- Para portadores de fibrose cística (FC) com capacidade vital forçada (CVF) acima de 40% do previsto, para reduzir a frequência das infecções respiratórias que requerem antibioticoterapia (tratamento com antibiótico) intravenosa e melhorar a função respiratória;
- Para pacientes portadores de fibrose cística com idade inferior a 5 anos nos quais há potencial de benefício para a função pulmonar ou risco de ocorrência de infecção das vias respiratórias inferiores.
Peça ao seu médico esclarecimentos adicionais sobre a sua doença, se julgar necessário.
Como o Pulmozyme funciona?
Pulmozyme é o nome comercial da alfadornase, uma enzima que ocorre naturalmente no corpo humano, mas que também pode ser produzida por engenharia genética. Em pacientes diagnosticados com fibrose cística, essa enzima atua sobre o DNA no escarro e reduz a viscosidade da secreção. Em decorrência disso, a secreção pode ser mais facilmente eliminada, o que diminui o número de infecções pulmonares.
Contraindicação do Pulmozyme
Você não deve utilizar Pulmozyme se apresentar hipersensibilidade comprovada à alfadornase, que é o ingrediente ativo, ou a produtos originários de células de ovário de hamster chinês ou a qualquer um dos componentes do medicamento.
Como usar o Pulmozyme
Pulmozyme deve ser usado por via inalatória. A dose recomendada para a maioria dos pacientes portadores de fibrose cística, inclusive para aqueles com idade inferior a 5 anos, é de uma ampola com dose unitária de 2,5 mg, uma vez ao dia, utilizando um sistema de nebulizador a jato / compressor recomendado.
Para pacientes com idade superior a 21 anos, por causa de menor resposta ao tratamento, pode ser necessário aplicar inalação de 2,5 mg de Pulmozyme, duas vezes ao dia.
O conteúdo completo de uma única ampola deve ser colocado na câmara de nebulização de um sistema de nebulizador recomendado para uso de Pulmozyme.
Os estudos clínicos foram conduzidos com os seguintes nebulizadores/compressores:
- Nebulizador a jato descartável Hudson T Up-draft II/compressor Pulmo-Aide;
- Nebulizador a jato descartável Marquest Acorn II/compressor Pulmo-Aide;
- Nebulizador reutilizável PARI LC a jato/compressor PARI PRONEB;
- Nebulizador PARI E-FLOW RAPID (nebulizador eletrônico com tecnologia de membrana vibratória).
Você deve seguir as instruções do fabricante sobre o uso e a manutenção do equipamento. Pulmozyme não deve ser diluído ou misturado a outros medicamentos no nebulizador.
Para pacientes com idade inferior a 5 anos ou para aqueles que não conseguirem usar o dispositivo bucal dos nebulizadores acima referidos, está indicado o uso do nebulizador Pari Baby, que contém máscara firmemente ajustável à face do paciente. Não existem, até o momento, dados clínicos que deem suporte à eficácia e à segurança da administração de Pulmozyme com outros sistemas nebulizadores.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Pulmozyme?
Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.
Precauções do Pulmozyme
A substituição de Pulmozyme por qualquer outro medicamento biológico exige o consentimento do médico prescritor.
Pulmozyme deve ser utilizado com o tratamento convencional para fibrose cística. Você não deve interromper os tratamentos que vinha recebendo, inclusive a fisioterapia respiratória, exceto sob recomendação do seu médico.
Pulmozyme pode ser usado, com a eficácia e segurança, com as medidas terapêuticas habitualmente utilizadas para fibrose cística. A maioria dos pacientes é beneficiada pelo uso diário regular de Pulmozyme. Em estudos nos quais Pulmozyme foi administrado de modo intermitente (não regular), a melhora na função pulmonar foi perdida ao cessar o tratamento.
O uso de Pulmozyme em pacientes com idade entre 6 e 14 anos está bem estabelecido. Seu uso deve ser considerado em pacientes com idade inferior a 5 anos nos quais haja potencial de benefício para a função pulmonar e risco de ocorrência de infecção das vias respiratórias inferiores.
A eficácia e segurança ainda não foram demonstradas em pacientes com capacidade vital forçada inferior a 40% do previsto.
Em estudos realizados em animais de laboratório, não foram encontrados alterações de fertilidade.
Até o momento, não há informações de que Pulmozyme (alfadornase) possa causar doping. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.
