Bula do Repogen Ciclo
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Contraindicação do Repogen Ciclo
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é contraindicado nas seguintes condições:
Presença ou histórico de tromboflebite, distúrbios tromboembólicos e cerebrovasculares. Insuficiência hepática grave. Presença ou suspeita de doença maligna de órgãos genitais. Sangramento vaginal de causa não diagnosticada Hipersensibilidade conhecida à medroxiprogesterona, ou a qualquer componente da fórmula.
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) está contraindicado na presença ou suspeita de doença maligna de mama.
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é um medicamento classificado na categoria X de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento é contraindicado para uso em mulheres grávidas.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Como usar o Repogen Ciclo
O uso combinado de estrogênio/progesterona no tratamento de mulheres na pós-menopausa deve se limitar à menor dose eficaz e na menor duração consistente com as metas do tratamento e os riscos individuais para cada paciente e deve ser periodicamente avaliado.
São recomendadas avaliações periódicas com frequência e natureza adaptadas para cada paciente.
Não é recomendado administrar progesterona a uma paciente sem o útero intacto, a menos que haja um diagnóstico prévio de endometriose.
Tratamento de amenorreia secundária
Recomenda-se a administração de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) por 5 a 10 dias, por 3 ciclos consecutivos. Em pacientes com hipotrofia do endométrio, estrógenos devem ser utilizados concomitantemente à terapia com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
Sangramento uterino disfuncional devido ao desequilíbrio hormonal, na ausência de patologias orgânicas
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) pode ser administrado por 5 a 10 dias, por 2 a 3 ciclos e então a terapia deve ser descontinuada para se verificar se o sangramento regrediu. Se o sangramento provém de um endométrio pouco proliferativo, estrógenos devem ser utilizados concomitantemente à terapia com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
Terapia hormonal em oposição aos efeitos endometriais do estrogênio em mulheres na menopausa não histerectomizadas, como complemento à terapia estrogênica
Para mulheres recebendo 0,625 mg de estrógenos conjugados ou dose equivalente diárias de qualquer outro estrógeno.
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) pode ser administrado de acordo com o seguinte esquema posológico:
Administração sequencial: administrar doses diárias Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) por 10 a 14 dias consecutivos, a cada 28 dias ou a cada ciclo mensal.
Uso em pacientes com Insuficiência Hepática
Não foram realizados estudos clínicos para avaliar o efeito farmacocinético de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em pacientes com doença hepática. Contudo, Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é quase exclusivamente eliminado pelo metabolismo hepático e os hormônios esteroides podem ser pouco metabolizados em pacientes com insuficiência hepática severa.
Uso em pacientes com Insuficiência Renal
Não foram realizados estudos clínicos para avaliar o efeito farmacocinético de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em pacientes com doença renal. Contudo, sendo que Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é quase exclusivamente eliminado pelo metabolismo hepático, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.
Dose Omitida
Caso a paciente se esqueça de tomar Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, a paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Precauções do Repogen Ciclo
Geral
No caso de perdas sanguíneas vaginais inesperadas durante o tratamento com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), aconselha-se investigação diagnóstica.
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) pode causar algum grau de retenção hídrica, portanto, deve-se ter cautela ao tratar pacientes com condições médicas pré-existentes que possam ser agravadas pelo acúmulo de líquidos.
Pacientes com história de tratamento para depressão devem ser monitoradas cuidadosamente durante o tratamento com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
Algumas pacientes recebendo Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) podem apresentar uma diminuição na tolerância à glicose. Portanto, pacientes diabéticas devem ser cuidadosamente observadas durante terapia com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
Medicamentos contendo estrógenos e progestágenos podem interferir nos resultados de alguns exames laboratoriais. Havendo necessidade de exame histológico endometrial ou endocervical, o patologista (ou laboratório) deve ser informado de que a paciente está sob tratamento com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
O médico/laboratório deve ser informado de que o uso de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) pode diminuir os níveis dos seguintes biomarcadores endócrinos:
- Esteroides plasmáticos/urinários (por ex., cortisol, estrogênio, pregnanodiol, progesterona, testosterona);
- Gonadotrofinas plasmáticas/urinárias [por ex. hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículoestimulante (FSH)];
- Globulina ligada a hormônios sexuais;
Se ocorrer perda completa ou parcial súbita da visão ou no caso de instalação súbita de proptose, diplopia ou enxaqueca, a medicação não deve ser administrada novamente até realização de exame. Se o exame revelar papiledema ou lesões vasculares retinianas, a medicação não deve ser administrada novamente.
