Revlimid (lenalidomida), em combinação com dexametasona, é indicado para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo refratário/recidivado que receberam ao menos um esquema prévio de tratamento.
O mieloma múltiplo é um câncer que afeta um determinado tipo de glóbulos brancos chamados células plasmáticas. Estas células acumulam-se na medula óssea e dividem-se de forma descontrolada. Isto pode lesionar os ossos e os rins.
Síndrome mielodisplásica
Revlimid (lenalidomida) é indicado para o tratamento de pacientes com síndrome mielodisplásica onde parte do cromossomo 5 é ausente (deleção 5q), com ou sem outras anormalidades citogenéticas. Os pacientes com esse tipo de síndrome podem apresentar uma anemia necessitando, dessa forma, de transfusões de sangue.
Como o Revlimid funciona?
Revlimid é um medicamento que pertence a um grupo de medicamentos imunomoduladores, os quais afetam o sistema de defesa do corpo. Ele altera o sistema imunológico do corpo e pode também alterar o desenvolvimento de vasos sanguíneos muito pequenos que ajudam no crescimento do tumor. Portanto, Revlimid pode diminuir ou impedir o crescimento das células do câncer. Estudos mostraram que o Revlimid pode recuperar a capacidade das células imunológicas de atacar e matar as células do tumor.
Contraindicação do Revlimid
Você não deve utilizar Revlimid:
- Se estiver grávida, achar que possa estar grávida ou planeja ficar grávida, pois Revlimid pode ser prejudicial ao feto.
- Se for mulher em idade fértil, exceto quando todas as condições de prevenção da gravidez forem atendidas.
- Se for alérgico à lenalidomida ou a qualquer um dos componentes da formulação.
Para informações sobre os medicamentos utilizados em combinação com lenalidomida, consulte a bula do respectivo produto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento, a menos que todas as condições do Programa de Prevenção de Gravidez sejam cumpridas.
Como usar o Revlimid
Revlimid deve ser recomendado a você por profissionais de saúde com experiência no tratamento de mieloma múltiplo ou síndromes mielodisplásicas.
Sempre use Revlimid de acordo com as recomendações de seu médico.
Não tome mais Revlimid além do que foi prescrito pelo seu médico.
Revlimid deve ser administrado por via oral praticamente no mesmo horário todos os dias. As cápsulas de Revlimid devem ser ingeridas inteiras, preferencialmente com água, com ou sem alimentos.
Posologia do Revlimid
Ciclo de tratamento
Revlimid e os medicamentos que você toma em combinação com Revlimid são tomados em determinados dias ao longo de ‘ciclos de tratamento”. Após a conclusão de cada ciclo, você deve começar um novo ‘ciclo’.
Mieloma múltiplo
A dose inicial recomendada de lenalidomida é 25 mg/dia via oral nos Dias 1-21, em ciclos de tratamento a cada 28 dias para mieloma múltiplo. A dose recomendada de dexametasona é 40 mg/dia nos Dias 1-4, 9-12 e 17-20 de cada ciclo de 28 dias durante os primeiros 4 ciclos de terapia, e depois 40 mg/dia via oral nos Dias 1-4 a cada 28 dias. O tratamento deve ser continuado até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Síndrome mielodisplásica
A dose inicial recomendada de lenalidomida é de 10 mg/dia via oral.
A dose de Revlimid será recomendada pelo seu médico, bem como em que dias do seu ciclo de tratamento você deverá tomar o medicamento. O seu médico poderá também decidir ajustar a sua dose de Revlimid, com base nos resultados das suas análises de sangue e no seu estado geral.
Você deve continuar tomando Revlimid pelo tempo que seu médico determinar. Este é um tratamento a longo prazo. Seu médico irá monitorar regularmente a sua condição para garantir que o tratamento esteja surtindo o efeito esperado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Revlimid?
Se menos de 12 horas decorrerem desde uma dose esquecida, você pode tomar a dose normal de Revlimid. Se mais de 12 horas se passarem desde uma dose esquecida no horário normal, você não deve mais tomar essa dose, mas sim tomar a próxima dose no horário normal no dia seguinte. Não tome uma dose em dobro (duas cápsulas ao mesmo tempo) para compensar uma dose esquecida. Não esqueça de avisar o seu médico sobre o ocorrido.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Revlimid
Este medicamento foi prescrito somente para você. Nunca compartilhe Revlimid (lenalidomida) com ninguém, mesmo se eles apresentarem sintomas semelhantes aos seus. Isto pode ser perigoso para eles, e causar defeitos congênitos, como por exemplo ausência total ou parcial de braços e pernas se utilizado por mulheres grávidas. Devolva todas as cápsulas não utilizadas no local onde o Revlimid foi retirado.
Você não deve doar sangue durante a terapia e por 30 dias após a descontinuação de Revlimid.
Este medicamento contém lactose.
Para informações sobre os medicamentos utilizados em combinação com lenalidomida, consulte a bula do respectivo produto.
Aviso:
este medicamento pode provocar uma diminuição acentuada de glóbulos brancos no sangue (que combatem infecções), e também das células do sangue que ajudam na coagulação (plaquetas). Isso aumenta o risco para o desenvolvimento de infecções graves ou sangramentos. Se sentir algum dos seguintes sintomas, entre em contato com seu médico imediatamente: febre, dor de garganta, calafrios, tosse, úlceras na boca ou outros sinais de infecção; hemorragia ou hematomas incomuns; dor no peito ou dor na perna e falta de ar.
Fale com o seu médico se tiver:
- Histórico ou risco conhecido de coágulos (como, por exemplo, ser fumante, ter pressão alta ou aumento das taxas de gordura no sangue), pois há um risco aumentado de se desenvolver coágulos nas veias e artérias durante o tratamento.
- Utilizando medicamentos que estimulam a produção de glóbulos vermelhos e/ou medicamentos para reposição hormonal, pois eles também podem aumentar o risco de coágulo e, portanto, devem ser utilizados com cuidado quando estiver em tratamento com Revlimid. Você deve procurar imediatamente um médico caso venha a ter falta de ar, dor no peito, inchaço nos braços ou nas pernas: esses podem ser sintomas de coágulo.
- Reações alérgicas graves com a utilização de Revlimid, como coceira pelo corpo, inchaço, falta de ar, bolhas ou placas vermelhas na pele ou nas mucosas. Essas reações podem se complicar resultando em inflamações no fígado, rins ou coração.
- Alteração da produção de hormônios pela tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo). Recomenda-se que o seu médico faça monitoramento contínuo da função da sua tireoide.
- Uma quantidade elevada de tumor no seu corpo, incluindo a sua medula óssea. Isso pode levar a uma situação onde os tumores se desmancham, resultando em um nível incomum de substâncias no sangue chamadas metabólitos que podem levar a um quadro conhecido como síndrome de lise tumoral e/ou reação de exacerbação tumoral.
