Bula do Solustrep
Administração sistêmica
- Infarto agudo transmural do miocárdio (não mais que 12 horas) com elevação persistente do segmento ST ou recente bloqueio do ramo esquerdo;
- Trombose venosa profunda (não mais que 14 dias);
- Embolia pulmonar maciça aguda;
- Trombose aguda e subaguda das artérias periféricas;
- Doença arterial obstrutiva crônica (não mais que 6 semanas);
- Oclusão de artéria ou veia central da retina (oclusões arteriais de não mais que 6 a 8 horas, oclusões venosas de não mais que 10 dias).
Administração local
- Infarto agudo do miocárdio para a reabertura dos vasos coronários (não mais que 12 horas);
- Trombose aguda, subaguda e crônica, bem como embolia (bloqueio) de veias periféricas e vasos arteriais.
Nota: Não há relatos sobre o resultado da terapia na administração fora das faixas de tempo indicadas acima.
Contraindicação do Solustrep
Estreptoquinase (substância ativa) não deve ser utilizado em casos de reações alérgicas graves à preparação.
Devido ao maior risco de hemorragia (sangramento), Estreptoquinase (substância ativa) não é indicado nas seguintes situações:
- Hemorragia interna, recente ou já existente;
- Todas as formas de coagulação sanguínea reduzida, em particular fibrinólise espontânea e distúrbios graves de coagulação;
- Acidente vascular cerebral (derrame) recente, cirurgia intracraniana ou intraespinhal (na parte interna do crânio ou coluna espinhal);
- Neoplasia intracraniana (tumor dentro do crânio);
- Trauma recente na cabeça;
- Malformação arteriovenosa ou aneurisma (dilatação de um vaso arterial);
- Neoplasia (tumor) conhecida com risco de hemorragia;
- Pancreatite aguda (inflamação aguda no pâncreas);
- Hipertensão arterial grave com valores sistólicos acima de 200 mm Hg e/ou diastólicos acima de 100 mm Hg ou alterações hipertensivas retinianas Grau III/IV;
- Implantação recente de uma prótese de vaso sanguíneo;
- Tratamento simultâneo com anticoagulantes orais (medicamentos que inibem a coagulação do sangue) (RNIgt; 1,3);
- Danos graves no fígado ou nos rins;
- Endocardite (inflamação da camada interna do coração) ou pericardite (inflamação da membrana que envolve o coração). Casos isolados de uma pericardite, diagnosticada de forma errada como infarto agudo do miocárdio e tratada com Estreptoquinase (substância ativa), resultaram em derrames pericárdicos incluindo tamponamento;
- Tendência conhecida à hemorragia;
- Cirurgias de grande porte recentes (6o ao 10o dia pós-operatório, dependendo da gravidade da intervenção cirúrgica);
- Cirurgias invasivas, por exemplo, biópsia recente do órgão, massagem cardíaca com tórax fechado a longo prazo (traumática).
Essas contraindicações também são consideradas no caso da administração local, pois na administração local também é possível um efeito sistêmico.
Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não é indicado para menores de 18 anos de idade.
Como usar o Solustrep
Estreptoquinase (substância ativa) é administrado por via intravenosa ou intra-arterial. A duração do tratamento depende da natureza e extensão da obstrução vascular e difere de acordo com a indicação.
Estreptoquinase (substância ativa) é apresentado como um liofilizado branco. Após a reconstituição com solução fisiológica é obtida uma solução límpida, incolor a amarelada.
Para garantir que o conteúdo do frasco seja rápida e completamente reconstituído, 5 mL de solução salina fisiológica devem ser injetados no frasco de Estreptoquinase (substância ativa) contendo vácuo e o vácuo residual eliminado soltando-se por um instante a agulha da seringa.
Para a administração com uma bomba de infusão, podem ser utilizados como diluentes: solução salina fisiológica, solução de Ringer-lactato, solução de glicose 5% ou solução de levulose. Para diluições maiores, especialmente quando é necessária uma boa estabilidade durante períodos prolongados, pode ser utilizada poligelina como diluente.
Posologia
Nota:
Quando a terapia trombolítica é necessária ou quando uma elevada concentração de anticorpos contra Estreptoquinase (substância ativa) estiver presente, ou quando a terapia com Estreptoquinase (substância ativa) foi administrada recentemente (mais de 5 dias e menos de um ano, previamente), fibrinolíticos homólogos devem ser utilizados.
