Distúrbio epiléptico
Rivotril® é indicado para tratar crises epilépticas e espasmos infantis (Síndrome de West).
Adulto
Rivotril® também é indicado para:
Transtornos de ansiedade
- Como ansiolítico em geral;
- Distúrbio do pânico com ou sem medo de espaços abertos;
- Fobia social (medo de situações como falar em público).
Transtornos do humor
- Transtorno afetivo bipolar (fases de depressão e mania): tratamento da mania;
- Depressão maior: associado a antidepressivos na depressão ansiosa e início do tratamento.
Síndromes psicóticas
- Acatisia (inquietação extrema, geralmente provocada por medicamentos psiquiátricos);
- Síndrome das pernas inquietas (desconforto ou dor nas pernas que leva a necessidade de movimentá-las, prejudicando o sono).
Vertigem e distúrbios do equilíbrio
Náuseas, vômitos, desmaios, quedas, zumbidos e distúrbios auditivos.
Síndrome da boca ardente (sensação de queimação na parte interna da boca, sem alterações físicas).
Como o Rivotril Comprimido funciona?
Clonazepam pertence à classe dos benzodiazepínicos, medicamentos que causam inibição leve do sistema nervoso, com consequente ação anticonvulsivante, sedativa leve, relaxante muscular e tranquilizante.
Exclusivo Comprimido
A ação de Rivotril® oral dose única inicia em 30 a 60 minutos e se estende por 6 a 8 h em crianças e 8 a 12 h em adultos.
Contraindicação do Rivotril Comprimido
Rivotril® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a clonazepam ou a qualquer dos excipientes do medicamento, em pacientes com insuficiência respiratória grave ou comprometimento do fígado grave, pois os benzodiazepínicos podem levar à ocorrência de comprometimento do sistema nervoso, secundário ao problema no fígado.
Rivotril® comprimidos e Rivotril® gotas são contraindicados para o tratamento de transtornos do pânico em pacientes com histórico médico de apneia do sono.
Rivotril® é contraindicado a pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado.
Rivotril® pode ser usado por pacientes com glaucoma de ângulo aberto, desde que estejam recebendo terapia apropriada.
Como usar o Rivotril Comprimido
A dose de Rivotril® depende da doença, da resposta clínica, idade e tolerabilidade.
Recomenda-se que o tratamento inicie com doses mais baixas, que podem ser aumentadas se necessário.
Siga a orientação médica.
Exclusivo Comprimido
Tome os comprimidos por via oral com pouca quantidade de líquido não alcoólico.
Exclusivo Comprimido Sublingual
Colocar o comprimido sublingual debaixo da língua para ser dissolvido na saliva e absorvido por pelo menos, 3 minutos, sem ser deglutido.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Posologia do Rivotril Comprimido
Distúrbios epilépticos
Adultos
Dose inicial
Não exceder 1,5 mg/dia, dividida em 3 doses. Aumentar a critério médico.
Dose de manutenção será definida pelo seu médico, de acordo com sua resposta.
Dose diária máxima recomendada
20 mg.
Se você já usa outro anticonvulsivante, avise seu médico.
Crianças entre 10 e 16 anos de idade
Dose inicial
1 a 1,5 mg/dia, dividido em 2 a 3 doses. A dose pode ser aumentada, a critério médico, até atingir a dose de manutenção individual, usualmente de 3 a 6 mg/dia.
Sempre que possível, dividir a dose diária em 3 doses iguais. Caso não seja possível, a maior dose deve ser tomada antes de deitar.
Transtornos de ansiedade
Distúrbio do pânico – Adultos
Dose inicial
0,5 mg/dia, dividida em 2 doses. Pode-se aumentar a dose a critério médico.
Dose de manutenção a critério médico, de acordo com sua resposta. A dose tomada ao deitar reduz a inconveniência da sonolência e pode ser desejável no início do tratamento. A retirada deve ser gradual, até que o medicamento seja totalmente suspenso.
Como ansiolítico em geral
0,25 mg a 4,0 mg/dia. Dose recomendada: 0,5 a 1,5 mg/dia (dividida em 3x/dia).
