Como o Selozok Fix funciona?
Selozok Fix é composto por dois medicamentos, o felodipino e o succinato de metoprolol, que reduzem a pressão alta através de dois mecanismos diferentes. O felodipino pertence a uma classe de medicamentos chamados antagonistas de cálcio, que diminuem a pressão através da dilatação dos vasos sanguíneos. O succinato de metoprolol pertence a outra classe de medicamentos chamados de beta-bloqueadores, que diminuem a pressão através da redução dos efeitos dos hormônios de estresse, levando a uma diminuição da frequencia do coração.
Selozok Fix é um comprimido revestido de liberação prolongada, que controla a velocidade na qual o medicamento é liberado para o corpo e garante o mesmo feito ao longo do dia.
A redução da pressão é eficaz durante as 24 horas do intervalo entre cada dose, uma vez que as taxas de liberação de felodipino e metoprolol são constantes durante este período.
Contraindicação do Selozok Fix
Você não deve utilizar Selozok Fix se tiver alergia ao felodipino, ao metoprolol ou a qualquer um dos componentes da fórmula, ou nas seguintes situações:
- Gravidez;
- Infarto agudo do miocárdio;
- Angina instável (dor no peito que pode ocorrer em repouso);
- Bloqueio atrioventricular (distúrbio da condução do estímulo elétrico no coração);
- Obstrução hemodinamicamente significativa da válvula cardíaca (obstrução de válvulas cardíacas que reduza de maneira intensa a função cardíaca);
- Obstrução dinâmica do fluxo de saída (obstrução que reduza intensamente o bombeamento cardíaco de sangue ao organismo);
- Insuficiência cardíaca descompensada instável (ou seja, edema pulmonar [água no pulmão], hipoperfusão [baixa taxa de oxigênio nos órgãos do corpo] ou hipotensão [queda da pressão arterial]) e pacientes com terapia inotrópica (para aumentar a força dos batimentos do coração) contínua ou intermitente, agindo através de agonista do receptor beta (tipo de receptor celular presente nas células do músculo do coração);
- Bradicardia sinusal (frequência cardíaca baixa ditada pelo marcapasso natural do coração, chamado nó sinusal ou sinoatrial);
- Síndrome do nó sino-atrial (um tipo de arritmia) a não ser que você faça uso de um marcapasso permanente;
- Choque cardiogênico (diminuição significativa da capacidade de bombeamento de sangue por parte do coração);
- Arteriopatia periférica grave (obstrução das artérias dos braços ou das pernas).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Como usar o Selozok Fix
Os comprimidos de Selozok Fix devem ser tomados pela manhã, por via oral, devem ser engolidos inteiros com água e não devem ser ingeridos com suco de grapefruit (pomelo). Os comprimidos podem ser administrados em jejum ou após uma refeição leve com pouca quantidade de gorduras e açúcares (carboidratos).
Este medicamento não pode ser partido, amassado ou mastigado.
A dose inicial de Selozok Fix é de um comprimido uma vez ao dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada para dois comprimidos uma vez ao dia conforme recomendação do seu médico.
Quando há sinais de sério comprometimento da função do fígado (por exemplo, pacientes submetidos a cirurgia de derivação) não devem ser administradas doses maiores que 5/50 mg de Selozok Fix.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Selozok Fix?
Se você esquecer de tomar um comprimido de Selozok Fix, você deve tomá-lo assim que se lembrar. No entanto, se faltar menos de 12 horas para a próxima dose, o comprimido esquecido de Selozok Fix não deve ser tomado e o próximo comprimido deverá ser tomado no horário habitual da próxima dose.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Selozok Fix
Você deve utilizar Selozok Fix com cuidado nas seguintes situações:
- Se estiver em tratamento para asma.
- Se estiver com insuficiência cardíaca descompensada, deve tratá-la antes e durante o tratamento com Selozok Fix.
- Se tiver uma alteração pré-existente de grau moderado da condução A-V (condução do impulso elétrico entre átrio e ventrículo, fazendo com que o coração bata no ritmo correto).
- Se desenvolver um aumento de bradicardia.
- Se for portador de feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula suprarrenal).
