nível sanguíneo de potássio.
Se tiver diabetes e estiver tomando antidiabéticos orais ou insulina, você deve monitorar com atenção quanto a níveis baixos de glicemia, especialmente durante o primeiro mês de tratamento com Prinivil. Informe ao seu médico se alguma vez teve reação alérgica com inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta com dificuldade para engolir ou respirar. Informe ao seu médico se tiver pressão baixa (pode-se notá-la como fraqueza ou vertigem, especialmente ao ficar de pé). Antes de cirurgia ou anestesia (até mesmo no consultório do dentista), informe ao médico ou dentista que você está tomando Prinivil , pois pode ocorrer queda súbita da pressão arterial associada à anestesia.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Prinivil
A exemplo de qualquer medicamento, Prinivil pode causar reações não esperadas ou indesejáveis, conhecidas como reações adversas. Prinivil é geralmente bem tolerado. As reações adversas mais frequentes são: tontura, dor de cabeça, fadiga, diarreia, náusea e tosse. Outras reações adversas que ocorrem menos frequentemente são tontura – causada pela queda da pressão arterial, erupção cutânea e fraqueza. Outra reação adversa que pode ocorrer é sensação de vertigem ou tontura ao ficar de pé rapidamente, causada por queda da pressão arterial. Raramente também podem ocorrer outras reações adversas e algumas podem ser graves.
Exemplos de tais reações adversas são icterícia (pele e/ou olhos amarelados), diminuição do volume de urina ou ausência de produção urinária e dor abdominal forte. Consulte seu médico para obter mais informações sobre reações adversas. Comunique imediatamente seu médico sobre estes ou quaisquer outros sintomas não usuais.
Pare de tomar Prinivil e entre em contato com seu médico imediatamente em quaisquer dos seguintes casos: se ocorrer inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta que possa causar dificuldade na respiração ou para engolir, se ocorrer inchaço das mãos, dos pés ou dos tornozelos e se aparecer urticárias.
Pacientes da raça negra tem risco aumentado para esses tipos de reação dos inibidores da ECA.
A dose inicial pode causar maior queda na pressão arterial do que ocorrerá seguindo o tratamento contínuo. Você pode sentir isso como fraqueza ou vertigem, que melhoram quando você se deita.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Prinivil
Gravidez:
O uso de Prinivil não é recomendado para mulheres grávidas. Não se sabe se o uso de Prinivil somente nos primeiros três meses de gravidez pode também causar efeitos danosos. Em um estudo publicado, foi relatado que bebês cujas mães tinham tomado um inibidor da ECA durante os primeiros três meses de gravidez apresentaram risco aumentado de defeitos congênitos. O número de defeitos congênitos foi pequeno e o estudo não foi repetido. Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA), incluindo Prinivil, podem causar lesão e morte ao feto em desenvolvimento quando tomado durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez. Se você estiver grávida ou pretende engravidar, converse com seu médico antes de começar o tratamento com Prinivil, de forma que outro tratamento possa ser considerado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação:
Não se sabe se Prinivil é secretado no leite humano. Informe ao seu médico se estiver amamentando ou pretende amamentar.
Crianças:
A eficácia e a segurança de Prinivil em crianças não foram estabelecidas.
Idosos:
Em estudos clínicos, não foi demonstrada alteração relacionada à idade no perfil de eficácia e segurança de Prinivil. Entretanto, quando a idade avançada está associada a diminuição da função renal, ajustes devem ser feitos para determinar a dose inicial de Prinivil. A partir daí, a posologia deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial.
Dirigir e operar máquinas:
As respostas ao medicamento podem variar de pessoa para pessoa. Alguns efeitos adversos relatados com o uso de Prinivil podem afetar de certa forma a habilidade de alguns pacientes para dirigir ou operar máquinas.
Composição do Prinivil
Cada comprimido contém:
Lisinopril: 10 mg.
Excipientes:
fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, manitol, amido, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio e óxido de ferro amarelo.
Superdosagem do Prinivil
Em caso de superdose, entre em contato prontamente com seu médico para que você receba atendimento médico imediato. O sintoma mais provável é uma sensação de tontura devido a uma queda repentina ou excessiva da pressão arterial.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Prinivil
Anti-hipertensivos
Quando combinado com outros medicamentos anti-hipertensivos, pode ocorrer queda aditiva da pressão arterial. Estudos clínicos demostraram que o bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores do receptor de angiotensina II ou alisquireno é associado à maior frequência de reações adversas como hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) quando comparado ao uso individual de agente do SRAA.
Medicamentos que podem aumentar o risco de angioedema
O tratamento concomitante de inibidores da ECA com inibidores do receptor-alvo da rapamicina nos mamíferos (por exemplo, temsirolimo, sirolimo, everolimo), inibidores da endopeptidase neutra (por exemplo racecadotril) ou ativadores de plasminogênio tecidual pode aumentar o risco de angioederma.