Fobia social
0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3x/dia).
Dose recomendada de 1,0 a 2,5 mg/dia.
Transtornos do humor
Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania)
1,5 mg a 8 mg/dia.
Dose recomendada
2,0 a 4,0 mg/dia.
Depressão maior (associado a antidepressivos)
0,5 a 6,0 mg/dia.
Dose recomendada de 2,0 a 4,0 mg/dia.
Síndromes psicóticas
Acatisia
0,5 mg a 4,5 mg/dia.
Dose recomendada de 0,5 a 3,0 mg/dia.
Síndrome das pernas inquietas
0,5 mg a 2,0 mg/dia.
Vertigem e distúrbios do equilíbrio
0,5 mg a 1,0 mg ao dia (2x/dia).
Doses diárias superiores a 1,0 mg não são recomendáveis.
Síndrome da boca ardente
0,25 a 6,0 mg/dia.
Dose recomendada de 1,0 a 2,0 mg/dia.
Uso em idosos
A dose mais baixa possível deve ser utilizada em idosos. Deve-se ter especial cuidado durante as alterações na dose.
Comprometimento do fígado
Pacientes com comprometimento do fígado grave não devem ser tratados com clonazepam e pacientes com comprometimento hepático leve a moderado devem receber a dose mais baixa possível.
Instruções especiais de administração
Rivotril® pode ser usado com outros antiepilépticos. Nesse caso, seu médico ajustará a dose de cada medicamento para atingir o efeito ideal.
Não pare de tomar Rivotril® subitamente, você pode ter novas crises epilépticas. Somente seu médico poderá orientar a interrupção do tratamento reduzindo gradualmente a dose utilizada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Exclusivo Comprimido
Recém-nascidos e crianças até 10 anos de idade ou 30 kg de peso
Dose inicial média
0,01 a 0,03 mg/kg/dia. Não exceder 0,05 mg/kg/dia, dividido em 2 ou 3 doses diárias.
Exclusivo Comprimido sublingual
Nas crises agudas de pânico
1 comprimido de Rivotril® sublingual.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Rivotril Comprimido?
Nunca dobre a dose na próxima tomada. Apenas continue com a próxima dose no tempo determinado.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Rivotril Comprimido
Antes de tomar Rivotril®, informe seu médico se você tem ou teve:
- Outros problemas de saúde, como doenças nos rins ou fígado (p/ ex.: cirrose hepática), distúrbio neuromuscular ou respiratório, porfiria (doença onde ocorre deficiência de enzimas específicas na via da biossíntese do heme);
- Sinais ou sintomas de depressão e/ou tentativa de suicídio;
- Intolerância à galactose (açúcar) ou deficiência de lactase (enzima que quebra a lactose);
- Ataxia cerebelar ou espinhal (descoordenação dos movimentos por problema do cerebelo ou medula);
- Uso regular ou intoxicação aguda por álcool ou drogas.
Pode ocorrer perda de efeito durante o tratamento com clonazepam.
Não tome Rivotril® com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central, essa combinação pode aumentar os efeitos de Rivotril®, com potencial sedação grave que pode resultar em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória.
Caso ocorram reações paradoxais durante o tratamento, fale com seu médico, pois o uso do medicamento deve ser descontinuado.
Pode ocorrer amnésia anterógrada (perda da habilidade de criar novas memórias e absorver novas informações) com o uso de benzodiazepínicos em doses terapêuticas.
Rivotril® pode precipitar o estado de mal epiléptico (crises epilépticas em sequência rápida). Fale com seu médico antes de aumentar a dose ou interromper abruptamente esta medicação.
Abuso e dependência do medicamento
O uso de benzodiazepínicos pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psícológica. O risco de dependência aumenta com a dose, tratamentos prolongados e em pacientes com história de abuso de álcool ou drogas.
Em caso de dependência, especialmente com doses elevadas, a descontinuação brusca do tratamento será acompanhada por sintomas de abstinência:
Psicoses, distúrbio comportamental, tremor, sudorese, agitação, distúrbios do sono e ansiedade, dor de cabeça, diarreia, dores musculares, câimbras, ansiedade extrema, tensão, cansaço, inquietação, alteração de humor, confusão, irritabilidade e convulsões epiléticas que podem ser associadas à doença de base.