Antes e durante o tratamento com Revlimid, o seu médico pode solicitar exames regulares de sangue, uma vez que Revlimid pode alterar o nível das células sanguíneas que ajudam a combater as infecções (células brancas do sangue) e das células que ajudam o sangue a coagular (plaquetas). Com base nos resultados desses exames e no seu estado geral, o seu médico pode ajustar a dose de Revlimid ou interromper o tratamento.
Se você tem síndrome mielodisplásica, você tem uma maior probabilidade de vir a adquirir uma condição avançada chamada leucemia mieloide aguda (LMA). Adicionalmente, não se sabe como Revlimid interfere na possibilidade de você apresentar LMA. Assim, o seu médico poderá fazer análises para ver se existem sinais que possam prever com maior certeza a probabilidade de vir a adquirir uma LMA durante o seu tratamento com Revlimid.
Se você tem mieloma múltiplo, você deve ser avaliado antes e durante o tratamento por meio de uma análise padrão para a identificação de novos ou adicionais tipos de câncer e instituir um tratamento apropriado.
Reações Adversas do Revlimid
Como todos os medicamentos, Revlimid pode causar reações indesejadas, mas que não se manifestam em todas as pessoas.
É importante saber que um pequeno número de pacientes pode desenvolver outros tipos de câncer e é possível que este risco possa aumentar com o tratamento com Revlimid; por isso, o seu médico deve avaliar cuidadosamente o risco-benefício do tratamento, quando Revlimid for prescrito.
Essas não são todas as reações indesejadas que Revlimid pode causar. Se você apresentar qualquer reação indesejada, descritas ou não nesta bula, informe imediatamente o seu médico ou entre em contato com o Serviço de Apoio ao Cliente da Celgene.
Mieloma múltiplo
Em estudos clínicos, as reações adversas mais graves observadas com maior frequência no grupo tratado com lenalidomida/dexametasona em comparação com placebo/dexametasona foram formação de um cóagulo em uma veia profunda (trombose venosa profunda) ou quando o coágulo se solta e vai para o pulmão (embolia pulmonar) e diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia) responsáveis pela defesa do corpo. Em estudos clínicos para mieloma múltiplo, as reações adversas observadas com maior frequência no grupo tratado com lenalidomida/dexametasona em comparação com placebo/dexametasona foram fraqueza (43,9%), diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia) (42,2%), prisão de ventre (40,5%), diarreia (38,5%), câimbras musculares (33,4%), anemia (31,4%), diminuição do número de plaquetas no sangue responsáveis pela coagulação (trombocitopenia) (21,5%) e lesões na pele (21,2%).
As reações adversas ao medicamento observadas em pacientes com mieloma múltiplo estão listadas a seguir de acordo com as suas frequências:
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Fraqueza, febre, inchaço nos pés e mãos, dor no peito, perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento, diarreia, prisão de ventre, náusea, vômito, dor na barriga, boca seca, câimbra, dor nas costas, dor nos ossos, dor nos membros, tontura, tremor, alteração do paladar, diminuição da sensibilidade ao toque, lesão de um nervo, falta de ar, resfriado, dor de garganta, bronquite, infecção do sistema respiratório superior, pneumonia, infecção do sistema urinário, sinusite, lesões na pele, aumento do suor, pele seca, coceira, anemia, diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia e leucopenia), diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia), diminuição do número de linfócitos (linfopenia), apetite reduzido, anorexia, baixa quantidade de potássio, cálcio e magnésio no sangue, desidratação, visão borrada, formação de um cóagulo em uma veia profunda (trombose venosa profunda), pressão alta, pressão baixa e perda de peso.
Reações adversas de Grau 3/4
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Fraqueza, diarreia, prisão de ventre, náusea, fraqueza muscular, tontura, desmaios, bloqueio dos vasos sanguíneos do pulmão por um coágulo, desconforto para respirar, pneumonia, infecção do sistema urinário, depressão, anemia, diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia e leucopenia), diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia), diminuição do número de linfócitos (linfopenia), ocorrência de febre quando as contagens das células brancas do sangue estiverem muito baixas (neutropenia febril), baixa quantidade de potássio, cálcio e fósforo, catarata em um ou nos dois olhos, formação de um cóagulo em uma veia profunda (trombose venosa profunda), batimentos e frequência cardíacos acelerados e irregulares e insuficiência cardíaca.
Reações adversas sérias
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Diarreia, dor nos ossos, derrame cerebral, bloqueio dos vasos sanguíneos do pulmão por um coágulo, pneumonia, ocorrência de febre quando as contagens das células brancas do sangue estiverem muito baixas (neutropenia febril), formação de um cóagulo em uma veia profunda (trombose venosa profunda), batimentos e frequência cardíacos acelerados e irregulares e insuficiência cardíaca.
Síndrome mielodisplásica
Em estudos clínicos, a maioria das reações adversas tendem a ocorrer durante as primeiras 16 semanas de tratamento com lenalidomida. As reações adversas graves incluem formação de um cóagulo em uma veia profunda (trombose venosa profunda) ou quando o coágulo se solta e vai para o pulmão (embolia pulmonar), diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia) responsáveis pela defesa do corpo, ocorrência de febre quando as contagens das células brancas do sangue estiverem muito baixas (neutropenia febril) e diminuição do número de plaquetas no sangue responsáveis pela coagulação (trombocitopenia). As reações adversas que ocorreram com mais frequência nos grupos tratados com lenalidomida em comparação com o grupo controle em estudos clínicos foram diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia) (76,8%), diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia) (46,4%), diarreia (34,8%), prisão de ventre (19,6%), náuseas (19,6%), coceira (25,4%), lesões na pele (18,1%), fraqueza (18,1%) e espasmos musculares (16,7%).
As reações adversas ao medicamento observadas em pacientes com síndrome mielodisplásica estão listadas a seguir de acordo com as suas frequências:
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Fraqueza, inchaço nos pés e mãos, sintomas relacionados a gripe (incluindo febre, tosse, dor de garganta, dor muscular, dor no corpo, dor de cabeça), diarreia, dor na barriga (incluindo a parte superior), náusea, vômito, prisão de ventre, dor no corpo (incluindo dor nas costas e nos pés e mãos), dor nas juntas, contrações musculares, dor muscular, tontura, dor de cabeça, sangramento do nariz, tosse, infecções causadas por bactérias, vírus e fungos (incluindo infecções oportunistas) como por exemplo erisipela, pneumonia e infecção do trato urinário, lesões na pele, coceira, pele seca, diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia), diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia e leucopenia), apetite reduzido e insônia.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Boca seca, indigestão, formigamento, excesso de ferro no sangue, pressão alta, hematoma, testes da função do fígado alterados e perda de peso.
