Bula do Rebif
Rebif (betainterferona-1a recombinante) é indicado para o tratamento da esclerose múltipla caracterizada pela presença de surtos, e demonstrou reduzir o número e gravidade destes, assim como a estabilização da progressão da doença.
A indicação de Rebif e sua respectiva dosagem é de exclusiva definição do médico e deve ser precedida de um diagnóstico preciso sobre o estágio da doença, de exames laboratoriais, de ressonância magnética por imagem e de outros parâmetros de diagnóstico de conhecimento do médico especialista que acompanha o tratamento do paciente.
Evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla (uso adulto)
Rebif 44 µg também está indicado para uso em pacientes que tenham tido um único evento clínico, o qual provavelmente é o primeiro sinal de esclerose múltipla.
Como o Rebif funciona?
Rebif (betainterferona-1a recombinante) pertence a uma classe de medicamentos chamada “interferonas”. São substâncias naturais que transmitem mensagens para as células. As interferonas são produzidas pelo organismo e desempenham um papel essencial na regulação do sistema imunológico. Por meio de mecanismo ainda não completamente conhecido, as interferonas atuam limitando o dano ao sistema nervoso central associado à esclerose múltipla.
A betainterferona-1a recombinante é uma proteína solúvel altamente purificada, produzida por recombinação genética em células de mamíferos, similar à betainterferona produzida pelo corpo humano.
Contraindicação do Rebif
Rebif não deve ser utilizado:
- Se você tiver conhecida hipersensibilidade (alergia) à betainterferona-1a recombinante ou natural, ou a qualquer outro componente desta formulação;
- Se estiver gravemente deprimido;
- Se estiver grávida.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Como usar o Rebif
Utilize Rebif sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Esclerose múltipla recidivante-remitente (uso adulto e pediátrico acima de 12 anos)
Rebif é utilizado por via subcutânea (sob a pele). A posologia recomendada de Rebif para adultos e adolescentes acima de 16 anos é de 44 microgramas (12 milhões de UI) três vezes por semana. Uma dose menor de 22 microgramas (6 milhões de UI), três vezes por semana, é recomendada para:
- Pacientes que não toleram uma dose mais alta.
- Adolescentes a partir de 12 anos.
Se possível, Rebif deve ser administrado:
- Nos mesmos três dias de cada semana (com intervalo mínimo de 48 horas, por exemplo, segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira).
- No mesmo horário (de preferência à noite), Início do tratamento.
Início do tratamento
Quando tratamento com Rebif for iniciado, a dose deve ser aumentada gradualmente, para reduzir reações adversas. Recomenda-se a administração de:
- 8,8 microgramas três vezes por semana durante as primeiras duas semanas de tratamento, o que corresponde a 0,1 mL da seringa com 44 microgramas ou 0,2 mL da seringa com 22 microgramas. Para administrar 0,1 mL utilizando a seringa com 44 microgramas, empurre o êmbolo até a marca de 0,1 mL, desprezando o líquido. O volume restante na seringa equivale à dose a ser administrada.
- 22 microgramas três vezes por semana durante a terceira e quarta semana de tratamento, o que corresponde a 0,25 mL da seringa com 44 microgramas ou o volume total da seringa com 22 microgramas. Para administrar 0,25 mL utilizando a seringa com 44 microgramas, empurre o êmbolo até a marca de 0,25 mL, desprezando o líquido. O volume restante na seringa equivale à dose a ser administrada.
- 44 microgramas três vezes por semana a partir da 5ª semana em diante, o que corresponde ao volume total da seringa com 44 microgramas.
Para maior comodidade do paciente, a dose pode ser aumentada gradualmente, utilizando o acessório Rebiclip, conforme demonstrado na tabela abaixo:
Evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla (uso adulto)
Pacientes que tiveram um único evento clínico: A dose habitual é de 44 microgramas (12 milhões de UI), administrada três vezes por semana.
A dose deve ser aumentada gradualmente, para reduzir reações adversas. Recomenda-se a administração de:
- 8,8 microgramas três vezes por semana durante as primeiras duas semanas de tratamento, o que corresponde a 0,1 mL da seringa com 44 microgramas ou 0,2 mL da seringa de 22 microgramas.
- 22 microgramas três vezes por semana durante a terceira e quarta semana de tratamento, o que corresponde a 0,25 mL da seringa com 44 microgramas ou o volume total da seringa com 22 microgramas.