Interações medicamentosas
Estudos clínicos indicaram que Pulmozyme pode ser empregado, com eficácia e segurança, com outras medidas terapêuticas da fibrose cística, como antibióticos e / ou broncodilatadores pelas vias oral, inalatória ou parenteral, com suplementação com enzimas e / ou vitaminas pela via oral e com corticosteroides inalatórios e sistêmicos e analgésicos.
Mesmo assim, é recomendável que você informe ao seu médico sobre todas as medicações que estiver utilizando, para que ele possa verificar se existe alguma restrição.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Informações ao paciente
As informações disponíveis nesta bula aplicam-se exclusivamente a Pulmozyme.
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, por favor, informe ao seu médico.
Reações Adversas do Pulmozyme
Na maioria dos casos, as reações adversas são de natureza leve e transitória e não exigem alterações na dosagem de Pulmozyme. Os dados sobre eventos adversos refletem a experiência dos estudos clínicos e pós-comercialização do emprego de Pulmozyme no esquema posológico recomendado.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utiliza este medicamento)
Conjuntivite, alteração da voz, dificuldade de respirar, faringite, laringite, rinite (todos não infecciosos), diminuição dos testes da função pulmonar, dificuldade de digestão, erupções (manchas) cutâneas, urticária, dor no peito e estado febril.
Se você apresentar sinais ou sintomas comuns à fibrose cística, de modo geral, poderá continuar o tratamento com segurança.
Os pacientes foram expostos a Pulmozyme durante até 12 meses em estudos clínicos. Em um amplo estudo clínico randomizado, controlado com placebo, no qual 600 pacientes receberam Pulmozyme na dose de 2,5 mg, uma ou duas vezes ao dia, durante seis meses, a maioria dos eventos adversos não foi mais comum com o Pulmozyme que com o placebo e provavelmente representou as sequelas da patologia pulmonar de base.
Na maioria dos casos em que os eventos estavam aumentados em pacientes tratados com rhDNase, eles foram, geralmente, de natureza leve e transitória, não requerendo alterações de dosagem.
Nos estudos clínicos, poucos pacientes apresentaram eventos adversos que resultassem em descontinuação permanente de Pulmozyme, sendo o índice de descontinuação similar para o placebo (2%) e para Pulmozyme (3%).
No início do tratamento com alfadornase, assim como para muitos aerossóis, pode ocorrer diminuição da função pulmonar e aumento da expectoração.
Os índices de mortalidade observados em estudos controlados foram similares para o placebo (1%) e para Pulmozyme (1%). As causas das mortes foram consistentes com a evolução da fibrose cística e incluíram apneia, parada cardíaca, sequestro cardiopulmonar, cor pulmonale, insuficiência cardíaca, hemoptise maciça, pneumonia, pneumotórax e insuficiência respiratória.
Menos de 5% dos pacientes tratados com alfadornase desenvolveram anticorpos contra a alfadornase, e nenhum desses pacientes desenvolveu anticorpos IgE antialfadornase (anticorpos relacionados a reações alérgicas). Apesar do desenvolvimento de anticorpos contra a alfadornase, ocorreu melhora nos testes de função pulmonar.
A segurança de Pulmozyme, 2,5 mg, por inalação, foi avaliada após duas semanas de administração diária em 65 pacientes com idade entre 3 meses e 5 anos e 33 pacientes com idade entre 5 e 10 anos. O nebulizador reutilizável Pari Baby (que usa uma máscara facial em vez do dispositivo bucal) foi utilizado em pacientes incapazes de demonstrar habilidade para inalar e exalar continuamente pela boca durante todo o período de tratamento (54/65, 83% dos menores e 2/33, 6% dos pacientes mais velhos).
O número de pacientes que relataram tosse como evento adverso foi mais alto no grupo com idade menor, quando comparado ao grupo mais velho (29/ 65, 45% comparado a 10/ 33, 30%), bem como o número de pacientes que relatou tosse moderada a grave (24/ 65, 37% comparado a 6/ 33, 18%). Outros eventos adversos tenderam a ser leves a moderados.
O número de pacientes que relataram rinite foi mais alto no grupo com idade menor (23/65, 35%, comparado a 9/33, 27%), bem como o número de relatos de rash (4/ 65, 6%, comparado a 0/ 33). A natureza dos eventos adversos foi similar àquela vista nos grandes estudos de Pulmozyme.