Reações adversas de Grau 3/4
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia), diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia e leucopenia) e pneumonia.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Febre, diarreia, náusea, dor de dente, dor nas costas, bronquite, infecções causadas por bactérias, vírus e fungos (incluindo infecções oportunistas) como por exemplo erisipela, pneumonia e infecção do trato urinário, lesões na pele, coceira, ocorrência de febre quando as contagens das células brancas do sangue estiverem muito baixas (neutropenia febril), excesso de açúcar no sangue, apetite reduzido, perda da função dos rins, formação de coágulos em uma veia profunda (trombose venosa profunda) ou quando o coágulo se solta e vai para o pulmão (embolia pulmonar), infarto, batimentos cardíacos acelerados e irregulares, insuficiência cardíaca, testes da função do fígado alterados, queda e humor alterado.
Reações adversas sérias
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Pneumonia.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Diarreia, dor nas costas, infecções causadas por bactérias, vírus e fungos (incluindo infecções oportunistas) como por exemplo erisipela, pneumonia e infecção do trato urinário, anemia, ocorrência de febre quando as contagens das células brancas do sangue estiverem muito baixas (neutropenia febril), diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia), diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia), excesso de açúcar no sangue, perda da função dos rins, formação de coágulos em uma veia profunda (trombose venosa profunda) ou quando o coágulo se solta e vai para o pulmão (embolia pulmonar), alteração de humor, infarto, batimentos cardíacos acelerados e irregulares e insuficiência cardíaca profunda.
Risco aumentado de morte em pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC)
Pacientes com LLC que tomam Revlimid têm um risco maior de morte em comparação com as pessoas que tomam o medicamento clorambucil. Revlimid pode lhe causar graves problemas cardíacos que podem levar à morte, incluindo a fibrilação atrial, ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca. Você não deve tomar Revlimid se tiver LLC, a menos que você esteja participando de um estudo clínico controlado.
Risco de novas malignidades
Pacientes com mieloma múltiplo que receberam Revlimid e melfalano e um transplante de células-tronco do sangue têm um risco maior de desenvolvimento de novos cânceres, incluindo certos tipos de câncer no sangue (leucemia mieloide aguda e síndrome mielodisplásica) e um tipo de linfoma chamado linfoma de Hodgkin. Converse com seu médico sobre o seu risco de desenvolver novos cânceres se você tomar Revlimid. Seu médico irá avaliá-lo para novos cânceres durante o tratamento com Revlimid.
Problemas no fígado (hepatotoxicidade), incluindo falha ou falência do fígado
Informe ao seu médico imediatamente se você apresentar qualquer um dos sintomas a seguir, que podem estar relacionados a problemas no fígado:
Amarelamento da pele ou da parte branca do olho (icterícia), urina escura ou marrom, dor na parte superior direita da sua barriga, sangramentos ou hematomas mais frequentes do que o normal e cansaço. Seu médico poderá solicitar exames de sangue para avaliar o funcionamento do seu fígado durante o tratamento com Revlimid.
Reações alérgicas graves e reações graves na pele
Podem ocorrer durante o tratamento com Revlimid e levar à morte.
Informe o seu médico imediatamente se você apresentar qualquer um dos sintomas a seguir, que podem estar relacionados a reações alérgicas graves e reações graves na pele:
- Inchaço do rosto.
- Olhos.
- Lábios.
- Língua e garganta.
- Dificuldade para engolir.
- Problemas respiratórios.
- Lesões na pele.
- Urticária.
- Descamação da pele e bolhas.
Síndrome da lise tumoral (SLT)
A SLT é causada pela ruptura rápida das células cancerosas. A SLT pode causar insuficiência renal e necessidade de tratamento dialítico, ritmo cardíaco anormal, convulsão e às vezes morte. Seu médico pode fazer exames de sangue para verificar se você tem SLT.
Agravamento do seu tumor (reação de exacerbação tumoral)
Informe ao seu médico se tiver algum desses sintomas de reação de exacerbação tumoral, enquanto toma Revlimid:
- Nódulos linfáticos inchados e sensíveis.
- Febre baixa.
- Dor ou lesões na pele.
Dados pós-comercialização
As reações adversas ao medicamento citadas a seguir foram identificadas a partir da experiência pós-comercialização mundial de lenalidomida. Como essas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar com precisão sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
Distúrbios endócrinos
Alteração da produção de hormônios pela tireoide (hipertireoidismo e hipotireoidismo).
Distúrbios do fígado
Testes laboratoriais hepáticos alterados transitórios.
Distúrbios do sistema de defesa do corpo
- Condições alérgicas (angioedema, urticária).
- Doença aguda por enxerto contra hospedeiro (após transplante hematopoiético alogênico).
- Rejeição de transplante de órgãos sólidos.
Infecções e infestações
Reativação viral (como hepatite B ou herpes zoster) e leucoencefalopatia multifocal progressiva (alteração neurológica causada por um vírus).
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas
Síndrome de lise tumoral (SLT), reação flare tumoral (piora transitória dos sintomas relacionados à doença devido a um aumento hormonal).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Pneumonia.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos
Reações graves na pele que necessitam de cuidados médicos intensivos como síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), reação ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS).
Atenção:
este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
População Especial do Revlimid
Uso na gravidez
Antes de começar o tratamento com Revlimid, você deve ler e concordar com todas as instruções do Programa de Prevenção de Gravidez da Celgene apresentado pelo seu médico.
Alerta de gravidez: lenalidomida é um análogo químico da talidomida, estruturalmente relacionado com a talidomida.
A talidomida é um conhecido agente teratogênico humano ou seja, que provoca malformações no feto tais como ausência e/ou malformação grave nos braços e nas pernas. Revlimid induziu malformações em macacos de maneira similar àquela descrita com a talidomida. Se Revlimid for tomado durante a gravidez, a ocorrência de malformações no feto (efeito teratogênico) não pode ser descartada.
Revlimid está estruturalmente relacionado com a talidomida.
A talidomida é um conhecido agente teratogênico humano ou seja, é um agente que provoca malformações no feto tais como ausência e/ou malformação grave nos braços e nas pernas.
O efeito teratogênico de Revlimid em humanos não pode ser descartado. Portanto:
- Revlimid não deve ser utilizado por mulheres que estejam grávidas ou que possam engravidar enquanto estiverem recebendo o medicamento.
- Se você for mulher e estiver em idade fértil, deve utilizar métodos anticoncepcionais eficazes por 30 dias antes da terapia, durante a terapia com Revlimid, mesmo quando há interrupção momentânea da terapia, e interrupções da dose, e nos 30 dias após a descontinuação da terapia com Revlimid, ou continuamente evitar relações sexuais. Discuta com o seu médico os métodos eficazes para evitar a gravidez que melhor se adaptam a você.
- Além da utilização de métodos eficazes para evitar a gravidez, se você estiver em idade fértil precisará fazer testes de gravidez a cada 4 semanas durante o tratamento com o Revlimid, e 4 semanas após o fim do tratamento. Se tiver ciclos menstruais irregulares, os testes de gravidez devem ocorrer a cada 2 semanas.
- Se ainda assim você engravidar ou suspeitar que está grávida, você deve interromper imediatamente o uso de Revlimid e procurar imediatamente o seu médico.
