Soroterapia é mesmo indicada para todo mundo?
Com o apelido de “soro da beleza”, a soroterapia ficou conhecida nas redes sociais graças as suas promessas de melhorias no sistema imunológico, perda de peso, fortalecimento capilar e de unhas, além de outros benefícios para a saúde física e mental.
Apesar de parecer a solução para uma vida mais saudável, a soroterapia não é indicada para todos. Por isso, antes de aderir a esse tratamento, é importante entender o que exatamente é esse método e para quem ele é recomendado.
O que é soroterapia?
A soroterapia é um procedimento médico que consiste na reposição de vitaminas, minerais e aminoácidos diretamente na corrente sanguínea.
Diferente da ingestão oral de suplementos, essa técnica permite uma absorção mais rápida e eficiente dos nutrientes, ajudando quem precisa fazer essa reposição de forma mais acelerada.
Quem pode fazer?
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) explica que medicamentos e nutrientes aplicados na soroterapia podem ser úteis em casos específicos onde a pessoa tem deficiências nutricionais comprovadas, como falta de vitaminas ou minerais.
No entanto, essa técnica só deve ser uma opção quando o paciente não responde à reposição oral. Assim, pessoas com condições médicas específicas, como doenças gastrointestinais que afetam a absorção de nutrientes, podem ser candidatas ideais para esse tipo de tratamento.
Toda essa cautela é necessária, porque doses excessivas podem ser tóxicas, resultando em efeitos adversos ao organismo de quem está fazendo soroterapia.
Vale ressaltar que a SBD afirma que não há estudos científicos suficientes para apoiar essa prática com objetivos dermatológicos, como vem sendo divulgado erroneamente.
Como saber se preciso repor nutrientes?
Determinar se há necessidade de reposição de nutrientes é fundamental para decidir se a soroterapia, ou até mesmo outra técnica, é apropriada para você.
Sendo assim, vale ficar de olho em sinais que podem indicar uma deficiência nutricional, como:
- fadiga constante;
- fraqueza muscular;
- queda de cabelo;
- unhas quebradiças;
- visão embaçada;
- palidez;
- inchaço no corpo, principalmente nas pernas.
Ao sentir um ou mais desses sintomas, é recomendável consultar um clínico geral. Após fazer uma avaliação da sua saúde, ele indicará o melhor tratamento e, se necessário, te encaminhar para outro especialista.
Durante a consulta, o médico poderá solicitar exames como:
- hemograma completo: o teste avalia diferentes componentes do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Variações nos valores podem indicar deficiências de certos nutrientes, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico;
- teste de função renal e hepática: alterações de funcionamento nos rins e do fígado podem afetar a absorção e o metabolismo de nutrientes, portanto, esses exames podem ajudar a identificar possíveis deficiências nutricionais secundárias.
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Estou com deficiência nutricional, e agora?
Se os resultados dos exames indicarem a necessidade de repor algum tipo de nutriente, o profissional da saúde deverá avaliar qual a melhor abordagem para reverter esse quadro. Isso pode incluir, além da soroterapia:
- mudanças na alimentação: uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis pode fornecer todos os nutrientes essenciais para viver bem. Um nutricionista pode ser envolvido no tratamento para te ajudar a priorizar alimentos nutritivos e variados de acordo com a sua individualidade;
- suplementação oral: a ingestão de suplementos vitamínicos e minerais por via oral também pode ser uma opção para algumas pessoas. Mas lembre-se: somente um profissional da saúde pode prescrever o melhor suplemento seguindo as suas necessidades individuais.
Vale ressaltar que pode ser necessária uma investigação do que está causando essa deficiência nutricional. Se for uma condição, como a doença celíaca, por exemplo, o foco deve ser em controlá-la.
Adotar bons hábitos também pode ajudar o seu organismo a absorver melhor os nutrientes ingeridos. Sendo assim, tente praticar algum tipo de exercício físico regularmente e beba, pelo menos, dois litros de água por dia.
Fontes