Outros eventos adversos tenderam a ser leves a moderados. A natureza dos eventos adversos foi similar àquela vista nos grandes estudos de Pulmozyme.
Os eventos mais frequentes em pacientes tratados com Pulmozyme em relação àqueles tratados com placebo estão relacionados na Tabela 1:
Reações alérgicas
Não foram relatadas reações alérgicas sérias ou anafilaxia atribuídas à administração de Pulmozyme. Erupções cutâneas e urticária foram observadas raramente, tendo sido de natureza leve e transitória. Dentre todos os estudos conduzidos até o momento, pequena porcentagem (média de 2% – 4%) de pacientes tratados com Pulmozyme desenvolveu anticorpos contra Pulmozyme. Nenhum desenvolveu anafilaxia (reação alérgica sistêmica), sendo desconhecida a significância clínica dos anticorpos séricos contra Pulmozyme.
Eventos observados com índices similares em pacientes tratados com Pulmozyme e com placebo:
Organismo como um todo | Dor de barriga, fraqueza, febre, síndrome gripal, mal-estar, infecções graves |
Aparelho digestivo | Obstrução intestinal, doenças da vesícula biliar, fígado e pâncreas |
Sistema metabólico/ nutricional | Diabetes mellitus, diminuição dos níveis sanguíneos de oxigênio, perda de peso |
Aparelho respiratório | Apneia (parada da respiração), bronquiectasia (dilatação dos brônquios), bronquite, alterações das características do escarro, aumento da tosse, falta de ar, sangue no escarro, redução da função pulmonar, pólipos nasais, pneumonia, pneumotórax (ar entre o pulmão e a caixa torácica), rinite, sinusite, aumento do volume do escarro, sibilos (chiados no peito) |
Pós-comercialização
Relatos espontâneos pós-comercialização e dados de segurança coletados prospectivamente de estudos observacionais confirmam o perfil de segurança de acordo ao descrito em estudos clínicos.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Pulmozyme
Dirigir e operar máquinas
Não foram relatados efeitos de Pulmozyme sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e lactação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
É pouco provável que este medicamento passe para o leite quando aplicado por inalação, porque a absorção é muito pequena. No entanto, como não se sabe se este medicamento pode ser excretado no leite humano, recomenda-se cautela na sua administração a mulheres lactantes.
Composição do Pulmozyme
Apresentação
Pulmozyme é uma solução para inalação, apresentado em caixa com 6 ampolas de 2,5 mL de dose única.
Via inalatória.
Uso adulto e pediátrico.
Composição
Cada ampola contém:
1,0 mg/mL Alfadornase.
Excipientes:
água para injetáveis, cloreto de cálcio diidratado e cloreto de sódio, sem conservante.
Superdosagem do Pulmozyme
O efeito da superdose de Pulmozyme ainda não foi estabelecido.
Pacientes portadores de fibrose cística inalaram até 20 mg de Pulmozyme, duas vezes ao dia, por até seis dias, e 10 mg, duas vezes ao dia, intermitentemente (duas semanas com e duas semanas sem medicação), durante 168 dias. Todas essas doses foram bem toleradas.
Estudos de dose única conduzidos em ratos e macacos com doses inalatórias até 180 vezes maiores que aquelas empregadas rotineiramente em estudos clínicos foram bem toleradas. A administração oral de doses únicas de Pulmozyme de até 200 mg/kg também foram bem toleradas em ratos.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Pulmozyme
Alfadornase pode ser empregado, com eficácia e segurança, juntamente com o tratamento convencional fibrose cística, incluindo antibióticos e / ou broncodilatadores, pelas vias oral, inalatória ou parenteral; suplementação com enzimas e/ou vitaminas pela via oral, corticosteroides inalatórios e sistêmicos e analgésicos.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa.
Ação da Substância Pulmozyme
Resultados de eficácia
Alfadornase foi avaliado em um amplo estudo clínico, randomizado, controlado com placebo, conduzido em pacientes portadores de fibrose cística clinicamente estáveis, com idades a partir de 5 anos, com capacidade vital forçada (CVF) basal maior ou igual a 40% do previsto e recebendo os tratamentos convencionais para fibrose cística. Os pacientes foram tratados com placebo (325 pacientes) 2,5 mg de alfadornase, uma vez ao dia (322 pacientes), ou 2,5 mg de alfadornase, duas vezes ao dia (321 pacientes), durante 6 meses, administrado através de um nebulizador Hudson T Up-draft II acoplado a um compressor de ar Pulmo-Aide. Ambas as doses de alfadornase produziram reduções significativas, em comparação com o grupo placebo, nos pacientes que desenvolveram infecções do trato respiratório requerendo o uso de antibióticos parenterais.