- É obrigatório que as mulheres em idade fértil recebam aconselhamento para estarem cientes dos riscos de Revlimid. Revlimid é contraindicado para mulheres em idade fértil, a menos que todos os termos de aconselhamento sejam atendidos.
- Se você for homem e estiver usando Revlimid, você deverá utilizar preservativo durante as relações sexuais (mesmo que tenha sido submetido a uma vasectomia bem sucedida) durante o tratamento e interrupções de dose, e por 30 dias após a descontinuação da terapia com Revlimid, principalmente se a sua parceira estiver em idade fértil. Além disso, você não poderá doar esperma.
Uso na lactação
Não se sabe se Revlimid passa para o leite humano. Em decorrência do potencial de Revlimid provocar reações indesejadas em bebês, a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com Revlimid. Você deverá discutir com seu médico sobre interromper a amamentação ou interromper o uso de Revlimid, levando em consideração a importância do mesmo para o seu tratamento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir ou utilizar máquinas. Revlimid pode apresentar uma influência leve ou moderada sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas. Fraqueza, tonturas, sonolência, vertigens e visão turva foram relatadas com o uso de Revlimid. Portanto, recomenda-se precaução ao dirigir ou operar máquinas.
Uso em crianças e adolescentes
Revlimid não deve ser utilizado em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos.
Composição do Revlimid
Apresentação
Cada embalagem contém 21 cápsulas duras de 5 mg, 10 mg, 15 mg ou 25 mg.
Uso oral.
Uso adulto acima de 18 anos.
Composição
Cada cápsula dura contém
- 5 mg, 10 mg, 15 mg ou 25 mg de lenalidomida.
- Excipientes: lactose anidra, celulose microcristalina, croscarmelose sódica e estearato de magnésio.
Proibido para mulheres grávidas.
Este medicamento pode causar o nascimento de crianças sem braços e sem pernas.
Este medicamento é somente seu. Não passe para ninguém.
Este medicamento não provoca aborto e não evita filhos.
Superdosagem do Revlimid
Se você tomar mais Revlimid do que lhe foi prescrito, procure imediatamente o seu médico. Não existe experiência específica no manejo de sobredose com lenalidomida.
Em estudos clínicos, os indivíduos saudáveis expostos a até 400 mg, apresentaram os seguintes eventos adversos:
- Comichão.
- Coceira.
- Inflamação da pele.
- Alteração nos exames hepáticos (transaminases hepáticas).
A toxicidade limitante da dose foi diminuição do número de plaquetas no sangue (trombocitopenia) e diminuição do número de células brancas do sangue (neutropenia).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Revlimid
Revlimid pode afetar o modo como outros medicamentos funcionam. Também outros medicamentos podem afetar o modo como Revlimid funciona.
Dessa forma, informe ao seu médico se for tomar ou tomou recentemente outros medicamentos, incluindo aqueles obtidos sem receita médica e à base de plantas, em particular:
- Medicamentos utilizados para evitar a gravidez, como anticoncepcionais orais, uma vez que podem deixar de funcionar.
- Medicamentos utilizados em problemas cardíacos, tal como digoxina.
- Medicamentos utilizados para fluidificar o sangue, tal como varfarina.
Pacientes em uso de agentes da eritropoiese (para o tratamento da anemia) e pílulas contraceptivas orais combinadas ou terapia de reposição hormonal têm um risco maior de eventos tromboembólicos (formação de coágulos).
É importante que você mantenha uma lista escrita de todos os medicamentos sob prescrição médica e sem prescrição que você está tomando; bem como quaisquer produtos, tais como vitaminas, minerais ou outros suplementos dietéticos. Você deve levar esta lista com você cada vez que visitar o seu médico ou se você for internado em um hospital. Esta lista também é uma informação importante para levar com você em caso de emergências.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Revlimid
Resultados de Eficácia
Mieloma múltiplo
Dois estudos randomizados (estudos MM-009 e MM-010) foram conduzidos para avaliar a eficácia e a segurança de Lenalidomida (substância ativa). Estes estudos multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos, controlados por placebo, compararam Lenalidomida (substância ativa) em combinação com altas doses de dexametasona à terapia com dexametasona isolada, em pacientes com mieloma múltiplo que receberam ao menos um esquema prévio de tratamento. Estes estudos incluíram pacientes com contagem absoluta de neutrófilos (ANC – absolut neutrophil count) ? 1000/mm3 , contagens de plaquetas ? 75.000/mm3 , creatinina sérica ? 2,5 mg/dL, TGO/AST ou TGP/ALT séricas ? 3,0 x limite superior da normalidade (LSN), e bilirrubina direta sérica ? 2,0 mg/dL.
Em ambos os estudos, os pacientes no grupo Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona receberam 25 mg de Lenalidomida (substância ativa) via oral uma vez ao dia nos Dias 1 a 21 e uma cápsula de placebo equivalente uma vez ao dia nos Dias 22 a 28 de cada ciclo de 28 dias. Os pacientes no grupo placebo/dexametasona receberam 1 cápsula de placebo nos Dias 1 a 28 de cada ciclo de 28 dias. Os pacientes em ambos os grupos de tratamento receberam 40 mg de dexametasona via oral uma vez ao dia nos Dias 1 a 4, 9 a 12, e 17 a 20 de cada ciclo de 28 dias pelos primeiros 4 ciclos de terapia. A dose de dexametasona foi reduzida para 40 mg via oral uma vez ao dia nos Dias 1 a 4 de cada ciclo de 28 dias após os primeiros 4 ciclos de terapia. Em ambos os estudos, o tratamento deveria continuar até a progressão da doença.
Em ambos os estudos, ajustes de dose foram permitidos com base em achados clínicos e laboratoriais. As reduções sequenciais de dose para 15 mg diariamente, 10 mg diariamente e 5 mg diariamente foram permitidas em decorrência da toxicidade.
A tabela abaixo resume as características basais do paciente e da doença nos dois estudos. Em ambos os estudos, as características basais demográficas e relacionadas à doença foram comparáveis entre os grupos Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona e placebo/dexametasona.
Características basais demográficas e relacionadas à doença – estudos MM-009 e MM-010
O desfecho primário de eficácia em ambos os estudos foi o tempo até a progressão (TTP – time to progression). TTP foi definido como o tempo desde a randomização até a primeira ocorrência da progressão de doença ou morte decorrente da progressão de doença.
As análises interinas pré-planejadas de ambos os estudos mostraram que a combinação de Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona foi significativamente superior à dexametasona isolada para TTP. Os estudos tiveram o caráter cego quebrado para permitir que os pacientes no grupo placebo/dexametasona recebessem tratamento com a combinação Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona.
