A gestante com sífilis deve ser detectada e tratada precocemente para evitar a transmissão para o feto, que ocorre na maior parte das vezes ainda no útero, mas pode ocorrer também durante o parto.
A transmissão para o feto pode causar graves consequências, como abortamento, parto prematuro, baixo peso ou doença da criança com acometimento de vários órgãos, que pode se manifestar logo ao nascimento, mas também até após os dois anos de idade.
Como detectar a sífilis
Como os sintomas de sífilis podem passar despercebidos, toda gestante deve realizar teste sorológico na primeira consulta do pré-natal, e repetir no início do terceiro trimestre e no momento do parto.
Há dois tipos de testes sorológicos para sífilis:
1) Testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos do T. pallidum. São os primeiros a se tornarem reagentes, e também são importantes para confirmar o diagnóstico. Costumam permanecer positivos pelo resto da vida, mesmo após o tratamento. Um exemplo desse tipo de exame é o FtaAbs.
2) Testes que detectam anticorpos inespecíficos, como por exemplo o VDRL. O título do VDRL varia com estágio da doença, sendo mais alto nas infecções mais recentes. É também utilizado para controle do resultado do tratamento da sífilis, devendo diminuir progressivamente.
Tratamento da sífilis durante a gestação
O médico irá receitar o tratamento de acordo com o paciente e o estágio da infecção.
Tratamento do parceiro
O tratamento do parceiro da gestante com sífilis é fundamental para evitar a reinfecção. Parceiros de gestantes com sífilis deverão realizar sorologia e tratamento na mesma ocasião da gestante.