A administração de alfadornase reduziu o risco relativo de adquirir uma infecção do trato respiratório, em 27% e 29%, com a dose diária de 2,5 mg, uma vez ao dia e duas vezes ao dia, respectivamente.
Os dados sugerem que os efeitos de alfadornase em infecções do trato respiratório em pacientes mais velhos (gt; 21 anos) podem ser menores que aqueles observados em pacientes mais jovens, podendo a posologia de duas vezes ao dia ser necessária para os pacientes mais velhos. Pacientes com uma CVF basal gt; 85% também podem se beneficiar com dose duas vezes ao dia (vide Tabela 1). A redução do risco de infecção respiratória, observada em pacientes tratados com alfadornase persistiu durante todo o período de estudo de seis meses e não se correlaciona diretamente com a melhora do VEF1 durante as duas semanas iniciais da terapia.
Após oito dias do início do tratamento com alfadornase, o VEF1 aumentou em 7,9% nos pacientes que receberam uma dose ao dia e 9,0% nos que receberam duas doses ao dia, em comparação com os valores basais. O VEF1 médio observado durante o tratamento prolongado aumentou em 5,8% do estado basal no esquema de administração de 2,5 mg ao dia e 5,6% em relação ao valor basal no esquema de administração de 2,5 mg, duas vezes ao dia. Os pacientes que receberam placebo não apresentaram modificações médias significativas nas provas de função pulmonar. Para pacientes com idade de 5 anos ou acima, com CVF basal igual ou superior a 40%, a administração de alfadornase reduziu a incidência da ocorrência da primeira infecção respiratória requerendo antibióticos parenterais, além de melhorar o VEF1 médio, independentemente da idade e da CVF basal.
Tabela 1 ? Incidência da primeira infecção do trato respiratório com indicação de antibioticoterapia parenteral em um estudo controlado
Outros estudos
Alfadornase não beneficiou a função pulmonar com o uso a curto prazo em pacientes com CVF inferior a 40% do previsto. Estão em andamento estudos para verificar o impacto do uso crônico sobre a função pulmonar e o risco de infecção nessa população. Os estudos clínicos indicaram que a terapia com alfadornase pode continuar ou ser iniciada na vigência de uma infecção respiratória reagudizada. Estudos de curto prazo de estabelecimento de dose demonstraram que doses maiores que 2,5 mg, duas vezes ao dia, não proporcionaram melhora no VEF1. Pacientes que receberam a medicação em um esquema cíclico (isto é, administração de Alfadornase (substância ativa) 10 mg, duas vezes ao dia, durante 14 dias, seguido de período de 14 dias sem medicação) apresentaram rápida melhora no VEF1 com o início de cada ciclo e retorno ao estado basal com cada retirada de alfadornase.
Características farmacológicas
Farmacodinâmica
Alfadornase contém proteína recombinante humana desoxirribonuclease I (rhDNase); essa enzima cliva seletivamente o DNA. A proteína é derivada de células de ovário de hamster chinês (CHO) que receberam, por intermédio de engenharia genética, o DNA codificador da proteína humana de ocorrência natural, desoxirribonuclease I (rhDNase). O produto é purificado por meio de cromatografia de coluna e filtração por fluxo tangencial. A proteína purificada contém 260 aminoácidos com peso molecular aproximado de 37.000 dáltons. A sequência primária de aminoácidos é idêntica à da enzima humana de ocorrência natural.
Alfadornase é administrado por meio da inalação de aerossol produzido por um sistema de nebulização de ar comprimido a jato. Cada ampola, com uma única dose de alfadornase, libera 2,5 mL de solução da câmara de nebulização. A solução aquosa contém 1,0 mg/mL de alfadornase, 0,15 mg/mL de cloreto de cálcio diidratado e 8,77 mg/mL de cloreto de sódio. A solução não contém conservante. O pH nominal da solução é de 6,3.