Em casos graves, desrealização (sentimentos de estranhamento ou distanciamento em relação ao ambiente), despersonalização (processo psíquico, onde se tem a impressão de que se é estranho a si mesmo), hipersensibilidade ao som, luz, ruídos e ao contato físico, sensações anormais, formigamentos, alucinações.
O risco dos sintomas de abstinência é maior após descontinuação súbita do tratamento, portanto a retirada brusca do medicamento deve ser evitada.
O tratamento (mesmo de curta duração) deve ser interrompido pela redução gradativa da dose diária.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Clonazepam pode lentificar as reações, efeito agravado com o uso de álcool.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Até o momento, não há informações de que Rivotril® cause doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.
Gravidez e amamentação
Rivotril® só deve ser administrado a gestantes se houver indicação absoluta e se os benefícios potenciais superarem os riscos para o feto. Rivotril® pode prejudicar seu bebê.
Informe seu médico se estiver grávida ou se está tentando engravidar.
O uso de altas doses no último trimestre da gestação ou no trabalho de parto pode causar irregularidades no batimento cardíaco do feto e baixa temperatura corpórea, falta de tônus muscular, depressão respiratória e dificuldade de sucção no bebê. Tanto a gestação quanto a suspensão de Rivotril® podem exacerbar a epilepsia.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe seu médico se estiver amamentando. Se você realmente precisar tomar Rivotril
®
, a amamentação deve ser descontinuada
.
Uso em crianças
Avaliar o risco/benefício do uso de Rivotril® a longo prazo em pacientes pediátricos com distúrbios epilépticos.
Rivotril® pode aumentar a salivação e as secreções brônquicas em lactentes e crianças pequenas.
Não há dados de eficácia/segurança de Rivotril® em menores de 18 anos com distúrbio do pânico.
Atenção: manter as vias aéreas livres.
Uso em idosos
Os efeitos dos benzodiazepínicos parecem ser maiores em pacientes idosos do que em pacientes mais jovens, mesmo em concentrações plasmáticas similares.
Reações Adversas do Rivotril Comprimido
Algumas reações são transitórias e desaparecem espontaneamente no decorrer do tratamento ou com redução da dose.
As reações que ocorreram em ? 5% dos pacientes em estudos clínicos foram:
Sonolência, dor de cabeça, infecção das vias aéreas superiores, cansaço, gripe, depressão, vertigem, irritabilidade, insônia, perda da coordenação de movimentos e da marcha, perda do equilíbrio, náusea, sensação de cabeça leve, sinusite e concentração prejudicada.
Pós-comercialização
Distúrbios do sistema imunológico
Reações alérgicas e muito poucos casos de anafilaxia (reação alérgica grave).
Distúrbios endócrinos
Casos isolados, reversíveis, de puberdade precoce incompleta em crianças.
Distúrbios psiquiátricos
Amnésia, alucinações, histeria, psicose, tentativa de suicídio, despersonalização, distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações, distúrbios emocionais e de humor, estado confusional e desorientação.
Depressão pode estar associada à doença de base.
Reações paradoxais
Inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, nervosismo, hostilidade, ansiedade, distúrbios do sono, delírio, raiva, pesadelos, sonhos anormais, alucinações, psicose, hiperatividade, comportamento inapropriado e outros efeitos comportamentais. Alterações da libido (casos raros). Dependência e retirada.
Distúrbios do sistema nervoso
Diminuição da concentração, sonolência, lentificação, hipotonia muscular, tonturas, ataxia são frequentes e geralmente transitórias. Dor de cabeça (raro).
Distúrbios reversíveis
Dificuldade para articular a fala, incoordenação de movimentos e da marcha, movimento anormal dos olhos.
Pode haver esquecimento de fatos recentes, associado a alteração de comportamento.
Pode haver aumento das crises convulsivas em determinadas formas de epilepsia. Perda da voz, movimentos grosseiros e descoordenados de braços e pernas, coma, tremor, perda de força de um lado do corpo, sensação de cabeça leve, falta de energia e formigamento e alteração da sensibilidade nas extremidades.
Distúrbios oculares
Visão dupla reversível, aparência de “olho vítreo”.
Distúrbios cardiovasculares
Palpitações, dor torácica, insuficiência cardíaca (incluindo parada cardíaca).
Distúrbios respiratórios
Congestão pulmonar, congestão nasal, hipersecreção, tosse, falta de ar, bronquite, rinite, faringite.
Pode ocorrer depressão respiratória.
Rivotril® pode aumentar a produção de saliva ou de secreção brônquica (secreção nas vias aéreas) em lactentes e crianças.
Distúrbios gastrintestinais
Perda do apetite, língua saburrosa, constipação, diarreia, boca seca, incontinência fecal (perda do controle da evacuação), gastrite, aumento do fígado, apetite aumentado, gengivas doloridas, dor abdominal, inflamação gastrintestinal, dor de dente. Náuseas e sintomas epigástricos (raro) (sintomas na região do estômago).
Distúrbios da pele / tecido subcutâneo
Urticária (placas avermelhadas na pele que coçam bastante), coceira, erupção cutânea, perda de cabelo transitória, crescimento anormal de pelos, inchaço na face e tornozelo, alterações da pigmentação (raro).
Distúrbios musculoesqueléticos / tecido conectivo
Fraqueza muscular, frequente e geralmente transitória.
Dor muscular, dor nas costas, fratura traumática, dor na nuca, deslocamentos e tensões.
Distúrbios renais / urinários
Dificuldade para urinar, perda urinária durante o sono, noctúria (levantar para urinar à noite), retenção urinária, infecção do trato urinário. Incontinência (raro).
Distúrbios do sistema reprodutivo
Cólicas menstruais, diminuição de interesse sexual. Impotência (raro).
Distúrbios gerais
Fadiga frequente e geralmente transitória.
Lesões e envenenamento
Quedas e fraturas. Risco maior em pessoas usando outros sedativos incluindo bebidas alcoólicas e em idosos.
Exames complementares
Diminuição do número de plaquetas (raro). Diminuição dos glóbulos brancos e anemia, alterações dos exames da função do fígado.
Distúrbios do ouvido
Otite, vertigem.
Diversas
Desidratação, deterioração geral, febre, aumento dos gânglios linfáticos, ganho ou perda de peso, infecção viral.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Composição do Rivotril Comprimido
Comprimido
Comprimidos de 0,5 mg
0,5 mg de clonazepam.
Excipientes:
lactose, amido de milho, amido pré-gelatinizado, óxido de ferro amarelo, óxido férrico, talco, estearato de magnésio.
Comprimidos de 2,0 mg
2,0 mg de clonazepam.
Excipientes:
lactose, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio, celulose microcristalina.
Comprimido sublingual
Comprimidos sublinguais de 0,25 mg
Clonazepam 0,25 mg
Excipientes:
celulose microcristalina, manitol, amidoglicolato de sódio e estearilfumarato de sódio.
Apresentação do Rivotril Comprimido
Comprimido
Comprimidos de 0,5 mg ou 2 mg. Caixa com 20 ou 30 comprimidos.
Via oral.
Uso adulto e pediátrico.
Comprimido Sublingual
Comprimidos sublinguais de 0,25 mg. Caixa com 30 comprimidos.
Via sublingual.
Uso adulto e pediátrico.
Superdosagem do Rivotril Comprimido
Sintomas
Os benzodiazepínicos geralmente causam sonolência, ataxia (perda da coordenação dos movimentos), disartria, nistagmo, confusão mental, excitação e lentidão de movimento. A superdose de Rivotril® está raramente associada com risco de morte, caso o medicamento tenha sido tomado isoladamente, mas pode levar à arreflexia (ausência de reflexos), apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma.
Se ocorrer coma, normalmente tem duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em idosos. A depressão respiratória por benzodiazepínicos é mais séria em pacientes com doença respiratória.
Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool.
Conduta
Monitorar sinais vitais e instituir medidas de suporte a critério médico.
Advertência
Flumazenil não é indicado a pacientes com epilepsia que foram tratados com benzodiazepínicos.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Rivotril Comprimido
Informe seu médico se estiver tomando outros medicamentos, incluindo as substâncias a seguir, pois elas podem interagir com Rivotril®:
- Depressores do sistema nervoso central e álcool;
- Medicamentos que agem no sistema nervoso (antidepressivos, medicamentos para dormir, alguns analgésicos, antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes);
- Medicamentos para o estômago.
Interações fármaco-alimento
Interações com alimentos não foram estabelecidas.
O suco de toranja pode aumentar o efeito de Rivotril®.
Interações fármaco-laboratório
Interações com testes laboratoriais não foram estabelecidas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia do Rivotril Comprimido
Interações com alimentos não foram estabelecidas. Sob condições de sono laboratorial, cafeína e clonazepam têm efeitos mutuamente antagônicos, não tendo sido encontradas alterações sobre parâmetros relacionados ao sono (estágio de adormecimento e tempo total do sono), quando esses dois medicamentos são administrados simultaneamente.
O suco de toranja diminui a atividade do citocromo P-450 3A4, que está envolvido no metabolismo de clonazepam, e pode contribuir para o aumento das concentrações plasmáticas do fármaco.
Ação da Substância Rivotril Comprimido
Resultados de Eficácia
Distúrbio epiléptico
O Clonazepam (substância ativa) é eficaz no tratamento de crises epilépticas do tipo ausência em pacientes refratários à terapia convencional.
É também efetivo no controle da epilepsia precipitada por estímulo sensorial, como a epilepsia fotomioclônica ou epilepsia de “leitura”.
Crises parciais complexas e focais respondem melhor ao Clonazepam (substância ativa), em comparação a outros fármacos. Embora Clonazepam (substância ativa) seja tão eficaz quanto diazepam no tratamento de status epilepticus, seu uso é limitado, por causa do efeito depressor no sistema cardiorrespiratório.
Estudos demonstraram que a terapêutica com Clonazepam (substância ativa) permite a redução ou interrupção de outro anticonvulsivante já em uso.
O Clonazepam (substância ativa) não é efetivo no tratamento de mioclonia pós-anóxica, porém é eficaz na epilepsia mioclônica e no controle de movimentos mioclônicos com disartria.
Em crianças, Clonazepam (substância ativa) é eficaz no tratamento de convulsões motoras menores e crises tipo “pequeno mal” refratárias nas doses de 0,05 a 0,3mg/kg/dia, divididas em doses, reduzindo as crises em até 70% dos pacientes.
Transtornos de ansiedade
A terapêutica com Clonazepam (substância ativa) é eficaz para o tratamento de transtorno do pânico a curto prazo com ou sem agorafobia. O uso de Clonazepam (substância ativa) por mais de nove semanas não foi avaliado. A eficácia em crianças abaixo de 18 anos não foi estabelecida.
O tratamento da fobia com o uso de Clonazepam (substância ativa) é eficaz.
Transtornos do humor
Estudos demonstraram que o uso de Clonazepam (substância ativa) reduz os sintomas de mania em pacientes em surto.
A terapêutica com Clonazepam (substância ativa) na dose de 1,5 a 6mg/dia foi eficaz no tratamento da depressão em 81% dos casos, com início do efeito ocorrendo a partir da primeira semana de tratamento. Quando adicionado à fluoxetina, o uso de Clonazepam (substância ativa) na dose de 0,5 a 1mg, ao deitar-se, mostrou-se superior ao uso de fluoxetina como monoterapia. Esse efeito foi observado nas primeiras semanas de tratamento.
Emprego em síndromes psicóticas
A eficácia de Clonazepam (substância ativa) no tratamento de acatisia tem sido demonstrada em relato de casos.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
O uso de Clonazepam (substância ativa) na dose de 0,5 a 2mg, ao deitar-se, mostrou-se efetivo na síndrome das pernas inquietas, reduzindo de modo significativo os movimentos das pernas, melhorando assim o padrão de sono analisado por polissonografia.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio
O Clonazepam (substância ativa) é efetivo no tratamento de vertigem e distúrbios de equilíbrio.