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não apresentou associação causal com a indução de distúrbios trombóticos ou tromboembólicos, entretanto, Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não é recomendado para pacientes com histórico de tromboembolismo venoso (TEV). É recomendada a descontinuação de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em pacientes que desenvolvem TEV durante a terapia com o mesmo.
Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Terapia hormonal em oposição aos efeitos endometriais do estrogênio em mulheres na menopausa não histerectomizadas, como complemento à terapia estrogênica:
Tratamento de mulheres na menopausa (Tratamento Hormonal)
Outras doses orais de estrogênios conjugados com Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) e outras associações e formas farmacêuticas de tratamento hormonal não foram estudados no estudo Women’s Health Initiative (WHI) e, na ausência de dados comparáveis, esses riscos deveriam ser considerados similares.
Câncer de Mama
Foi relatado aumento no risco de câncer de mama com o uso oral de estrogênio/progesterona associados por mulheres na pós-menopausa. Resultados de um estudo placebo-controlado randomizado, o estudo WHI, e estudos epidemiológicos demonstraram um risco aumentado de câncer de mama em mulheres em tratamento com estrogênio/progesterona associados para tratamento hormonal por vários anos. No estudo WHI, estrogênio equino conjugado mais Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) e em estudos observacionais, o risco excessivo aumentou com a duração do uso. Foi relatado aumento de mamografias anormais exigindo mais avaliações com o uso de estrogênio mais progesterona.
Distúrbios Cardiovasculares
Estrogênios com ou sem progesterona não devem ser usados para a prevenção de doenças cardiovasculares. Vários estudos prospectivos randomizados sobre os efeitos em longo prazo de um esquema combinado de estrogênio/progesterona em mulheres na pós-menopausa relataram um risco aumentado de doenças cardiovasculares tais como: infarto do miocárdio, doença coronariana, acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso.
Doença Arterial Coronariana
Não há evidência de estudos controlados randomizados de benefícios cardiovasculares com a associação contínua de estrogênios conjugados e Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa). Dois grandes estudos clínicos (WHI estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) e HERS), mostraram um possível aumento do risco de morbidade cardiovascular no primeiro ano de uso e nenhum benefício total.
No estudo WHI, estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), risco aumentado de eventos coronarianos (definido como infarto do miocárdio não fatal e doença coronariana fatal) foi observado em mulheres recebendo estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) comparado a mulheres recebendo placebo (37 vs. 30 por 10.000 pessoas/ano). O aumento no risco de tromboembolismo venoso foi observado no 1º ano e persistiu no período de observação.
Acidente Vascular Cerebral
No estudo WHI, utilizando-se tratamento com estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), foi observado risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres recebendo estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) comparado a mulheres recebendo placebo (29 vs. 21 por 10.000 pessoas/ano). O aumento do risco foi observado no 1º ano e persistiu durante o período de observação.
Tromboembolismo venoso/Embolia pulmonar
O tratamento hormonal está associado a um risco relativamente maior de desenvolver tromboembolismo venoso, por exemplo, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. No estudo WHI estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), foi observada uma frequência 2 vezes maior de tromboembolismo venoso, incluindo trombose venosa profunda e embolia pulmonar em mulheres recebendo estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) comparado a mulheres recebendo placebo. O aumento no risco foi observado no 1º ano e persistiu durante o período de observação.
Demência
O estudo Women’s Health Initiative Memory Study (WHIMS), um estudo auxiliar do WHI, estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em associação relatou aumento no risco de provável demência em mulheres na pós-menopausa de 65 anos ou mais. Em adição, a terapia com estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não preveniu a insuficiência cognitiva leve nestas mulheres. Não é recomendado o uso de tratamento hormonal para prevenir demência ou insuficiência cognitiva leve em mulheres com 65 anos de idade ou mais.
Câncer ovariano
O uso de produtos com estrogênio isolado ou com estrogênio mais progesterona em mulheres na pós- -menopausa por 5 anos ou mais, foi associado com aumento no risco de câncer ovariano em alguns estudos epidemiológicos. Mulheres que utilizaram anteriormente produtos com estrogênio isolado ou com estrogênio mais progesterona não demonstraram aumento no risco de câncer ovariano. Outros estudos não demonstraram uma significante associação. O estudo WHI, que utilizou estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), reportou que o estrogênio mais a progesterona aumentaram o risco de câncer ovariano, mas este risco não foi estatisticamente significante. Em outro estudo, as mulheres que usam a terapia de reposição hormonal demonstram aumento no risco do câncer ovariano fatal.