Para ambos os estudos, foram analisados os dados cruzados de sobrevida de acompanhamento prolongado. No estudo MM-009, o tempo mediano de sobrevida foi 39,4 meses (IC 95%: 32,9, 47,4) no grupo Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona e 31,6 meses (IC 95%: 24,1, 40,9) no grupo placebo/dexametasona, com uma taxa de risco de 0,79 (IC 95%: 0,61-1,03). No estudo MM-010, o tempo mediano de sobrevida foi 37,5 meses (IC 95%: 29,9, 46,6) no grupo Lenalidomida (substância ativa) / dexametasona e 30,8 meses (IC 95%: 23,5, 40,3) no grupo placebo/dexametasona, com uma taxa de risco de 0,86 (IC 95%: 0,65-1,14).
Resumo da análise de eficácia para o estudo MM-009
NE = não estimável.
PR (partial response) = resposta parcial.
CR (complete response) = resposta completa.
Resumo da análise de eficácia para o estudo MM-010
Estimativa Kaplan-Meier do tempo até a progressão – estudo MM-009
Estimativa Kaplan-Meier do tempo até a progressão – estudo MM-010
Sobrevida global por Kaplan-Meier – estudo MM-009
Sobrevida global por Kaplan-Meier – estudo MM-010
O indivíduo sob risco no último acompanhamento (133 semanas) no grupo Lenalidomida (substância ativa) / Dex foi à óbito. A estimativa Kaplan-Meier é mostrada somente até este ponto.
Síndrome Mielodisplásica
Dois estudos foram conduzidos para confirmar a eficácia e a segurança de Lenalidomida (substância ativa) no tratamento de anemia dependente de transfusões decorrente de SMD de risco baixo ou intermediário-1, associada à anormalidade citogenética de deleção del(5q), com ou sem anormalidades citogenéticas adicionais.
O estudo MDS-003 foi um estudo de Fase 2, multicêntrico, aberto, de braço único que foi conduzido para confirmar a eficácia e a segurança de Lenalidomida (substância ativa) em indivíduos com um diagnóstico de SMD de risco baixo ou intermediário1 de acordo com o Sistema Internacional de Pontuação Prognóstica (IPSS – International Prognostic Scoring System), associada a uma anormalidade citogenética de 5q (q31-33) (del 5q), isolada ou com anormalidades citogenéticas adicionais, e anemia de transfusão de eritrócitos. Lenalidomida (substância ativa) foi administrada via oral na dose de 10 mg uma vez ao dia continuamente ou 10 mg uma vez ao dia por 21 dias a cada 28 dias.
O estudo MDS-003 não foi desenhado e nem apresenta poder para comparar prospectivamente a eficácia dos dois regimes de administração. As reduções sequenciais de dose para 5 mg diariamente e 5 mg a cada dois dias, bem como os atrasos de dose, foram permitidas de acordo com o perfil de toxicidade. MDS-003 incluiu 148 pacientes que apresentavam anemia dependente de transfusões de eritrócitos. A dependência de transfusões de eritrócitos foi definida como o recebimento de ? 2 unidades de eritrócitos dentro de 8 semanas antes do tratamento do estudo. O estudo incluiu pacientes com ANC ? 500/mm3 , contagem de plaquetas ? 50.000/mm3 , creatinina sérica ? 2,5 mg/dL, TGO/AST ou TGP/ALT séricas ? 3,0 x LSN , e bilirrubina direta sérica ? 2,0 mg/dL.
MDS-004 foi um estudo de Fase 3, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, comparando 2 doses de Lenalidomida (substância ativa) oral versus placebo em indivíduos dependentes de transfusão de eritrócitos com SMD de risco baixo ou intermediário-1 de acordo com o IPSS, associada à anormalidade citogenética del 5q, com ou sem anormalidades citogenéticas adicionais.
Este estudo foi conduzido em 2 fases: uma fase de tratamento duplo-cego (de até, no máximo, 52 semanas) na qual 205 indivíduos foram randomizados para receber 10 mg de Lenalidomida (substância ativa) por 21 dias de um ciclo de 28 dias (cíclico), 5 mg de Lenalidomida (substância ativa) continuamente ou placebo; e uma fase de extensão aberta (máximo de 105 semanas). Os indivíduos que concluíram com sucesso a fase duplo-cega e os indivíduos que não apresentaram pelo menos uma pequena resposta eritroide (50% de redução nas transfusões de eritrócitos) até a semana 16 do tratamento duplo-cego, tiveram o caráter cego quebrado e tornaram-se elegíveis para receber Lenalidomida (substância ativa) em tratamento aberto, nos regimes de administração de 5 mg ou 10 mg.
Fatores estimuladores de colônias de granulócitos foram permitidos para pacientes que desenvolveram neutropenia ou febre em associação com neutropenia.
As características basais dos pacientes e relacionadas à doença para os indivíduos nas populações com intenção de tratamento (ITT – Intent To Treat) de MDS-003 e MDS-004, estão resumidas a seguir.
Características basais demográficas e relacionadas à doença nos estudos MDS-003 e MDS-004 (populações ITT)
a Pontuação IPSS = soma de blastos medulares + cariótipo + pontuação de citopenia. Baixo (pontuação combinada = 0), Intermediário-1 (pontuação combinada = 0,5 a 1,0), Intermediário-2 (pontuação combinada = 1,5 a 2,0), Alto (pontuação combinada ? 2,5); Pontuação combinada = (pontuação de blastos medulares + pontuação de cariótipo + pontuação de citopenia).
bClassificação Franco-Americana-Britânica (FAB) da SMD: LMC = leucemia mieloide crônica; LMMC = leucemia mielomonocítica crônica; AR = anemia refratária; AREB = anemia refratária com excesso de blastos; AREB-T = anemia refratária com excesso de blastos em transformação; ARSA = anemia refratária com sideroblastos em anel.
DP = desvio padrão.
O IWG (International Working Group) definiu que o critério para uma resposta hematológica maior é a melhora sustentada por, no mínimo, 8 semanas consecutivas (56 dias). No estudo MDS-003, a independência da transfusão foi definida como um período de, no mínimo, 56 dias consecutivos durante o qual não foram realizadas transfusões e a concentração de hemoglobina (Hb) aumentou em, no mínimo, 1 g/dL. No estudo MDS-004, o desfecho primário de eficácia aumentou o período de independência da transfusão para 6 meses (182 dias).
Os resultados gerais de eficácia para as populações ITT estão demonstrados na tabela a seguir:
Os resultados do desfecho primário (independência da transfusão em 182 dias) para o estudo MDS-004 são fornecidos porém, para fins de comparação entre estudos, os resultados são mostrados pelos critérios do IWG. Os resultados para o grupo 5 mg no MDS-004 não estão apresentados.
As taxas de independência da transfusão de eritrócitos não foram afetadas pela idade ou sexo.
IC = intervalo de confiança; Cont = contínuo (28 dias em um ciclo de 28 dias); Cic = cíclico (21 dias em um ciclo de 28 dias).
Hb = hemoglobina; ITT = intenção de tratamento; Máx = máximo; Mín = mínimo; DP = desvio padrão.
