Depressões reativas, neuroses (desordens de sentidos e movimentos), alcoolismo, labilidade emocional e afetiva (mudança rápida e imotivada do humor ou estado de ânimo, sempre acompanhada de extraordinária intensidade afetiva) e psicopatologia geriátrica (algumas doenças psiquiátricas no idoso) são condições que respondem bem à terapêutica com Sulpan.
Como Sulpan funciona?
Sulpan é composto por sulpirida e bromazepam. O bromazepam age sobre o sistema nervoso central, apresentando atividade ansiolítica (que controla a ansiedade) e tranquilizante. A sulpirida atua como neuroléptico (medicamento para tratamento psiquiátrico ou de doenças mentais), apresentando propriedade antidepressiva, ansiolítica e antiemética (para evitar vômitos e enjoos). A ação combinada das duas substâncias permite utilizar doses menores de cada uma, com potencialização dos seus efeitos terapêuticos e redução das reações adversas.
Contraindicação do Sulpan
Sulpan não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- Pacientes com hipersensibilidade (alergia ou intolerância) à sulpirida, ao bromazepam ou a qualquer componente da fórmula;
- Pacientes com tumor dependente de prolactina (hormônio secretado pela hipófise), por exemplo, prolactinomas da glândula pituitária (tumor da hipófise que causa secreção excessiva do hormônio prolactina) e câncer de mama;
- Pacientes portadores de “miastenia gravis” (doença que acomete os nervos e os músculos);
- Pacientes com diagnóstico ou suspeita de feocromocitoma (tumor da medula da glândula suprarrenal);
- Utilização concomitante com levodopa ou medicamentos antiparkinsonianos (incluindo ropinirol);
- Porfiria aguda (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas).
Como usar o Sulpan
Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral.
3 a 4 cápsulas diárias, podendo atingir 6 cápsulas em casos severos. As doses de manutenção situam-se entre 1 e 2 cápsulas. A posologia deve ser ajustada pelo médico conforme a resposta de cada paciente.
Não há estudos dos efeitos de Sulpan administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Interrupção do tratamento
Pacientes sob tratamentos prolongados ou com altas doses do produto não devem interromper o seu uso abruptamente. A suspensão do uso do produto antes do período indicado pelo médico pode resultar no insucesso do tratamento.
Posologia para populações especiais
Pacientes com insuficiência renal:
A dose de sulpirida deve ser reduzida em casos de insuficiência renal.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Sulpan?
Caso se esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Precauções do Sulpan
Deve-se ter cuidado caso você apresente diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus ou fatores de risco para diabetes e esteja iniciando o tratamento com sulpirida, uma vez que existem relatos de aumento da taxa de açúcar no sangue em pacientes tratados com medicamentos antipsicóticos atípicos. Deve-se realizar uma monitorização adequada da taxa de açúcar no sangue. Os neurolépticos podem diminuir o limiar epileptogênico (limiar que gera uma crise epiléptica) e alguns casos de convulsão foram relatados com o uso de sulpirida. Portanto, caso você tenha histórico de epilepsia, deverá ser cuidadosamente monitorado durante o tratamento com Sulpan.
Em pacientes com comportamento agressivo ou agitação com impulsividade, Sulpan pode ser administrado com um sedativo (calmante).
Foram reportados leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue como basófilos, eosinófilos e neutrófilos) no tratamento com medicamentos antipsicóticos, incluindo Sulpan. Infecções inexplicáveis ou febre podem ser evidências de discrasias sanguíneas (alterações das células do sangue) (como as descritas acima) e requerem investigação hematológica imediata.
Sulpan possui efeito anticolinérgico e, portanto, deve ser utilizado com cautela em pacientes com histórico de glaucoma (aumento da pressão intraocular), íleo paralítico (parada do funcionamento do intestino), estenose digestiva congênita (obstrução intestinal desde o nascimento), retenção urinária (incapacidade da bexiga de esvaziar-se, parcial ou completamente) ou hiperplasia (aumento) de próstata.
Sulpan deve ser utilizado com cautela em pacientes hipertensos, especialmente em pacientes idosos, devido ao risco de crise hipertensiva. O médico deve realizar monitoramento adequado.