- 44 microgramas três vezes por semana a partir da 5ª semana em diante, o que corresponde ao volume total da seringa com 44 microgramas.
Para maior comodidade do paciente, a dose pode ser aumentada gradualmente, utilizando o acessório Rebiclip, conforme demonstrado na tabela abaixo:
Rebif deve ser administrado por meio de injeção subcutânea (sob a pele).
A formulação líquida em seringas preeenchidas prontas para uso não necessita de preparação. Elas são graduadas para facilitar o início do tratamento. As seringas preeenchidas prontas para uso contém 22 µg ou 44 µg de Rebif e estão preparadas unicamente para utilização subcutânea.
A primeira injeção deve ser administrada por um profissional de saúde qualificado. O paciente pode realizar a autoaplicação quando for devidamente treinado para tal. O medicamento também pode ser administrado com autoaplicador específico.
Rebif não pode ser misturado com outros medicamentos na mesma seringa. Se você esquecer-se de uma dose, não administre uma dose em dobro para compensar a dose esquecida. Continue a administração a partir do dia da dose seguinte. A duração do tratamento deve ser estabelecida pelo seu médico.
A seringa preenchida e o clipe de titulação são de uso único e não devem ser reutilizados. Após a injeção, descarte a seringa utilizada com o clipe anexado em local apropriado.
Manual de autoaplicação
Preparação para a injeção:
- Lave as mãos. É importante que suas mãos e os materiais a serem utilizados estejam tão limpos quanto possível. As agulhas não devem tocar qualquer superfície; mantenha a seringa encapada antes do uso. Assegure-se que você está usando uma nova seringa preenchida cada vez que for fazer a aplicação a fim de evitar contaminação. Em nenhuma circunstância divida a dose de Rebif em seringas preenchidas. Descarte todo o material usado imediatamente após aplicada a injeção; jogue fora a seringa vazia em local apropriado.
- Junte todo o material que você precisa. Encontre uma superfície limpa e coloque todo o material a ser utilizado (lenços umedecidos em álcool, gaze e a seringa preenchida). A aplicação pode ser feita em qualquer local que você achar confortável. Se o local for a cozinha, certifique-se de que todo o material esteja afastado de alimentos.
Autoadministração subcutânea (sob a pele):
- Escolha o local para a aplicação da injeção. Seu médico dará orientação sobre os possíveis locais para injeção (veja sugestão de locais de aplicação abaixo). Segure a seringa como um lápis ou um dardo. Utilize um local diferente a cada dia que aplicar a injeção. NOTA: Não utilize áreas em que você sinta rigidez, saliência ou dor; converse com seu médico sobre qualquer problema que encontrar.
- Utilize um lenço umedecido em álcool para limpar a pele no local da injeção. Deixe a pele secar (se deixar um pouco de álcool sobre a pele, pode sentir ardor). Jogue fora o lenço umedecido em álcool que foi utilizado.
- Aperte levemente a pele em volta do local da injeção (para levantá-la um pouco). Apóie seu punho sobre a pele, próximo do local, introduza a agulha direto na pele em um ângulo de 90º com movimento rápido e firme.
- Injete o medicamento lentamente, com movimento firme (empurre o êmbolo completamente até que a seringa fique vazia).
- Coloque uma gaze seca no local da injeção. Remova a agulha da pele.
- Massageie cuidadosamente o local da injeção com uma gaze seca.
- Descarte todo o material usado. Imediatamente após aplicada a injeção, jogue fora a seringa em local apropriado.
Sugestão de 30 locais para aplicação
Braços (1, 2, 3, 4, 17, 18, 19, 20):
Região posterior e lateral do braço, manter distância de 4 dedos abaixo do ombro e 4 dedos acima do cotovelo.
Coxas (11, 12, 13, 14, 15, 16, 27, 28, 29, 30):
Região anterior e lateral da coxa, manter distância de 4 dedos abaixo da virilha e 4 dedos acima do joelho.
Abdome (5, 6, 7, 8, 9, 10):
Região anterior de lateral do abdome, manter distância de 3 dedos ao redor do umbigo e na altura da cintura.
Nádegas (23, 24, 25, 26):
Região superior lateral externa das nádegas.
Costas (21, 22):
Região logo acima da cintura (recomendável auxílio de uma pessoa para aplicação).
