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Bula do Roferon A

Neoplasmas do sistema linfático ou hematopoiético (tumores no sistema linfático ou no sistema de produção do sangue):

Neoplasmas sólidos (tumores):

Doenças virais:

Terapia em combinação com ribavirina:

Se você é portador de hepatite C crônica, consulte também a bula de ribavirina, caso seu tratamento inclua a alfainterferona 2a administrada em combinação com ribavirina.

O seu médico poderá lhe explicar melhor os detalhes da sua doença.

Como o Roferon-A funciona?


A alfainterferona 2a é uma substância naturalmente produzida pelo corpo humano, que faz parte de um conjunto de substâncias chamadas citocinas. A alfainterferona 2a apresenta atividade biológica ativando genes, influenciando o crescimento e a divisão celular, além de modular algumas ações do sistema imunológico (defesa do organismo).

Contraindicação do Roferon A

A substituição de Roferon-A por qualquer outro medicamento biológico exige o consentimento do médico prescritor.

Você não deverá aplicar este produto se for alérgico à alfainterferona 2a ou a qualquer substância contida neste medicamento.

Não deverão fazer uso deste produto pacientes com doença no coração, insuficiência grave dos rins, do fígado ou da medula óssea, com hepatite crônica em tratamento ou recentemente tratada com medicamentos imunossupressores, com hepatite crônica avançada, cirrose ou doença hepática descompensada, com leucemia mieloide crônica e que poderão ser submetidos a transplante de medula óssea em um futuro imediato, além de pacientes acometidos de convulsões ou comprometimento funcional do sistema nervoso central.

Este medicamento é contraindicado para menores de 3 anos.

A solução injetável de Roferon-A contém álcool benzílico. Houve relatos de déficit neuropsiquiátrico permanente e falência múltipla de órgãos associados com o álcool benzílico em neonatos, crianças prematuras e crianças com até 3 anos.

O uso em crianças e idosos não é recomendado, uma vez que não há estudos clínicos específicos para essas populações.

A ribavirina administrada em combinação com Roferon-A não deve ser usada por mulheres grávidas. Por favor, consulte também a bula do medicamento ribavirina.

Como usar o Roferon A

Se você tiver que tomar ribavirina com Roferon-A, também consulte a bula de ribavirina.

Roferon-A deverá ser administrado durante 8 a 12 semanas, por via subcutânea (aplicação de injeção sob a pele). Após esse período, seu médico decidirá se você deve continuar o tratamento. Seu médico informará qual a dose de Roferon-A que você receberá. Roferon-A é administrado uma vez por dia, no máximo, não ultrapassando a dose de 36 milhões de unidades internacionais (MUI) por dia.

Se você responder bem ao medicamento, poderá continuar o tratamento durante o tempo indicado pelo seu médico.

As seringas preenchidas destinam-se à administração de uma dose única. O medicamento restante não utilizado deve ser descartado. Se tiver dúvidas ou necessitar de informação adicional, procure seu médico.

Não altere a dose que seu médico prescreveu. Se você achar o efeito do medicamento muito fraco ou muito forte, fale com o seu médico.

Posologia do Roferfon-A


Tricoleucemia

Dose inicial:

3 milhões de UI/dia, durante 16 a 24 semanas. Caso se observe intolerância, a dose diária deve ser diminuída para 1,5 milhão de UI ou o esquema de administração pode ser alterado para três vezes por semana, ou ambos.

Dose de manutenção:

3 milhões de UI, três vezes por semana. Caso se observe intolerância, a dose deve ser diminuída para 1,5 milhão de UI por semana.

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados por, aproximadamente, seis meses, antes de o médico responsável decidir pela continuação do tratamento naqueles pacientes que responderam ou pela descontinuação naqueles que não apresentaram resposta. Alguns pacientes têm sido tratados por até 20 meses consecutivos.

A duração ideal do tratamento com Roferon-A em pacientes com tricoleucemia ainda não foi determinada.

A dose mínima eficaz de Roferon-A em tricoleucemia não foi estabelecida.

Linfoma cutâneo de células T

Dose inicial:

As doses devem ser aumentadas gradualmente até atingir 18 milhões de UI por dia, por um total de 12 semanas, em pacientes com mais de 18 anos.

Recomenda-se o seguinte esquema escalonado:

Dose de manutenção:

Roferon-A deve ser administrado 3 vezes por semana, na dose máxima tolerada pelo paciente, nunca ultrapassando 18 milhões de UI.

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados por, um mínimo, de 8 semanas e, preferencialmente, por 12 semanas, antes que o médico decida pela continuação do tratamento naqueles pacientes que responderam ou pela interrupção nos que não apresentaram resposta.

A duração mínima do tratamento em pacientes que responderam deve ser de 12 meses, para que se possa ter uma chance maior de obter resposta completa e prolongada. Alguns pacientes são tratados por até 40 meses consecutivos. A duração ideal do tratamento com Roferon-A em pacientes com linfoma cutâneo de células T não foi determinada.

Leucemia mieloide crônica

Dose:

Roferon-A deve ser administrado a pacientes com 18 anos ou mais.

Recomenda-se o seguinte esquema escalonado:

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados por, no mínimo, 8 semanas e, de preferência, por, pelo menos, 12 semanas, antes que o médico decida pela continuação do tratamento naqueles pacientes que responderam ou pela descontinuação naqueles que não apresentaram melhora nos resultados dos exames de sangue.

Os pacientes que respondem devem ser tratados até que se obtenha remissão hematológica completa ou por um período máximo de 18 meses. Todos os pacientes com respostas hematológicas completas devem continuar o tratamento com 9 milhões de UI/dia (dose ideal) ou 9 milhões de UI, três vezes por semana (dose mínima), a fim de se alcançar uma resposta citogenética no menor tempo possível. A duração ideal do tratamento com Roferon-A para leucemia mieloide crônica não foi determinada, embora respostas citogenéticas tenham sido observadas dois anos após o início do tratamento.

A segurança, a eficácia e a dose ideal de Roferon-A em crianças com leucemia mieloide crônica ainda não foram estabelecidas.

Trombocitose associada com doenças mieloproliferativas

Trombocitose (aumento excessivo do número de plaquetas, que são elementos importantes para a coagulação do sangue) ocorre com frequência na leucemia mieloide crônica e é característica da trombocitopenia essencial.

A natureza mórbida da trombocitose grave é refletida pela frequente manifestação de diátese séria ou trombótica.