Advertências
A sulpirida pode induzir o prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma relacionado aos batimentos do coração). Este efeito é conhecido por aumentar o risco de arritmias ventriculares graves (descompasso dos batimentos do coração) como torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos).
Antes da administração de Sulpan e, se possível, de acordo com o estado clínico do paciente, recomenda-se monitorização de fatores que podem favorecer a ocorrência dessas arritmias, como por exemplo:
- Bradicardia (frequência cardíaca menor que 55 bpm);
- Desequilíbrio eletrolítico, em particular hipocalemia (redução dos níveis de potássio no sangue);
- Prolongamento congênito do intervalo QT;
- Tratamento concomitante com medicamentos que podem causar bradicardia considerável (lt; 55 bpm), hipocalemia, condução intracardíaca diminuída ou prolongamento do intervalo QT;
- – Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma população de pacientes idosos com demência e tratados com fármacos antipsicóticos atípicos foi observado um aumento de 3 vezes no risco da ocorrência de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre esse aumento não é conhecido. Um aumento no risco com a administração de outros fármacos antipsicóticos ou outras populações de pacientes não pode ser excluído. A sulpirida deve ser usada com cuidado em pacientes com fatores de risco para acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
Assim como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna, uma complicação potencialmente fatal, caracterizada por elevação anormal da temperatura corporal, rigidez muscular e disfunção relacionada ao sistema nervoso autônomo. Informe ao médico caso você tenha febre de origem desconhecida, pois neste caso, Sulpan deve ser descontinuado.
Quando o tratamento com neurolépticos é absolutamente necessário e caso você seja portador do mal de Parkinson, informe ao médico, pois neste caso, a sulpirida pode ser utilizada, porém com cuidado.
Pacientes idosos com psicose relacionada à demência e tratados com medicamentos antipsicóticos apresentam aumento do risco de morte. Embora os casos de óbito em ensaios clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria dos óbitos parece ter ocorrido naturalmente por problemas cardiovasculares (exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecciosos (exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a mortalidade. Não está claro o quanto este achado de mortalidade aumentada pode ser atribuído ao medicamento antipsicótico ao invés de algumas características dos pacientes.
Casos de tromboembolismo venoso (obstrução da veia por um coágulo de sangue), algumas vezes fatais, foram reportados com medicamentos antipsicóticos. Converse com seu médico caso você apresente fatores de riscos para tromboembolismo, pois neste caso, Sulpan deve ser utilizado com cuidado.
A sulpirida pode aumentar os níveis de prolactina. Portanto, recomenda-se precaução e os pacientes com história ou uma história familiar de câncer de mama devem ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento.
Reações Adversas do Sulpan
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Desconhecido (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios autonômicos
- Crises hipertensivas (em hipertensos ou portadores de feocromocitomas).
Distúrbios do sangue e sistema linfático (rede complexa de vasos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório e compõe o sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores)
– Incomum: leucopenia;
– Desconhecida: neutropenia(diminuição do número de neutrófilos no sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue como basófilos, eosinófilos e neutrófilos).
Distúrbios do sistema imunológico
– Desconhecida: reações anafiláticas: urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), dispneia (dificuldade respiratória, falta de ar), hipotensão (pressão baixa), e choque anafilático (reação alérgica grave).
Distúrbios endócrinos
– Comum: hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio prolactina que estimula secreção de leite).
Distúrbios psiquiátricos
– Comum: insônia.
– Desconhecida: confusão.
Distúrbios do sistema nervoso
– Comum: sedação ou sonolência, distúrbios extrapiramidais (alterações do movimento como tremores e rigidez muscular) (estes sintomas geralmente são reversíveis após administração de medicamentos antiparkinsonianos), parkinsonismo, tremor, acatisia (inquietação).
– Incomum: hipertonia, discinesia (movimentos involuntários anormais do corpo), distonia (contrações musculares involuntárias).
– Rara: crises oculógiras (contração dos músculos extraoculares).