Histórico médico e exames físicos recomendados
Um histórico médico e familiar completo deveriam ser realizados antes do início de qualquer tratamento hormonal. Deveriam ser incluídos nos exames físicos periódicos e pré-tratamentos: aferição da pressão arterial, exame das mamas, abdômen e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical.
Uso em Crianças
Não se recomenda o uso de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) antes da menarca.
Uso durante a Gravidez
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é contraindicado durante a gravidez.
Alguns relatos sugerem uma associação entre exposição intrauterina a fármacos progestacionais durante o primeiro trimestre de gravidez e anormalidades genitais em fetos.
Se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando o medicamento, ela deve ser informada do risco potencial para o feto.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Uso durante a Lactação
O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) e seus metabólitos são excretados no leite materno. Não há evidência sugerindo que esse fato determine qualquer dano ao lactente.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Os efeitos de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) na habilidade de dirigir e operar máquinas não foram sistematicamente avaliados.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Reações Adversas do Repogen Ciclo
A tabela abaixo fornece uma lista de reações adversas a medicamentos com frequência baseada em todos os dados de causalidade de estudos clínicos Fase 3 que avaliaram a eficácia e segurança do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em ginecologia. As reações adversas a medicamentos relatadas mais frequentemente (gt;5%) foram sangramento uterino disfuncional (19%), cefaleia (12%) e náusea (10%).
Frequência | Reações |
Distúrbios do sistema imune | |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Hipersensibilidade ao medicamento |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Reação anafilática, reação anafilactoide, angioedema |
Distúrbios endócrinos | |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Anovulação prolongada |
Distúrbios psiquiátricos | |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Depressão, insônia, nervosismo |
Distúrbios do sistema nervoso | |
Muito Comum ?1/10 | Cefaleia |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Tontura |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Sonolência |
Distúrbios vasculares | |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Embolismo e trombose |
Distúrbios gastrointestinais | |
Muito Comum ?1/10 | Naúsea |
Distúrbios Hepatobiliares | |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Icterícia /icterícia colestática |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Alopecia, acne, urticária, prurido |
Incomum ?1/1000 a lt;1/100 | Hirsutismo |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Lipodistrofia adquirida*, rash |
Distúrbios do sistema reprodutivo e mama | |
Muito Comum ?1/10 | Sangramento uterino disfuncional (irregular, aumento, redução, spotting) |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Corrimento cervical, dor na mama, sensibilidade na mama |
Incomum ?1/1000 a lt;1/100 | Galactorreia |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Amenorreia, erosão de colo uterino |
Distúrbios gerais e condições no local de administração | |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Pirexia, fadiga |
Incomum ?1/1000 a lt;1/100 | Edema, retenção de líquidos |
Investigacionais | |
Comum ?1/100 a lt;1/10 | Aumento de peso |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Diminuição da tolerância à glicose, perda de peso |
* Reação adversa ao medicamento identificada pós-comercialização.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Interação Medicamentosa do Repogen Ciclo
A administração concomitante de aminoglutetimida com altas doses de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) pode diminuir significativamente os níveis séricos de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa). As pacientes que usam altas doses de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) devem ser alertadas para a possibilidade de redução da eficácia com o uso de aminoglutetimida.
O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é metabolizado in vitro primariamente por hidroxilação via CYP3A4. Estudos específicos de interação entre medicamentos avaliando os efeitos clínicos com indutores ou inibidores de CYP3A4 em Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não foram conduzidos e, portanto, os efeitos clínicos dos inibidores ou indutores de CYP3A4 são desconhecidos.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Ação da Substância Repogen Ciclo
Resultados de Eficácia
Os agentes progestacionais têm sido utilizados para indução de sangramento por deprivação com sucesso em mulheres com oligomenorreia ou amenorreia secundária. O agente mais utilizado para esse propósito é o Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa). Tratamentos curtos de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) via oral produzem sangramento por deprivação em 93% das mulheres amenorreicas.1
Em estudo prospectivo e randomizado, realizado em pacientes com sangramento uterino disfuncional, o Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) levou a cessação do sangramento em 76% das pacientes, com média de tempo para cessação de sangramento de 3 dias.2 Em estudo de revisão, os progestágenos orais, entre eles o Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), demonstraram 87% de redução do sangramento uterino disfuncional.3 Em outro estudo em pacientes com sangramento uterino disfuncional, o uso de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) 10 mg em duas tomadas diárias demonstrou redução média de perda de sangue de 57,7% após 3 meses de uso.4
Na terapia hormonal em oposição aos efeitos endometriais do estrogênio em mulheres menopausadas não histerectomizadas, como complemento à terapia estrogênica, alguns estudos demonstram a eficácia do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa). Woodruff amp; Pickar, em nome do Grupo de Estudo da Menopausa, demonstraram que pacientes que usaram associação de acetato medroxiprogesterona e estrogênios conjugados tiveram incidência de hiperplasia endometrial significantemente menor que as mulheres tratadas com estrogênios conjugados isoladamente.5 Outro estudo, incluindo 596 pacientes menopausadas acompanhadas por 3 anos, demonstrou que a associação de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) continua ou cíclica ao estrogênio conjugado protegeu o endométrio de alterações hiperplásicas em relação à terapia estrogênica isolada.6
Referências
1. Battino S, Ben-Ami M, Geslevich Y, Weiner E, Shalev E. Factors associated with withdrawal bleeding after administration of oral dydrogesterone or medroxyprogesterone acetate in women with secondary amenorrhea. Gynecol Obstet Invest. 1996;42:113–6.
2. Munro MG, et al. Oral medroxyprogesterone acetate and combination oral contraceptives for acute uterine bleeding: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2006; 108(4):924-9.
3. Matteson KA, et al. Non-surgical management of heavy menstrual bleeding: a systematic review. Obstet Gynecol. 2013:121(3):632-43.
4. Kriplani A, et al. Role of tranexamic acid in management of dysfunctional uterine bleeding in comparison with medroxyprogesterone acetate. J Obstet Gynaecol 2006; 26(7):673-8.
5. Woodruff JD, Pickar JH for the Menopause Study Group. Incidence of endometrial hyperplasia in postmenopausal women taking conjugated estrogens (Premarin) with medroxyprogesterone acetate or conjugated estrogens alone. Am J Obstet Gynecol 1994; 170(5):1213-23.
6. The Writing Group for the PEPI Trial. Effects of hormone replacement therapy on endometrial histology in postmenopausal women. The postmenopausal estrogen/progestin interventions (PEPI) trial. JAMA 1996; 275(5):370-5
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) (acetato de 17a-hidroxi-6a-metilprogesterona) é um derivado da progesterona.
Mecanismo de Ação
O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é uma progestina sintética (estruturalmente relacionado ao hormônio progesterona endógeno) que demonstrou possuir várias ações farmacológicas sobre o sistema endócrino:
- Inibição das gonadotrofinas pituitárias (FSH e LH);
- Diminuição dos níveis sanguíneos de ACTH e de hidrocortisona;
- Diminuição da testosterona circulante;
- Diminuição dos níveis de estrogênio circulante (como resultado da inibição de FSH e indução enzimática de redutase hepática, resultando em aumento do clearance de testosterona e consequente redução de conversão de androgênios para estrogênios).
Todas essas ações resultam em um número de efeitos farmacológicos descritos abaixo:
O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) administrado oralmente ou parenteralmente em mulheres nas doses recomendadas com estrogênio endógeno adequado, transforma endométrio proliferativo em secretor. Efeitos androgênicos e anabólicos foram percebidos, mas o fármaco é aparentemente destituído de atividade estrogênica significativa, dados disponíveis indicam que isto não ocorre quando a dosagem oral geralmente recomendada é administrada como dose única diária.
Estudos Clínicos
Estudo Women’s Health Initiative Study – WHI
O estudo WHI estrogênio equino conjugado (0,625 mg)/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) (2,5 mg) incluiu 16.608 mulheres na pós-menopausa com idades entre 50-79 anos, com útero intacto na fase basal do estudo, para avaliar os riscos e benefícios da terapia combinada comparada com placebo na prevenção de certas doenças crônicas. O objetivo principal foi a incidência de doenças coronárias (infarto do miocárdio não fatal e doença coronária fatal), com câncer de mama invasivo como o principal resultado adverso estudado. O estudo foi interrompido previamente após um acompanhamento médio de 5,2 anos (planejado para 8,5 anos) porque, de acordo com os procedimentos para interrupção, o risco aumentado de câncer de mama e eventos cardiovasculares excederam os benefícios especificados incluídos no “índice global”.