Você deve informar ao seu médico se você tem ou teve sintomas de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue) ou se estiver tomando insulina.
Antes de cirurgias, informe seu médico ou cirurgião-dentista que você está utilizando Selozok Fix.
O tratamento com Selozok Fix não deve ser interrompido abruptamente. Especialmente durante o período de redução da dose, pacientes com doença cardíaca isquêmica conhecida devem ser monitorados cuidadosamente.
Foram relatados casos de hipertrofia gengival discreta (aumento discreto da gengiva) em pacientes com gengivites (inflamação da gengiva) ou periodontites acentuadas. Este efeito pode ser prevenido ou revertido por uma cuidadosa higiene dental.
Antes de tomar Selozok Fix informe ao seu médico se estiver amamentando.
Verifique a sua reação ao Selozok Fix antes de dirigir veículos e operar máquinas, porque, ocasionalmente, podem ocorrer tontura ou fadiga (cansaço).
Este medicamento contém lactose (42,00 mg/comprimido).
Informe seu médico caso você tenha problemas de intolerância a lactose.
Devido à presença de metoprolol: Este medicamento pode causar doping.
Reações Adversas do Selozok Fix
Reação muito comum (ocorreram em mais de 10% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Fadiga (cansaço).
Reação comum (ocorreram entre 1% e 10% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Dor de cabeça, edema periférico (inchaço em extremidades), rubor (vermelhidão na face), bradicardia (diminuição na frequência dos batimentos do coração), alterações na pressão quando está em pé (muito raramente com desmaio), mãos e pés frios, palpitações, tontura, náusea (enjoo), dor abdominal, diarreia, constipação (prisão de ventre), dispneia de esforço (dificuldade respiratória ao esforço).
Reação incomum (ocorreram entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Tontura, parestesia (formigamento, sensação de dormência), taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração), palpitações, hipotensão (pressão baixa), náusea, dor abdominal, exantema (pontos vermelhos na pele), prurido (coceira no corpo), fadiga, piora dos sintomas de insuficiência cardíaca, bloqueio cardíaco de primeiro grau (bloqueio do impulso elétrico que faz o coração bater), edema (inchaço), dor precordial (no coração), cãimbras musculares, vômitos, ganho de peso, depressão, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia, pesadelos, broncoespasmo (chiado no peito), exantema na forma de urticária psoriasiforme (lesões parecidas com as da psoríase) e lesões cutâneas distróficas (afinamento da pele) e sudorese (produção e eliminação de suor) aumentada.
Reação rara (ocorreram entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Desmaio, vômitos, mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), impotência/disfunção sexual, urticária (coceira na pele com vermelhidão), distúrbios da condução cardíaca, arritmias cardíacas (alteração da frequência ou do ritmo dos batimentos do coração), boca seca, alterações de testes da função do fígado, nervosismo, ansiedade, rinite (irritação e inflamação crônica do nariz), distúrbios da visão, irritação e/ou ressecamento dos olhos, conjuntivite, perda de cabelo.
Reação muito rara (ocorreram em menos de 0,01% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Hiperplasia gengival (aumento discreto da gengiva), gengivite (inflamação da gengiva), aumento das enzimas do fígado, reações de sensibilidade à luz, vasculite leucocitoclástica (inflamação, rica em glóbulos brancos, nos vasos), polaciúria (aumento do número de vezes para urinar), reações de alergia (por ex.: angioedema [inchaço da face, pescoço e garganta], febre), gangrena em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves pré-existentes, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), hepatite (inflamação do fígado), artralgia, amnésia/comprometimento da memória, confusão, alucinações, zumbido, distúrbios do paladar, agravamento da psoríase (doença de pele que causa descamação e vermelhidão).
Atenção:
este produto é um medicamento novo (nova associação no país) e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Composição do Selozok Fix
Apresentações:
Comprimidos revestidos de liberação prolongada de:
5 mg de felodipino e 47,5 mg de succinato de metoprolol (equivalente a tartarato de metoprolol 50 mg) em embalagens com 10 ou 30 comprimidos revestidos.
Via oral.
Uso adulto.
Composição:
Cada comprimido revestido de liberação prolongada de Selozok Fix contém:
Felodipino | 5 mg |
Succinato de metoprolol | 47,5 mg* |
*Equivale a tartarato de metoprolol 50 mg.
Excipientes:
óxido férrico marrom-avermelhado, óxido férrico amarelo, etilcelulose, hiprolose, hipromelose, lactose (anidra), celulose microcristalina, parafina, macrogol, óleo de rícino hidrogenado polioxil, galato de propila, dióxido de silício, silicato de alumínio e sódio, estearil fumarato de sódio, dióxido de titânio.
Superdosagem do Selozok Fix
Tratamento:
Em caso de ingestão de uma quantidade de medicamento maior do que a prescrita, você deve imediatamente entrar em contato com o seu médico.
Sintomas:
Dentre os sintomas da superdose podem estar a hipotensão (pressão baixa), insuficiência cardíaca, bradicardia e bradiarritmias, distúrbios na condução elétrica, alteração da resistência vascular e broncoespasmo.
A ingestão concomitante de álcool, anti-hipertensivos (medicamentos para abaixar a pressão), quinidina ou barbitúricos pode agravar as condições do paciente.
As primeiras manifestações de superdosagem podem ser observadas de 20 minutos a 2 horas após a ingestão do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Selozok Fix
Selozok Fix deve ser utilizado com cuidado em pacientes que estão tomando os seguintes medicamentos:
Substâncias que interferem no sistema de enzimas do fígado (por ex.: cimetidina, eritromicina, itraconazol, cetoconazol, certos flavonóides presentes no suco de grapefruit – pomelo, fenitoína, carbamazepina, rifampicina, barbitúricos e Hypericum perforatum (Erva de São João)); tacrolimo (usado para impedir que o corpo rejeite um órgão transplantado); antiarrítimicos (quinidina, amiodarona); antialérgicos; antagonistas do receptor de histamina-2; antidepressivos; antipsicóticos; inibidores da COX-2 (por ex. etoricoxibe); rifampicina; hidralazina; agentes bloqueadores dos gânglios simpáticos, outros betabloqueadores (por ex.: colírio); inibidores da monoaminoxidase (MAO); antagonistas do cálcio (verapamil, diltiazem); glicosídeos digitálicos (por ex. digoxina); anestésicos inalatórios; indometacina; e outros fármacos inibidores da prostaglandina sintetase.
Bebidas alcoólicas, quando utilizadas com Selozok Fix podem aumentar os níveis de metoprolol no sangue e assim aumentar os efeitos do medicamento.
Se estiver tomando clonidina e metoprolol ao mesmo tempo, você não deve parar de tomar a clonidina ou Selozok Fix sem consultar o seu médico.
Se você estiver tomando medicamentos para diabetes por via oral, seu médico pode precisar ajustar a dose.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Selozok Fix
Resultados de Eficácia
Hipertensão arterial – felodipino
A eficácia do felodipino no tratamento da hipertensão arterial foi comprovada em um importante estudo de grande porte. O estudo HOT (Hypertension Optimal Treatment) avaliou 18.790 pacientes por um período de 4,9 anos. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre eventos cardiovasculares e a redução da pressão arterial. O estudo mostrou que a redução intensa da hipertensão nos pacientes que iniciaram a terapia com o felodipino levou a uma redução de eventos cardiovasculares e da mortalidade cardiovascular (Hansson, L et al. Lancet. 1998; 351: 1755-176
Hipertensão arterial – succinato de metoprolol
Em um estudo comparativo com placebo que usou dados de três amostras combinadas, o succinato de metoprolol foi significativamente superior na redução da pressão arterial supina após 24 horas (Westergren et al. Curr Ther Res 1994; 55:142-8).
Hipertensão arterial – felodipino / succinato de metoprolol
A taxa de resposta em um estudo de Dahlöf et al. (Dahlöf et al. Blood Pressure 1993;2 (Suppl 1): 37- 45) é definida como segue: pacientes que atingiram pressão arterial diastólica (DBP) supina igual ou menor que 90 mmHg e/ou uma diminuição da DBP supina igual ou maior que 10 mm Hg.
Isso resultou em uma taxa de resposta após 6 semanas de 76% para este medicamento, 55% para felodipino e 48% para metoprolol. Após 12 semanas, 90% para este medicamento, 71% para felodipino e 64% para o metoprolol.
Um estudo utilizando monitoramento ambulatorial da pressão arterial por 24 horas e outro estudo em pacientes idosos (idade ? 70 anos) com fator de alto risco cardiovascular, demonstraram que felodipino/metoprolol 5/50 mg foi um agente anti-hipertensivo efetivo e a diminuição da pressão arterial foi significativamente melhor que o anlodipino 5 mg e placebo, respectivamente.
Em outro estudo por Hoffmann et al, (Blood Pressure 1993;2 (Suppl 1):30-36), foi demonstrado que, após 12 semanas de tratamento a redução da pressão arterial foi significativamente melhor com felodipino/metoprolol 5/50 mg (28/18 mmHg) comparada com felodipino 5 mg (18/12mmHg) ou metoprolol 50 mg (19/12 mmHg).
A taxa da resposta anti-hipertensiva, definida como a porcentagem de pacientes que atingiram pressão arterial diastólica supina ? 90 mmHg e/ou redução ? 10 mmHg foi significativamente melhor com a combinação de dose fixa (98%) do que com felodipino (79%) ou metoprolol (82%) em monoterapia.
No entanto, os guidelines modernos (JNC-7 nos EUA e ESC guidelines na Europa) também são levados em conta para a pressão arterial sistólica (PAS). O desenho do estudo M- FACT permitiu alterações da pressão arterial placebo-corrigidos durante uma ampla faixa de dose. Assim, a proporção de pacientes que atingiram a meta da pressão arterial JNC-7 (taxa de controle) está descrita na tabela a seguir.
Tabela | Pressão arterial sentada (SiBP): proporção de pacientes que atingiu o controle da pressão arterial (critério JNC-7) na semana 9 (grupo de análise de eficácia, estudo SH-LOG-0013) | |||
Grupo de tratamento | Grupo de análise de eficácia | Proporção de pacientes que atingiram a meta JNC-7 na semana 9 | ||
N | n | (%) | IC 95% | |
placebo | 95 | 12 | (12,6) | 6,7; 21,0 |
felodipino 2,5 mg de liberação controlada | 93 | 17 | (18,3) | 11,0; 27,7 |
felodipino 10 mg de liberação controlada | 46 | 13 | (28,3) | 16,0; 43,5 |
felodipino 20 mg de liberação controlada | 89 | 32 | (36,0) | 26,1; 46,8 |
metoprolol 25 mg de liberação controlada | 88 | 26 | (29,5) | 20,3; 40,2 |
metoprolol 100 mg de liberação controlada | 44 | 16 | (36,4) | 22,4; 52,2 |
metoprolol 400 mg de liberação controlada | 90 | 31 | (34,4) | 24,7; 45,2 |
felodipino / metoprolol 2,5/25 mg | 88 | 32 | (36,4) | 26,4; 47,3 |
felodipino / metoprolol 10/25 mg | 45 | 14 | (31,1) | 18,2; 46,7 |
felodipino / metoprolol 20/25 mg | 43 | 21 | (48,8) | 33,3; 64,5 |
felodipino / metoprolol 2,5/100 mg | 51 | 25 | (49,0) | 34,8; 63,4 |
felodipino / metoprolol 10/100 mg | 93 | 40 | (43,0) | 32,8; 53,7 |
felodipino / metoprolol 20/100 mg | 47 | 25 | (53,2) | 38,1; 67,9 |
felodipino / metoprolol 2,5/400 mg | 46 | 25 | (54,3) | 39,0; 69,1 |
felodipino / metoprolol 10/400 mg | 45 | 25 | (55,6) | 40,0; 70,4 |
felodipino / metoprolol 20/400 mg | 84 | 48 | (57,1) | 45,9; 67,9 |
T otal | 1087 | 402 | (37,0) |
|
Meta JNC-7 igual pressão arterial sistólica sentada (SiSBP) lt;140 mmHg e pressão arterial diastólica sentada (SiDBP) lt;90 mmHg; ou se diabético, SiSBP lt;130 mmHg e SiDBP lt;80 mmHg. Na semana 9, um paciente seria controlado se SiDBP/SiDBP fosse menor que a meta JNC-7. Nenhum dos valores de pressão arterial foi avaliado posteriormente. Um paciente sem valores na semana 9 foi considerado não-controlado. |
Infelizmente, a associação de dose de 5 mg de felodipino e 50 mg de metoprolol não fez parte do estudo, mas a taxa de controle foi estimada em cerca de 50%, semelhante à taxa de controle para a dose de 2,5 mg/100 mg.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Os mecanismos de ação complementares do felodipino, um antagonista de cálcio seletivo para musculatura lisa vascular (redução da resistência periférica), e do metoprolol, um bloqueador beta-1 seletivo (redução do débito cardíaco), resultam em maior efeito anti-hipertensivo e tolerabilidade similar, ou melhor, em comparação com as respectivas monoterapias. Assim, é alcançado um melhor equilíbrio de eficácia/tolerabilidade.
A redução da pressão arterial é igual e eficaz durante as 24 horas do intervalo de dose. A combinação de felodipino e succinato de metoprolol também pode ser utilizada em pacientes hipertensos com angina do peito estável concomitante, devido à ação anti-isquêmica dos componentes individuais.
– felodipino
O felodipino é um antagonista de cálcio seletivo para a musculatura lisa vascular, que diminui a pressão arterial pela redução da resistência vascular sistêmica. Devido ao alto grau de seletividade pela musculatura lisa arteriolar, o felodipino não tem efeito direto sobre a contratilidade ou a condução cardíaca nas doses terapêuticas. Devido à ausência de efeito sobre a musculatura lisa venosa ou o controle vasomotor adrenérgico, o felodipino não está associado a hipotensão ortostática.
O felodipino possui um efeito natriurético/diurético discreto, não ocorrendo retenção de líquidos.
O felodipino é eficaz em todos os graus de hipertensão. O felodipino é bem tolerado em pacientes com doença cardíaca, angina do peito e insuficiência cardíaca congestiva concomitantes.
O felodipino tem efeitos antianginosos e anti-isquêmicos devido à melhora do equilíbrio fornecimento/demanda de oxigênio para o miocárdio.
– metoprolol
O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, age nos receptores beta-1 no coração em doses muito menores que as necessárias para influenciar os receptores beta-2, principalmente os localizados nos vasos periféricos e brônquios.
O metoprolol possui um efeito estabilizador de membrana insignificante e não apresenta atividade agonista parcial.
O efeito estimulador das catecolaminas no coração (que são liberadas durante o estresse físico e mental) é reduzido ou inibido pelo metoprolol. Isto significa que o aumento usual da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da contratilidade cardíaca e da pressão arterial produzido pelas catecolaminas é reduzido pelo metoprolol. Esses efeitos resultam em uma redução global da demanda de oxigênio pelo miocárdio, o que constitui uma parte importante da ação anti-isquêmica do fármaco.
O metoprolol reduz a pressão arterial elevada tanto na posição levantada quanto na posição deitada.
Propriedades Farmacocinéticas
– felodipino
Absorção e distribuição:
A disponibilidade sistêmica do felodipino é de aproximadamente 15% e é independente da dose na faixa de doses terapêuticas.
A taxa de ligação do felodipino às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 99%, ligando-se predominantemente à fração de albumina.
Os comprimidos de liberação prolongada produzem uma fase de absorção prolongada do felodipino, que resulta em concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica por 24 horas.
Metabolismo e eliminação:
O felodipino é extensivamente metabolizado no fígado pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4) e todos os metabólitos identificados são inativos. O felodipino é um fármaco de alta depuração, com depuração sanguínea média de 1200 mL/min. Não há acúmulo significativo durante tratamento de longo prazo.
Pacientes idosos e pacientes com função hepática reduzida têm em média concentrações plasmáticas de felodipino maiores que pacientes jovens. A farmacocinética do felodipino não é alterada em pacientes com insuficiência renal, incluindo aqueles tratados com hemodiálise.
Cerca de 70% da dose administrada é excretada como metabólitos na urina; a fração restante é excretada nas fezes. Menos de 0,5% da dose é recuperada inalterada na urina.
– metoprolol
Absorção e distribuição:
A biodisponibilidade é reduzida em cerca de 20-30% para a formulação de liberação controlada quando comparada com um comprimido convencional. Isso demonstrou não ter significância para a eficácia clínica, uma vez que a área sob a curva de efeito (ASCE) sobre a frequência cardíaca é a mesma que para os comprimidos convencionais. A ligação do metoprolol às proteínas plasmáticas é baixa, de aproximadamente 5-10%.
A meia-vida de eliminação do metoprolol é em média de 3,5 horas. Assim, durante o intervalo de 24 horas entre as doses uma concentração plasmática constante de metoprolol é alcançada. A velocidade de liberação do metoprolol é independente de fatores fisiológicos como pH, presença de alimentos e peristaltismo.
Metabolismo e eliminação:
O metoprolol sofre metabolismo oxidativo no fígado primariamente pelo CYP2D6. Foram identificados três metabólitos principais, entretanto nenhum deles tem efeito beta-bloqueador de importância clínica.
Via de regra, mais de 95% de uma dose oral pode ser recuperada na urina. Aproximadamente 5% da dose administrada é excretada na urina sob a forma inalterada, podendo aumentar para até 30% em casos isolados. A meia-vida de eliminação do metoprolol no plasma é em média de 3,5 horas (extremos: 1 e 9 horas). A velocidade de depuração total é de aproximadamente 1000 mL/min.
Pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol em comparação com pessoas jovens. A biodisponibilidade sistêmica e a eliminação do metoprolol não são alteradas em pacientes com função renal reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos é reduzida.
Foi observado acúmulo significativo de metabólitos em pacientes com velocidade de filtração glomerular inferior a 5 mL/min. Esse acúmulo de metabólitos, entretanto, não aumenta o efeito beta- bloqueador.
A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática. Entretanto, em pacientes com cirrose hepática grave e derivação porta-cava a biodisponibilidade do metoprolol pode aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose porta-cava apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 L/min e valores da área sob a curva de concentração plasmática vs. tempo (ASC) até 6 vezes maiores que indivíduos sadios.
– Características da combinação dos produtos
A combinação de felodipino e metoprolol não altera a farmacocinética dos dois componentes. O felodipino e o metoprolol são completamente absorvidos pelo trato gastrointestinal após a administração dos comprimidos deste medicamento. A absorção é independente da ingestão de alimentos com baixo teor de gordura.
Com a formulação de liberação prolongada, a fase de absorção é prolongada, resultando em concentrações plasmáticas de felodipino e metoprolol iguais e efetivas durante 24 horas.
Dados de segurança pré-clínica
Em um estudo sobre fertilidade e capacidade reprodutora geral em ratos tratados com felodipino, foi observado um prolongamento do parto, resultando em trabalho de parto difícil, aumento das mortes fetais e das mortes pós-natais precoces nos grupos tratados com doses médias e altas.
Estudos de reprodução em coelhos demonstraram aumento reversível das glândulas mamárias nas mães e anormalidades digitais nos fetos (esses efeitos foram dose-dependentes). As anomalias nos fetos foram induzidas quando o felodipino foi administrado durante os primeiros períodos do desenvolvimento fetal.
Cuidados de Armazenamento do Selozok Fix
Você deve conservar Selozok Fix em temperatura ambiente (15ºC a 30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Apresentação:
Selozok Fix é apresentado da seguinte maneira: comprimidos revestidos, de cor alaranjada (apricot), circulares e com a gravação A/FG em um dos lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Selozok Fix
MS – 1.1618.0241
Farm. Resp.:
Dra. Gisele H. V. C. Teixeira.
CRF-SP no 19.825.
Fabricado por:
AstraZeneca AB – Gärtunavägen – Södertälje – Suécia.
Importado e embalado por:
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 – Cotia – SP – CEP 06707-000.
CNPJ 60.318.797/0001-00.
Indústria Brasileira.
Venda sob prescrição médica.