Bula do Solu Medrol
Como o Solu-Medrol funciona?
Solu-Medrol é um potente esteroide sintético (tipo de hormônio produzido em laboratório) com função antiinflamatória (medicamento que controla a reação do sistema de defesa a agressão) e metabólica.
Contraindicação do Solu Medrol
Você não deve usar Solu-Medrol:
- Se tiver hipersensibilidade (alergia) conhecida à metilprednisolona ou a qualquer componente da fórmula;
- Se tiver infecções sistêmicas (no organismo) por fungos;
- Para uso pelas vias de administração intratecal (diretamente no espaço onde corre o líquido espinhal) e epidural (espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquidiano).
A administração de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados (vivos, mas muito fracos) não é indicada se você estiver recebendo doses imunossupressoras (que reduzem a atividade ou eficiência do sistema de defesa) de corticosteroides (hormônio esteroide).
Como usar o Solu Medrol
Solu-Medrol só deve ser administrado por infusão intravenosa (IV, ou seja, dentro do vaso sanguíneo) ou por injeção intramuscular (IM, ou seja, dentro do músculo). Em emergências a infusão IV deve ser a de escolha.
Solu-Medrol sempre será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de saúde especializado.
As instruções para administração, reconstituição, diluição e infusão estão disponibilizadas na bula destinada aos Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado poderá preparar e administrar a medicação.
Seu médico determinará a duração do tratamento e a quantidade de medicamento administrada por dia, e monitorará sua resposta e condições. Em geral, a duração do tratamento deve ser baseada na resposta clínica do paciente.
Recomenda-se o uso de seringas descartáveis.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Solu-Medrol?
O plano de tratamento por via intravenosa (IV) e intramuscular (IM) é definido pelo médico que acompanha o seu caso. Caso você esqueça de aplicar Solu-Medrol no horário estabelecido pelo seu médico, procure um profissional que o aplique assim que lembrar. Porém, se o horário estiver muito próximo do da próxima dose contate o médico para redefinir o plano de tratamento. Neste caso, não aplique o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer o resultado do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Solu Medrol
Durante o tratamento com hormônios esteroides, como o Solu-Medrol, em doses imunossupressoras, a pessoa não deve receber vacina com vírus vivos ou atenuados. Não há problemas em receber vacinas de microrganismos mortos ou inativados (sem capacidade de produzir doenças), mas a resposta à vacina pode ser diminuída.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
O uso de esteroides, medicamentos da classe do Solu-Medrol podem:
- Aumentar o risco de infecções;
- Reativar focos de tuberculose;
- Desencadear transtornos psíquicos tais como euforia, insônia, oscilações do humor e da personalidade, depressão e importantes alterações do comportamento. Pessoas com tendência a instabilidade emocional e distúrbios de personalidade (psicose) têm mais chances de desenvolver esse problema.
Deve-se usar Solu-Medrol com cautela em pacientes com:
- Histórico de alergia a outros medicamentos;
- Insuficiência renal (redução total da função dos rins);
- Diabetes;
- Miastenia grave (tipo de doença em que o corpo agride os músculos e nervos dele mesmo);
- Pacientes com herpes simples ocular;
- Insuficiência cardíaca congestiva (coração incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos);
- Hipertensão (aumento da pressão do sangue);
- Colite ulcerativa não específica (úlceras do intestino), com chances de perfuração iminente;
- Diverticulite (aparecimento de “pequenos dedos” no intestino que inflamam);
- Abscesso (cavidade com pus devido a infecção) ou outra infecção piogênica (que produz pus);
- Anastomose intestinal recente (cirurgia recente que reconectou duas partes do intestino);
- Úlcera péptica (lesão no estômago ativa ou latente);
- Osteoporose (diminuição do cálcio dos ossos). Foi relatada a ocorrência de trombose (entupimento de uma veia), incluindo tromboembolismo venoso (entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo), com o uso de corticosteroides. Consequentemente, os corticosteroides devem ser usados com cautela em pacientes que apresentam ou estão predispostos a distúrbios tromboembólicos (entupimento de veias e artérias por formação de coágulos). Altas doses de corticosteroides podem produzir pancreatite aguda. Lesão hepática induzida por fármacos, tais como a hepatite aguda pode resultar de uso da metilprednisolona pulsada cíclica (geralmente em doses de 1 mg/dia). O tempo de início da hepatite aguda pode ser várias semanas ou mais. A resolução do evento adverso foi observado depois que o tratamento foi descontinuado.
Este medicamento pode causar doping.
Solu-medrol contêm álcool benzílico que tem sido associado com eventos adversos graves, incluindo a “Síndrome de Gasping” (alteração do ritmo respiratório) e morte em pacientes pediátricos.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Solu Medrol
Solu-Medrol se relaciona às seguintes reações adversas:
Infecção, infecção oportunista (infecção que pode ocorrer quando o sistema de defesa está debilitado); hipersensibilidade (alergia, incluindo reação alérgica grave); leucocitose (aumento do número de leucocitos no sangue); cushingoide (aumento de peso, com depósito específico de gordura em tronco e pescoço, face cheia, pode haver aumento de pelos e espinhas), hipopituitarismo (diminuição da função da glândula pituitária), síndrome de abstinência de esteroide; prejuízo da tolerância à glicose, alcalose hipocalêmica (alcalinidade dos fluidos corporais devido à redução do potássio sanguíneo), alteração do colesterol, aumento da necessidade de insulina (ou medicamentos que reduzem a glicose no sangue em pacientes diabéticos), retenção de sódio e de fluidos, balanço de nitrogênio negativo (maior excreção de nitrogênio com relação à quantidade ingerida), aumento da ureia no sangue, aumento de apetite (que pode resultar em aumento de peso), lipomatose (acúmulo de gordura), transtorno afetivo (incluindo instabilidade afetiva, humor deprimido, humor eufórico, dependência do medicamento e ideação suicida), transtorno psicótico (incluindo mania, delírio, alucinação, esquizofrenia), confusão, transtorno mental, ansiedade, alteração de personalidade, oscilações de humor, comportamento anormal, insônia, irritabilidade; aumento da pressão dentro do crânio.
Cnvulsão, amnésia, transtorno cognitivo (p. ex.: esquecimento), tontura/vertigem, dor de cabeça, lipomatose epidural (deposição de gordura no espaço epidural da coluna vertebral); protusão dos olhos conhecida popularmente como esbugalhamento dos olhos, glaucoma (aumento de pressão intraocular), catarata; retinopatia serosa central (doença que afeta a região central da retina), insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração em bombear a quantidade adequada de sangue), arritmia (alterações do ritmo cardíaco); trombose (entupimento de uma veia), aumento ou queda da pressão sanguínea; embolia pulmonar (entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo), soluços; sangramento gástrico, perfuração intestinal, úlcera péptica (lesão no estômago) (com possível perfuração e sangramento), inflamação no pâncreas, no peritônio ou no esôfago, dor e aumento do volume abdominal, diarreia, má digestão, náusea; angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica), inchaço nas extremidades do corpo, equimose (manchas vinhosas na pele por sangramento), petéquia (hematomas puntiformes na pele), atrofia, estria ou hipopigmentação da pele, hirsutismo (aumento de pelos), vermelhidão da pele, coceira, urticária (alergia da pele), acne, aumento da sudorese; osteonecrose (morte de células ósseas), fratura patológica (fratura sem causa aparente), retardo do crescimento, diminuição de massa muscular, miopatia (alteração da função dos músculos), osteoporose (diminuição do cálcio dos ossos), artropatia neuropática (doenças da articulação), dor nas articulações, dor e fraqueza muscular; menstruação irregular; dificuldade de cicatrização, reação no local da injeção, cansaço, indisposição; aumento de enzimas do fígado e da fosfatase alcalina (enzima encontrada em diversos órgãos e tecidos) no sangue, aumento da pressão dentro do olho, diminuição da tolerância a carboidrato, diminuição de potássio no sangue, aumento de cálcio na urina, supressão de reações em testes cutâneos; ruptura de tendão (parte do músculo que o fixa ao osso)), fratura por compressão de vértebras.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Solu Medrol
Gravidez e lactação
Só deve ser usado na gravidez quando os benefícios do seu uso superam os riscos. Solu-Medrol é excretado pelo leite humano. Informe ao seu médico se você estiver grávida, ficar grávida durante o tratamento ou logo após seu término, ou estiver amamentando.
Solu-Medrol não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Solu Medrol
Cada frasco-ampola de Solu-Medrol pó liofilizado 40mg contém:
Succinato sódico de metilprednisolona equivalente a 40mg de metilprednisolona. Após reconstituição do pó liofilizado com 1mL de diluente, cadamL de Solu-Medrol contém o equivalente a 40mg de metilprednisolona.
Excipientes:
fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico seco, lactose e hidróxido de sódioa.
a = Para ajuste de pH.
Cada frasco-ampola de Solu-Medrol pó liofilizado 125mg contém:
Succinato sódico de metilprednisolona equivalente a 125mg metilprednisolona.
Cada frasco-ampola de Solu-Medrol pó liofilizado 500mg contém:
Succinato sódico de metilprednisolona equivalente a 500mg metilprednisolona.
Cada frasco-ampola de Solu-Medrol pó liofilizado 1 g contém:
Succinato sódico de metilprednisolona equivalente a 1g metilprednisolona.
Após reconstituição do pó liofilizado com 2mL, 8mL ou 16mL de diluente, respectivamente, cada mL de Solu-Medrol contém o equivalente a 62,5mg de metilprednisolona.
Excipientes:
fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico seco e hidróxido de sódioa.
a = Para ajuste de pH.
O diluente contém água para injetáveis e álcool benzílico. CadamL da solução diluente contém 9,45mg de álcool benzílico e água para injetáveis (q.s.p. 1mL).
Reconstituir o produto apenas com o diluente que acompanha a embalagem.
Superdosagem do Solu Medrol
Não há síndrome clínica da superdosagem aguda com corticosteroides. Relatos de toxicidade aguda e/ou morte após superdosagem de corticosteroides são raros. Em caso de superdosagem, não há antídoto específico disponível; o tratamento é sintomático e de apoio. A metilprednisolona é dialisável.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Solu Medrol
A metilprednisolona é um substrato da enzima citocromo P450 (CYP) e é metabolizada principalmente pela enzima CYP3A4. A CYP3A4 é a enzima dominante da subfamília CYP mais abundante no fígado de humanos adultos. Ela catalisa a 6?-hidroxilação de esteroides, a etapa metabólica da Fase I essencial para ambos os corticosteroides endógenos e sintéticos. Muitos outros compostos também são substratos da CYP3A4, alguns dos quais (assim como outros fármacos) mostraram alterar o metabolismo de glicocorticoide por indução ou inibição da enzima CYP3A4.
Inibidores da CYP3A4
Os fármacos que inibem a atividade da CYP3A4 geralmente diminuem o clearance hepático e aumentam a concentração plasmática de medicamentos que são substratos da CYP3A4, como metilprednisolona. Na presença de um inibidor da CYP3A4, a dose de metilprednisolona pode precisar ser ajustada para evitar a toxicidade por esteroide.
Indutores da CYP3A4
Os fármacos que induzem a atividade da CYP3A4 geralmente aumentam o clearance hepático, resultando em diminuição da concentração plasmática de medicamentos que são substratos da CYP3A4. A coadministração pode exigir um aumento da dose de metilprednisolona para atingir o resultado desejado.
Substratos do CYP3A4
Na presença de outro substrato da CYP3A4, o clearance hepático da metilprednisolona pode ser afetado, exigindo ajustes de dose correspondentes. É possível que os eventos adversos associados ao uso individual de cada fármaco possam ser mais prováveis de ocorrer com a coadministração.
Efeitos não mediados pela CYP3A4
Outras interações e efeitos que ocorrem com a metilprednisolona estão descritos na Tabela 1 abaixo. A Tabela 1 fornece uma lista e descrições das interações medicamentosas ou efeitos mais comuns e/ou clinicamente importantes com a metilprednisolona.
Tabela 1. Interações/efeitos importantes dos fármacos ou substâncias com a metilprednisolona
Classe do Fármaco ou Tipo – Fármaco ou substância | Interação/Efeito |
Antibacteriano Isoniazida | Inibidor da CYP3A4 Adicionalmente, há um efeito potencial de aumento da metilprednisolona sobre a taxa de acetilação e clearance da isoniazida |
Antibiótico, antituberculoso Rifampicina | Indutor da CYP3A4 |
Anticoagulantes (orais) | O efeito da metilprednisolona sobre os anticoagulantes orais é variável. Há relatos de aumento, assim como de diminuição dos efeitos dos anticoagulantes quando administrados concomitantemente com corticosteroides. Portanto, os índices de coagulação devem ser monitorados para manter os efeitos anticoagulantes desejados |
Anticonvulsivantes Carbamazepina | Indutor da CYP3A4 (e substrato) |
Anticonvulsivantes Fenobarbital Fenitoína | Indutores da CYP3A4 |
Anticolinérgicos Bloqueadores neuromusculares | Os corticosteroides podem influenciar o efeito de anticolinérgicos.
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Anticolinesterásicos | Os esteroides podem reduzir os efeitos dos anticolinesterasicos em miastenia gravis |
Antidiabéticos | Devido ao fato dos corticosteroides poderem aumentar as concentrações sanguíneas de glicose, podem ser necessários ajustes de dose de agentes antidiabéticos |
Antiemético Aprepitanto Fosaprepitanto | Inibidores da CYP3A4 (e substratos) |
Antifúngico Itraconazol Cetoconazol | Inibidores da CYP3A4 (e substratos) |
Antivirais Inibidores da HIV-protease | Inibidores da CYP3A4 (e substratos)
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Inibidores da aromatase – Aminoglutetimida | A supressão adrenal induzida pela aminoglutetimida pode agravar as alterações endócrinas causadas pelo tratamento prolongado com glicocorticoide |
Bloqueador do canal de cálcio Diltiazem | Inibidor da CYP3A4 (e substrato) |
Contraceptivos (orais) Etinilestradiol/noretindrona | Inibidor da CYP3A4 (e substrato) |
Suco de grapefruit (toranja) | Inibidor da CYP3A4 |
Imunossupressor Ciclosporina | Inibidor da CYP3A4 (e substrato)
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Imunossupressor Ciclofosfamida Tacrolimo | Substratos da CYP3A4 |
Antibacteriano macrolídeo Claritromicina Eritromicina | Inibidores da CYP3A4 (e substratos) |
Antibacteriano macrolídeo Troleandomicina | Inibidor da CYP3A4 |
Fármacos Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Altas doses de ácido acetilsalicílico |
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Agentes depletores de potássio | Quando os corticosteroides são administrados concomitantemente com agentes depletores de potássio (por ex., diuréticos), os pacientes devem ser cuidadosamente observados para o desenvolvimento de hipocalemia. Há também um aumento do risco de hipocalemia com o uso concomitante de corticosteroides com anfotericina B, xantenos, ou agonistas beta-2 |
Incompatibilidades
Para evitar problemas de compatibilidade e estabilidade, é recomendado que o Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) seja administrado separadamente de outros compostos administrados por via IV.
Fármacos fisicamente incompatíveis em solução com Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) incluem, mas não são limitados a alopurinol sódico, cloridrato de doxapram, tigeciclina, cloridrato de diltiazem, gluconato de cálcio, brometo de vecurônio, brometo de rocurônio, besilato de cisatracúrio, glicopirrolato, propofol.
Ação da Substância Solu Medrol
Resultados e eficácia
O Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) mostrou-se eficaz no tratamento da artrite reumatoide, inclusive da forma juvenil e da artrite idiopática.
O Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) apresentou eficácia no tratamento das manifestações clínicas do lúpus eritematoso sistêmico.
O Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) mostrou eficácia no tratamento de distúrbios hematológicos, tais como: aplasia de células vermelhas, hemangioma e síndrome de Kasabch-Merritt.
Características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
A metilprednisolona é um potente esteroide anti-inflamatório. Ela tem maior potência anti-inflamatório que a prednisolona e menor tendência que a prednisolona de induzir a retenção de sódio e água.
O Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) possui ação metabólica e anti-inflamatória semelhante à metilprednisolona.
Quando administrados por via parenteral e em quantidades equimolares, os dois compostos apresentam bioequivalência. A potência relativa do Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) e do succinato sódico de hidrocortisona, como demonstrado pela depressão da contagem de eosinófilos, após a administração intravenosa (IV), é de pelo menos quatro para um. Isto está em comum acordo com a potência oral relativa da metilprednisolona e hidrocortisona.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da metilprednisolona é linear, independente da rota de administração.
Absorção
Após uma dose intramuscular (IM) de 40mg de Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) a 14 voluntários masculinos, adultos e saudáveis, o pico da concentração média de 454ng/mL foi atingido em 1 hora. Na 12ª hora, a concentração plasmática de metilprednisolona reduziu para 31,9ng/mL. Nenhuma metilprednisolona foi detectada após 18 horas da administração da dose. Baseado na curva área-sob-tempo-concentração, uma indicação do total do fármaco absorvido, o Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) IM foi equivalente à mesma dose administrada IV.
Resultados de um estudo demonstraram que o éster Succinato Sódico de Metilprednisolona (substância ativa) é rápida e extensivamente convertido na parte ativa da metilprednisolona após todas as vias de administração. A extensão da absorção de metilprednisolona livre após administração IV e IM foi equivalente e significativamente maior do que aquelas observadas após administração de solução e comprimidos orais. Uma vez que a extensão da metilprednisolona absorvida após tratamento IV e IM foi equivalente, apesar da maior quantidade de éster hemissuccinato alcançando a circulação geral após administração IV, parece que o éster é convertido no tecido após injeção IM com subsequente absorção como metilprednisolona livre.
Distribuição
A metilprednisolona é amplamente distribuída nos tecidos, atravessa a barreira hematoencefálica e é secretada no leite materno. Seu volume aparente de distribuição é de aproximadamente 1,4L/kg. A ligação da metilprednisolona a proteínas plasmáticas em humanos é de aproximadamente 77%.
Metabolismo
Em humanos, a metilprednisolona é metabolizada no fígado a metabólitos inativos; os principais são 20?- hidroximetilprednisolona e 20?-hidroximetilprednisolona. O metabolismo hepático ocorre primariamente via CYP3A4 (para uma lista das interações medicamentosas baseadas no metabolismo mediado pela CYP3A4.
A metilprednisolona, como qualquer substrato CYP3A4, pode também ser um substrato para o transporte da proteína pglicoproteína pelos transportadores de múltiplos fármacos (ABC), influenciando na distribuição do tecido e interações com outros medicamentos.
Eliminação
A meia-vida de eliminação média para a metilprednisolona total está em uma faixa de 1,8 a 5,2 horas. Seu clearance total é de aproximadamente 5 a 6 mL/min/kg.
Dados pré-clínicos de segurança
Com base em estudos convencionais de segurança farmacológica e toxicidade de dose repetida, não foram identificados riscos inesperados. As toxicidades observadas nos estudos de dose repetida são as que se espera com a exposição contínua a esteroides adrenocorticais exógenos.
Carcinogênese
A metilprednisolona não foi formalmente avaliada em estudos de carcinogenicidade em roedores. Resultados variáveis vêm sendo obtidos com outros glucorticoides testados para a carcinogenicidade em camundongos e ratos. No entanto, após a administração oral com água filtrada a ratos machos, os dados publicados indicam que vários glucocorticoides relacionados, incluindo a budesonida, prednisolona e acetonido de triamcinolona podem aumentar a incidência de adenomas e carcinomas hepatocelulares. Esses efeitos tumorigênicos ocorreram em doses menores que as doses clínicas típicas na base de mg/m2.
Mutagênese
A metilprednisolona não foi formalmente avaliada para genotoxicidade. No entanto o sulfonato de metilprednisolona, que é estruturalmente semelhante à metilprednisolona, não foi mutagênico com ou sem ativação metabólica em Salmonela typhimurium a 250 até 2.000 ?g/placa, ou em um ensaio de mutação genética e células de mamíferos, usando células de ovário de hamster chinês a 2.000 até 10.000 ?g/mL. O sulfonato de metilprednisolona não induziu o DNA sintético imprevisto em hepatócitos primários de ratos a 5 até 10.000 ?g/mL. Além disso, uma análise de dados publicados indicam que a farnesilato de prednisolona (PNF), o qual a estrutura molecular é similar a metilprednisolona, não foi mutagênico com ou sem ativação metabólica em Salmonella typhimurium e de Echerichia coli a 321 até 5.000 ?g/placa. Numa linha celular de fibroblastos de hamster chinês, a FNP produziu um leve aumento na incidência de aberrações cromossômicas estruturais com ativação metabólica na maior concentração testada 1.500 ?g/mL.
Toxicidade reprodutiva
Os corticosteroides demonstraram reduzir a fertilidade quando administrados a ratos. Ratos machos receberam doses de corticosterona de 0, 10 e 25 mg/kg/dia, por injeção subcutânea por 6 semanas e acasalaram com fêmeas não tratadas. A dose mais elevada foi reduzida para 20 mg/kg/dia depois de 15 dias. Foram observadas diminuições tampões copulatórios, os quais podem ser secundário à diminuição do peso dos órgãos acessórios. Os números de implantação e fetos vivos foram reduzidos.
Os corticosteroides foram evidenciados como teratogênicos em várias espécies quando fornecidos em doses equivalentes a uma dose humana. Nos estudos de reprodução animal, os glicocorticoides, como metilprednisolona, demonstraram aumento na incidência de malformações (malformações esqueléticas e nas fendas palatinas), letalidade embrio-fetal (por exemplo aumento da reabsorção) e retardo no crescimento intrauterino.
Cuidados de Armazenamento do Solu Medrol
Solu-Medrol 40mg, 125mg, 500mg e 1g pó liofilizado injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz.
Após a reconstituição, Solu-Medrol deverá ser utilizado imediatamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto
Massa branca liofilizada. Diluente: líquido límpido e incolor com um leve odor de álcool benzílico.
Dizeres Legais do Solu Medrol
MS – 1.0216.0146
Farmacêutico Responsável:
José Cláudio Bumerad –
CRF-SP n° 43746
Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555
CEP 07112-070 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Fabricado e Embalado por:
Pfizer Manufacturing Belgium NV
Puurs – Bélgica
Importado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99
Venda sob prescrição médica.