Tratamento da síndrome da boca ardente
O uso de Clonazepam (substância ativa) no tratamento da síndrome da boca ardente de etiologia desconhecida resultou em melhora dos sintomas em 70% dos pacientes.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
O Clonazepam (substância ativa) apresenta propriedades farmacológicas comuns aos benzodiazepínicos, que incluem efeitos anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. Assim como acontece com outros benzodiazepínicos, acredita-se que esses efeitos podem ser mediados principalmente pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA, embora os dados em animais tenham mostrado adicionalmente um efeito de Clonazepam (substância ativa) sobre a serotonina. Os dados em animais e as pesquisas eletroencefalográficas em humanos mostraram que Clonazepam (substância ativa) suprime rapidamente muitos tipos de atividade paroxística, incluindo o aparecimento de ondas pontiagudas e descarga de ondas na ausência de convulsões (pequeno mal), ondas lentas pontiagudas, ondas pontiagudas generalizadas, espículas temporais ou de outra localização, bem como espículas e ondas irregulares.
As anormalidades generalizadas do eletroencefalograma são suprimidas mais regularmente que as anormalidades focais. De acordo com esses achados, Clonazepam (substância ativa) apresenta efeitos benéficos em epilepsias generalizadas e focais.
Farmacocinética
Absorção
O Clonazepam (substância ativa) é rapidamente e quase completamente absorvido após administração oral de Clonazepam (substância ativa) comprimidos. As concentrações plasmáticas máximas de Clonazepam (substância ativa) são alcançadas dentro de 1-4 horas. A meia-vida de absorção é de, aproximadamente, 25 minutos. A biodisponibilidade absoluta é 90%.
As concentrações de Clonazepam (substância ativa) no estado de equilíbrio, para um esquema de administração de uma dose/dia, são três vezes maiores que aquelas obtidas com uma única dose oral. As taxas previstas de acúmulo para regimes diários de duas vezes e três vezes são 5 e 7, respectivamente. Após doses orais múltiplas de 2mg, três vezes ao dia, as concentrações do estado de equilíbrio pré-dose de Clonazepam (substância ativa) atingiram uma média de 55ng/mL. A relação entre a concentração plasmática e dose administrada de Clonazepam (substância ativa) é linear. As concentrações plasmáticas anticonvulsivantes alvo de Clonazepam (substância ativa) variam de 20 a 70ng/mL. A concentração plasmática limiar de Clonazepam (substância ativa), em pacientes com doença do pânico, é de, aproximadamente, 17ng/mL.
Distribuição
O Clonazepam (substância ativa) distribui-se rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação preferencial pelas estruturas cerebrais.
O volume médio de distribuição de Clonazepam (substância ativa) é estimado em cerca de 3 L/kg. A meia-vida de distribuição é aproximadamente 0,5 – 1 hora. A ligação às proteínas plasmáticas de Clonazepam (substância ativa) é entre 82% e 86%.
Metabolismo
O Clonazepam (substância ativa) é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de metabólitos na urina e bile. A biotransformação ocorre, principalmente, pela redução do grupo 7-nitro para o derivado 4-amino. O principal metabólito é o 7-amino-Clonazepam (substância ativa), que tem apresentado apenas discreta atividade anticonvulsivante. Foram também identificados quatro outros metabólitos que estão presentes em proporção muito pequena: o produto pode ser acetilado para formar 7-acetamido-Clonazepam (substância ativa) ou glucuronizado. O 7-acetamido-Clonazepam (substância ativa) e o 7-amino-Clonazepam (substância ativa) podem ser adicionalmente oxidados e conjugados.
Os citocromos P-450 da família 3A desempenham importante papel no metabolismo de Clonazepam (substância ativa), particularmente na nitroredução de Clonazepam (substância ativa) em metabólitos farmacologicamente inativos.
Os metabólitos estão presentes na urina sob a forma livre e como componentes conjugados (glucuronídeo e sulfato).
Eliminação
A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas. A depuração é 55mL/min.
Cinquenta por cento a 70% da dose oral de Clonazepam (substância ativa) é excretada na urina e 10% a 30% nas fezes, quase exclusivamente sob a forma livre ou de metabólitos conjugados. Menos de 2% de Clonazepam (substância ativa) inalterado aparece na urina.
Os dados disponíveis indicam que a farmacocinética de Clonazepam (substância ativa) é dose independente. Em voluntários participantes de estudos com dose múltipla, as concentrações plasmáticas de Clonazepam (substância ativa) são proporcionais à dose. A farmacocinética de Clonazepam (substância ativa) após a administração repetida é previsível por estudos de dose única. Isso não representa evidência de que Clonazepam (substância ativa) induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outros medicamentos em humanos.
As cinéticas de eliminação em crianças são similares àquelas observadas em adultos.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Não foram realizados estudos controlados para examinar a influência do sexo e idade sobre a farmacocinética de Clonazepam (substância ativa). Não foi estudado o efeito das doenças renais e hepáticas sobre a farmacocinética de Clonazepam (substância ativa). Entretanto, com base nos critérios farmacocinéticos, não há necessidade de ajustes de dose em pacientes com insuficiência renal.
A meia-vida de eliminação e os valores de depuração em recém-nascidos estão na mesma ordem de magnitude daqueles relatados em adultos.
A farmacocinética de Clonazepam (substância ativa) em pacientes idosos não foi estabelecida.
Estudos pré-clínicos
Carcinogenicidade, mutagenicidade, infertilidade
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com Clonazepam (substância ativa), porém um estudo com o medicamento oral administrado cronicamente por 18 meses em ratos não revelou nenhum tipo de tumor relacionado ao Clonazepam (substância ativa) em doses testadas até 300mg/kg/dia. Adicionalmente, não há evidência de potencial mutagênico, conforme confirmado pelos três testes de reparo (rec. Pol, Uvr.) e testes de reversão (Ames) ambos in vitro ou em ratos (in vitro / in vivo). Em estudo de fertilidade de duas gerações com Clonazepam (substância ativa) administrado oralmente para ratos em doses de 10 ou 100mg/kg/dia, foi constatada diminuição do número de gravidez e diminuição da sobrevivência de crias até desmamar. Esses efeitos não foram observados em nível de dose de 5mg/kg/dia.
Teratogenicidade
Não foram observados efeitos adversos maternos ou embriofetais em ratos e camundongos, após administração de Clonazepam (substância ativa) oral, durante a organogênese, em doses de até 20 ou 40mg/kg/dia, respectivamente. Em vários estudos em coelhos, após administração de doses de Clonazepam (substância ativa) de até 20mg/kg/dia, foi observada baixa incidência, não relacionada à dose, de um padrão de malformações similares [palato fendido, pálpebra aberta, alterações no osso esterno (estérnebra) e imperfeições dos membros].
Cuidados de Armazenamento do Rivotril Comprimido
Rivotril® comprimidos de 0,5 mg, 2,0 mg e os comprimidos sublinguais de 0,25 mg devem ser armazenados em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Comprimido
0,5 mg
Apresentam formato cilíndrico biplano e cor laranja pálido.
2,0 mg
Apresentam formato cilíndrico biplano e cor branca a levemente amarelada.
Comprimido Sublingual
Os comprimidos sublinguais de 0,25 mg de Rivotril® apresentam formato cilíndrico de cor branca.
Características organolépticas
Comprimido
Rivotril® comprimidos de 0,5 mg e 2,0 mg e os comprimidos sublinguais de 0,25 mg não apresenta características marcantes que o diferenciem de outros comprimidos.
Comprimido sublingual
Rivotril® comprimidos sublinguais não apresentam características marcantes que o diferenciem de outros comprimidos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Rivotril Comprimido
Reg. MS-1.0100.0072
Farm. Resp.:
Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ n° 6942
Fabricado por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020
CEP 22775-109
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Indústria Brasileira
Serviço Gratuito de Informações
0800 7720 289
Venda sob prescrição médica.
O abuso deste medicamento pode causar dependência.