Em pacientes portadores de fibrose cística (FC), a retenção de secreções viscosas purulentas nas vias aéreas contribui para a redução da função pulmonar e também para a exacerbação de infecções. A secreção pulmonar purulenta contém concentrações muito elevadas de DNA extracelular eliminado pelos neutrófilos em degeneração que se acumulam em resposta à infecção. Alfadornase, in vitro, hidrolisa o DNA existente na expectoração dos portadores de FC, reduzindo a viscoelasticidade do escarro.
Farmacocinética
Absorção
Estudos de inalação, realizados em ratos e primatas não humanos, mostraram uma baixa porcentagem de absorção sistêmica de alfadornase (lt; 1,5% para ratos e lt; 2% para macacos). Coerentemente com esses resultados dos estudos em animais, a alfadornase administrada a pacientes sob a forma de aerossol por inalação apresentou baixa exposição sistêmica.
A absorção da alfadornase no trato gastrintestinal, após administração oral em ratos, foi desprezível.
A DNase normalmente está presente no soro humano. A inalação de até 40 mg de alfadornase, por até seis dias, não resultou em elevação significativa da concentração sérica de DNase acima dos níveis endógenos normais. Não foi observado aumento na concentração sérica de DNase acima de 10 mg/mL. Após administração de 2,5 mg de alfadornase, duas vezes ao dia, por 24 semanas, as concentrações séricas médias da DNase não foram diferentes dos valores médios basais pré-tratamento de 3,5 ± 0,1 mg/mL, sugerindo baixa absorção sistêmica ou baixo acúmulo.
Distribuição
Estudos em ratos e macacos mostraram que, após administração intravenosa, a alfadornase foi rapidamente eliminada do soro. O volume inicial de distribuição foi semelhante ao volume sérico nesses estudos.
A inalação de 2,5 mg de alfadornase resulta em concentração média de, aproximadamente, 3 mcg/mL de alfadornase no escarro, dentro de 15 minutos, em pacientes com fibrose cística. As concentrações de alfadornase no escarro diminuem rapidamente após a inalação.
Eliminação
Estudos com administração intravenosa em humanos sugerem meia-vida de eliminação do soro de três a quatro horas. Estudos em ratos e macacos também têm demonstrado que, após a administração intravenosa, a DNase é eliminada rapidamente do soro.
Os estudos em ratos indicaram que, após administração do aerossol, a meia-vida de eliminação da alfadornase dos pulmões é de 11 horas.
Em humanos, os níveis de DNase no escarro diminuíram abaixo da metade daqueles detectados imediatamente após a administração dentro de duas horas, mas os efeitos na reologia do escarro persistiram por mais de 12 horas.
Farmacocinética em populações especiais
Alfadornase foi avaliado em estudo aberto de duas semanas, em 98 pacientes com fibrose cística entre 3 meses a 9 anos de idade, sendo administrado diariamente na dose de 2,5 mg por inalação (65 com idade entre 3 meses e lt;5 anos, 33 com idade entre 5 a lt;10 anos). O lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado 90 minutos após a primeira dose. O nebulizador reutilizável PARI BABY (que usa uma máscara facial, em vez de dispositivo bucal) foi utilizado em pacientes incapazes de inalar ou exalar continuamente pela boca durante todo o período de tratamento (54/65, 83% dos pacientes mais jovens e 2/33, 6% dos pacientes mais velhos). As concentrações de DNase do LBA foram detectáveis em todos os pacientes, mas mostraram ampla faixa de variação, de 0,007 a 1,8 mcg/ml. Após uma média de 14 dias de exposição, as concentrações séricas de DNase (média±desvio padrão) aumentaram em 1,3±1,3 ng/ml para o grupo de pacientes de idade entre 3 meses e lt;5 anos e 0,8±1,2 ng/ml para o grupo de pacientes de idade entre 5 a lt;10 anos. A relação entre lavado broncoalveolar ou a concentração sérica de DNase e efeitos adversos ou resultados clínicos é desconhecida.
Não se dispõe de dados farmacológicos em animais muito jovens ou geriátricos.
Segurança pré-clínica
Carcinogenicidade
Está em andamento um estudo de dois anos sobre a toxicidade da inalação de alfadornase em ratos para avaliar o potencial oncogenético.