OBS: Para facilitar a autoaplicação, você pode utilizar um autoaplicador. Para obter informações, entre em contato com o PAP Merck Serono (0800-8881414).
Se parar de utilizar Rebif
Os efeitos de Rebif podem não ser notados imediatamente. Deste modo, deve-se manter a administração regular de Rebif até se atingir o efeito desejado. Consulte o seu médico caso não tenha certeza dos benefícios do tratamento. Você não deve interromper o tratamento sem falar antes com seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Rebif?
Se você esquecer-se de uma dose de Rebif, continue a cumprir com a posologia a partir do dia da próxima dose. Não tome uma dose em dobro para compensar uma dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Precauções do Rebif
Rebif só deve ser utilizado sob a supervisão do seu médico. Antes de iniciar o tratamento com Rebif. No caso de sentir reações locais incômodas, contate o seu médico. Antes de utilizar Rebif , fale com seu médico se sofrer de alergia (hipersensibilidade) a quaisquer outros medicamentos.
Informe seu médico no caso de sofrer de uma doença de
- Medula óssea;
- Rim;
- Fígado;
- Coração;
- Tiroide;
- Se já sofreu de depressão;
- Se já tiver tido crises epiléticas para que ele/ela possa acompanhar cuidadosamente seu tratamento ou qualquer agravamento dessas situações.
Foram relatados casos de microangiopatia trombótica, que se manifesta como púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) ou síndrome hemolítico-urêmica (SHU), incluindo episódios fatais. Os eventos foram relatados em vários momentos durante o tratamento e podem ocorrer após muitos anos de terapia com Rebif . É recomendado o monitoramento dos primeiros sintomas, como por exemplo, novo início de hipertensão, insuficiência renal e trombocitopenia. Faz-se necessário tratamento imediato da PTT/SHU e recomenda-se a descontinuação do tratamento com Rebif.
Reações Adversas do Rebif
Como os demais medicamentos, Rebif pode provocar efeitos colaterais, porém estes efeitos não se manifestam em todas as pessoas.
Contate seu médico imediatamente e suspenda o uso de Rebif se você sentir qualquer um dos efeitos colaterais apresentados a seguir:
Reações alérgicas (hipersensibilidade) graves. Se, imediatamente após a administração de Rebif, sentir uma súbita dificuldade em respirar – que pode surgir associada a, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, urticária, coceira pelo corpo todo e uma sensação de fraqueza ou desmaio – contate com urgência o seu médico. Estas reações são raras (podem afetar até 1 em cada 1.000 pacientes).
Informe seu médico imediatamente caso ocorra algum dos possíveis sintomas de distúrbios hepáticos: icterícia (amarelamento da pele ou dos brancos dos olhos), prurido generalizado, perda de apetite acompanhada de náuseas e vômitos e facilidade de aparecimento de hematomas na pele. Distúrbios graves do fígado podem estar associados a sinais adicionais, como por exemplo dificuldade de concentração, sonolência e confusão.
Depressão é comum em pacientes tratados com esclerose múltipla (pode afetar até 1 em cada 10 pacientes). Caso você se sinta muito deprimido ou tenha pensamentos suicidas, entre imediatamente em contato com o seu médico.
Caso perceba efeitos secundários não mencionados, informe o seu médico.
As reações adversas relatadas a seguir encontram-se classificadas de acordo com a frequência de ocorrência, conforme se segue:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Frequência não conhecida: a frequência não pode ser estimada pelos dados disponíveis.
Sintomas semelhantes aos da gripe, tais como dor de cabeça, febre, calafrio, dores musculares e nas articulações, fadiga e náuseas são muito comuns. Estes sintomas são geralmente leves, mais comuns no início do tratamento e diminuem com a continuação da administração. Para ajudar a reduzir estes sintomas, seu médico pode receitar um medicamento analgésico e antitérmico antes da aplicação de Rebif e 24h após cada aplicação.
São muito comuns as reações no local da injeção, incluindo vermelhidão, inchaço, descoloração, inflamação, dor e lesão da pele. Geralmente a ocorrência de reações no local da injeção diminui ao longo do tempo. Destruição dos tecidos (necrose), abscesso e massa no local da injeção são incomuns. Caso o local da injeção se torne infectado (reação incomum), a pele pode ficar inchada e rígida e toda a área pode ficar dolorida. Se você apresentar algum destes sintomas, contate o seu médico.
