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Bula do Stugeron

Distúrbios circulatórios periféricos

Prevenção e tratamento dos sintomas que acompanham os distúrbios circulatórios periféricos (arteriosclerose, tromboangeite obliterante, moléstia de Raynaud, diabete, acrocianose, etc), tais como claudicação intermitente, distúrbios tróficos, pré-gangrena, úlceras varicosas, parestesia, câimbra noturna, extremidades frias.  

Distúrbios do equilíbrio

Como o Stugeron funciona?


A cinarizina inibe as contrações das células musculares lisas dos vasos sanguíneos, através do bloqueio do transporte de íons de cálcio entre as membranas da célula (canais de cálcio). Além deste antagonismo direto ao cálcio, a cinarizina diminui a atividade de contração das substâncias que agem nos vasos sanguíneos, como a norepinefrina e a serotonina, através do bloqueio do receptor dos canais de cálcio. O bloqueio da entrada de cálcio nas células é tecido-seletivo, e resulta em propriedades antivasoconstritoras, sem efeito na pressão sanguínea e na frequência cardíaca.

A cinarizina pode melhorar, também, a microcirculação deficiente através do aumento da deformabilidade dos glóbulos vermelhos do sangue e diminuição da viscosidade sanguínea. Stugeron® aumenta a resistência celular a hipoxia (deficiência de oxigênio).

A cinarizina inibe a estimulação do sistema vestibular, resultando em supressão do nistagmo (movimentos rápidos e não controlados dos olhos) e outros distúrbios autonômicos. Episódios agudos de vertigem podem ser prevenidos ou reduzidos pela cinarizina. 

Contraindicação do Stugeron

Não tome Stugeron® se você tiver hipersensibilidade (alergia) conhecida a cinarizina.

Como usar o Stugeron

Stugeron® deve ser tomado por via oral. 

Posologia do Stugeron


Distúrbios circulatórios cerebrais

1 comprimido de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 1 comprimido de 75 mg diariamente.

Distúrbios circulatórios periféricos

2 a 3 comprimidos de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 2 a 3 comprimidos de 75 mg ao dia.

Distúrbios do equilíbrio

1 comprimido de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 1 comprimido de 75 mg diariamente.  

Distúrbios do movimento

1 comprimido de 25 mg meia hora antes de viajar e repetindo cada 6 horas.

A dose máxima recomendada não deve exceder 225 mg. Como o efeito de Stugeron® sobre vertigens é dose dependente, a dose deve ser aumentada progressivamente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. 

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o 

Stugeron

?


Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome a próxima dose conforme planejado e continue o tratamento como orientado pelo médico. Não dobre a dose. 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista. 

Precauções do Stugeron

Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Se você tiver Doença de Parkinson, informe seu médico. Ele decidirá se você pode usar Stugeron®.

Stugeron®, como os outros anti-histamínicos, pode causar desconforto gástrico. A administração do medicamento após as refeições pode diminuir a irritação gástrica.

Stugeron® pode causar sonolência, especialmente no início do tratamento. Portanto, deve-se tomar cuidado com o uso concomitante de álcool, depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) ou antidepressivos tricíclicos. 

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Especialmente no começo do tratamento, Stugeron® pode causar sonolência, que pode diminuir sua atenção e reduzir sua capacidade de dirigir. Assim, você deve ter cuidado ao operar máquinas ou dirigir enquanto estiver usando Stugeron®.

Reações Adversas do Stugeron

Neste item de bula são apresentadas as reações adversas. Reações adversas são eventos adversos que foram considerados razoavelmente associados ao uso da cinarizina, com base na avaliação abrangente da informação disponível dos eventos adversos. Uma relação causal com a cinarizina não pode ser estabelecida de forma confiável em casos individuais. Além do mais, como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variáveis, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos de um fármaco não podem ser comparadas diretamente com as taxas nos estudos clínicos de outro fármaco e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.  

Dados de estudos clínicos

As seguintes reações adversas foram relatadas por ?1% dos indivíduos tratados com Stugeron® em 3 estudos clínicos em pacientes com doenças circulatórias periféricas, 1 com doenças circulatórias cerebrais, 2 com vertigem e 1 com enjoo:

Sonolência (8,3%). 

As seguintes reações adversas foram relatadas por ?1% dos indivíduos tratados com Stugeron® em outros estudos clínicos para doenças circulatórias periféricas, doenças circulatórias cerebrais e vertigem:

Náuseas (1,5%); aumento de peso (2,1%). 

As seguintes reações adversas foram relatadas por lt;1% dos indivíduos tratados com Stugeron® em  estudos clínicos:

Sonolência diurna; sensação de sono com pouca energia; desconforto estomacal; vômito; dor de estômago; indigestão; suor excessivo; sentir-se muito cansado. 

As reações adversas identificadas durante a experiência de pós-comercialização com a cinarizina estão listadas a seguir: 

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do Sistema Nervoso

Movimentos lentos, bruscos ou de contorção que você não consegue controlar, Problemas para controlar os movimentos do corpo ou membros, movimentos lentos, com tremor, rigidez e caminhar arrastado, tremores musculares.

Distúrbios hepatobiliares

Problema no fígado que causa amarelamento da pele ou dos olhos (icterícia).

Distúrbios de Pele e Tecido Subcutâneo

Crescimento de cor vermelha a cinza na pele , erupção cutânea com coceira, erupção cutânea vermelha e descamativa que pode ser piorada pela luz solar.

Distúrbios Musculoesqueléticas, de Tecido Conectivo e Ossos

Rigidez muscular. 
 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Stugeron

Gravidez e lactação

Não se aconselha o uso do Stugeron® durante a gestação. Se você estiver grávida ou planeja engravidar, informe seu médico. Ele decidirá se você pode tomar Stugeron®.

Se você estiver tomando Stugeron®, você não deve amamentar porque pequena quantidade do medicamento pode ser liberada no leite. 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista. 

 

Composição do Stugeron

Cada comprimido de 25 mg contém:

25 mg de cinarizina.

Excipientes:

amido, lactose monoidratada, óleo vegetal hidrogenado, povidona K-90, sacarose e talco.  

Cada comprimido de 75 mg contém:

75 mg de cinarizina.

Excipientes:

amido, amarelo crepúsculo laca de alumínio, estearato de magnésio, lactose monoidratada, povidona K-30, sacarose e talco.  

Apresentação do Stugeron


Comprimidos de 25 mg de cinarizina

Em embalagem com 30 comprimidos.

Comprimidos de 75 mg de cinarizina

Em embalagem com 30 comprimidos

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Stugeron

Sinais e Sintomas

Ingerindo Stugeron® em excesso, os seguintes sinais ou sintomas podem ocorrer:

Alterações do nível de consciência desde sonolência até perda de consciência, vômito, fraqueza muscular ou falta de coordenação e convulsões. Óbito associado à superdose de cinarizina foi relatado.  

Tratamento não há antídoto específico. Em caso de superdose, o tratamento é sintomático e de suporte.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 

Interação Medicamentosa do Stugeron

Álcool, depressores do SNC e antidepressivos tricíclicos

Medicamentos para depressão e medicamentos que possam prejudicar suas reações (remédios para dormir, tranquilizantes e analgésicos fortes) podem ter efeito calmante aumentado quando ingeridos com Stugeron.

Álcool e Stugeron® quando ingeridos concomitantemente têm seu efeito sedativo potencializado. Portanto, você deve limitar a quantidade de bebida alcoólica ingerida enquanto estiver usando Stugeron®

Interferência diagnóstica

Devido ao seu efeito anti-histamínico, Stugeron® pode impedir reações positivas aos indicadores de reatividade dérmica se utilizado por até quatro dias antes do teste cutâneo. Se você tomou Stugeron® 4 dias antes da realização destes testes, informe seu médico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

Ação da Substância Stugeron

Resultados de Eficácia


Distúrbios Circulatórios Centrais

O estudo conduzido por Lahitou confirmou a eficácia terapêutica de 150 mg de Cinarizina (substância ativa) em microcápsulas com ação prolongada administrada em dose única à noite em tratamento à longo prazo de sintomas clínicos e neurológicos de pacientes com insuficiência circulatória cerebral crônica. A Cinarizina (substância ativa) em microcápsulas com ação prolongada demonstrou ser eficaz e segura, além de produzir poucos efeitos colaterais em comparação com o placebo.

No estudo trabalhado por Ogueta, os resultados indicaram estatisticamente melhoria significativa com administração da Cinarizina (substância ativa) quando comparada ao placebo em dez parâmetros (interesse por contato social, tontura, vertigem, zumbido, mobilidade, sedação, dor de cabeça, marcha e postura e tremor). A avaliação clínica global confirmou estatisticamente melhoria significativa em pacientes que estavam tomando Cinarizina (substância ativa) (P = 0,012).

Os dados do estudo conduzido por Toledo comprovam que a Cinarizina (substância ativa) demonstrou ser eficaz em todos os cinco tipos de situação clínica em que foi testada, tanto nos casos em que os sintomas de circulação cerebral prejudicada eram manifestações primárias como em complicações causadas por outras doenças. Vinte e três dos trinta pacientes mostraram melhoria clínica durante tratamento com Cinarizina (substância ativa) em comparação com quatro pacientes durante o tratamento com placebo.

O estudo de Staesen demonstrou que tanto a flunarizina quanto a Cinarizina (substância ativa) foram superiores ao placebo em relação a tonturas (P lt;0,05 e P lt;0,01, respectivamente).

Em estudo conduzido por Garam, onde a dose de 75mg de Cinarizina (substância ativa) por dia foi comparada com 150 mg de ácido nicotínico, foi verificada uma melhoria nos sintomas de dor de cabeça (89% dos pacientes), tontura (88% dos pacientes), mudança de humor (73% dos pacientes) e zumbido (67% dos pacientes) para o grupo Cinarizina (substância ativa), enquanto que para o grupo tratado com ácido nicotínico os sintomas melhoraram apenas em 15%, 13%, 0% e 33% respectivamente para os sintomas listados anteriormente.

O estudo de Tammaro, duplo-cego que considerou a diidroergotoxina como comparador concluiu que a Cinarizina (substância ativa) pode ser incluída entre as drogas com influência positiva no tratamento de sintomas de insuficiência cerebrovascular.

Sequelas funcionais pós-apopléticas

O estudo realizado por Udvarhelyi demonstrou que os sintomas de características centrais melhoraram ou regrediram numa faixa entre 40 e 60%, o que pode ser considerado um resultado significativo. A melhoria mais significante foi observada em sintomas de vertigem, vasculares dor de cabeça, falta de concentração, tendência à depressão, falta de memória, falta de interesse e, em confusão.

A Cinarizina (substância ativa) reduziu consideravelmente o grau de deterioração da saúde mental ao mesmo tempo em que apresentou melhora na memória dos pacientes. Bons resultados foram registrados igualmente em vertigem e sintomas alérgicos. Quando comparado à vincamina não foram observadas diferenças significativas entre os dois tratamentos de acordo com a escala de avaliação Reimann-Hunziker, apesar de os testes psicológicos demonstrarem a vincamina como mais eficaz. A tontura poderia ser moderada em tratamento com Cinarizina (substância ativa) para pacientes que sofrem de distúrbios vestibulares.

O estudo conduzido por Hutzel serviu para demonstrar que o efeito terapêutico de Cinarizina (substância ativa) foi claramente aparente, com 12 pacientes apresentando uma melhoria dos sintomas e classificando o tratamento como ‘Bom’ e 4 pacientes classificando como ‘Moderado’.

O estudo gerenciado por Hausman-Petrusewicz mostrou que a Cinarizina (substância ativa) foi eficaz no tratamento do stress pós-traumático. Resultados muito bons foram obtidos no tratamento da trombose recente e embolia das artérias cerebrais, além da arterioesclerose crônica cerebral.

Enxaqueca

Em estudo duplo-cego, randomizado e considerando o valproato de sódio como comparador, Togha não conseguiu demonstrar diferenças significantes entre a Cinarizina (substância ativa) e o valproato de sódio. Em ambos os grupos, o número de intensidade e da duração da crise foram significativamente reduzidos (p lt;0,05). A única diferença significativa observada entre os grupos foi uma redução significativa demonstrada pela Cinarizina (substância ativa) na linha de base que foi verificada na 3ª e 4ª visitas do estudo. Dois pacientes descontinuaram o tratamento prematuramente no grupo Cinarizina (substância ativa) com significante ganho de peso e três pacientes no grupo valproato de sódio com ganho significativo de peso e tremores graves.

Em estudo duplo-cego com a flunarizina como comparador, Drillisch mostrou que após três meses de tratamento, a frequência de crises de enxaqueca caiu de forma significativa, em 56% para Cinarizina (substância ativa) e 42% para flunarizina. A duração das crises também caiu significativamente (de 77% para Cinarizina (substância ativa) e 72% para flunarizina).

O estudo conduzido por Cerny considerou 2 comparadores, a flunarizina e a diidroergotamina. A eficácia foi medida pela cura (paciente livre da enxaqueca) e revelou que a Cinarizina (substância ativa) demonstrou equivalência à diidroergotamina, porém foi menos eficaz que a flunarizina.

Em estudo conduzido por Rossi, os resultados demonstraram que a Cinarizina (substância ativa) pode ser eficaz na profilaxia da enxaqueca.

Em outro estudo realizado por Togha, neste caso aberto e sem comparador, a Cinarizina (substância ativa) reduziu a frequência mensal de crises de enxaqueca após 14 semanas de tratamento. A redução percentual na frequência mensal de enxaqueca foi de 35% depois de duas semanas, 74% após 6 semanas, 74% após 10 semanas e 75% após 14 semanas de tratamento. A redução significativa na duração e gravidade da crise também foi observada. Nenhum evento adverso grave foi observado.

O estudo conduzido por Radovic demonstrou que depois de um mês de tratamento, 28 dos 30 pacientes tiveram uma diminuição na gravidade, frequência e duração das crises. Após 3 meses de tratamento, todos os pacientes foram tratados com sucesso com Cinarizina (substância ativa) 25 mg duas vezes ao dia.

Distúrbios Circulatórios Periféricos

Em estudo conduzido por Joos comparando a Cinarizina (substância ativa) ao placebo, os resultados mostraram uma melhora significativa nos pacientes do grupo Cinarizina (substância ativa) referente a reclamações em repouso, caminhadas à distância, dores musculares e extremidades frias (P lt;0,05, teste de Wilcoxon signed-ranks para emparelhados em um braço). Esta melhora persistiu ou foi reforçada pelo período de 16 semanas de tratamento (mesmo ensaio – teste de Wilcoxon). Uma comparação entre os dois grupos (Cinarizina (substância ativa) e placebo) revelou diferenças significativas (P lt;0,05, teste de Kolmogorov-Smirnov, um braço, teste de duas amostras), em favor do tratamento com Cinarizina (substância ativa) (melhora de reclamações em repouso após 4, 8 e 16 semanas, de câimbras musculares depois de 8 e 16 semanas e de extremidades frias após 8 semanas).

Em estudo realizado pela Janssen, pode-se verificar que a Cinarizina (substância ativa) aumentou o repouso e a taxa pós-isquêmica no aumento de pulsações (quociente de pulsações é o primeiro diferencial) e o fluxo sanguíneo (pletismometria de oclusão venosa) no polegar e nas pernas de pacientes com claudicação intermitente contra placebo (P ? 0,05). A Cinarizina (substância ativa) também reforçou a capacidade de andar desses pacientes (P = 0,0077) enquanto que em pacientes tratados com placebo não foram observadas mudanças significativas.

Em estudo conduzido por Staesen, duplo-cego e randomizado que comparou a Cinarizina (substância ativa) com placebo e flunarizina, a Cinarizina (substância ativa) provou ser significativamente superior ao placebo em claudicação intermitente (P lt;0,05), espasmos vasculares das extremidades (P lt;0,05), câimbras musculares (P lt;0,01) e extremidades frias (P lt;0,01). Não foram observadas diferenças significativas entre flunarizina e Cinarizina (substância ativa).

No estudo realizado por Thenot, a Cinarizina (substância ativa) demonstrou efeito significativo em relação à caminhada à distância e à morfo-oscilografia. Com relação a aspectos cerebrais, a melhor eficácia foi observada em vertigem, dor de cabeça e zumbido. Os autores concluíram que a Cinarizina (substância ativa) foi eficaz nas seguintes indicações: arterite de baixas extremidades, fenômeno de Raynaud, acrocianose e desordens cerebrovasculares.

Distúrbios do equilíbrio

Profilaxia e tratamento dos sintomas dos distúrbios do equilíbrio:

Em estudo realizado por Philipszoon, em comparação com placebo, a Cinarizina (substância ativa) foi eficaz em aliviar sintomas de paciente com vertigem.

Em estudo conduzido por Mangabeira, em comparação com placebo, a Cinarizina (substância ativa) foi eficaz no tratamento periférico de doenças vasculares. Vertigem e zumbido no ouvido foram os sintomas que mais melhoraram com o tratamento.

Em estudo realizado por Castellini, em comparação com o placebo, a Cinarizina (substância ativa) teve ação eficaz na terapia de vertigem de origem periférica e apresentou tolerância geralmente satisfatória.

Em estudo conduzido por Stok, em comparação com o placebo, a vertigem melhorou em todos os pacientes tratados com Cinarizina (substância ativa) (desaparecimento completo em 9 pacientes e melhora nos outros 3), enquanto que houve melhora em apenas dois pacientes que receberam placebo. Zumbido no ouvido e hipoacusia melhoraram em 5 dos 12 pacientes tratados com Cinarizina (substância ativa), enquanto que nenhum dos pacientes tratados com placebo apresentaram melhora nesses sintomas.

Uso na profilaxia do enjoo

No estudo conduzido por Hargreaves, em comparação com placebo, a Cinarizina (substância ativa) mostrou clara redução na incidência de enjoo entre um grupo de marinheiros inexperientes.

Em estudo realizado por Doweck, comparação com placebo, a Cinarizina (substância ativa) demonstrou ser eficaz na prevenção do enjoo em mar agitado. Nenhum efeito significativo foi encontrado para 25mg de Cinarizina (substância ativa).

Em estudo conduzido por Macnair, a Cinarizina (substância ativa) mostrou-se eficaz na profilaxia contra enjoo em carro em crianças, com níveis baixos de eventos adversos.

Referências

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26. LMD2627 – Castellini V. Esperienze cliniche ed elettronistagmografiche su un nuovo farmaco contenente cinnarizina nel trattamento delle vertigini. Bollettino delle Malattie dell’Orecchio, della Gola, del Naso 87, p. 107-131, 1969.
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28. LMD20513 – Hargreaves J. A double-blind placebo controlled study of cinnarizine in the prophylaxis of seasickness. The Practitioner 224, p.547-550, 1980.
29. LMD104704 -Doweck I, Gordon CR, Spitzer O, et al. Effect of cinnarizine in the prevention of seasickness Aviation, Space, and Environmental Medicine 65, p.606-609, 1994.
30. LMD34992 – Macnair AL. Cinnarizine in the prophylaxis of car sickness in children Current Medical Research and Opinion 8(7), p.451-455, 1983.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Stugeron.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de Ação

A Cinarizina (substância ativa) inibe contrações das células musculares lisas da vasculatura através do bloqueio dos canais de cálcio. Além deste antagonismo direto ao cálcio, a Cinarizina (substância ativa) diminui a atividade contrátil das substâncias vasoativas, como a norepinefrina e a serotonina, através do bloqueio do receptor dos canais de cálcio. O bloqueio do influxo celular de cálcio é tecido-seletivo, e resulta em propriedades antivasoconstritoras sem efeito na pressão sanguínea e frequência cardíaca.

A Cinarizina (substância ativa) pode, adicionalmente, melhorar a microcirculação deficiente através do aumento da deformabilidade dos eritrócitos e diminuição da viscosidade sanguínea. A resistência celular à hipóxia aumenta.

A Cinarizina (substância ativa) inibe a estimulação do sistema vestibular, resultando em supressão do nistagmo e outros distúrbios autonômicos. Episódios agudos de vertigem podem ser prevenidos ou reduzidos pela Cinarizina (substância ativa).

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Os níveis de pico plasmático de Cinarizina (substância ativa) são obtidos entre 1 a 3 horas após a ingestão.

Distribuição 

A ligação às proteínas plasmáticas da Cinarizina (substância ativa) é de 91%.

Metabolismo

A Cinarizina (substância ativa) é extensivamente metabolizada principalmente via CYP2D6.

Eliminação

A meia-vida de eliminação da Cinarizina (substância ativa) está na faixa entre 4 e 24 horas.

A eliminação de seus metabólitos é cerca de 1/3 na urina e 2/3 nas fezes.

Fertilidade, mutagenicidade e carcinogenicidade

Em estudos de reprodução no rato, coelho e cão, não houve efeito na fertilidade e nem teratogenicidade. Em doses muito altas (80 a 320 mg/kg, cerca de 18-72 vezes a dose máxima recomendada em seres humanos) no rato, a toxicidade materna resultou em redução do tamanho da ninhada, aumento da porcentagem de reabsorções e diminuição do peso fetal ao nascer.

O estudo de mutagenicidade in vitro com Salmonella typhimurium indicou que o composto precursor não é mutagênico até 10 umol/placa. No entanto, depois de reagir com nitrito e formar o produto da nitrosação, foi observada atividade mutagênica fraca. A carcinogenicidade não foi avaliada de forma específica. Entretanto, alterações pré-neoplásicas não foram evidentes durante a administração oral crônica por 18 meses em ratos, até uma dose de aproximadamente 72 vezes o nível da dose máxima em seres humanos.

Os valores de DL50 com dose única em vários modelos animais mostram uma grande margem de segurança em mg/kg em comparação com a dose máxima recomendada em humanos (MRHD) de 225 mg/dia ou 4,5 mg/kg com base em uma pessoa de 50 kg. Os valores de DL50 foram gt;1000 mg/kg no camundongo após administrações orais, subcutâneas e intraperitoneais. Da mesma forma, os valores de DL50 no rato e no cão foram gt;640 mg/kg e gt;160 mg/kg, respectivamente, para as três vias de administração. A DL50 após administração intravenosa no camundongo e no rato foi de 22 mg/kg e 24 mg/kg, respectivamente. A DL50 na cobaia foi gt;40 mg/kg após administração oral e subcutânea. Os resultados de toxicidade aguda subcutânea, intraperitoneal e oral no camundongo e no rato com sal diidrocloreto foram semelhantes aos resultados do composto original.

Os estudos de toxicidade com dose repetida oral (administrada na dieta) no rato mostraram alguma diminuição no consumo de alimentos e alterações na química do soro (diminuição do fósforo inorgânico, aumento da relação cálcio/fósforo), peso do órgão (diminuição do baço e coração, aumento de fígado, rim e cérebro) e histopatologia (degeneração centrilobular crônica e modificações pancreáticas). Essas observações ocorreram geralmente no grupo de dose alta (320 mg/kg ou cerca de 72 x MRHD) e foram mais pronunciadas após 18 meses de tratamento. Após 3 ou 12 meses de administração oral no cão, todas as observações foram semelhantes aos controles, exceto por alguma diminuição no peso corporal (após 3 meses a 80 mg/kg ou cerca de 18 x MRHD) ou alguns achados histopatológicos limitados (vacuolação nuclear focal e satelitose no SNC, aspecto hidrópico no fígado, modificações pancreáticas, depleção linfoide, inibição da espermatogênese e atrofia do trato genital feminino) após 12 meses com alta dose de 20 mg/kg (~ 5 x MRHD).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Stugeron.

Cuidados de Armazenamento do Stugeron

Você deve conservar este medicamento em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade. 

 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

Aspecto físico

Stugeron® 25 mg

Comprimidos brancos e circulares.

Stugeron® 75 mg

Comprimidos levemente alaranjados e circulares. 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Stugeron

MS – 1.1236.0002

Farm. Resp.:

Marcos R. Pereira
CRF – SP nº 12304

Registrado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87

Fabricado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154
São José dos Campos – SP
CNPJ 51.780.468/0002-68
Indústria Brasileira

SAC:

0800 701 1851

Venda sob prescrição médica.

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