Trombocitose em leucemia mieloide crônica

Recomenda-se a administração do seguinte esquema para trombocitose em leucemia mieloide crônica:

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados por, no mínimo, 8 semanas e, de preferência, por, pelo menos, 12 semanas, antes que o médico decida pela manutenção do tratamento nos pacientes que responderam ao tratamento ou pela descontinuação naqueles que não apresentaram alterações nos parâmetros hematológicos.

Trombocitose em outras doenças mieloproliferativas (exceto leucemia mieloide crônica)

Recomenda-se o seguinte esquema para trombocitose em outras doenças mieloproliferativas:

Duração do tratamento:

Doses bem toleradas de 1 a 3 milhões de UI/dia, duas ou três vezes por semana, são geralmente suficientes para manter o número de plaquetas na faixa de normalidade. A dose, entretanto, precisa ser ajustada individualmente, para se determinar a dose máxima tolerada.

Linfoma não Hodgkin de baixo grau

Dose recomendada:

Roferon-A deve ser administrado como manutenção após a quimioterapia convencional (com ou sem radioterapia) na dose de 3 milhões de UI, três vezes por semana, durante um período mínimo de 12 meses. A administração de Roferon-A deve ser iniciada tão logo o paciente se recupere dos efeitos da quimiorradioterapia, normalmente após 4 a 6 semanas.

Roferon-A também pode ser administrado concomitantemente com um esquema de quimioterapia convencional (como a combinação de ciclofosfamida, prednisona, vincristina e doxorrubicina), de acordo com uma programação de 6 milhões de UI/m2, a partir do 22º até o 26º dia de cada ciclo de 28 dias.

Quando administrado concomitantemente com a quimioterapia, Roferon-A pode ser iniciado conjuntamente com a quimioterapia.

Sarcoma de Kaposi associado à AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida)

Dose inicial:

As doses devem ser aumentadas gradualmente até 18 milhões de UI/dia, no mínimo e, se possível, até 36 milhões de UI/dia, por um total de 10 a 12 semanas, em pacientes com mais de 18 anos.

Recomenda-se o seguinte esquema escalonado:

Se tolerado, aumentar para:

Dias 10 a 84 – 36 milhões de UI/dia.

Dose de manutenção:

Roferon-A deve ser administrado três vezes por semana, na dose máxima tolerada pelo paciente, porém não excedendo 36 milhões de UI.

Pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS tratados com 3 milhões de UI de Roferon-A apresentaram índice de resposta menor que aqueles tratados com a dose recomendada.

Duração do tratamento:

A evolução das lesões deve ser documentada para se determinar a resposta ao tratamento.

Os pacientes devem ser tratados por, no mínimo, 10 semanas e, de preferência, por, pelo menos, 12 semanas, antes que o médico decida pela manutenção do tratamento em pacientes que responderam ou pela descontinuação nos que não apresentaram resposta. Alguns pacientes têm sido tratados por até 20 meses consecutivos.

Se ocorrer resposta ao tratamento, esse deve ser mantido até que não se observe nenhuma evidência posterior do tumor. A duração ideal do tratamento com Roferon-A em pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS não foi determinada.

Nota: As lesões do Sarcoma de Kaposi frequentemente reaparecem quando o tratamento com Roferon-A é descontinuado.

Carcinoma de célula renal avançado

Monoterapia com Roferon-A:

Dose inicial:

Roferon-A deverá ser programado para, no mínimo, 18 milhões de UI diários e, se possível, 36 milhões de UI diários durante um período total de 8 a 12 semanas.

Recomenda-se o seguinte esquema escalonado:

Se tolerado, aumentar para:

Dias 10 a 84 – 36 milhões de UI/dia.

Dose de manutenção:

Roferon-A deverá ser administrado três vezes por semana, na dose máxima tolerada pelo paciente, porém sem exceder 36 milhões de UI.

Duração do tratamento:

Os pacientes deverão ser tratados durante um período mínimo de 8 semanas e, de preferência, durante 12 semanas, antes que o médico decida continuar o tratamento para os pacientes respondedores ou descontinuar o tratamento para os pacientes não responsivos. Existem pacientes que foram tratados durante 16 meses consecutivos. A duração ideal do tratamento com Roferon-A para carcinoma de célula renal avançado não foi determinada.

Roferon-A com vimblastina:

Dose inicial:

Roferon-A deve ser administrado em doses de 3 milhões de UI, três vezes por semana, durante uma semana, 9 milhões de UI, três vezes por semana, durante a próxima semana, e 18 milhões de UI, três vezes por semana, posteriormente.

A vimblastina deverá ser administrada concomitantemente, por meio de injeção intravenosa, de acordo com as instruções do fabricante, com uma dose de 0,1 mg/kg de peso corpóreo, uma vez a cada três semanas. Caso a dose de Roferon-A de 18 milhões de UI, três vezes por semana, não seja tolerada, ela poderá ser reduzida para 9 milhões de UI, três vezes por semana.

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados por um período mínimo de 3 meses até, no máximo, 12 meses, ou até o desenvolvimento de doença progressiva. Os pacientes que atingiram resposta completa podem interromper o tratamento 3 meses após o estabelecimento da resposta.

Roferon-A com Avastin (bevacizumabe):

Dose recomendada:

Roferon-A em associação com Avastin deve ser administrado em dose de 9 milhões de UI, via subcutânea, três vezes por semana até a progressão da doença ou até 12 meses.

A terapia com Roferon-A pode ser iniciada com a dose mais baixa (3 ou 6 milhões de UI). No entanto, a dose recomendada de 9 milhões de UI deve ser atingida dentro das duas primeiras semanas de tratamento.

Se a dose de 9 milhões de UI, três vezes por semana não for tolerada, pode ser reduzida para a dose mínima de 3 milhões de UI, três vezes por semana.

As injeções de Roferon-A devem ser administradas após o término da infusão de Avastin.

Para mais informações sobre o uso em combinação com Avastin, consulte a bula de Avastin.

Melanoma maligno metastático

Dose inicial:

Roferon-A deverá ser administrado com uma dose de 18 milhões de UI, três vezes por semana.

Dose de manutenção:

Roferon-A deverá ser administrado com uma dose de 18 milhões de UI, três vezes por semana, ou na dose máxima tolerada pelo paciente.

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados durante um período mínimo de oito semanas e, preferencialmente, por, pelo menos, 12 semanas, antes que o médico decida continuar o tratamento para os pacientes respondedores ou descontinuar em não respondedores.

Existem pacientes que foram tratados durante até 17 meses consecutivos. A duração ideal do tratamento para melanoma maligno avançado ainda não foi determinada.

Melanoma maligno ressecado cirurgicamente

A terapia auxiliar com baixa dose de Roferon-A prolonga o período em que o paciente fica sem doença em pacientes sem metástases em linfonodos ou a distância depois da retirada de um melanoma (espessura dotumor gt; 1,5 mm).

Dose recomendada:

Roferon-A deverá ser administrado na dose de 3 milhões de UI, três vezes por semana.

Duração do tratamento:

Os pacientes devem ser tratados durante 18 meses, iniciando o tratamento até 6 semanas após a cirurgia.

Hepatite crônica B ativa

Dose recomendada:

O esquema ideal de tratamento com Roferon-A não foi ainda estabelecido. Geralmente, recomenda-se a dose de 4,5 milhões de UI, três vezes por semana, durante um período de seis meses.

Se os marcadores de replicação viral ou o antígeno HBeAg não diminuírem após um mês de tratamento, a dosagem pode ser escalonada. A dose pode ser, posteriormente, ajustada de acordo com a tolerância do paciente à medicação. Decorridos de três a quatro meses de tratamento, sem nenhuma melhora, deve-se considerar a descontinuação do tratamento.

Crianças:

Doses de até 10 milhões de UI/m2 foram administradas com segurança a crianças com hepatite crônica B. Entretanto, não foi demonstrada a eficácia do tratamento.

Atenção: A eficácia de Roferon-A em pacientes com hepatite crônica B coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) não foi demonstrada.

Hepatite crônica C

A eficácia de alfainterferona 2a no tratamento da hepatite C é aumentada quando usada em combinação com ribavirina. Roferon-A deve ser usado em monoterapia somente em casos de intolerância ou contraindicações à ribavirina.

Roferon-A em combinação com ribavirina

Pacientes recidivantes:

Roferon-A é administrado em combinação com ribavirina em pacientes adultos com hepatite crônica C que responderam a um tratamento prévio com alfainterferona em monoterapia, mas que voltaram a apresentar a doença após o término do tratamento.

Dose:

Roferon-A deve ser administrado na dose de 4,5 milhões de UI, três vezes por semana, durante um período de seis meses.

Dose de ribavirina:

Por favor, consulte as recomendações do fabricante da ribavirina para informações adicionais quanto à posologia e às formas de administração.

Pacientes virgens de tratamento (que não foram tratados previamente)

Dose:

Roferon-A deve ser administrado na dose de 3 milhões de UI, três vezes por semana, durante um período mínimo de seis meses. O tratamento deverá continuar por mais seis meses em pacientes que tenham exame negativo de HCV-RNA no mês 6, infectados pelo genótipo 1 do vírus HCV, e que tenham elevada carga viral no pré-tratamento.

Dose de ribavirina:

Por favor, consulte as recomendações do fabricante da ribavirina para informações adicionais quanto à posologia e às formas de administração.

Outros fatores prognósticos negativos de resposta (por exemplo, idade superior a 40 anos, sexo masculino, transição para cirrose) devem ser considerados, ao se decidir prolongar o tratamento para 12 meses.

Pacientes que não apresentam resposta virológica após seis meses de tratamento (HCV-RNA abaixo do limite de detecção), geralmente, não irão alcançar resposta virológica sustentada (HCV-RNA abaixo do limite de detecção seis meses após o término do tratamento e consequente interrupção da medicação).

Roferon-A em monoterapia

Dose:

Roferon-A deve ser administrado na dose de 3 milhões de UI, três vezes por semana, durante um período mínimo de seis meses. A duração ideal da terapia ainda não foi determinada, mas recomenda-se a terapia por um período mínimo de 12 meses.

Em pacientes que não apresentarem normalização dos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT) após três meses, recomenda-se a suspensão da terapia.

Nota: A recidiva ocorre em até quatro meses após o término do tratamento, na maioria dos pacientes que recidivam (voltaram a apresentar a doença) após o tratamento adequado usando Roferon-A em monoterapia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Roferon-A?


Se estiver perto do horário de sua próxima aplicação, não aplique a dose que você esqueceu, aplique apenas a dose seguinte, da maneira habitual.

Se o horário estiver distante da dose seguinte, aplique o medicamento assim que você se lembrar e continue usando-o como você faz normalmente.

Nunca dobre a aplicação seguinte.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Roferon A

Você deverá usar Roferon-A sob a supervisão de um médico com experiência no seu uso para a indicação pretendida.

Antes de iniciar o tratamento, informe ao seu médico se você

Se você tiver alterações no sangue ou diabetes, o seu médico pode pedir a você que faça exames de sangue regularmente para verificar se estão ocorrendo alterações prejudiciais. Se isso acontecer, seu médico pode adaptar a dose de Roferon-A ou de outros medicamentos que você estiver tomando simultaneamente.

Entre em contato com o seu médico imediatamente, nas seguintes situações

Roferon-A deve ser administrado com muita cautela aos pacientes com função dos rins, do fígado ou mieloide (da medula óssea) gravemente comprometida. Recomenda-se observação neuropsiquiátrica.

Na presença de disfunção dos rins, do fígado ou mieloide leve a moderada, é fundamental o monitoramento cuidadoso dessas funções.

Função do fígado

Recomenda-se precaução durante a administração de alfainterferona a pacientes com hepatite crônica e com história de doença autoimune (que produz anticorpos contra o próprio organismo).

Consequentemente, todos os pacientes que desenvolvam anormalidades da função do fígado durante o tratamento com Roferon-A devem ser criteriosamente monitorados, e, se necessário, o tratamento deve ser descontinuado. O uso de alfainterferona foi associado, raramente, à disfunção grave do fígado e à insuficiência do fígado.

Supressão da medula óssea

Deve-se tomar extremo cuidado ao administrar Roferon-A a pacientes com mielossupressão grave, uma vez que o produto possui efeito supressivo sobre a medula óssea, o que ocasiona redução do número de leucócitos (glóbulos brancos), particularmente granulócitos (glóbulos brancos que possuem granulações, que atuam na defesa contra infecções), do número de plaquetas (elementos do sangue importantes para a coagulação) e, em menor extensão, da concentração de hemoglobina (substância responsável pelo transporte de oxigênio para as células).

Consequentemente, o risco de infecção ou de hemorragia é aumentado. Esses eventos devem ser cuidadosamente acompanhados nos pacientes. Exames de sangue completos periódicos devem ser realizados antes e durante o tratamento com Roferon-A, em períodos apropriados.