Diuréticos
Quando um diurético é acrescentado à terapia com Lisinopril (substância ativa) o efeito anti-hipertensivo é geralmente potencializado.
Pacientes que já utilizam diuréticos e especialmente aqueles nos quais a terapia diurética tenha sido recentemente instituída podem ocasionalmente apresentar excessiva redução da pressão arterial quando Lisinopril (substância ativa) é acrescentado. A possibilidade de hipotensão sintomática com Lisinopril (substância ativa) pode ser minimizada com a interrupção do diurético antes da introdução do tratamento com Lisinopril (substância ativa).
Antidiabéticos
Estudos epidemiológicos têm sugerido que a administração concomitante de inibidores da ECA e medicamentos antidiabéticos (insulina, hipoglicemiantes orais) pode causar um aumento do efeito hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. Este fenômeno aparece com mais frequência durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal.
Suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio e outros medicamentos que podem elevar o nível sérico de potássio
Embora estudos clínicos demonstrem que o potássio sérico geralmente se mantém dentro dos limites normais, hipercalemia ocorreu em alguns pacientes. Os fatores de risco para o desenvolvimento da hipercalemia incluem insuficiência renal, diabetes mellitus e uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por ex.: espironolactona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio e outros medicamentos que podem elevar o nível sérico de potássio (ex.: heparina e cotrimoxazol).
O uso destes agentes, especialmente em pacientes com comprometimento da função renal, pode levar a um aumento significativo do potássio sérico.
Se o uso concomitante de Lisinopril (substância ativa) com qualquer um dos agentes acima mencionados é julgado apropriado, eles devem ser feitos com cautela, e com monitoração frequente do potássio sérico.
Se Lisinopril (substância ativa) é administrado com um diurético depletor de potássio a hipocalemia induzida pelo diurético pode ser amenizada.
Lítio
Assim como ocorre com outros fármacos que eliminam sódio, a eliminação de lítio pode ser diminuída. Portanto, os níveis séricos de lítio devem ser cuidadosamente monitorados se sais de lítio são administrados.
Ouro (por ex.: aurotiomalato de sódio)
Reações nitritoides (sintomas de vasodilatação incluindo rubor, náuseas, tontura e hipotensão que podem ser muito graves) foram relatadas com maior frequência em pacientes tratados com inibidores da ECA após aplicações de injeções de ouro (por exemplo, aurotiomalato de sódio).
Terapia concomitante
A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de Lisinopril (substância ativa) quando administrados concomitantemente.
Em alguns pacientes com comprometimento da função renal, que estão sendo tratados com anti-inflamatórios não esteroidais, a coadministração de Lisinopril (substância ativa) pode resultar em uma deterioração adicional da função renal.
O Lisinopril (substância ativa) foi usado concomitantemente com nitratos sem evidências de interações adversas clinicamente significativas.
Ação da Substância Prinivil
Hipertensão
Em dois estudos de dose-resposta, 438 pacientes portadores de hipertensão leve a moderada receberam Lisinopril (substância ativa) uma vez ao dia. A pressão foi verificada após 24 horas. Apesar de já haver resposta com 5mg/dia em alguns pacientes, a eficácia foi maior nas doses de 10, 20 e 80mg/dia.
Em estudos controlados, 20 a 80mg de Lisinopril (substância ativa) foram comparados com 12,5 a 50mg/dia de hidroclorotiazida e 50 a 200mg/dia de atenolol em pacientes com hipertensão leve a moderada e com metoprolol 100 a 200mg/dia em pacientes portadores de hipertensão, moderada a grave.
O Lisinopril (substância ativa) foi superior à hidroclorotiazida e semelhante ao atenolol e metoprolol na redução da pressão diastólica e foi superior às três medicações na redução da pressão sistólica.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
O efeito de Lisinopril (substância ativa) na mortalidade e morbidade em insuficiência cardíaca congestiva foi estudado, comparando-se uma dose alta (32,5mg ou 35mg uma vez ao dia) com uma dose baixa (2,5mg ou 5mg uma vez ao dia).
Em um estudo realizado com 3164 pacientes, durante período médio de 46 meses de acompanhamento, a dose alta de Lisinopril (substância ativa) produziu, no tempo final combinado, uma redução de 12% do risco de mortalidade e hospitalização de todas as possíveis causas (p = 0,002), e uma redução de 8% do risco de mortalidade de todas as possíveis causas e de hospitalização cardiovascular (p = 0,036) em comparação com a dose baixa. Foram observadas reduções no risco de mortalidade de todas as causas (8%; p = 0,128) e de mortalidade cardiovascular (10%; p = 0,073).