Alguns testes laboratoriais podem sofrer alterações (muito comum). Estas alterações não são geralmente percebidas pelo paciente (ausência de sintomas), são geralmente leves e reversíveis e, na maior parte dos casos, sem necessidade de tratamento especial.
O número de glóbulos vermelhos e brancos do sangue, ou de plaquetas, pode diminuir. Os possíveis sintomas resultantes dessas alterações podem incluir cansaço, capacidade reduzida de combate a infecções, hematomas ou sangramento inexplicado. Os testes da função hepática podem estar alterados. Também foi relatada inflamação do fígado (frequência não conhecida). Caso você tenha sintomas sugestivos de alteração do fígado, como perda de apetite acompanhada por outros sintomas (ex: náuseas, vômitos, icterícia), contate imediatamente o seu médico.
Disfunção tireoidiana é incomum. A glândula tireoide pode funcionar tanto em excesso quanto insuficientemente. Quase sempre, estas alterações na atividade da tiroide não são percebidas pelo paciente como sintomas. No entanto, o seu médico pode recomendar a realização de exames, se necessário.
Pseudo-surto de esclerose múltipla (frequência não conhecida): Existe a possibilidade de desenvolvimento de sintomas semelhantes aos de um surto de esclerose múltipla no início do tratamento com Rebif. Por exemplo, seus músculos podem ficar muito tensos ou muito fracos, impedindo-o de se movimentar como deseja. Em alguns casos, estes sintomas estão associados à febre ou sintomas semelhantes aos da gripe, descritos anteriormente. Caso sinta algum destes efeitos secundários, fale com o seu médico.
Outros possíveis efeitos colaterais são:
Muito comuns:
- Dor de cabeça.
Comuns:
- Insônia;
- Diarreia, náuseas, vômitos;
- Coceira e erupção cutânea;
- Dores musculares ou nas articulações;
- Fadiga, febre e calafrios;
- Perda de cabelo.
Incomuns:
- Urticária;
- Crises epiléticas;
- Inflamação do fígado (hepatite);
- Dificuldade respiratória;
- Coágulos sanguíneos, tais como trombose venosa profunda;
- Alterações da retina, tais como inflamação ou coágulos sanguineos, com consequentes problemas de visão (distúrbios e perda de visão);
- Aumento da sudorese.
Raros:
- Tentativa de suicídio;
- Reações cutâneas graves, algumas com lesão na mucosa;
- Microangiopatia trombótica, incluindo púrpura trombocitopênica trombótica / síndrome hemolítico-urêmica (distúrbio que pode apresentar pequenos coágulos sanguíneos, aumento de hematomas, sangramentos, diminuição do nível das plaquetas, anemia, cansaço extremo e distúrbios renais), pancitopenia, que é uma diminuição global dos elementos sanguíneos (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas);
- Lúpus eritematoso induzido por medicamentos: um efeito secundário da utilização a longo prazo de Rebif. Os sintomas podem incluir dores musculares, dores e inchaço nas articulações e erupções na pele. Também poderão ocorrer outros sinais como febre, perda de peso e fadiga. Geralmente os sintomas desaparecem num período de uma a duas semanas após interrupção do tratamento.
Os efeitos colaterais apresentados a seguir foram relatados com o uso de betainterferona (frequência não conhecida):
- Tontura;
- Nervosismo;
- Perda de apetite;
- Dilatação dos vasos sanguíneos e palpitações;
- Irregularidades ou alterações no ciclo menstrual.
Caso ocorram reações adversas graves ou persistentes, a dose de Rebif pode ser temporariamente reduzida ou o tratamento interrompido, a critério do médico.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
População Especial do Rebif
Crianças e adolescentes
É limitada a experiência com o uso de betainterferona-1a em crianças menores de 12 anos de idade portadoras de esclerose múltipla. Assim, Rebif não deve ser utilizado em crianças com menos de 12 anos.
Gravidez e amamentação
O tratamento com Rebif não deve ser iniciado se você estiver grávida. Durante o emprego de Rebif você deve utilizar métodos anticoncepcionais apropriados caso esteja em idade fértil. Se você engravidar ou planeja engravidar durante o uso de Rebif , informe seu médico imediatamente. Se você está amamentando, informe seu médico antes de utilizar Rebif. O uso de Rebif não é recomendado durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Direção de veículos e utilização de máquinas
Os efeitos da própria doença ou do seu tratamento podem influenciar a capacidade de dirigir ou de utilizar máquinas. Consulte seu médico se sentir diminuição dessa capacidade.