O tratamento com a associação estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) relatou uma redução significativa em fraturas osteoporóticas (23%) e totais (24%).
Estudo Million Women Study – (Million Women Study – MWS)
O MWS foi um estudo coorte prospectivo que inscreveu 1.084.110 mulheres no Reino Unido com idades entre 50-64 anos das quais 828.923 com menopausa por tempo definido foram incluídas na análise principal de risco de câncer de mama em relação ao tratamento hormonal. No total, 50% da população do estudo usou tratamento hormonal em algum momento. As pacientes com uso mais frequente de tratamento hormonal no início do estudo relataram o uso de preparações contendo estrogênio isolado (41%) ou associação de estrogênio/progesterona (50%). A duração média do acompanhamento foi de 2,6 anos para análises de incidência de câncer e 4,1 anos para análises de mortalidade.
Estudo Heart and Estrogen/progestin Replacement – HERS
Estudos HERS e HERS II foram dois estudos prospectivos de prevenção cardíaca secundária, randomizados sobre os efeitos em longo prazo de esquema contínuo oral combinado de estrogênio equino conjugado (0,625 mg)/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) (2,5 mg) em mulheres na pós-menopausa com doença coronária. 2.763 mulheres na pós-menopausa com idade média de 66,7 anos e com útero intacto foram inscritas neste estudo. A duração média do acompanhamento foi de 4,1 anos para HERS e 2,7 anos adicionais (num total de 6,8 anos) para HERS II.
Estudo Women’s Health Initiative Memory Study – WHIMS
O estudo WHIMS, um subestudo do WHI, incluiu 4.532 mulheres predominantemente saudáveis e na pós- -menopausa com idades entre 65 a 79 anos para avaliar os efeitos de estrogênio equino conjugado (0,625 mg)/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) (2,5 mg) ou estrogênio equino conjugado (0,625 mg) isolado sobre a incidência de demência provável comparada com placebo. A duração média do acompanhamento foi de 4,05 anos para estrogênio equino conjugado/Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa).
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) oral é rapidamente absorvido com concentração máxima obtida entre 2 a 4 horas. A meia-vida de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) oral é de aproximadamente 17 horas. Ele é 90% ligado às proteínas e é principalmente excretado na urina.
Efeito dos Alimentos
A administração com alimentos aumenta a biodisponibilidade do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa). A dose oral de 10 mg de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), administrado imediatamente antes ou após uma refeição, aumentou a Concentração sérica máxima (Cmax) de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) (51 e 77%, respectivamente) e área sob a curva (ASC, 18 e 33%, respectivamente). A meia-vida de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não foi alterada com alimentos.
Distribuição
Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é aproximadamente 90% ligado às proteínas, principalmente à albumina; nenhuma ligação de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) ocorre com hormônios sexuais ligados à globulina. A não ligação de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) modula respostas farmacológicas.
Metabolismo
Após doses orais, Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é amplamente metabolizado no fígado via anel A e/ou por hidroxilação da cadeia lateral, com conjugação subsequente e eliminação na urina. Pelo menos 16 metabólitos do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) foram identificados. Em um estudo programado para avaliar o metabolismo do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa), os resultados sugerem que o citocromo P450 3A4 humano está envolvido principalmente no metabolismo total do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) nos microssomos do fígado humano.
Eliminação
A maioria dos metabólitos do Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) é excretada na urina como glicuronídeos conjugados com somente uma pequena quantidade excretada como sulfatos. A dose percentual média excretada durante 24 horas na urina dos pacientes com fígado esteatótico como Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) intacto após uma dose de 10 mg ou 100 mg foi de 7,3% e 6,4%, respectivamente. A meia- -vida de eliminação de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) oral é de 12 a 17 horas.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese, Mutagênese e Alterações da Fertilidade
Administração intramuscular em longo-prazo de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) mostrou produzir tumores mamários em cães da raça beagle. Não há evidência de efeitos carcinogênicos associados com a administração oral de Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em ratos e camundongos. O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) não foi mutagênico numa série de ensaios de toxicidade genética in vitro ou in vivo. O Acetato de Medroxiprogesterona (substância ativa) em altas doses é um fármaco antifertilidade e poder-se-ia esperar que altas doses causassem alterações na fertilidade até a interrupção do tratamento.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Provera.