Mutagenicidade
Provas de Ames que utilizaram seis diferentes cepas de bactérias de teste (4 de S. typhimurium e 2 de E. coli) em concentrações de até 5.000 mcg/placa, um ensaio citogenético que utilizou linfócitos humanos de sangue periférico em concentrações de até 2.000 mcg/placa e um ensaio de linfoma de camundongos em concentrações de até 1.000 mcg/placa, com e sem ativação metabólica, não revelaram nenhuma evidência de potencial mutagênico. Alfadornase foi submetido a um ensaio de micronúcleo (in vivo) para aferir seu potencial para produzir danos cromossômicos em células de medula óssea de camundongos após uma dose intravenosa em bolo de 10 mg/kg, durante dois dias consecutivos. Não foi observada nenhuma evidência de dano cromossômico.
Teratogenicidade
Os estudos da alfadornase em coelhos e roedores não evidenciaram teratogenicidade.
Prejuízo da fertilidade
Em estudos conduzidos em ratos medicados com até 10 mg/kg/dia, dose que representa exposição sistêmica 600 vezes maior que a dose recomendada para seres humanos, a fertilidade e o desempenho reprodutivo, em animais de ambos os sexos, não foram afetados.
Estudos reprodutivos foram conduzidos em coelhos e ratos com doses de até 10 mg/kg/dia, dose que representa exposição sistêmica 600 vezes maior que a esperada após a dose recomendada para seres humanos. Esses estudos não revelaram nenhuma evidência de prejuízo sobre a fertilidade, dano ao feto ou de efeitos sobre o desenvolvimento atribuído a alfadornase. Contudo, não existem estudos adequados e bem controlados em gestantes. Como os estudos reprodutivos em animais nem sempre são preditivos da resposta em seres humanos, recomenda-se cautela quando este medicamento for prescrito a mulheres durante a gravidez.
Não há evidências de potencial oncogênico em estudo de administração por inalação em ratos durante dois anos.
Outros estudos
Em um estudo realizado em macacos cynomolgus fêmeas lactantes, recebendo doses elevadas de alfadornase por via intravenosa (100 mcg/kg em bolus seguidos de 80 mg/kg/hora durante seis horas), foram detectáveis baixas concentrações no leite materno (lt;0,1% das concentrações observadas no soro)de macacos cynomolgus fêmeas prenhes). Quando administrada em humanos, de acordo com as doses recomendadas, a absorção sistêmica de alfadornase é mínima; portanto, são esperadas concentrações de alfadornase não mensuráveis no leite humano.
Quando 2,5 mg de alfadornase foram administrados, por inalação, a 18 pacientes portadores de FC, foram obtidas concentrações médias no escarro de 3 mcg/mL de DNase após 15 minutos. As concentrações médias no escarro declinaram para cerca de 0,6 mcg/mL, em média, duas horas após a inalação. A inalação de até 10 mg de alfadornase, três vezes ao dia, por 4 pacientes portadores de FC, durante seis dias consecutivos, não resultou em elevação significativa das concentrações plasmáticas de DNase acima dos níveis endógenos normais. Após a administração de até 2,5 mg de alfadornase, duas vezes ao dia, durante seis meses, em 321 pacientes portadores de FC, não foi observada acumulação de DNase no plasma.
Em um estudo de toxicidade por inalação, para o TRI de quatro semanas, em ratos jovens, iniciado 22 dias pós-parto com doses de 0, 51, 102 e 260 mcg/kg/dia, a alfadornase mostrou-se bem tolerada, e não foram encontradas lesões no trato respiratório.
Cuidados de Armazenamento do Pulmozyme
Você deve guardar Pulmozyme sob refrigeração, em temperatura entre (2°C e 8ºC) e protegido contra luz intensa.
Se você for transportar Pulmozyme, esse deve ser mantido sob refrigeração e não deve ser exposto à temperatura ambiente por período superior a 24 horas.
As ampolas não utilizadas devem ser guardadas em seus compartimentos metálicos, sob refrigeração.
Cuidados de conservação depois de aberto: uma vez aberta, a ampola deve ser totalmente utilizada ou descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Característica física
Pulmozyme contém uma solução estéril, límpida, incolor a levemente amarelada. Se observar um aspecto turvo ou coloração alterada do medicamento, você não deve utilizá-lo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Pulmozyme
MS – 1.0100.0532
Farm. Resp.:
Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ nº 6942
Fabricado para:
F.Hoffmann-La Roche Ltd., Basileia, Suíça
Fabricado por:
Genentech Inc., São Francisco, EUA
Embalado por:
F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst, Suíça
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020
CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Serviço Gratuito de Informações – 0800 7720 289
www.roche.com.br
Venda sob prescrição médica.