Informação importante sobre alguns componentes de Rebif
Este medicamento contém 2,5 mg de álcool benzílico por dose de 0,5 ml. Não pode ser administrado a bebês prematuros ou recém-nascidos, pois pode provocar reações alérgicas em bebês e crianças até três anos de idade.
Composição do Rebif
Cada seringa preenchida pronta para uso com 0,5 mL contém:
Rebif 22 ?g (6 MUI) | Rebif 44 ?g (12 MUI) | |
Betainterferona-1a recombinante | 22 µg | 44 µg |
Excipientes:
álcool benzílico, manitol, metionina, poloxamer 188, tampão acetato de sódio 0,01 M pH 4,2.
Superdosagem do Rebif
Em caso de dose excessiva, os pacientes devem ser hospitalizados para observação e tratamento de suporte apropriado.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Rebif
Não foram efetuados estudos de interações medicamentosas com Betainterferona 1A (substância ativa) em seres humanos.
Tem sido relatado que as interferonas podem reduzir em seres humanos e animais a atividade das enzimas dependentes do citocromo P450. É necessário cautela ao se administrar Betainterferona 1A (substância ativa) em combinação com medicamentos que têm índice terapêutico estreito e que sejam em grande parte dependente do sistema hepático citocromo P450 de depuração, por exemplo, antiepilépticos e algumas classes de antidepressivos.
A interação do Betainterferona 1A (substância ativa) com corticosteroides ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) não foi estudada sistematicamente. Estudos clínicos indicam que pacientes com esclerose múltipla podem receber Betainterferona 1A (substância ativa) e corticosteroides ou ACTH durante os surtos.
Ação da Substância Rebif
Resultados de eficácia
Esclerose múltipla recidivante-remitente
O estudo PRISMS demonstrou que pacientes com esclerose múltipla recidivante apresentaram maior benefício, por meio de avaliação clínica e de ressonância magnética por imagem (RMI), com o uso de 44 µg (3 x semana), em comparação com a menor dose de 22 µg (3 x semana). Os dados de quatro anos também demonstraram que a progressão da incapacidade, surtos e atividade na RMI foram insignificantes nos pacientes que receberam Betainterferona 1A (substância ativa) 44 µg (3 x semana) durante o estudo e maiores no grupo que recebeu placebo durante 1-2 anos, seguido de Betainterferona 1A (substância ativa) 22 µg (3 x semana) nos anos 3-4 (The PRISMS Study Group amp; the University of Britsh Columbia MS/MRI Analysis Group, 2001).
Ocorreu uma potencial perda dos benefícios do tratamento com Betainterferona 1A (substância ativa) devido à demora do início do tratamento ou por perda de cursos de tratamento tempo-dose dependentes não ótimos, que não puderam ser posteriormente recuperados. Além disso, como o processo dadoença evoluiu, diminuiu a extensão dos benefícios que poderiam ser obtidos com a Betainterferona 1A (substância ativa). Em estudos clínicos realizados com pacientes portadores de esclerose múltipla secundária progressiva com surtos, foi demonstrado que o tratamento com Betainterferona 1A (substância ativa) trouxe um benefício significativo relacionado à exacerbação. Nenhum efeito significativo pôde ser demonstrado em pacientes com EM secundária progressiva mais avançada (sem surtos).
A segurança e eficácia do Betainterferona 1A (substância ativa) têm sido avaliadas em pacientes com esclerose múltipla recidivanteremitente com doses variando entre 11 e 44 microgramas (3-12 MUI), administradas por via subcutânea três vezes por semana. Com a posologia autorizada, Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas demonstrou diminuir a incidência (cerca de 30% ao fim de 2 anos) e a gravidade dos surtos clínicos. A proporção de pacientes com progressão da incapacidade, conforme definida por pelo menos o aumento de um ponto na EDSS, confirmada após três meses, sofreu uma redução de 39% (placebo) para 27% (Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas).
Ao fim de 4 anos, a redução da taxa média de exacerbações foi de 22% no grupo de pacientes tratados com Betainterferona 1A (substância ativa) 22 microgramas e de 29% no grupo de pacientes tratados com Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas, em comparação com um grupo de pacientes tratados com placebo durante 2 anos e com Betainterferona 1A (substância ativa) 22 ou 44 durante os 2 anos seguintes.
