Sabe aquele sentimento de não merecer estar numa posição de destaque ou ter sucesso? Pois bem, ela pode ser a síndrome do impostor, que de acordo com estudos realizados pela psicóloga Gail Matthews, afeta cerca de 70% dos profissionais bem-sucedidos — na maioria, mulheres. Recentemente, o problema ganhou destaque por ser muito comum entre estrelas de Hollywood, como Kate Winslet, Tina Fey e Emma Watson.
Apesar de ser um problema comum, essa síndrome pode prejudicar bastante a carreira e a autoestima das pessoas. Continue a leitura do post para saber como identificar os sinais e quando é necessário procurar um médico.
O que é a síndrome do impostor?
A síndrome do impostor é um incômodo constante em relação à própria realidade. Um sentimento de não merecer as recompensas pelo trabalho ou algo que foi alcançado arduamente. A pessoa acredita que a qualquer momento será desmascarada.
Esse fenômeno foi reconhecido pela primeira vez em 1978 por Pauline Clances e Suzanne Imes Perceberam o quanto muitas mulheres de negócios se sentiam mal com o sucesso, em uma época e em setores ainda mais dominados pelos homens.
Como reconhecer o problema?
É até normal ter um pouco de dúvida em relação às suas habilidades ou conquistas. No entanto, a síndrome do impostor pode prejudicar bastante a carreira e a vida pessoal. É um problema real e que deve ser tratado. Veja alguns fortes indícios:
- excesso de ocupação do tempo com o trabalho, exagerado esforço e desespero para compensar uma ideia de inaptidão;
- falta de esforço para realizar as tarefas, pois já tem formada a ideia de que vai fracassar;
- fuga de avaliações e críticas, por medo de exposição;
- tentativa de conquistar as pessoas com o carisma e não com a inteligência;
- adiar o trabalho e dar desculpas constantes para não realizá-lo, por medo de não ser capaz de terminá-lo.
- fazer coisas para minar qualquer perspectiva de sucesso (autossabotagem).
Quais as formas de tratamento?
Mesmo que você apresente alguns dos sinais descritos acima, apenas um psicólogo pode determinar o diagnóstico correto. Principalmente porque alguns deles podem ser confundidos com ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos e que devem ser tratados de formas diferentes.
Caso seja comprovada a síndrome do impostor, o profissional pode recomendar fazer uma Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
O psicólogo também pode indicar atividades que estimulam o bem-estar, confiança e autoestima, e que estejam de acordo com a rotina de cada paciente.
De modo geral, também são apontadas algumas mudanças de comportamento, como:
- aceitar os próprios defeitos e qualidades e encarar os desafios;
- ter a consciência de que não é necessário saber sobre tudo;
- parar de repensar atos e situações que não podem ser alterados;
- aceitar a incapacidade de resolver alguns problemas;
- tirar um tempo para fazer algo que goste e não se sinta pressionado a se sair bem;
- adotar uma postura confiante.
Por fim, uma boa dica para lidar com a síndrome do impostor é pedir ajuda para alguém próximo e que você conheça bem — um amigo pode oferecer uma visão mais realista sobre o momento que você está passando.
Se você percebeu alguns desses sintomas no seu comportamento, não tome conclusões precipitadas. Apenas um psicólogo pode fazer um diagnóstico correto. Por isso, procure um profissional mais próximo de você.