– Desconhecida: síndrome Neuroléptica Maligna (série de sintomas como aumento da temperatura corporal, confusão mental, dificuldade respiratória, entre outros, e que podem surgir devido ao uso de medicamentos neurolépticos), hipocinesia (movimentos diminuídos ou lentos da musculatura), discinesia tardia (movimentos involuntários anormais do corpo) (tem sido reportada, como com todos os neurolépticos, após a administração de neuroléptico por mais de 3 meses. Medicação antiparkinsoniana é ineficaz ou pode induzir o agravamento dos sintomas), convulsão (contrações súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Distúrbios metabólicos e de nutrição
– Frequência desconhecida: hiponatremia (nível baixo de sódio no sangue), síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).
Distúrbios cardíacos
– Rara: arritmia ventricular, fibrilação ventricular (arritmia cardíaca caracterizada por disparos elétricos rápidos e extremamente descoordenados no coração), taquicardia ventricular (ritmo cardíaco acelerado).
– Desconhecida: prolongamento do intervalo QT, parada cardíaca, torsades de pointes, morte súbita.
Distúrbios vasculares
– Incomum: hipotensão ortostática (queda súbita da pressão arterial ao ficar em pé).
– Desconhecida: tromboembolismo venoso, embolismo pulmonar (presença de um coágulo na artéria pulmonar ou um de seus ramos), trombose venosa profunda (formação ou presença de um coágulo dentro de uma veia), aumento da pressão arterial.
Distúrbios gastrintestinais
– Incomum: hipersecreção salivar (aumento do fluxo salivar).
Distúrbios hepatobiliares
– Comum: aumento das enzimas do fígado.
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
– Comum: rash máculo-papular (pequenas lesões vermelhas arredondadas e placas vermelhas no corpo e membros).
Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conectivo
– Desconhecida: torcicolo, trismo (contração dolorosa da musculatura da mandíbula).
Gravidez e condições no puerpério e perinatais
– Desconhecida: sintomas extrapiramidais, síndrome de abstinência neonatal.
Distúrbios do sistema reprodutivo e mama
– Comum: dor nas mamas, galactorreia (produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação);
– Incomum: aumento das mamas, amenorreia (ausência de menstruação), orgasmo anormal, disfunção erétil (impotência sexual);
– Desconhecida: ginecomastia (aumento das mamas em homens).
Distúrbios gerais
– Comum: aumento de peso; Sensação de fadiga (cansaço).
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Sulpan
Gravidez
Em razão das experiências limitadas, o uso de sulpirida não é recomendado durante a gravidez.
Os neonatos expostos a medicamentos antipsicóticos, incluindo Sulpan, durante o terceiro trimestre da gravidez correm o risco de apresentar reações adversas incluindo sintomas extrapiramidais (alterações neurológicas que levam a distúrbios do equilíbrio e da movimentação) e/ou de abstinência que podem variar em severidade e duração após o parto. Existem relatos de agitação, hipertonia (aumento anormal do tônus muscular), hipotonia (flacidez muscular), tremor, sonolência, dificuldade respiratória ou distúrbios de alimentação. Consequentemente, os recém-nascidos devem ser monitorados cuidadosamente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Amamentação
Informar ao médico se você está amamentando. A sulpirida é excretada no leite materno. Portanto, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com Sulpan.
Pacientes idosos
Como com outros neurolépticos, Sulpan deve ser usado com cuidado em pacientes idosos, pois a sensibilidade ao produto está aumentada nessa faixa etária. No caso de pacientes idosos com demência.
Pacientes com insuficiência renal
A dose de sulpirida deve ser reduzida em casos de insuficiência renal.
Pacientes com insuficiência respiratória crônica
Deve-se ter particular cuidado devido ao risco de depressão respiratória.
Crianças
A segurança e eficácia de sulpirida não foram completamente investigadas em crianças. Por essa razão, deve-se ter cautela ao prescrever sulpirida a crianças.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Mesmo quando utilizado da maneira recomendada, a sulpirida pode causar sedação.
Durante o tratamento você não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Composição do Sulpan
Cada cápsula contém:
Sulprida | 25 mg |
Bromazepam | 1 mg |
Excipientes: lactose monoidratada, talco, estearato de magnésio e hietelose.
Superdosagem do Sulpan
A superdosagem manifesta-se por intensificação dos efeitos do produto: sonolência, estados confusionais, perda da consciência. Podem ainda ocorrer hipotensão grave, arritmias cardíacas, convulsões, depressão, hipotermia (temperatura do corpo mais baixa que o normal), reações extrapiramidais. A experiência em superdosagem com a sulpirida é limitada. Podem ocorrer manifestações discinéticas (movimentos involuntários anormais do corpo) com torcicolo espasmódico, protusão da língua e trismo. Alguns pacientes podem desenvolver manifestações parkinsonianas que podem levar ao coma e até a morte.
Desfechos fatais foram relatados principalmente em combinação com outros agentes psicotrópicos.
A sulpirida é parcialmente removida com hemodiálise.
A superdosagem de bromazepam pode levar a areflexia (ausência de reflexo neurológico), apneia (ausência transitória da respiração espontânea), hipotensão, depressão cardiorrespiratória (diminuição dos batimentos cardíacos e movimentos respiratórios) e coma. Os efeitos de depressão respiratória são mais sérios em pacientes com doença respiratória.
O tratamento é sintomático, não existe um antídoto específico. Medidas de suporte devem ser instituídas, bem como supervisão das funções vitais e monitorização cardíaca (risco do prolongamento do intervalo QT e consequente arritmia ventricular) são recomendadas até que o paciente se recupere. Reações extrapiramidais graves podem ser tratadas com medicamentos antiparkinsonianos ou anti-histamínicos por via venosa.
Caso ocorram sintomas extrapiramidais severos, devem-se administrar anticolinérgicos.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Sulpan
Interações medicamento-medicamento
Associação contraindicada
Levodopa, medicamentos antiparkinsonianos (incluindo ropinirol): antagonismo recíproco dos efeitos dos neurolépticos e da levodopa ou dos medicamentos antiparkinsonianos (incluindo ropinirol).
Associações não recomendadas
Uso concomitante com medicamentos que podem causar o prolongamento do intervalo QT ou induzir torsades de pointes.
Medicamentos que induzem bradicardia como betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio (diltiazem, verapamil), clonidina, guanfacina e digitálicos.
Medicamentos que induzem hipocalemia como diuréticos hipocalêmicos, laxativos, anfotericina B, glicocorticoides e tetracosactídeos. A hipocalemia deve ser corrigida.
Antiarrítmicos classe Ia como quinidina e disopiramida.
Antiarrítmicos classe III como amiodarona e sotalol.
Outros medicamentos como pimozida, sultoprida, haloperidol, tioridazina, metadona, antidepressivos imipramínicos, lítio, bepridil, cisaprida, eritromicina IV, vincamina IV, halofantrina, pentamidina, esparfloxacino.
Associações que devem ser consideradas
Agentes anti-hipertensivos:
Efeito anti-hipertensivo e possibilidade de hipotensão ortostática aumentada (efeito aditivo).
Depressores do SNC incluindo narcóticos, analgésicos, anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, benzodiazepínicos e outros ansiolíticos, clonidina e derivados.
Antiácidos e sucralfato:
Quando coadministrados ocorre a diminuição da absorção da sulpirida.
Portanto, Bromazepam + Sulpirida (substância ativa) deve ser administrado no mínimo duas horas antes destes fármacos.
Lítio:
Aumenta o risco de reações adversas extrapiramidais. A descontinuação dos dois medicamentos é recomendada aos primeiros sinais de neurotoxicidade.
Interações medicamento-substância química
Associação não recomendada – Álcool:
O álcool aumenta o efeito sedativo dos neurolépticos. Bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool, não devem ser ingeridos durante o tratamento com Bromazepam + Sulpirida (substância ativa).
Interação Alimentícia do Sulpan
Tomar as cápsulas com líquido, por via oral.
3 a 4 cápsulas diárias, podendo atingir 6 cápsulas em casos severos. As doses de manutenção situam-se entre 1 e 2 cápsulas. A posologia deve ser ajustada pelo médico conforme a resposta de cada paciente.