Esclerose múltipla secundária progressiva
Num estudo de três anos em pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva (EDSS 3-6.5), Betainterferona 1A (substância ativa) não apresentou um efeito significativo na progressão da incapacidade, mas reduziu a taxa de surtos em aproximadamente 30%.
Se a população de pacientes for dividida em 2 subgrupos (os que apresentaram surtos no período precedente de 2 anos à inclusão no estudo e os que não apresentaram), não se observa qualquer efeito na incapacidade dos pacientes sem surtos, mas nos pacientes com surtos a proporção de progressão da incapacidade no fim do estudo apresentou uma redução de 70% (placebo) para 57% (Betainterferona 1A (substância ativa) 22 microgramas combinado com Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas). Os resultados obtidos posteriormente neste subgrupo deverão ser interpretados com precaução.
Evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla
Um ensaio clínico controlado com Betainterferona 1A (substância ativa) com duração de dois anos foi realizado em pacientes com um único evento clínico sugestivo de desmielinização causada por esclerose múltipla. Os pacientes incluídos no estudo tinham pelo menos duas lesões clinicamente silenciosas na imagem por ressonância magnética ponderada em T2, com um tamanho de pelo menos 3 mm, em que pelo menos uma foi ovoide, periventricular ou infratentorial. Qualquer outra doença diferente da esclerose múltipla que pudesse explicar melhor os sinais e sintomas do paciente tinha de ser excluída.
Os pacientes foram selecionados aleatoriamente em duplo-cego em grupos recebendo Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas administrado três vezes por semana, Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas administrado uma vez por semana ou placebo. Se ocorresse um segundo evento clínico desmielinizante confirmando a esclerose múltipla definida, os pacientes mudavam para a posologia recomendada de Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas administrado três vezes por semana numa concepção aberta, mantendo-se simultaneamente a ocultação relativamente à seleção aleatória inicial.
A média de idade foi de 29 anos, variando de 17 a 51 anos. Os resultados da eficácia de Betainterferona 1A (substância ativa) 44 microgramas administrado três vezes por semana comparativamente com placebo obtidos neste estudo são os seguintes:
*3x/s – Três vezes por semana.
Até o momento não existe uma definição bem estabelecida de paciente em alto risco, embora a abordagem mais conservadora seja a de aceitar pelo menos nove lesões hiperintensas em T2 na RMN inicial e pelo menos uma nova lesão em T2, ou uma nova lesão intensificada com Gd numa RMN de seguimento efetuada pelo menos um mês após a RMN inicial. Em qualquer dos casos, o tratamento só deve ser considerado em pacientes classificados como de alto risco.
Uso em idosos
Não existem dados disponíveis relativos ao uso do Betainterferona 1A (substância ativa) em pacientes idosos para o tratamento de evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla.
Esclerose múltipla primária progressiva
Betainterferona 1A (substância ativa) não foi ainda investigado em pacientes com esclerose múltipla primária progressiva, não devendo ser utilizado nestes pacientes.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
As interferonas são um grupo de glicoproteínas endógenas com propriedades imunomoduladoras, antivirais e antiproliferativas. Betainterferona 1A (substância ativa) partilha a mesma sequência de aminoácidos com a Betainterferona 1A (substância ativa) humana endógena. É produzido em células de mamífero (ovário de hamster chinês), sendo, portanto, glicosilado como a proteína natural. O mecanismo de ação preciso do Betainterferona 1A (substância ativa) na escl rose múltipla continua ainda em estudo.
Independentemente da via de administração, alterações farmacodinâmicas pronunciadas estão associadas com a administração de Betainterferona 1A (substância ativa). Após uma dose única, a atividade intracelular e sérica da 2’5’OAS sintetase e as concentrações séricas de beta-2 microglobulina e de neopterina aumentam dentro de 24 horas, e começam a diminuir em 2 dias. As administrações por via intramuscular e subcutânea produzem respostas totalmente sobreponíveis.