Infarto agudo transmural do miocárdio com elevação persistente do segmento ST ou recente bloqueio do ramo esquerdo
Administração sistêmica: Na lise de curto prazo para o tratamento do infarto agudo do miocárdio, administrar 1.500.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa) dentro de 60 min.
Administração local
Em pacientes com infarto agudo do miocárdio é administrado, em média, um bolo intracoronário de 20.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa) e uma dose de manutenção de 2.000 UI a 4.000 UI por minuto durante 30 min. a 90 min.
Trombose aguda, subaguda e crônica / embolia de vasos arteriais e venosos periféricos e doença arterial obstrutiva crônica
Administração sistêmica
Na trombólise de curto prazo, adultos com obstruções de vasos arteriais e venosos periféricos / embolias recebem uma dose inicial de 250.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa) dentro de 30 min., seguido por uma dose de manutenção de 1.500.000 UI por hora ao longo de um período máximo de seis horas. A infusão por seis horas de Estreptoquinase (substância ativa) pode ser repetida no dia seguinte, dependendo do sucesso terapêutico da lise. No entanto, a repetição do tratamento não deve, em hipótese alguma, ser realizada depois de 5 dias após a primeira aplicação.
Como uma alternativa para a lise de curto prazo, uma lise de longo prazo para o tratamento de oclusões periféricas pode ser considerada. Uma dose inicial de 250.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa) é administrada dentro de 30 min, seguida por uma dose de manutenção de 100.000 UI por uma hora. A duração do tratamento depende da extensão e localização da oclusão vascular. Na oclusão vascular periférica a duração máxima é de 5 dias.
Administração local
Pacientes com trombose aguda, subaguda ou crônica e embolia periférica recebem 1.000 UI a 2.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa) em intervalos de 3 a 5 min. A duração da administração depende da extensão e localização da oclusão vascular, totalizando em até 3 horas uma dose de, no máximo, 120.000 UI de Estreptoquinase (substância ativa)
A angioplastia transluminal percutânea pode ser realizada simultaneamente, se necessário.
Oclusões de artérias ou veias centrais da retina
Administração sistêmica
Em caso de trombose dos vasos centrais da retina, a lise de oclusões arteriais deve ser limitada ao máximo de 24 horas e de oclusões venosas ao máximo de 72 horas.
Se for indicada a continuação da trombólise devido a oclusões trombóticas extensas, a terapia deve ser interrompida por um dia, seguida pela administração de um fibrinolítico homólogo.
Dose para recém-nascidos, lactentes e crianças
Não há experiência suficiente do tratamento de crianças com Estreptoquinase (substância ativa). O benefício do tratamento deve ser avaliado em função dos riscos potenciais que podem agravar a situação de risco à vida.
Controle do tratamento
Administração sistêmica
Em caso de lise de curto prazo deve-se administrar heparina por seis horas durante ou após a infusão de Estreptoquinase (substância ativa), quando o tempo de trombina (TT) ou o tempo de tromboplastina parcial (TTPa) atingirem menos de duas ou 1,5 vezes o valor de referência normal, respectivamente. O TT e o TTPa devem ser prolongados para 2 a 4 vezes e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respectivamente, a fim de assegurar uma proteção suficiente contra retrombose.
Se a infusão de Estreptoquinase (substância ativa) não for repetida a terapia com heparina deve ser instituída simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais.
A lise de longo prazo é controlada com o tempo de trombina (TT). Deve-se buscar um prolongamento do tempo de trombina (TT) de 2 a 4 vezes, considerado como uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma administração simultânea de heparina pode tornar-se necessária a partir da 16ª. hora do tratamento. Se o TT após a 16ª. hora ainda for prolongado por mais de 4 vezes o valor de referência normal, a dose de manutenção de Estreptoquinase (substância ativa) deve ser dobrada por várias horas até que o TT retroceda.
Administração local
Comumente em angiografias, a heparina é administrada, se necessário, antes da angiografia como meio de proteção contra trombose induzida por cateter. O sucesso do tratamento pode ser determinado pela angiografia. Com um fluxo sanguíneo suficiente por mais de 15 minutos, a terapia pode ser considerada bem sucedida e, em seguida, finalizada.
Acompanhamento do tratamento
Depois de cada série da terapia com Estreptoquinase (substância ativa), um acompanhamento do tratamento com anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária, pode ser instituído como uma prevenção da retrombose. Na terapia com heparina, em especial, deve-se considerar um risco aumentado de hemorragia.
A terapia com heparina é controlada individualmente com o TT ou o TTPa. Deve-se buscar um prolongamento do TT de 2 a 4 vezes e do TTPa de 1,5 a 2,5 vezes. Para a profilaxia a longo prazo, anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados da cumarina ou inibidores da agregação plaquetária podem ser usados.
Precauções do Solustrep
Avaliação individual de risco/benefício
O risco da terapia em caso de eventos tromboembólicos que ameaçam a vida, particularmente hemorragias, deve ser considerado contra o benefício esperado em casos como
- Hemorragia gastrointestinal grave recente, por exemplo, úlcera péptica ativa;
- Risco de hemorragia local grave, por exemplo, em caso de aortografia por via lombar (angiografia da artéria principal da seção das vértebras lombares);
- Trauma recente (lesão grave) e ressuscitação cardiopulmonar;
- Cirurgias invasivas, por exemplo, intubação recente;
- Punção de vasos não-compressíveis, injeções intramusculares;
- Parto recente, aborto (incluindo aborto espontâneo);
- Doenças do trato urogenital com sangramento ou potencial risco de sangramento (cateter da bexiga implantado);
- Doença trombótica séptica conhecida (formação de coágulos em caso de envenenamento sanguíneo);
- Degeneração aterosclerótica grave, doenças cerebrovasculares;
- Doenças com cavidade (por exemplo, tuberculose aberta);
- Defeitos da válvula mitral ou fibrilação atrial.
Administração local
Um efeito sistêmico também é possível durante a administração local. Portanto, as advertências especiais mencionadas acima também devem ser consideradas para a administração local.
Anticorpos antistreptoquinase
Por existir uma probabilidade aumentada de resistência devido aos anticorpos antistreptoquinase, o retratamento com Estreptoquinase (substância ativa) ou produtos contendo Estreptoquinase (substância ativa) pode não ser eficaz se administrado por mais de 5 dias, em especial entre 5 dias e 12 meses, após o tratamento inicial.
Da mesma forma, o efeito terapêutico pode ser reduzido em pacientes com infecções estreptocócicas recentes, tais como faringite estreptocócica, febre reumática aguda, glomerulonefrite aguda.
Velocidade de infusão e profilaxia com corticosteroides
No início do tratamento, a queda na pressão sanguínea, o aumento ou a diminuição da frequência cardíaca (em casos individuais, chegando até choque) são comumente observados. Portanto, no início da terapia a infusão deve ser feita lentamente. Além disso, os corticosteroides podem ser administrados profilaticamente.
Pré-tratamento com heparina ou derivados cumarínicos
Se o paciente está sob heparinização ativa, esta deve ser neutralizada pela administração de sulfato de protamina, antes do início da terapia trombolítica. O tempo de trombina não deve ser superior a duas vezes o valor de controle normal anterior ao início da terapêutica trombolítica.
Em pacientes previamente tratados com derivados cumarínicos, a RNI (Relação Normalizada Internacional) deve ser inferior a 1,3 antes do início da infusão de Estreptoquinase (substância ativa).
Tratamento simultâneo com ácido acetilsalicílico
Foi observado um efeito mutuamente reforçador, positivo do ácido acetilsalicílico e Estreptoquinase (substância ativa) na expectativa de vida de pacientes com suspeita de infarto do miocárdio. A administração de ácido acetilsalicílico deve ser iniciada antes da terapia com Estreptoquinase (substância ativa) e deve continuar por pelo menos um mês.
Punção arterial
Caso uma punção arterial seja necessária durante a terapia intravenosa, os vasos superficiais são preferíveis. Após a punção, deve ser aplicada compressão local por pelo menos 30 minutos por meio de um curativo compressivo e o local da punção deve ser observado frequentemente para comprovar a ausência de sangramento.
Gravidez e lactação
Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Devido ao risco para o feto, Estreptoquinase (substância ativa) deve ser administrado durante a gravidez somente após uma avaliação cuidadosa dos riscos. Nas primeiras 18 semanas de gravidez o uso de Estreptoquinase (substância ativa) deve ser restrito apenas em indicação vital.
Informação do uso de Estreptoquinase (substância ativa) durante a amamentação não está disponível.
Reações Adversas do Solustrep
Informe seu médico se você apresentar reações, mesmo que não mencionadas nessa bula. As reações adversas a seguir são baseadas em estudos clínicos e na experiência pós-comercialização.
As seguintes categorias padrão de frequência são usadas
- Muito comum: 1/10;
- Comum: 1/100 e lt; 1/10;
- Incomum: 1/1.000 e lt; 1/100;
- Rara: 1/10.000 e lt; 1/1.000;
- Muito rara: 1/10.000 (incluindo casos isolados relatados).
Distúrbios do sangue
Comuns
Hemorragias no local da injeção e equimoses (extravasamento de sangue na pele, resultando em pequenas manchas). Sangramento na região do estômago e intestino ou urinária e genital, epistaxe (sangramento nasal).
Incomuns
Hemorragia cerebral com suas complicações e possíveis consequências fatais, hemorragias da retina, hemorragias graves (também com consequência fatal), incluindo hemorragias do fígado, sangramentos retroperitoniais (na região atrás da membrana que envolve os órgãos do abdômen), ruptura do baço. As transfusões de sangue são raramente necessárias.
Muito raros
Hemorragias no pericárdio (membrana que envolve o coração), incluindo a ruptura do miocárdio (músculo do coração) durante tratamento trombolítico de infarto agudo do miocárdio.
Em complicações hemorrágicas graves, o tratamento com Estreptoquinase (substância ativa deste medicamento) deve ser interrompido e um inibidor de proteinase, por exemplo aprotinina, deve ser administrado na seguinte dose:
Inicialmente 500.000 KIU (Unidade de Inativador de Calicreína), se necessário até 1 milhão de KIU, seguido por 50.000 KIU por hora através de gotejamento intravenoso até cessar o sangramento. Além disso, a combinação com antifibrinolíticos sintéticos é recomendada. Se necessário, fatores de coagulação podem ser administrados. A administração adicional de antifibrinolíticos sintéticos foi relatada como sendo eficaz em alguns casos isolados de episódios hemorrágicos.
Doenças do sistema imunológico (sistema de defesa do corpo)
Muito comuns
Desenvolvimento de anticorpos antistreptoquinase.
Comuns
Reações alérgico-anafiláticas com erupções na pele, vermelhidão, coceira, urticária, edema angioneurótico (inchaço, geralmente na pele), dispneia (falta de ar), broncoespasmo (constrição das vias aéreas) ou queda da pressão do sangue.
Muito raras
Reações alérgicas tardias, tais como a doença do soro, artrite, vasculite (inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos), nefrite (inflamação dos rins) e sintomas neuroalérgicos (polineuropatia, por exemplo, síndrome de Guillain Barré), reações alérgicas graves chegando até choque, incluindo parada respiratória.
Reações alérgicas leves ou moderadas podem ser controladas com o uso concomitante de medicamentos anti-histamínicos e / ou corticosteroides. Se uma reação alérgico-anafilática grave ocorrer, a administração de Estreptoquinase (substância ativa deste medicamento) deve ser interrompida imediatamente e um tratamento adequado deve ser iniciado. Os padrões médicos atuais para o tratamento do choque devem ser observados. A terapia de lise (dissolução do coágulo) deve ser continuada com outros medicamentos fibrinolíticos com ação semelhante ao Estreptoquinase (substância ativa deste medicamento).
Distúrbios do sistema nervoso
Raros
Sintomas neurológicos (por exemplo, tonturas, confusão, paralisia, hemiparesia (paralisia do lado esquerdo ou direito do corpo), agitação ou convulsões) no contexto das hemorragias cerebrais ou distúrbios cardiovasculares (relacionados ao coração e circulação) com hipoperfusão do cérebro (redução do fluxo de sangue no cérebro).
Cardiopatias e distúrbios vasculares
Comuns
No início do tratamento, queda da pressão arterial, taquicardia ou bradicardia (arritmias cardíacas caracterizadas por frequência cardíaca excessivamente baixa).
Muito raros
Embolia (bloqueio de um vaso sanguíneo) por cristais de colesterol. No cenário do tratamento fibrinolítico (de dissolução do coágulo) com Estreptoquinase (substância ativa deste medicamento) em pacientes com infarto do miocárdio, os seguintes eventos foram relatados como complicações de infarto do miocárdio e / ou sintomas de reperfusão (reabertura do vaso sanguíneo que estava fechado).
Muito comuns
Pressão baixa, distúrbios da frequência e do ritmo cardíaco, angina peitoral.
Comuns
Isquemia (falta de sangue em determinada área) recorrente, insuficiência cardíaca, reinfarto, choque cardiogênico (desencadeado por insuficiência cardíaca), pericardite (inflamação da membrana que envolve o coração), edema pulmonar (acúmulo de líquidos nos pulmões).
Incomuns
Parada cardíaca (levando à parada respiratória), insuficiência mitral (uma das válvulas do coração não funciona corretamente), efusão pericárdica (acúmulo de líquido purulento na membrana que envolve o coração), tamponamento cardíaco, ruptura do miocárdio, embolia pulmonar ou periférica.
Estas complicações cardiovasculares podem ser potencialmente fatais e podem levar à morte.
Durante a lise local de artérias periféricas, a embolização distal não pode ser excluída.
Distúrbios respiratórios
Muito raros
Edema pulmonar não-cardiogênico (acúmulo de líquidos nos pulmões não desencadeado por insuficiência cardíaca), após terapia trombolítica intracoronária em pacientes com infarto do miocárdio extenso.
Distúrbios gastrointestinais
Comuns
Náusea, diarreia, dor epigástrica (dor na região superior do abdômen) e vômitos.
Perturbações gerais
Comuns
Dores de cabeça e nas costas, dor muscular, calafrios e / ou aumento da temperatura, bem como astenia (indisposição).
Exames
Comuns
Elevações transitórias das transaminases séricas (parâmetros da função do fígado), bem como da bilirrubina.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Solustrep
O tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (por exemplo, heparina) e substâncias que inibem a formação ou a função plaquetária (por exemplo, inibidores da agregação plaquetária, dextranas) pode aumentar o risco de hemorragia.
Antes de iniciar a lise sistêmica a longo prazo de trombose venosa profunda e oclusões arteriais com Estreptoquinase (substância ativa), deve-se permitir que cessem os efeitos das drogas que agem sobre a formação ou função plaquetária.
Incompatibilidades
Não são conhecidas incompatibilidades.
Para posterior diluição da solução reconstituída, são recomendadas soluções especiais para infusão.
Ação da Substância Solustrep
Resultados de eficácia
A produção de Estreptoquinase (substância ativa) altamente purificada promoveu a nível mundial o uso clínico da substância para iniciar e manter uma atividade fibrinolítica adequada.
A eficácia de Estreptoquinase (substância ativa) no tratamento de doenças tromboembólicas foi estabelecida em investigações angiográficas amplas em numerosos estudos.
De acordo com ‘Consensus Development Conference‘ do Instituto Nacional de Saúde, E.U.A., a terapia trombolítica com Estreptoquinase (substância ativa) pode atingir os objetivos de administração ideal como segue:
- Lisar trombos e êmbolos e restaurar a circulação normal;
- Normalizar os distúrbios hemodinâmicos e reduzir a morbidade;
- Prevenir danos valvulares venosos e hipertensão venosa decorrente nas extremidades mais baixas;
- Prevenir dano permanente do leito vascular pulmonar e reduzir a probabilidade de hipertensão pulmonar persistente.
Características farmacológicas
Estreptoquinase (substância ativa) é uma proteína bacteriana altamente purificada extraída de filtrado de cultura de estreptococos beta-hemolíticos do Grupo C de Lancefield.
Propriedades Farmacodinâmicas
A ativação do sistema fibrinolítico endógeno é iniciada pela formação de um complexo estreptoquinase-plasminogênio.
Este complexo possui propriedades ativadoras e converte o plasminogênio em plasmina proteolítica e fibrinolítica ativa. Quanto mais o plasminogênio é ligado dentro deste complexo ativador, menos plasminogênio é deixado para ser convertido em sua forma enzimaticamente ativa.
Assim, altas doses de Estreptoquinase (substância ativa) estão associadas a um menor risco de sangramento e vice-versa.
Após a administração intravenosa ou intra-arterial e neutralização do título individual de anticorpos antiestreptoquinase, a estreptoquinase está imediatamente disponível sistemicamente ou localmente para a ativação do sistema fibrinolítico.
Propriedades Farmacocinéticas
Devido ao alto grau de afinidade e à rápida reação entre Estreptoquinase (substância ativa) e anticorpos antiestreptoquinase, que possivelmente estão presentes no sangue dos pacientes, quantidades baixas de Estreptoquinase (substância ativa) são eliminadas do sangue com uma meia-vida de 18 minutos. A meia-vida de eliminação da Estreptoquinase (substância ativa) com base na formação do ativador é de cerca de 80 minutos.
A maior parte da Estreptoquinase (substância ativa) é degradada a peptídeos e eliminada pelo intestino e rins.