* Com base na resposta de independência da transfusão de eritrócitos para os indivíduos na fase duplo-cega que se tornaram independentes da transfusão de eritrócitos por no mínimo 56 dias.
^ Resposta de independência da transfusão de eritrócitos para os indivíduos na fase duplo-cega que se tornaram independentes da transfusão de eritrócitos por no mínimo 182 dias (desfecho primário do MDS-004).
a A ausência de infusão intravenosa de qualquer transfusão de eritrócitos durante qualquer sequência consecutiva de 56 dias durante o período de tratamento e um aumento na Hb de no mínimo 1 g/dL, desde o mínimo durante o período de triagem/basal até o máximo durante o período de independência da transfusão, exceto os primeiros 30 dias após a última transfusão antes do período livre de transfusão.
bAlteração na concentração de Hb desde a visita basal até o valor máximo durante o período de resposta, no qual o período de resposta foi definido como o tempo desde 30 dias após a última transfusão antes da independência da transfusão até a próxima transfusão ou até a última avaliação para os indivíduos que não receberam uma transfusão subsequente durante o período do estudo.
c Medido do dia da primeira dose do medicamento em estudo até o primeiro dia do primeiro período de 56 dias livre de transfusão de eritrócitos.
dMedido do primeiro dia dos 56 dias consecutivos durante os quais o indivíduo permaneceu livre de transfusões de eritrócitos até a data da primeira transfusão de eritrócitos após este período.
e A duração da resposta foi classificada na data da última visita para os indivíduos que mantiveram a independência da transfusão.
f O indivíduo 0383002 apresentou uma medida do valor de Hb laboratorial local de 40,7 g/dL. Este valor foi questionado, porém não foi resolvido pelo centro de pesquisa antes do fechamento do banco de dados.
Os critérios do IWG-200 para a avaliação da resposta citogenética exigem um mínimo de 20 metáfases analisáveis basais e pós-basais utilizando técnicas citogenéticas convencionais. Uma resposta citogenética maior é definida como nenhuma anormalidade citogenética detectável caso haja uma anormalidade pré-existente, enquanto que uma resposta menor exige ? 50% de redução em metáfases anormais. Os indivíduos foram elegíveis para serem avaliados quanto a uma resposta citogenética quando ? 20 metáfases foram analisadas na visita basal durante o período de 56 dias imediatamente anterior ao primeiro dia da administração do medicamento em estudo e ? 20 metáfases foram analisadas no mínimo uma vez nas visitas pós-basais utilizando técnicas citogenéticas convencionais.
As respostas citogenéticas para os indivíduos avaliáveis na população ITT do estudo MDS-003 e da porção duplo-cega do MDS-004, estão resumidas na tabela a seguir:
Cic = cíclico (21 dias de um ciclo de 28 dias); QD (quaque die) = uma vez ao dia.; MITT = intenção de tratamento modificada.
a Resposta maior = nenhuma anormalidade citogenética detectável no caso de anormalidade pré-existente presente.
Resposta menor = ? 50% de redução no percentual de metáfases anormais.
bNúmero de indivíduos que foram avaliáveis quanto à resposta citogenética e que apresentaram no mínimo 20 metáfases analisáveis na visita basal e no mínimo em uma visita pós-basal.
A proporção de indivíduos na população ITT no estudo MDS-003 que obtiveram independência da transfusão foi significativamente maior entre os indivíduos que apresentaram qualquer resposta citogenética (maior + menor) em comparação àqueles indivíduos que não apresentaram resposta citogenética [62 de 63 indivíduos (98,4%) versus 9 de 25 indivíduos (36%); p lt; 0,001].
Uma tendência semelhante foi observada para a população ITT no estudo MDS-004, porém as diferenças na independência da transfusão de eritrócitos entre os indivíduos que apresentaram respostas citogenéticas e aqueles que não apresentaram, não alcançaram a significância (p = 0,508). A associação entre a resposta citogenética e a independência da transfusão foi mais pronunciada no grupo de tratamento com 10 mg em comparação ao grupo com 5 mg.
Dados de segurança pré-clínica
Fertilidade e desenvolvimento embrionário precoce
Em um estudo de fertilidade e desenvolvimento embrionário precoce em ratos, doses orais de até 500 mg/kg de Lenalidomida (substância ativa) (aproximadamente 200 a 500 vezes as doses humanas de 25 e 10 mg, respectivamente, com base na área da superfície corporal) não causaram efeitos adversos sobre a saúde geral, os parâmetros de fertilidade masculinos ou femininos, ou sobre o desenvolvimento embrionário precoce.
Estudos de desenvolvimento embriofetal
Estudos de toxicidade sobre o desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em ratas, coelhas e macacas. Em ratas, doses orais de até 500 mg/kg de Lenalidomida (substância ativa) não afetaram o desenvolvimento embriofetal. Em macacas, as malformações ocorreram nos fetos na dose de 0,5 mg/kg, a mais baixa dose de Lenalidomida (substância ativa) testada. A exposição em macacas nesta dose [AUC (area under curve) de 378 ng•h/mL] foi 0,17 a 0,41 vezes a exposição de uma dose clínica humana de 25 mg/dia (AUC de 2262 ng•h/mL) e 10 mg/dia (933 ng•h/mL), respectivamente.
As malformações variaram de membros posteriores rígidos e ligeiramente mal rotacionados na dose de 0,5 mg/kg/dia até malformações externas graves, tais como partes de extremidades dobradas, encurtadas, malformadas, mal rotacionadas e/ou parcialmente ausentes, oligo e/ou polidactilia, e/ou ânus não pérvio na dose de 4 mg/kg/dia. Defeitos dos membros e dos digitais foram correlacionados com achados esqueléticos na dose de ? 1 mg/kg/dia. Estas malformações foram similares àquelas observadas com o controle positivo talidomida, um agente teratogênico humano conhecido.
No estudo definitivo do desenvolvimento embriofetal em coelhas, conduzido com doses de até 20 mg/kg/dia, a toxicidade materna foi observada com dose ? 10 mg/kg/dia, e uma dose de 20 mg/kg/dia resultou em um único aborto. Na dose de ? 10 mg/kg/dia, a toxicidade no desenvolvimento consistiu no aumento da perda pós-implantação (reabsorções precoces e tardias e mortes intrauterinas), redução do peso corporal fetal, aumento da incidência de achados externos macroscópicos em fetos associados com morbidade, alterações esqueléticas e de partes moles.
O nível de efeitos adversos não observados (NOAEL – no-observed-adverse-effect level) para a toxicidade materna e do desenvolvimento foi 3 mg/kg/dia. A exposição das coelhas a esta dose (AUC de 2836 ng•h/mL) foi 1,3 a 3 vezes a exposição das doses clínicas humanas de 25 mg/dia (AUC de 2262 ng•h/mL) ou 10 mg/dia (933 ng•h/mL), respectivamente.