Marcadores de resposta biológica (por exemplo, 2′,5′-OAS atividade, neopterina e beta-2 microglobulina) são induzidos pela Betainterferona 1A (substância ativa) após doses subcutâneas administradas a voluntários sadios e a pacientes com esclerose múltipla. Os tempos para as concentrações de pico após uma única injeção subcutânea foram de 24 a 48 horas para neopterina, beta-2 microglobulina e 2’5’OAS, 12 horas para MX1 e 24 horas para a expressão dos genes OAS1 e OAS2. Foram observados picos de altura e tempo semelhantes para a maioria destes marcadores após a primeira e a sexta administrações. A administração de Betainterferona 1A (substância ativa) 22 microgramas três vezes por semana inibiu a liberação de citocinas pró-inflamatórias (IFN-?, IL-1, IL-6, TNF-? e TNF-?) induzida por mitogênio por células mononucleares de sangue periférico que, em média, foi perto de duas vezes aquela observada com Betainterferona 1A (substância ativa) 22 ou 66 microgramas administrado uma vez por semana.
São desconhecidas as relações entre os níveis séricos de Betainterferona 1A (substância ativa) e as atividades farmacodinâmicas mensuráveis para o(s) mecanismo(s) pelo(s) qual(is) a Betainterferona 1A (substância ativa) exerce seus efeitos sobre a esclerose múltipla. Não foram observados efeitos relacionados com o sexo nos parâmetros farmacodinâmicos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após a administração intravenosa em voluntários sadios, a Betainterferona 1A (substância ativa) demonstra um declínio multiexponencial marcado, com níveis séricos proporcionais à dose. A meia-vida inicial é da ordem de minutos e a meia-vida terminal de várias horas. Quando administrado por via subcutânea ou intramuscular, os níveis séricos da Betainterferona 1A (substância ativa) permanecem baixos, mas são ainda mensuráveis até 12 a 24 horas após a administração. As administrações por via subcutânea ou intramuscular de Betainterferona 1A (substância ativa) produzem uma exposição equivalente à Betainterferona 1A (substância ativa).
Distribuição
Concentrações máximas foram observadas 3-8 horas após injeções subcutâneas repetidas de Betainterferona 1A (substância ativa) em doses de 22 e 44 microgramas.
Eliminação
Após doses subcutâneas repetidas em voluntários sadios, os principais parâmetros farmacocinéticos (AUCtau e Cmax) aumentaram proporcionalmente ao aumento da dose de 22 microgramas para 44 microgramas. A meia-vida aparente é estimada em 50 a 60 horas, o que está em consonância com a acumulação observada após administração de doses múltiplas.
Metabolismo
A Betainterferona 1A (substância ativa) é metabolizada e excretada principalmente pelo fígado e pelos rins.
Não foram observados efeitos relacionados com o sexo nos parâmetros farmacocinéticos. Não foi estabelecida a farmacocinética de Betainterferona 1A (substância ativa) em pacientes pediátricos e geriátricos ou em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Dados pré-clínicos
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e genotoxicidade.
Betainterferona 1A (substância ativa) não foi avaliado com relação à carcinogenicidade. Um estudo de toxicidade embriofetal em macacos demonstrou não haver evidência de alterações reprodutivas. Com base em observações com outras interferonas alfa e beta, não pode ser excluído um risco aumentado de aborto. Não existe informação disponível sobre os efeitos do interferona beta-1a na fertilidade masculina.
Cuidados de Armazenamento do Rebif
Rebif deve ser armazenado sob refrigeração entre 2 e 8°C (geladeira). Não congelar. Para evitar um congelamento acidental, evite colocar a embalagem perto do compartimento do congelador. Guardar na embalagem original para proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido Guarde-o em sua embalagem original.
Não utilizar o medicamento caso detecte qualquer sinal visível de alteração, como se a solução não estiver límpida e/ou contenha partículas.
A seringa preenchida e o clipe de titulação são de uso único e não devem ser reutilizados. Após a injeção, descarte a seringa utilizada com o clipe anexado em local apropriado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Rebif
Venda sob prescrição médica.
MS 1.0089.0351
Farmacêutico Responsável:
Alexandre Canellas de Souza CRF-RJ nº 23277
Fabricado por:
Merck Serono S.p.A.
Bari – Itália
ou
Merck Serono S.A.
Aubonne – Suíça
Embalado por:
Ares Trading Uruguay S.A.
Montevidéu – Uruguai
ou
Merck S.A. – Rio de Janeiro – Brasil
Importado por:
Merck S.A. CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro – RJ CEP 22710-571
Indústria Brasileira