Não há estudos dos efeitos de Bromazepam + Sulpirida (substância ativa) administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Interrupção do tratamento
Pacientes sob tratamentos prolongados ou com altas doses do produto não devem interromper o seu uso abruptamente. A suspensão do uso do produto antes do período indicado pelo médico pode resultar no insucesso do tratamento.
Populações especiais
Pacientes com insuficiência renal:
Deve-se reduzir a dose de sulpirida em casos de insuficiência renal.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Ação da Substância Sulpan
Resultados de Eficácia
Estudo realizado com pacientes sofrendo síndrome depressiva com sintomas leves a moderados, demonstrou que a sulpirida foi superior ao placebo no efeito anti-depressivo. Estudos duplo-cego comparando o uso de amitriptilina versus sulpirida em pacientes com depressão de várias etiologias demonstrou que os pacientes que fizeram uso da sulpirida apresentaram boa resposta assim como os que fizeram uso da amitriptilina.
O mesmo foi identificado quando se comparou a sulpirida a imipramina no tratamento de pacientes com depressão.
Bromazepam em doses orais de 6 a 30 mg/dia (dose única ou dividida) foi eficaz na neurose de ansiedade. As doses em geral variam entre 3 a 18 mg/dia (doses divididas) para o tratamento da neurose.
Doses únicas de 1,5 a 6 mg/dia, administradas à noite demonstraram bons resultados em pacientes ansiosos.
Características Farmacológicas
O bromazepam age sobre o sistema nervoso central, particularmente no sistema límbico, centro regulador das emoções, apresentando atividade ansiolítica e tranquilizante. A sulpirida atua como neuroléptico, apresentando propriedade 2 de 7 antidepressiva, ansiolítica e antiemética. A ação combinada das duas substâncias permite utilizar doses menores de cada uma, com potencialização dos seus efeitos terapêuticos e redução das reações adversas.
Propriedades Farmacocinéticas
Sulpirida
A sulpirida, na apresentação do Bromazepam + Sulpirida (substância ativa), é absorvida em 4,5 horas. A biodisponibilidade da droga é de 25 a 35%, com variações individuais significativas. Pode haver influência da ingesta concomitante de alimentação. Suas concentrações plasmáticas são proporcionais às doses administradas, e são máximas entre 1 e 6h da sua administração oral. Ocorre baixa difusão ao sistema nervoso central, onde é encontrada em maior proporção na hipófise.
Sua taxa de ligação proteica é inferior a 40% e sua meia-vida plasmática é de 7 horas. Contrariamente ao que se observa em animais, a sulpirida é muito pouco metabolizada no homem – 90% da dose administrada via intravenosa é excretada na urina sem metabolização. A eliminação do fármaco é essencialmente renal.
Bromazepam
Absorção
Para as formas convencionais, de liberação imediata, a concentrações plasmáticas máximas são atingidas 2 horas após a administração oral.
Distribuição
O bromazepam apresenta teor médio de ligação às proteínas plasmáticas de 70%. Seu volume de distribuição é de 50 litros.
Metabolismo e eliminação
O bromazepam é metabolizado no fígado. Do ponto de vista quantitativo, predominam dois metabólitos, inativos: 3- hidroxi-bromazepam e 2-(2-amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina. A recuperação urinária de bromazepam intacto e de conjugados glicuronados do 3-hidroxi-bromazepam e da 2-(2-amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina é de 2%, 27% e 40% da dose administrada.
O bromazepam apresenta meia-vida de eliminação de aproximadamente 20 horas. A depuração plasmática (clearance) é de 40 mL/min.
Farmacocinética em populações especiais Idosos
A meia-vida de eliminação pode ser prolongada em pacientes idosos.
Cuidados de Armazenamento do Sulpan
Deve-se evitar calor excessivo (temperatura superior a 40ºC), proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Cápsula dura de gelatina, cor amarelo ouro opaco, contendo pó fino branco, praticamente inodoro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Mensagens de Alerta do Sulpan
Este produto contém o corante amarelo de Tartarazina (na composição da cápsula) que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.?
Venda sob prescrição médica.
Dizeres Legais do Sulpan
MS 1.1300.0992
Farm. Resp.:
Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815
Registrado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Fabricado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira