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Saiba o que é uma malformação arteriovenosa (MAV)

Condição pode inicialmente ser silenciosa e provocar hemorragia cerebral

Para conseguirmos entender o que é a condição chamada de malformação arteriovenosa (MAV), precisamos primeiro entender as estruturas envolvidas e suas funções.

O que é a malformação arteriovenosa (MAV)

Começando pela artéria, um vaso sanguíneo resistente que transporta sangue oxigenado e com alta pressão, do coração para os demais órgãos. Ela se ramifica em artérias menores e depois em capilares, que são pequenos vasos sanguíneos dentro dos tecidos que ligam uma artéria a uma veia.

O sangue usado, sem oxigênio e com baixa pressão, retorna para o coração por meio das veias, que são vasos sanguíneos mais finos e que não suportam tanta pressão como as artérias. Então, a principal função dos capilares é evitar que o sangue arterial “se misture” com o sangue venenoso.

Quando há malformações arteriovenosas, a artéria está ligada diretamente à veia, sem os capilares, consequentemente a veia acaba se rompendo porque não suporta a pressão do sangue arterial por muito tempo.

Essa comunicação anormal entre as duas é chamada de fístula e pode haver uma ou mais dentro de uma MAV.

Por que a MAV acontece

De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, não se sabe exatamente o motivo de ocorrer uma malformação arteriovenosa, mas a explicação mais lógica seria uma anomalia no desenvolvimento dos vasos do sistema nervoso que faria com que os capilares arteriais e os venenosos se unissem, provocando a comunicação direta entre veias e artérias.

Sintomas e complicações

Existem 2 grupos de malformações arteriovenosas: as que se manifestam sem sangramento e, dependendo da localização, podem causar cefaléia, fraqueza em um dos lados do corpo, perda visual e crises convulsivas e um segundo grupo, muitas vezes silenciosas, que se manifestam com sangramento.

Como as artérias malformadas são grossas, dilatadas e com rápida circulação sanguínea, é comum que o paciente sofra hemorragia cerebral.

As veias que drenam o sangue também podem sofrer dilatações (surgimento de varizes) com o processo da MAV e, ainda, em 15% dos casos há a formação de aneurismas. Ambos podem resultar em sangramento cerebral.      

O tratamento vai depender de qual dos grupos o paciente se encaixa. Para as MAV sem sangramento, trata-se apenas os sintomas – medicamentos para cefaleias (após conferir se a dor não é causada por uma hemorragia) e/ou anticonvulsivantes.

Quando há hemorragia, trata-se com cirurgia, embolização e/ou radiocirurgia. Procure um neurologista se apresentar sintomas.

Fontes:

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