Infecções

Embora a febre possa estar associada com a síndrome gripal, relatada comumente durante a terapia com interferona, outras causas de febre persistente devem ser descartadas, particularmente em pacientes com neutropenia (diminuição dos neutrófilos, um tipo de glóbulos brancos).

Infecções graves (bacterianas, viróticas e fúngicas) foram relatadas durante o tratamento com alfainterferona, incluindo Roferon-A. Terapia antiinfecciosa apropriada deve ser iniciada imediatamente, e a descontinuação da terapia com Roferon-A deve ser considerada nesses casos.

Psiquiátrico

Reações adversas psiquiátricas graves podem se manifestar em pacientes sob terapia com interferonas, incluindo Roferon-A. Depressão, ideias suicidas e suicídio podem ocorrer em pacientes com ou sem histórico de doença psiquiátrica.

Roferon-A deve ser usado com cautela por pacientes com histórico de depressão, e os médicos devem monitorar evidências de depressão em todos os pacientes tratados com Roferon-A. Os médicos devem informar aos pacientes sobre possível efeito depressivo antes do início da terapia, e os pacientes devem relatar quaisquer sinais ou sintomas de depressão imediatamente. Intervenção psiquiátrica ou descontinuação do tratamento devem ser consideradas nesses casos.

Oftalmológico

Como ocorre com as outras interferonas, retinopatia, incluindo hemorragias da retina, manchas algodonosas, papiledema (inchaço do nervo óptico no ponto em que ele entra no olho), trombose (obstrução por coágulo) da artéria ou veia da retina e neuropatia óptica (alteração no nervo óptico), que podem resultar em perda de visão, foram relatadas após o tratamento com alfainterferona 2a.

Qualquer paciente que se queixe de diminuição ou perda de visão deve ser submetido a exame oftalmológico.

Como esses eventos oculares podem ocorrer com outras doenças, é recomendado exame oftalmológico antes do início da monoterapia com Roferon-A ou da terapia combinada Roferon-A / ribavirina em pacientes com diabetes mellitus ou hipertensão. Roferon-A ou Roferon-A / ribavirina deve ser descontinuado em pacientes que desenvolverem novos distúrbios oftalmológicos ou piora dos previamente existentes.

Hipersensibilidade

Reações graves de hipersensibilidade (alergia) aguda, por exemplo, urticária (vergões na pele), angioedema (inchaço em camadas internas da pele, geralmente afetando a face e pescoço, podendo levar à asfixia), broncoconstrição (contração dos brônquios) e anafilaxia (reação alérgica rápida e grave, acompanhada de choque e falta de ar, que pode levar à morte se não tratada adequadamente), foram observadas raramente durante a terapia com alfainterferona, incluindo alfainterferona 2a. Se tal reação se desenvolver durante o tratamento com Rofero-A ou com Roferon-A / ribavirina, é necessário descontinuar o tratamento e instituir terapia médica apropriada imediatamente. Em casos de erupção cutânea transitória, não é necessário interromper o tratamento.

Endócrina

Hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue) tem sido raramente observada em pacientes tratados com Roferon-A. Pacientes sintomáticos devem ser submetidos ao controle periódico do nível de açúcar no sangue. Pacientes com diabetes mellitus podem precisar de ajuste no seu regime antidiabético.

Autoimune

Desenvolvimento de diferentes autoanticorpos (anticorpos que atacam o próprio organismo) tem sido relatado durante tratamento com alfainterferona. Manifestações clínicas de doença autoimune (em que as defesas naturais atacam o próprio organismo), durante a terapêutica com alfainterferona, ocorrem mais frequentemente em pacientes predispostos ao desenvolvimento de distúrbios autoimunes.

A utilização de alfainterferona raramente tem sido associada com aumento ou manifestação de psoríase (doença de pele que forma placas descamativas).

Em pacientes transplantados (por exemplo, transplante de rins ou de medula óssea), a imunossupressão terapêutica (medicação que inibe as defesas naturais do organismo para impedir a rejeição) pode ser prejudicada, uma vez que as interferonas também apresentam ação imunoestimuladora (estimulam as defesas naturais). Assim como para outras alfainterferonas, rejeições do enxerto foram relatadas em pacientes em tratamento com Roferon-A.

Até o momento, não há informações de que alfainterferona 2a possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.

Interações medicamentosas

Embora a relevância clínica não seja clara, produtos à base de alfainterferona podem reduzir a atividade de enzimas do fígado. Seu médico deverá considerar esse fato, quando prescrever terapêutica concomitante com medicamentos metabolizados por essa via. Foi relatada diminuição da depuração de teofilina após administração concomitante de alfainterferona.

Uma vez que Roferon-A pode afetar funções do sistema nervoso central, podem ocorrer interações em administração concomitante com medicamentos que atuam no sistema nervoso central. Os efeitos tóxicos dos medicamentos administrados anterior ou concomitantemente para o sistema nervoso, sistema hematológico (componentes do sangue) ou coração podem ser exacerbados pela alfainterferona.

Terapia em combinação com ribavirina:

Se estiver recebendo alfainterferona 2a em associação com ribavirina para tratamento de hepatite crônica C, consulte também a bula de ribavirina.

Os resultados de um estudo clínico controlado demonstraram interferência não significativa do bevacizumabe na farmacocinética da alfainterferona 2a.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Roferon A

Reações adversas muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Podem ocorrer reações desagradáveis com o uso deste medicamento, tais como fadiga (cansaço), febre, calafrios, dores musculares, dor de cabeça, dores articulares, sudorese (excesso de suor). Essas reações tendem a diminuir com a continuação da terapia ou com a diminuição da dose. Reações adversas frequentes também incluem perda de apetite e náusea.

Reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Vômitos, alterações no paladar, boca seca, perda de peso, diarreia e dores abdominais leves ou moderadas, pressão baixa passageira, episódios de pressão alta, inchaço, cianose (coloração azulada da pele e mucosas), arritmias (irregularidade dos batimentos cardíacos), palpitações (popularmente conhecidas como “batedeira”, é a sensação consciente dos batimentos cardíacos) e dor no peito, alopecia (perda de pelos e cabelos, reversível com a descontinuação do tratamento) leve a moderada, leucopenia (deficiência de glóbulos brancos no sangue) em pacientes com comprometimento da atividade da medula óssea, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue) e diminuição da hemoglobina (substância contida nos glóbulos. vermelhos).

Reações adversas incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Elevação de ALT, fosfatase alcalina, lactato desidrogenase e bilirrubina (substâncias que são dosadas em exames de sangue para verificar se existe lesão do fígado), tontura, vertigem (sensação de perda de equilíbrio ou de instabilidade), rebaixamento da consciência, esquecimento, depressão, sonolência, confusão, distúrbios de comportamento, tais como ansiedade e nervosismo, distúrbios do sono, distúrbios visuais, parestesia (alteração da sensibilidade que pode se manifestar por formigamento, dormência, etc.), torpor, neuropatia (doença do sistema nervoso), coceira, tremor, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue) em pacientes sem comprometimento da atividade da medula óssea.

Reações adversas raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Prisão de ventre, gases, aumento do trânsito intestinal, azia, reativação de úlcera péptica, sangramento gastrintestinal sem risco de vida, assim como pancreatite (inflamação do pâncreas), hepatite, alterações nas transaminases (enzimas do fígado) em pacientes com hepatite B, pensamentos suicidas, tentativa de suicídio, suicídio, sonolência intensa, convulsões, coma, eventos adversos cerebrovasculares, impotência temporária, retinopatia isquêmica (alteração da retina, onde se produzem as imagens que nós enxergamos, por causa de falta de irrigação sanguínea), tosse, dispneia (falta de ar), inchaço pulmonar, pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, parada cardiorrespiratória, infarto do miocárdio, piora do herpes labial, erupção na pele, coceira, pele e membranas mucosas secas, rinorreia (corrimento nasal), epistaxe (sangramento nasal), função dos rins diminuída, insuficiência aguda dos rins, distúrbios dos eletrólitos no sangue, proteinúria (presença de proteínas na urina), aumento das células em sedimento, aumento de nitrogênio ureico sanguíneo, creatinina sérica substâncias dosadas em exames de sangue para avaliar o funcionamento dos rins), ácido úrico, diminuição de hemoglobina e hematócrito (o que indica anemia), hiperglicemia (aumento dos níveis de açúcar no sangue), diabetes mellitus, reações no local de aplicação da injeção que incluem, muito raramente, reações necróticas locais, doenças autoimunes (quando o corpo ataca as suas próprias células), como vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), artrite, anemia hemolítica (destruição dos glóbulos vermelhos), disfunção da glândula tireoide e síndrome de lúpus eritematoso.

Reações adversas muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Retinopatia (problemas na retina, camada do olho responsável pela visão), incluindo sangramento na retina e manchas algodonosas, papiledema (inchaço no local de onde sai o nervo óptico na retina), trombose das veias ou artérias da retina (formação de coágulo na veia ou na artéria da retina), neuropatia óptica (doença no nervo óptico), púrpura trombocitopênica idiopática (manchas vermelhas decorrentes de diminuição do número de plaquetas sem causa conhecida), hipocalcemia (diminuição na quantidade de cálcio sanguíneo) assintomática, sarcoidose (doença autoimune com lesões semelhantes às da tuberculose em vários órgãos do corpo), hipertrigliceridemia (aumento de triglicerídeos no sangue) e hiperlipidemia (aumento de lipídios, isto é, gorduras no sangue) foram relatados.

Irregularidades passageiras do ciclo menstrual, incluindo períodos menstruais prolongados, foram observadas em fêmeas de macacos Rhesus que receberam doses muito superiores às doses clínicas recomendadas. Em humanos, a relevância desses achados não foi estabelecida.

Anticorpos anti-interferona

Anticorpos neutralizantes para proteínas podem ser formados em alguns pacientes após administração de proteínas. Anticorpos para todas as interferonas, sejam naturais ou recombinantes, podem, portanto, ser encontrados em alguns pacientes.

Anticorpos contra interferona leucocitária humana podem aparecer espontaneamente em algumas condições clínicas (câncer, lúpus eritematoso sistêmico, herpes-zóster) e em pacientes que nunca receberam interferona que não foi produzida por eles mesmos.

Em estudos clínicos nos quais foi utilizado Roferon-A armazenado a temperatura de 25°C, anticorpos neutralizantes para Roferon-A foram detectados em, aproximadamente, um quinto dos pacientes. Não existe evidência em nenhuma indicação clínica de que a presença de tais anticorpos afeta a resposta do paciente a Roferon-A.

Em pacientes com hepatite C, tem sido notada uma tendência, em pacientes responsivos, de desenvolverem anticorpos neutralizantes, perdendo a resposta ainda durante o tratamento e de perderem a resposta mais cedo que pacientes que não desenvolveram tais anticorpos. Não foram documentadas outras sequelas clínicas referentes à presença de anticorpos para Roferon-A.

Não existem ainda dados sobre anticorpos neutralizantes, a partir de estudos clínicos realizados com Roferon-A, quando armazenado à temperatura de 4°C, como recomendado atualmente. Em um modelo animal (camundongo), entretanto, a imunogenicidade relativa de Roferon-A aumenta com o tempo, quando o produto é armazenado a 25°C. Não se observa tal aumento na imunogenicidade quando Roferon-A é mantido a 4°C, ou seja, nas condições de conservação atualmente recomendadas.

Terapia em combinação com ribavirina

Raramente, alfainterferonas, incluindo Roferon-A, usadas em combinação com ribavirina, podem estar associadas à pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue), e, muito raramente, foram relatados casos de anemia aplásica (em que a medula óssea deixa de produzir as células do sangue).

O seu médico pode decidir tratá-lo com Roferon-A em combinação com outros medicamentos. Nesse caso, você poderá desenvolver efeitos adversos adicionais. O seu médico deverá lhe explicar quais são esses efeitos.

Pós-comercialização

As seguintes reações adversas foram identificadas durante o período de pós-comercialização de Roferon-A. Como esses eventos são reportados a partir de uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar a frequência com segurança.

Desordens do sistema imune:

Assim como para outras medicações da classe das alfainterferonas, rejeições do enxerto foram relatadas em pacientes em tratamento com Roferon-A.

Desordens psiquiátricas:

Mania (euforia, inquietação, impaciência, falta de controle) foi reportada.

Desordens gastrintestinais:

Colite hemorrágica / isquêmica (inflamação do intestino grosso em que pode ocorrer sangramento ou falta de suprimento sanguíneo) e colite ulcerativa (úlceras na parede do intestino) foram reportadas.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Roferon A

Uso em idosos e crianças

O uso em crianças e idosos não é recomendado, uma vez que não há estudos clínicos específicos para essas populações.

Não é recomendável o uso de Roferon-A em crianças, uma vez que sua segurança e sua eficácia nessa faixa etária ainda não foram estabelecidas.

Gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Informe o seu médico se você ficar grávida durante o tratamento ou após sua finalização. Informe ao seu médico se você estiver amamentando. Você não deverá amamentar durante o tratamento com Roferon-A.

Este medicamento não deve ser utilizado por homens e mulheres em idade fértil, a não ser que estejam fazendo uso de métodos contraceptivos eficazes. Entretanto, se ocorrer gravidez nesse período, informe ao seu médico imediatamente. Durante a gravidez, Roferon-A só deve ser administrado se o benefício para a mulher justificar o risco potencial para o feto.

Este medicamento contém álcool benzílico, que pode atravessar a placenta. A possibilidade de toxicidade deve ser levada em consideração em crianças prematuras, caso a gestante tenha recebido Roferon-A antes do parto ou da cesariana.

Roferon-A administrado em combinação com ribavirina não deve ser utilizado por mulheres grávidas.

Mulheres em idade fértil e parceiros de mulheres em idade fértil não devem receber terapia combinada com ribavirina a não ser que estejam adotando medidas contraceptivas eficazes. Se você é portador de hepatite C crônica e estiver recebendo ribavirina com a alfainterferona 2a, consulte também a bula de ribavirina.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Dependendo da dose e do esquema terapêutico que seu médico prescrever a você, bem como da sua sensibilidade, Roferon-A pode afetar o tempo de reação e prejudicar certas atividades, tais como dirigir veículos ou operar máquinas.

Composição do Roferon A

Apresentações

Solução injetável 3 MUI/0,5 mL. Caixa com 1 seringa preenchida de 0,5 mL.

Solução injetável 4,5 MUI/0,5 mL. Caixa com 1 seringa preenchida de 0,5 mL.

Solução injetável 9 MUI/0,5 mL. Caixa com 1 seringa preenchida de 0,5 mL.

MUI – Milhões de Unidades Internacionais. 

Via subcutânea. 

Uso adulto.

Composição

Cada Solução Injetável contém:

Alfainterferona 2a. Cada seringa preenchida contém 3, 4,5 ou 9 MUI (Milhões de Unidades Internacionais) de alfainterferona 2a em 0,5 mL.

* A alfainterferona 2a é produzida biossinteticamente através da tecnologia de DNA recombinante, sendo o produto de um gene de interferon de leucócito humano clonado inserido e expresso em Escherichia coli.

Excipientes:

acetato de amônio, cloreto de sódio, álcool benzílico, polissorbato 80, ácido acético, hidróxido de sódio e água para injeção.

Superdosagem do Roferon A

Não existem relatos de superdose. No entanto, doses elevadas repetidas de interferona podem estar associadas a desânimo profundo, fadiga, prostração (abatimento físico e psíquico) e coma. Caso ocorram, os pacientes devem ser internados em hospital para observação e iniciado tratamento de suporte apropriado.

Pacientes que apresentam reações graves com Roferon-A geralmente se recuperam alguns dias após a interrupção da terapêutica, sob assistência apropriada, como foi observado em 0,4% dos pacientes com câncer nos estudos clínicos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Roferon A

Embora a relevância clínica não seja clara, os produtos à base de alfainterferona podem afetar o processo metabólico oxidativo, por meio da redução da atividade de enzimas citocrômicas microssomais hepáticas no sistema P450; deve-se levar esse fato em consideração quando se prescreve terapêutica concomitante com outros medicamentos metabolizados por essa via. Foi descrita diminuição do clearance de teofilina após administração concomitante de alfainterferona.

Uma vez que Alfainterferona 2a (substância ativa) pode afetar funções do sistema nervoso central, podem ocorrer interações após administração concomitante com medicamentos de ação central. Os efeitos neurotóxicos, hematotóxicos ou cardiotóxicos dos medicamentos administrados anteriormente ou concomitantemente podem ser exacerbados pela alfainterferona.

Terapia em combinação com ribavirina:

Consulte também a bula de ribavirina, se for administrar alfainterferona 2a em combinação com ribavirina a pacientes com hepatite C crônica.

Os resultados de um estudo clínico controlado demonstraram interferência não-significativa do bevacizumabe na farmacocinética da alfainterferona 2a.

Ação da Substância Roferon A

Resultados de Eficácia

Tricoleucemia: alfainterferona 2a foi o primeiro medicamento cuja eficácia foi demonstrada no tratamento das tricoleucemias. Foi demonstrada resposta global de 88,9% e sobrevida livre da doença de 83% em 31 meses. Atualmente o tratamento contempla a associação com outros medicamentos. A Tabela 1 apresenta os critérios para a avaliação da resposta em tricoleucemia e a Tabela 2, os resultados da terapia.

Tabela 1 – Critérios para a avaliação da resposta em tricoleucemias

Resposta completa

Resposta parcial

Regressão de organomegalia a normal

Redução em organomegalia gt; 50%

Sem tricocell circulantes

lt; 5% de tricocell circulantes

Ausência de tricocell na medula óssea

Redução de tricocell na medula óssea em, aproximadamente, 50%

Hemoglobina ? 120 g/L

Hemoglobina ? 120 g/L

Neutrófilos absolutos gt; 1,5 x 109 / L

Neutrófilos absolutos gt; 1,5 x 109 / L

Plaquetas gt; 100 x 109 / L

Plaquetas gt; 100 x 109 / L

Tabela 2 – Resultados da terapia com interferona em pacientes com tricoleucemia

N: número de pacientes participantes do estudo; RC: resposta completa; RP: resposta parcial; TRG: taxa de resposta global; SLP: sobrevida livre de progressão; SLF: sobrevida livre de falha; rIFN-?: alfainterferona recombinante; MU: milhões de unidades; NS: não especificado.

Linfoma cutâneo de células T

O uso de alfainterferona 2a apresentou resposta global gt; 50% e com resposta completa gt;20%. Pode ser ativo em pacientes com linfoma cutâneo de células T progressivo e que são refratários ou impróprios à terapia convencional.

Advertência

Não foram observadas respostas objetivas dos tumores em, aproximadamente, 40% dos pacientes com linfoma cutâneo de célula T. Respostas parciais são, geralmente, observadas em três meses e respostas completas em seis meses, embora, ocasionalmente, possa demorar até um ano ou mais para que se obtenha a melhor resposta.

Leucemia mieloide crônica (LMC)

O uso de alfainterferona 2a demonstrou 62,3% de resposta citogenética. Alfainterferona 2a (substância ativa) é efetivo para o tratamento de pacientes na fase crônica da leucemia mieloide crônica, positiva para o cromossomo Philadelphia. Não está ainda determinado se Alfainterferona 2a (substância ativa) pode ser considerado como um tratamento com potencial curativo nessa indicação. Alfainterferona 2a (substância ativa) promove remissão hematológica em 60% dos pacientes com fase crônica de LMC, independentemente do tratamento prévio.

Dois terços desses pacientes apresentam respostas hematológicas completas até 18 meses depois do início do tratamento. Além disso, ao contrário do que ocorre com a quimioterapia citotóxica, o alfainterferona 2a pode gerar respostas citogenéticas sustentadas contínuas acima de 40 meses. Demonstrou-se que Alfainterferona 2a (substância ativa) suplementado com quimioterapia intermitente prolonga a sobrevida total e retarda a progressão da doença, em comparação com pacientes tratados apenas com quimioterapia.

Trombocitose associada à doença mieloproliferativa

o uso de alfainterferona 2a demonstrou resposta global de 75% e resposta completa de 70% . Alfainterferona 2a (substância ativa) é efetivo no tratamento de trombocitose excessiva em LMC e em outras doenças mieloproliferativas Em pacientes com LMC que desenvolvem trombocitose, Alfainterferona 2a (substância ativa) reduz o número de plaquetas em poucos dias, com a frequência de complicações trombo-hemorrágicas associadas e não apresenta nenhum potencial leucemogênico.

Linfoma não Hodgkin de baixo grau

Alfainterferona pode ser usada em combinação com outros medicamentos. Nos estudos em associação com rituximabe, o índice de resposta global foi de 45%, de resposta completa foi de 34%, e a resposta parcial, 11% .Alfainterferona 2a (substância ativa) prolonga a sobrevida livre de doença e livre de progressão quando usado como tratamento adjuvante à quimioterapia (com ou sem radioterapia) em pacientes com linfoma não Hodgkin de baixo grau.

Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS: Alfainterferona 2a (substância ativa)

está indicado para o tratamento de pacientes com sarcoma de Kaposi associado à AIDS em pacientes sem história de infecção oportunista. A dose ideal não foi ainda bem estabelecida. Pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS respondem melhor ao tratamento se não apresentam história de infecção oportunista, sintomas do tipo B (mais do que 10% de perda do peso corpóreo, febre gt; 38ºC sem identificação do foco de infecção ou sudorese noturna) e número basal de linfócitos T4 maior que 200 células/mm3.

Carcinoma de células renais

Alfainterferona levou à resposta completa de 11% e sobrevida média de 67 meses.

Em pacientes com carcinoma de células renais avançado, as maiores taxas de resposta tumoral foram observadas em pacientes com doença metastática ou recorrente usando dose alta de Alfainterferona 2a (substância ativa) (36 milhões de UI diariamente) em monoterapia ou uma dose moderada de Alfainterferona 2a (substância ativa) (18 milhões de UI três vezes por semana) combinada com vimblastina, em comparação com dose moderada de Alfainterferona 2a (substância ativa) em monoterapia administrada três vezes por semana.

Os pacientes tratados em monoterapia com baixa dose de Alfainterferona 2a (substância ativa) (2 milhões de UI/m2 de área corpórea administrada diariamente) não apresentaram resposta ao tratamento. Os dados de segurança sobre a combinação de Alfainterferona 2a (substância ativa) com vimblastina mostraram somente pequenos aumentos na frequência de leucopenia leve a moderada e granulocitopenia em comparação com monoterapia. A duração da resposta à doença, bem como a sobrevida, é similar em pacientes tratados com Alfainterferona 2a (substância ativa) em monoterapia e pacientes tratados com terapia combinada de Alfainterferona 2a (substância ativa) e vimblastina.

A terapia com Alfainterferona 2a (substância ativa) em associação com vimblastina induz taxas de resposta geral de aproximadamente 20%, retarda a progressão da doença e prolonga a sobrevida geral em pacientes com carcinoma de células renais avançado. Alfainterferona 2a (substância ativa) em combinação com vimblastina apresenta vantagem na sobrevida em relação à quimioterapia isoladamente.

Um estudo clínico controlado para avaliar a eficácia e segurança de Alfainterferona 2a (substância ativa) em combinação com Avastin como primeira linha de tratamento mostrou benefício considerável a pacientes com câncer renal avançado e/ou metastático. Foram observados um aumento clinicamente relevante e estatisticamente significativo na sobrevida livre de progressão (mediana de 10,2 meses versus 5,4 meses; razão de risco 0,63; p lt;0,0001) e um aumento estatisticamente significativo na porcentagem de respondedores no braço Avastin + Alfainterferona 2a (substância ativa) (31%), comparado ao braço placebo + Alfainterferona 2a (substância ativa) (13%); p lt;0,0001. No entanto, o aumento observado de 2 meses na sobrevida global não foi significativo (mediana 23,3 meses versus 21,3 meses; razão de risco 0,91; p = 0,3360).

Noventa e sete pacientes (97) no braço alfainterferona 2a e 131 pacientes no braço Avastin reduziram a dose de alfainterferona 2a de 9 milhões de UI para 6 ou 3 milhões de UI, três vezes por semana, como pré-estabelecido no protocolo. A redução de dose de alfainterferona 2a aparentemente não afetou a eficácia da combinação de Avastin e alfainterferona 2a, baseada nas taxas livres do evento de sobrevida livre de progressão durante o período, como mostrado através de uma análise de sub-grupo.

Os 131 pacientes no braço Avastin + alfainterferona 2a que reduziram a dose de alfainterferona 2a para 6 ou 3 milhões de UI durante o estudo apresentaram, em 6, 12 e 18 meses, taxas livres de 4 sobrevida livre de progressão de 73, 52 e 21%, respectivamente, em comparação com 61, 43 e 17% da população total de pacientes recebendo Avastin + alfainterferona 2a.

Melanoma maligno

Pacientes com melanoma maligno avançado apresentaram regressão objetiva de tumores cutâneos e viscerais em terapia com Alfainterferona 2a (substância ativa).

Alfainterferona 2a (substância ativa) também apresenta benefício na ampliação do período de sobrevida livre de doença em pacientes com melanoma maligno (espessura de tumor gt; 1,5 mm) retirado cirurgicamente e que não apresentam metástases nodais ou a distância antes do início do tratamento.

Entre 10% e 25% dos pacientes com melanoma maligno avançado apresentaram regressão objetiva dos tumores cutâneos e viscerais com terapia de Alfainterferona 2a (substância ativa). Menores taxas de resposta foram observadas usando doses menores de 18 milhões de UI 3 vezes por semana. Os pacientes que apresentaram resposta sobreviveram durante um período maior que aqueles pacientes que não apresentaram resposta.

Hepatite C

O uso combinado de alfainterferona 2a e ribavirina atingiu resposta sustentada entre 29% – 43,1%, quando usado associado à ribavirina.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Demonstrou-se que Alfainterferona 2a (substância ativa) apresenta muitas das atividades das chamadas preparações naturais de alfainterferona humana.

A alfainterferona 2a é produzida biossinteticamente através da tecnologia de DNA recombinante, sendo o produto de um gene de interferon de leucócito humano clonado inserido e expresso em Escherichia coli.

Alfainterferona 2a (substância ativa) exerce seus efeitos antivirais por meio da indução de um estado de resistência às infecções virais nas células e pela modulação da porção efetora do sistema imune para neutralizar os vírus ou eliminar as células por eles infectadas.

O mecanismo essencial responsável pela ação antitumoral de Alfainterferona 2a (substância ativa) é ainda desconhecido. Entretanto, várias alterações são descritas em células tumorais humanas tratadas com Alfainterferona 2a (substância ativa): células HT 29 apresentam redução significativa na síntese de DNA, RNA e proteína.

Alfainterferona 2a (substância ativa) exerce atividade antiproliferativa contra diversos tumores humanos in vitro e inibe o crescimento de alguns heteroenxertos tumorais humanos em camundongos. Um número limitado de linhagens de células tumorais humanas cultivadas in vivo em camundongos imunocomprometidos foi testado quanto à susceptibilidade a Alfainterferona 2a (substância ativa). A atividade antiproliferativa in vivo de Alfainterferona 2a (substância ativa) foi estudada em tumores, incluindo carcinoma mucoide de mama, adenocarcinoma do ceco, carcinoma do cólon e carcinoma da próstata.

O grau de atividade antiproliferativa é variável.

Ao contrário das outras proteínas humanas, muitos dos efeitos da alfainterferona 2a são parcial ou completamente suprimidos quando pesquisados em outras espécies animais. No entanto, foi induzida atividade significativa contra o vírus da vaccínia em macacos Rhesus tratados previamente com alfainterferona 2a.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética de Alfainterferona 2a (substância ativa) em animais (macaco, cão e camundongo) foi semelhante à observada em seres humanos.

Absorção

A fração aparente da dose absorvida após injeção intramuscular ou subcutânea é maior que 80%. Após administração intramuscular de 36 milhões de UI, as concentrações séricas máximas oscilaram de 1.500 a 2.580 pg/mL (média: 2.020 pg/mL), com tempo médio até atingir a concentração máxima de 3,8 horas; após administração subcutânea de 36 milhões de UI, as concentrações séricas máximas oscilaram de 1.250 a 2.320 pg/mL (média: 1.730 pg/mL), com tempo médio para alcançar a concentração máxima de 7,3 horas.

Distribuição

A farmacocinética de Alfainterferona 2a (substância ativa) no ser humano foi linear com esquemas posológicos de 3 a 198 milhões de UI. Após uma infusão intravenosa de 36 milhões de UI em voluntários saudáveis, o volume de distribuição em estado de equilíbrio dinâmico variou de 0,22 – 0,75 L/kg (média: 0,40 L/kg). Tanto voluntários saudáveis quanto pacientes com câncer disseminado apresentam ampla variação individual das concentrações séricas de alfainterferona 2a.

Metabolismo e eliminação

Catabolismo renal é a principal via de eliminação para Alfainterferona 2a (substância ativa); a metabolização hepática e a excreção biliar são consideradas vias menores de eliminação para Alfainterferona 2a (substância ativa). Em indivíduos saudáveis, alfainterferona 2a apresentou meia-vida de eliminação de 3,7 – 8,5 horas (média: 5,1 horas), e um clearance corpóreo total de 2,14 – 3,62 mL/min/kg (média: 2,79 mL/min/kg), após infusão de 36 milhões de UI.

Farmacocinética em situações clínicas especiais

A farmacocinética de alfainterferona 2a após doses intramusculares únicas em pacientes com câncer disseminado e com hepatite crônica B ativa foi semelhante à observada em indivíduos saudáveis. Elevações nas concentrações séricas proporcionais às doses foram observadas após doses únicas de até 198 milhões de UI. Não houve alteração na distribuição ou eliminação de alfainterferona 2a com esquemas posológicos de duas vezes ao dia (0,5 – 36 milhões de UI), uma vez ao dia (1 – 54 milhões de UI) ou três vezes por semana (1 – 136 milhões de UI) até 28 dias de administração.

A administração intramuscular de Alfainterferona 2a (substância ativa) a alguns pacientes com câncer disseminado, uma ou duas vezes ao dia, durante até 28 dias, resultou em concentrações plasmáticas máximas de duas a quatro vezes maiores que com uma única dose. Entretanto, doses múltiplas não ocasionaram alterações nos parâmetros de distribuição ou eliminação durante os vários esquemas posológicos estudados.

O uso em crianças e idosos não é recomendado, uma vez que não há estudos clínicos específicos para essas populações.

Para outras informações sobre as propriedades farmacocinéticas de ribavirina, consultar a bula do medicamento.

Não é recomendável o uso de Alfainterferona 2a (substância ativa) em crianças, uma vez que sua segurança e eficácia nessa faixa etária ainda não foram estabelecidas.

Cuidados de Armazenamento do Roferon A

Roferon-A deve ser mantido sob refrigeração entre (2°C e 8º), não podendo ser congelado. Mantenha a seringa preenchida no cartucho para proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Característica física

Este medicamento é um líquido límpido, incolor a levemente amarelado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Descarte de seringas / materiais perfurocortantes

Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais perfurocortantes:

Descarte de medicamentos não utilizados e / ou com data de validade vencida

O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

Dizeres Legais do Roferon A

MS – 1.0100.0146.

Farm. Resp.:

Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ nº 6942.

Fabricado na Suíça por

F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst.

Registrado, importado e distribuído no Brasil por:

Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Estrada dos Bandeirantes, 2.020 CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ.
CNPJ: 33.009.945/0023-39.

SAC – 0800 7720 289.

Venda sob prescrição médica.

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