Desenvolvimento pré e pós-natal
Em um estudo de toxicidade sobre o desenvolvimento pré e pós-natal em ratas, o ganho de peso corporal materno diminuiu durante a gestação e aumentou durante a última semana do período de lactação na dose de 500 mg/kg/dia; estes efeitos foram considerados relacionados com o tratamento, porém não adversos. A maturação sexual da prole masculina foi marginalmente atrasada nas doses de 100, 300 e 500 mg/kg/dia, e o ganho de peso corporal discretamente menor das fêmeas F1 durante a gestação foi observado na dose de 500 mg/kg/dia. Estes efeitos estavam relacionados ao tratamento, porém não foram considerados adversos. Não houve outros efeitos adversos sobre a viabilidade, crescimento ou comportamento da prole. Portanto, o NOAEL para os efeitos maternos, gerais e reprodutivos, e para o desenvolvimento da prole foi 500 mg/kg/dia (aproximadamente 200 a 500 vezes as doses humanas de 25 e 10 mg, respectivamente, com base na área de superfície corporal).
Estudos de carcinogenicidade
Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade com Lenalidomida (substância ativa), uma vez que seu uso pretendido é no tratamento de câncer avançado. Em ratos que receberam Lenalidomida (substância ativa) via oral por 26 semanas (até 300 mg/kg/dia), não foram identificadas lesões hiperplásicas ou proliferativas nas necropsias da fase de administração ou da fase de recuperação (4 semanas após a última dose). Em macacos que receberam Lenalidomida (substância ativa) via oral por 52 semanas (até 2 mg/kg/dia), não foram identificadas alterações neoplásicas ou pré-neoplásicas na necropsia da fase de administração.
Estudos de mutagênese
Lenalidomida (substância ativa) foi negativa para mutagenicidade no ensaio de mutação reversa bacteriana e não induziu aberrações cromossômicas em linfócitos humanos do sangue periférico em cultura ou mutações no loco da timidina quinase das células de linfoma de camundongos L5178y. Lenalidomida (substância ativa) não aumentou a transformação morfológica no ensaio embrionário de Hamster Syrian ou induziu micronúcleos na medula óssea de ratos que receberam doses de até 2000 mg/kg.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
Grupo farmacoterapêutico, agente imunossupressor (código ATC L04 AX04).
A Lenalidomida (substância ativa) é um composto imunomodulador oral com um mecanismo de ação pleiotrópico envolvendo atividade tumoricida direta, imunomodulação, pró-eritropoiese e anti-angiogênese. Lenalidomida (substância ativa) inibe a proliferação de determinadas células tumorais hematopoiéticas (incluindo as células tumorais plasmáticas do mieloma múltiplo e aquelas com deleção do cromossomo 5) e induz a expressão dos genes supressores tumorais, levando à interrupção do ciclo celular. As propriedades imunomoduladoras de Lenalidomida (substância ativa) incluem ativação de células T e células Natural Killer (NK), aumento do número de células T NK e inibição de citocinas pró-inflamatórias (por exemplo, TNF-? e IL-6) por monócitos. As propriedades pró-eritropoiéticas de Lenalidomida (substância ativa) incluem a expansão das células-tronco hematopoiéticas CD34+ e o aumento da produção de hemoglobina fetal. Nas células do mieloma múltiplo, a combinação de Lenalidomida (substância ativa) e dexametasona induz a expressão de genes supressores tumorais, ativa as caspases envolvidas na apoptose e inibe sinergeticamente a proliferação de células do mieloma múltiplo.
A Lenalidomida (substância ativa) se liga diretamente à proteína cereblon, um componente do complexo enzimático das ligases de ubiquitina E3 (Cullin-RING), que inclui a proteína de ligação ao ácido desoxirribonucleico (DNA) danificado 1 (DDB1), culina 4 (CUL4) e reguladores de culinas 1 (Roc1). Na presença de Lenalidomida (substância ativa), a cereblon liga os substratos de proteínas Aiolos e Ikaros, fatores transcripcionais linfocíticos, levando-os à ubiquitinação e subsequente degradação resultando em efeitos citotóxicos e imunomoduladores.
Em SMD (del 5q), foi demonstrado que Lenalidomida (substância ativa) inibe seletivamente a clonagem anormal por meio do aumento da apoptose das células de del 5q. A sensibilidade à Lenalidomida (substância ativa) em SMD del (5q) pode, pelo menos em parte, ser explicada pela regulação positiva dos genes (por exemplo, SPARC, p21, RPS14), os quais apresentam expressão reduzida decorrente da haploinsuficiência causada por del (5q).
Eletrofisiologia cardíaca
Um estudo de QTc (intervalo QT corrigido) foi conduzido para avaliar os efeitos de Lenalidomida (substância ativa) sobre o intervalo QT em doses únicas de 10 mg e 50 mg. Uma dose única de Lenalidomida (substância ativa) de até 50 mg não está associada com o prolongamento do intervalo QT em indivíduos sadios do sexo masculino. Isto indica que não se espera que Lenalidomida (substância ativa) resulte no prolongamento clinicamente significativo do intervalo QT em pacientes nas doses terapêuticas aprovadas.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Em voluntários sadios, a Lenalidomida (substância ativa) é rapidamente absorvida após a administração oral, com ocorrência da concentração plasmática máxima (Cmáx) entre 0,5 e 1,5 horas pós-dose. A disponibilidade farmacocinética de Lenalidomida (substância ativa) é linear. Cmáx e AUC aumentam proporcionalmente com os aumentos na dose. A administração de múltiplas doses com base no regime de tratamento recomendado, não resulta em acúmulo do medicamento.
A coadministração de Lenalidomida (substância ativa) com uma refeição hiperlipídica e hipercalórica em voluntários sadios reduz o tempo de absorção, resultando em uma redução de aproximadamente 20% na área sob a curva de concentração versus tempo (AUC) e uma redução de 50% na Cmáx plasmática.
No entanto, nos estudos clínicos pivotais em MM e SMD para registro, nos quais a eficácia e a segurança foram estabelecidas para Lenalidomida (substância ativa), o medicamento foi administrado independente da ingestão de refeições. Assim, Lenalidomida (substância ativa) pode ser administrada com ou sem alimentos.
Em pacientes com mieloma múltiplo (nível basal de creatinina sérica ? 1,5 mg/dL), Cmáx ocorre entre 0,5 a 6 horas pós-dose. A exposição plasmática (AUC e Cmáx) aumenta proporcionalmente com a dose após doses únicas e múltiplas. Doses múltiplas de 25 mg/dia não causam o acúmulo plasmático do medicamento. A exposição (AUC) em pacientes com mieloma múltiplo é mais elevada em comparação com voluntários sadios, uma vez que a depuração do medicamento é menor nesses pacientes do que em voluntários sadios. Isto é consistente com a função renal comprometida de pacientes com mieloma múltiplo (os ajustes de dose são recomendados para pacientes com depuração de creatinina (Clcr) lt; 60 mL/min; vide itens “8.2.1 – Mieloma múltiplo” e “8.5 – Uso em pacientes com função renal comprometida”).
Em pacientes com SMD de risco baixo ou intermediário-1, a dose oral única de 10 mg de Lenalidomida (substância ativa) é rapidamente absorvida, com a observação de Cmáx por volta de 1 hora pós-dose. Não houve acúmulo plasmático de Lenalidomida (substância ativa) com doses múltiplas de 10 mg por dia. Uma vez que muitos pacientes com SMD apresentam algum grau de comprometimento renal, a exposição (AUC) é mais elevada em pacientes com SMD em comparação com indivíduos sadios (os ajustes de dose são recomendados para pacientes com Clcr lt; 60 mL/min; vide itens “8.2.2 – Síndrome mielodisplásica” e “8.5 – Uso em pacientes com função renal comprometida”).
Distribuição
In vitro, a ligação de [14C]-Lenalidomida (substância ativa) às proteínas plasmáticas é aproximadamente 29% em voluntários sadios e 23% em pacientes com mieloma múltiplo.
Lenalidomida (substância ativa) está presente no sêmen (lt; 0,01% da dose) após a administração de 25 mg/dia e a mesma não é detectável no sêmen 3 dias após a interrupção do seu uso.
Metabolismo
In vitro, Lenalidomida (substância ativa) não é um substrato metabólico das enzimas hepáticas. Lenalidomida (substância ativa) na forma inalterada é o componente circulante predominante in vivo em humanos. Os dois metabólitos identificados são 5-hidróxiLenalidomida (substância ativa) e N-acetil-Lenalidomida (substância ativa); cada um constitui menos que 5% dos níveis da substância na circulação.
Excreção
Após a administração oral única de [14C]-Lenalidomida (substância ativa) (25 mg) a voluntários sadios, aproximadamente 90% e 4% da dose radioativa são eliminadas na urina e nas fezes, respectivamente. Aproximadamente 82% da dose radioativa são excretadas como Lenalidomida (substância ativa), quase que exclusivamente pela via urinária. Hidróxi-Lenalidomida (substância ativa) e N-acetilLenalidomida (substância ativa) representam 4,59% e 1,83% da dose excretada, respectivamente. A depuração renal de Lenalidomida (substância ativa) excede a taxa de filtração glomerular e, portanto, é no mínimo ativamente secretada até certo ponto.
Em pacientes com SMD, a excreção urinária de Lenalidomida (substância ativa) inalterada em 24 horas pós-dose é, em média, aproximadamente 65% da dose administrada.
Nas doses recomendadas (5 a 25 mg/dia), a meia-vida plasmática é aproximadamente de 3 horas em voluntários sadios e variou de 3 a 5 horas em pacientes com MM ou SMD.
Farmacocinética em crianças
Não existem dados disponíveis.
Farmacocinética em idosos
Não foram conduzidos estudos clínicos dedicados para avaliar a farmacocinética de Lenalidomida (substância ativa) em idosos. As análises farmacocinéticas da população incluíram pacientes com idades que variaram de 39 a 85 anos de idade e mostram que a idade não influencia a disponibilidade de Lenalidomida (substância ativa). Considerando que pacientes idosos são mais propensos a apresentar uma diminuição na função renal, recomenda-se cautela na seleção de dose e a monitorização da função renal.
Farmacocinética no comprometimento renal
A farmacocinética de Lenalidomida (substância ativa) foi estudada em pacientes com comprometimento renal em decorrência de condições não malignas. Neste estudo, 5 pacientes com comprometimento leve da função renal (Clcr 56-74 mL/min), 6 pacientes com comprometimento moderado da função renal (Clcr 33-46 mL/min), 6 pacientes com comprometimento grave da função renal (Clcr 17-29 mL/min), e 6 pacientes com nefropatia em estágio terminal com necessidade de diálise, receberam uma dose oral única de 25 mg de Lenalidomida (substância ativa). Como comparador de grupo controle, 7 indivíduos sadios em idade similar com função renal normal (Clcr 83-145 mL/min) também receberam uma dose oral única de 25 mg de Lenalidomida (substância ativa).
Os resultados deste estudo mostraram que a farmacocinética de Lenalidomida (substância ativa) foi similar em pacientes com comprometimento leve de Clcr 56-74 mL/min e indivíduos sadios. Pacientes com comprometimento moderado e grave apresentaram um aumento de 3 vezes na meia-vida e uma redução de 66% a 75% na depuração em comparação com indivíduos sadios. Pacientes em hemodiálise apresentaram um aumento de aproximadamente 4,5 vezes na meia-vida e uma redução de 80% na depuração em comparação com indivíduos sadios. Aproximadamente 30% do medicamento no organismo foram removidos em uma sessão de diálise de 4 horas.
É recomendado ajuste da dose inicial de Lenalidomida (substância ativa) em pacientes com comprometimento moderado a grave (Clcr lt; 60 mL/min) e em pacientes sob diálise (vide item “8.5 – Uso em pacientes com função renal comprometida”).
Farmacocinética no comprometimento hepático
As análises farmacocinéticas da população incluíram pacientes com comprometimento hepático leve (N = 16, bilirrubina total gt; 1,0 a ? 1,5 x LSN ou AST gt; LSN) e mostraram que o comprometimento hepático leve não influencia a disponibilidade de Lenalidomida (substância ativa). Não existem dados disponíveis para pacientes com comprometimento hepático moderado a grave.
Outros fatores intrínsecos
As análises farmacocinéticas da população mostraram que o peso corporal (33-135 kg), sexo, raça e tipo de malignidade hematológica (MM e SMD) não apresentam um efeito clinicamente relevante sobre a depuração de Lenalidomida (substância ativa) em pacientes adultos.
Cuidados de Armazenamento do Revlimid
Revlimid deve ser conservado em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do produto
Revlimid 5 mg
Apresenta-se na forma de cápsula dura opaca, branca a quase branca, com a gravação ‘rev’ de um lado e “5 mg” do outro em tinta preta.
Revlimid 10 mg
Apresenta-se na forma de cápsula dura opaca, verde azulada e amarela clara, com a gravação ‘rev’ de um lado e “10 mg” do outro em tinta preta.
Revlimid 15 mg
Apresenta-se na forma de cápsula dura opaca, branca a quase branca e azul clara, com a gravação ‘rev’ de um lado e “15 mg” do outro em tinta preta.
Revlimid 25 mg
Apresenta-se na forma de cápsula dura opaca, branca a quase branca, com a gravação ‘rev’ de um lado e “25 mg” do outro em tinta preta.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Revlimid
MS – 1.9614.0002
Farm. Resp.:
Erika Mayumi Matsumoto
CRF-SP nº 27.346
Fabricado por:
Celgene International Sàrl, Boudry, Suíça.
Importado por:
Celgene Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Trindade, 125
Blocos 5 e 6, Vargem Grande Paulista/SP
CNPJ: 17.625.281/0002-51
SAC
0800 2354363
Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita.