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Bula do Succinato Sódico de Cloranfenicol Nova Farma

  • Infecções por Haemophilus influenzae, principalmente tipo B: meningites, septicemia, otites, pneumonias, epiglotites, artrites, osteomielites, etc.
  • Febre tifóide e salmoneloses invasivas (inclusive osteomielite e sepsis).
  • Abscessos cerebrais por Bacteroides fragilis e outros microrganismos sensíveis.
  • Meningites bacterianas causadas por Streptococcus ou Meningococcus, em pacientes alérgicos à penicilina.
  • Ricketsioses.
  • Infecções por Pseudomonas pseudomallei.
  • Infecções intra-abdominais (principalmente por microrganismos anaeróbicos).
  • Outras indicações: actinomicose, antrax, brucelose, granuloma inguinal, treponematoses, peste, sinusites, otite crônica supurativa.
  • Entretanto, o cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves, nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contraindicados. O cloranfenicol não é indicado para uso profilático de infecções.

    Contraindicação do Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa) é contraindicado em pacientes alérgicos ao cloranfenicol ou derivados, portadores de depressão medular, discrasias sanguíneas, ou insuficiência hepática.

    Em recém-nascidos e prematuros, a concentração sérica deve ser monitorizada. Não deve ser usado em grávidas próximo ao término do trabalho de parto, pelo risco de síndrome cinzenta no recém-nascido.

    Pacientes utilizando medicamentos antineoplásicos ou radioterapia devem evitar o uso de cloranfenicol, sob risco de depressão medular.

    Como usar o Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    A administração deve ser feita por via intravenosa, dividida em 4 doses diárias a intervalos de 6 horas.

    Adultos:

    Crianças:

    A concentração sérica deve ser mantida entre 10 a 25 microgramas por mL.

    Reconstituição:

    O profissional da saúde, antes da reconstituição do medicamento, deve verificar a aparência do pó no interior do frasco-ampola, buscando identificar alguma partícula que possa interferir na integridade e na qualidade do medicamento.

    Para a reconstituição da solução do frasco-ampola de Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa), são necessários 5 mL de água para injetáveis. Para a completa homogeneização da solução, recomenda-se agitar o frasco-ampola vigorosamente antes de retirar a dose a ser injetada.

    Com a finalidade de evitar o aparecimento de partículas de borracha após a inserção de agulha no frasco-ampola, proceder da seguinte forma:

    1. Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8 mm de calibre;
    2. Encher a seringa com o diluente apropriado;
    3. Segurar a seringa verticalmente à borracha;
    4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente na posição vertical;
    5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes a área demarcada (ISO 7864).

    Veja abaixo o procedimento:

    Após a reconstituição, o profissional da saúde deverá inspecionar cuidadosamente, antes de sua utilização, se a solução no interior do frasco-ampola está fluida, livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento.

    O profissional não deverá utilizar o produto ao verificar qualquer alteração que possa prejudicar a saúde do paciente.

    Para evitar problemas de contaminação, deve-se tomar cuidado durante a reconstituição para assegurar assepsia.

    Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa) é um pó liófilo produzido na planta farmoquímica e envasado diretamente.

    Administração:

    Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa) deve ser administrado por via intravenosa.

    A injeção intravenosa deve ser lenta, nunca em menos de 1 minuto.

    Conservação depois de aberto:

    O frasco-ampola de Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa) não deve ser aberto.

    Succinato Sódico de Cloranfenicol (substância ativa), após a reconstituição, deve ser utilizado imediatamente.

    Precauções do Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com anemia, sangramentos, doenças hepáticas ou renais.

    Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea, alfentanil, hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia.

    Evitar o uso durante imunizações ativas.

    O uso de cloranfenicol pode provocar aumento da incidência de infecções dentárias, cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter crises hemolíticas com o uso do medicamento.

    Pacientes com porfiria têm o risco de crises aumentado.

    O cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea, nem sempre reversível. O risco da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso o uso deste medicamento não deve ultrapassar dez dias. Quando são necessários tratamentos mais longos, exames periódicos de controle hematológicos devem ser realizados.

    Toxicidade

    Não há estudos confirmando a ausência de efeitos mutagênicos, carcinogênicos ou teratogênicos no ser humano. Por isso, apesar da ausência de relatos comprovando a ligação do uso do fármaco com tais efeitos, não se recomenda o uso durante a gravidez.

    O principal efeito tóxico do cloranfenicol ocorre na medula óssea, provocando duas alterações: depressão da medula óssea e anemia aplástica. A primeira é provocada pela interferência do fármaco na síntese proteica das células medulares e a segunda tem causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco e é dose dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4 g ou mais por dia ou com nível sérico acima de 30 microgramas por mL). A aplasia é idiossincrásica, embora bastante rara, é geralmente fatal.

    Pode ocorrer neurite óptica em tratamentos prolongados. Diminuição da acuidade visual pode ocorrer, mas é reversível. Neurite periférica, cefaleia, confusão mental, oftalmoplegia, náuseas, vômitos, diarreia, glossite, estomatite e hipersensibilidade são raros.

    O cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina K, o que poderia causar sangramento quando o seu uso é prolongado.

    Gravidez

    Não é recomendável a utilização de cloranfenicol durante a gravidez, apesar de nunca terem sido relatados defeitos teratogênicos relacionados com seu uso. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do cloranfenicol para o feto pode levar ao aparecimento da síndrome cinzenta do recém-nascido.

    Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Uso na amamentação

    O cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome cinzenta do recém-nascido.

    Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

    Uso em recém-nascidos

    Em recém-nascidos, o cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25/mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado, não devendo ultrapassar 50 microgramas/mL.

    Pacientes com insuficiência renal ou hepática

    O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com doenças hepáticas ou renais. Caso seja necessária a utilização nesses pacientes, as doses de cloranfenicol devem ser reduzidas.

    Pacientes diabéticos

    Devem ser advertidos que o cloranfenicol pode provocar falsas reações positivas de glicosúria.

    Reações Adversas do Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    Reações hematológicas:

    Podem se manifestar de duas formas:

    Como uma depressão reversível da medula óssea ou como uma anemia aplástica idiossincrática. A depressão medular é dose dependente e é mais comumente observada quando as concentrações séricas
    ultrapassam 25 microgramas por mL; esta afecção é geralmente reversível com a suspensão do fármaco. A anemia aplástica é uma reação idiossincrática grave que ocorre em 1 a cada 25.000 a 40.000 pacientes tratados com cloranfenicol; não tem relação com a dose ou duração do tratamento; a maioria dos casos está relacionada ao uso oral e seu aparecimento ocorre, geralmente, várias semanas ou meses após o uso do fármaco. Foram descritos casos raros de leucemia após anemia aplástica provocada pelo cloranfenicol, porém essa
    correlação não está ainda totalmente definida.

    Síndrome cinzenta do recém-nascido:

    É caracterizada por distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o cloranfenicol. Se o uso em recém-nascidos é necessário, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado. Adultos com ingestão acidental de doses muito elevadas podem apresentar esta reação.

    Neurite óptica ocorre raramente com o uso prolongado, a diminuição da acuidade visual em geral, é reversível.

    Outros sintomas neurológicos raros:

    Neurite periférica, cefaleia, depressão, oftalmoplegia e confusão mental.

    Reações de hipersensibilidade são raras.

    Reações gastrintestinais como diarreia, náusea, vômitos, glossite e estomatite são pouco frequentes e sem gravidade.

    Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária–NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Interação Medicamentosa do Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    Álcool:

    Pode ocorrer reações semelhantes ao dissulfiram.

    Antiepiléticos (fenobarbital e hidantoína):

    Podem diminuir a concentração sérica de cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema citocromo P-450 pelo cloranfenicol pode diminuir o metabolismo do fenobarbital e da hidantoína, elevando os níveis séricos destes fármacos.

    Varfarina:

    Mesma interação que com fenobarbital.

    Piridoxina:

    O cloranfenicol aumenta a excreção renal da piridoxina.

    Vitamina B12:

    O cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina B12.

    Alfentanil:

    Diminui o clearence, com acúmulo sérico.

    Antidiabéticos orais:

    O cloranfenicol pode inibir o metabolismo hepático destes fármacos, aumentando seus efeitos.

    Eritromicinas e lincomicinas:

    O cloranfenicol compete com ambos na ligação com a subunidade 50S dos ribossomas bacterianos, antagonizando seus efeitos; deve-se evitar o uso concomitante.

    Ativadores de enzimas hepáticas (rifampicina, fenobarbital, etc):

    Aumentam a degradação de cloranfenicol.

    Penicilinas:

    Pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.

    Interferência em exames laboratoriais:

    O cloranfenicol pode causar falsos resultados positivos de glicosúria. O teste de Bartiromide é alterado, pois o cloranfenicol provoca aumento da quantidade de PABA recuperada.

    Ação da Substância Succinato Sódico de Cloranfenicol – Nova Farma

    Resultados de Eficácia

    Meningite bacteriana:

    O tratamento com cloranfenicol traz excelentes resultados na meningite causada por H. influenzae, que são iguais ou superiores aos obtidos com ampicilina. Embora seja bacteriostático contra a maioria dos microrganismos, o cloranfenicol é bactericida para muitos patógenos meníngeos, como H. influenzae.

    Infecções por anaeróbios:

    O cloranfenicol é muito eficaz contra a maioria das bactérias anaeróbicas, incluindo Bacteroides spp. Mostra-se eficaz no tratamento de infecções intra-abdominais ou abscessos cerebrais graves, que são comumente causados por microrganismos anaeróbicos. Todavia, dispõe-se de numerosos agentes alternativos igualmente eficazes e menos tóxicos, de modo que o cloranfenicol raramente está indicado nessa condição.

    Caracteristicas Farmacológicas

    O cloranfenicol foi isolado de culturas de Streptomyces venezuelae em 1947, o cloranfenicol atualmente é produzido sinteticamente. Age, principalmente, como bacteriostático, interferindo na síntese protéica bacteriana. Seu espectro de ação é bastante próximo ao das tetraciclinas e inclui bactérias gram-positivas e gram-negativas, ricketsias e clamídias. As principais indicações de uso são em infecções
    causadas por Haemophilus influenzae, Salmonella typhi e Bacteroides fragilis.

    O cloranfenicol inibe a síntese protéica nas bactérias e, em menor grau, nas células eucarióticas. O fármaco penetra rápido nas células bacterianas, provavelmente por difusão facilitada. O cloranfenicol atua primariamente através de sua ligação reversível com a subunidade ribossômica 50S (próximo ao local de ação dos antibióticos macrolídeos e da clindamicina, que ele inibe competitivamente). Embora a ligação do tRNA ao local de reconhecimento do códon na subunidade 30S do ribossoma não seja atingida, o fármaco parece impedir a ligação da extremidade contendo aminoácido do aminoacil tRNA ao local aceptor na subunidade ribossômica 50S. A interação entre a peptidiltransferase e seu substrato aminoácido não pode ocorrer, havendo inibição da formação de ligação peptídica.

    O cloranfenicol também pode inibir a síntese de proteína mitocondrial nas células de mamíferos, talvez pelo fato de os ribossomas mitocondriais assemelharem-se mais aos ribossomas bacterianos (ambos são 70S) do que aos ribossomas citoplasmáticos de 80S das células de mamíferos. A peptidiltransferase dos ribossomas mitocondriais, mas não dos ribossomas citoplasmáticos, é sensível à ação inibitória do cloranfenicol. As células eritropoiéticas dos mamíferos parecem ser particularmente sensíveis ao fármaco.

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