Em uma análise post-hoc, o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca foi reduzido em 24% (p = 0,002) em pacientes tratados com a dose alta de Lisinopril (substância ativa) em comparação com a dose baixa. Os benefícios sintomáticos foram similares em pacientes tratados com doses altas e baixas de Lisinopril (substância ativa).
Os resultados do estudo mostraram que os perfis globais de eventos adversos para pacientes tratados com dose alta ou baixa de Lisinopril (substância ativa) foram similares quanto à natureza e ao número.
Eventos previsíveis resultantes da inibição da ECA, tais como, hipotensão ou função renal alterada, foram controláveis e raramente levaram a descontinuação do tratamento. Tosse foi menos frequente em pacientes tratados com dose elevada de Lisinopril (substância ativa) em comparação com dose baixa.
Infarto Agudo do Miocárdio
No estudo GISSI-3, o qual foi usado um desenho fatorial 2 x 2 para comparar os efeitos de Lisinopril (substância ativa) e gliceril trinitrato usados sozinhos ou em combinação por 6 semanas comparados com controle em 19.394 pacientes nos quais foi administrado tratamento dentro de 24 horas após um infarto agudo do miocárdio, Lisinopril (substância ativa) produziu uma redução estatisticamente significativa do risco da mortalidade de 11% versus controle (2p = 0,03).
A redução do risco com uso de gliceril trinitrato não foi significativa, mas a combinação de Lisinopril (substância ativa) e gliceril trinitrato produziu uma significativa redução do risco de mortalidade de 17% versus controle (2p = 0,02).
Em um subgrupo de idosos (idade gt; 70 anos) e mulheres, pré-definidos como pacientes de alto risco de mortalidade, um benefício significativo foi observado para combinação dos desfechos de mortalidade e função cardíaca. A combinação dos desfechos para todos os pacientes, como também os subgrupos de alto risco, também demonstrou benefício significativo para os tratamentos com Lisinopril (substância ativa) aos 6 meses ou Lisinopril (substância ativa) mais gliceril trinitrato por 6 semanas, indicando os efeitos preventivos para Lisinopril (substância ativa).
Como esperado para qualquer tratamento com vasodilatadores, o aumento das incidências de hipotensão e disfunção renal estão associados ao tratamento com Lisinopril (substância ativa), mas não estão associados a um aumento proporcional da mortalidade.
Complicações Renais e Retinianas de Diabetes Mellitus
Pode-se prevenir praticamente todas as complicações do diabetes com os inibidores da ECA. Em pacientes portadores de diabetes do tipo I e microalbuminúria, que receberam Lisinopril (substância ativa) apresentaram um risco menor de progressão para macroalbuminúria e esse efeito se manteve quando ajustado para as variações na pressão arterial. Houve também a diminuição do risco para progressão em pacientes já com macroalbuminúria.
O tratamento com inibidores da ECA está associado a menores níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em pacientes portadores de retinopatia proliferativa diabética e estudos sugerem um forte potencial de uso dos inibidores da ECA no tratamento da retinopatia diabética.
Em um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico o qual comparou Lisinopril (substância ativa) com um bloqueador dos canais de cálcio em 335 pacientes hipertensos e com diabetes tipo 2 com nefropatia incipiente caracterizada pela microalbuminúria, Lisinopril (substância ativa) 10 a 20mg administrado uma vez ao dia por 12 semanas, reduziu a pressão sistólica/diastólica em 13/10mmHg e o valor de excreção urinária de albumina em 40%.
Quando comparado com bloqueadores dos canais de cálcio, os quais produzem uma redução similar da pressão sanguínea, todos os pacientes tratados com Lisinopril (substância ativa) mostraram uma redução significativamente maior nos níveis de excreção urinária de albumina, demonstrando que a ação inibitória da ECA de Lisinopril (substância ativa) reduziu a microalbuminúria por um mecanismo direto nos tecidos renais além do seu efeito hipotensor.
Características farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
O Lisinopril (substância ativa) é um inibidor da peptidil dipeptidase. Ele inibe a enzima conversora da angiotensina (ECA) que catalisa a conversão da angiotensina I ao peptídeo vasoconstritor, angiotensina II. A angiotensina II estimula também a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal.
A inibição da ECA resulta em concentrações diminuídas de angiotensina II, as quais resultam em diminuição da atividade vasopressora e redução da secreção de aldosterona. A diminuição tardia da aldosterona pode resultar em um aumento da concentração sérica de potássio.
Acredita-se que o mecanismo pelo qual o Lisinopril (substância ativa) diminui a pressão arterial é principalmente a supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Entretanto, o Lisinopril (substância ativa) é eficaz na redução da pressão arterial mesmo em pacientes hipertensos com baixa renina. A ECA é idêntica à cininase II, enzima que degrada a bradicinina. Ainda não está elucidado se níveis aumentados de bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador, exercem papel importante sobre os efeitos terapêuticos do Lisinopril (substância ativa).
É sabido que a ECA está presente no endotélio e que a atividade aumentada da ECA em pacientes diabéticos, que resulta na formação de angiotensina II e destruição de bradicinina, potencializa os danos ao endotélio causados por hiperglicemia. Os inibidores da ECA, incluindo Lisinopril (substância ativa), inibem a formação de angiotensina II e a degradação da bradicinina, melhorando consequentemente a disfunção endotelial.
Os efeitos de Lisinopril (substância ativa) na taxa de excreção urinária de albumina e na progressão de retinopatia em pacientes diabéticos são mediados pela redução na pressão sanguínea, bem como pelo mecanismo direto nos tecidos retinal e renal.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral de Lisinopril (substância ativa), o pico de concentração sérica ocorre em cerca de 7 horas, apesar de haver uma tendência a um pequeno retardo no tempo para alcançar o pico de concentração sérica em pacientes com infarto agudo do miocárdio.
Baseado na recuperação urinária, a extensão média de absorção de Lisinopril (substância ativa) é de aproximadamente 25%, com variações entre os pacientes (6-60%) em todas as doses testadas (5-80mg). A biodisponibilidade absoluta é reduzida em aproximadamente 16% em pacientes com insuficiência cardíaca. A absorção de Lisinopril (substância ativa) não é afetada pela presença de alimentos.
Distribuição
O Lisinopril (substância ativa) parece não ligar-se às outras proteínas séricas, diferentemente da enzima conversora de angiotensina circulante (ECA). Estudos em ratos indicam que o Lisinopril (substância ativa) pouco atravessa a barreira hematoencefálica.
Eliminação
O Lisinopril (substância ativa) não é metabolizado e o fármaco absorvido é inteiramente excretado inalterado na urina. Em doses múltiplas, o Lisinopril (substância ativa) possui uma meia-vida efetiva de acúmulo de 12,6 horas. A depuração plasmática de Lisinopril (substância ativa) em pacientes sadios é de aproximadamente 50mL/min. O declínio das concentrações séricas exibe uma fase terminal prolongada que não contribui para o acúmulo do fármaco.
Essa fase terminal provavelmente representa ligações saturadas à ECA e não é proporcional à dose.
Insuficiência hepática
O comprometimento da função hepática em pacientes com cirrose resultou na diminuição da absorção de Lisinopril (substância ativa) (cerca de 30% determinado pela recuperação urinária) e um aumento na exposição (aproximadamente 50%) comparada a voluntários sadios devido à diminuição da depuração plasmática.
Insuficiência renal
O comprometimento da função renal diminui a eliminação de Lisinopril (substância ativa), que é excretado via renal, mas essa diminuição torna-se clinicamente importante somente quando a velocidade de filtração glomerular é menor que 30mL/min.
Tabela 1: Parâmetros farmacocinéticos de Lisinopril (substância ativa) para diferentes grupos de pacientes renais após administração de múltiplas doses de 5mg.
Com um clearance de creatinina de 30-80mL/min, o valor da ASC média aumentou apenas 13%, enquanto que o valor médio da ASC aumentou 4-5 vezes com o clearance de creatinina de 5-30mL/min.
O Lisinopril (substância ativa) pode ser removido por diálise. Durante 4 horas de hemodiálise, a concentração plasmática média de Lisinopril (substância ativa) diminuiu em 60%, com uma depuração da diálise entre 40 e 55 mL/min.
Insuficiência cardíaca
Pacientes com insuficiência cardíaca têm uma maior exposição de Lisinopril (substância ativa) comparado com voluntários sadios (um aumento da média ASC de 125%), mas baseado na recuperação urinária de Lisinopril (substância ativa), há uma redução da absorção de aproximadamente 16% comparada com voluntários sadios.
Idosos
Pacientes idosos apresentam níveis sanguíneos mais elevados e valores da ASC mais elevados (aumento de aproximadamente 60%) em comparação com pacientes mais jovens.
Cuidados de Armazenamento do Prinivil
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aparência:
Prinivil 10 mg é um comprimido redondo, amarelo-claro, com uma face plana e a outra sulcada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Prinivil
Venda sob prescrição médica.
MS 1.0029.0136
Farm. Resp.:
Fernando C. Lemos – CRF-SP no 16.243
Registrado por:
Merck Sharp amp; Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 – Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34 – Indústria Brasileira
MSD On Line 0800-0122232
E-mail: [email protected]
www.msdonline.com.br
Fabricado por:
Merck Sharp amp; Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 1.161 – Sousas, Campinas/SP