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Tire suas principais dúvidas sobre endometriose

médico segura um útero com ovários nas mãos

Uterus with ovaries and doctor. Doctor in white medical lab coat with stethoscope around his neck shows and indicates to the patient on uterus. Concept photo for use as teaching subject for patient

Aproximadamente uma em cada dez brasileiras sofre com a endometriose, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Para sanar, de uma vez por todas, as dúvidas sobre essa doença, confira uma entrevista com a ginecologista do dr.consulta Paula M. Struziato:

O que de fato é a endometriose?

A endometriose é uma doença provocada pelas células do tecido endometrial que se implantam fora do útero, podendo acometer outros órgãos pélvicos ou abdominais.

O tecido endometrial é a camada mais interna do útero e é eliminado durante o fluxo menstrual. Em pacientes com endometriose, esse tecido, pela ação retrógada da menstruação e através das tubas uterinas, alcança a cavidade pélvica e abdominal, se implantando e se multiplicando a cada sangramento menstrual.

Esta é uma doença grave, crônica e muito dolorosa que pode comprometer a saúde física e mental da mulher.

Por que a endometriose está associada com a infertilidade?

Porque a endometriose pode acometer as tubas uterinas e causar sua obstrução, resultando na impossibilidade de o espermatozoide fecundar o óvulo.

O que causa a endometriose?

Ainda não se sabe as causas específicas, mas cirurgias uterinas prévias e antecedentes familiares aumentam a incidência da doença.

Tem alguma forma de se prevenir?

A prevenção primária ainda não é conhecida, mas sabemos que hábitos saudáveis melhoram a doença.

Existe tratamento?

Sim. Tratamento medicamentoso (hormonal para inibir o crescimento do tecido endometrial) e cirúrgico (retirada de aderências e tumores) dependendo de cada caso.

Tem cura? Quais cuidados a mulher deve ter ao longo da vida?

Existe o controle da doença, porque enquanto a paciente estiver no período reprodutivo, há possibilidade de reaparecimento.

Quais são as medidas a serem tomadas logo que se identifica a doença?

Depende de cada caso, mas o tratamento (medicamentoso ou cirúrgico) sempre deve ser iniciado logo para diminuir as chances de evolução e complicação da doença.

O que pode acontecer caso não siga o tratamento correto?

O mais comum é infertilidade devido a obstrução tubária, mas a doença pode evoluir com comprometimento dos órgãos pélvicos e abdominais, sendo necessária intervenção cirúrgica em intestinos, bexiga e até a retirada de ovários ou útero.

Em qual idade é mais comum a doença atingir as mulheres?

Em todo período reprodutivo da mulher, sendo mais identificado entre 25 e 35 anos.

Como é feito o diagnóstico?

Histórico da paciente e exames complementares. Irregularidades menstruais, cólicas menstruais intensas e progressivas, dor profunda durante a relação e infertilidade são as maiores queixas.

Dentre os exames, podemos optar por ultrassonografia transvaginal comum ou com preparo intestinal, ressonância magnética de pelve ou a videolaparascopia.

O marcador tumoral Ca 125 era bem utilizado, mas hoje temos o conhecimento que seus valores normais não excluem a doença.

Com qual frequência a mulher que for diagnosticada com endometriose deve ver o seu médico?

No mínimo, anualmente. Depende de cada caso. Se ocorrer piora ou retorno dos sintomas, o médico deve ser consultado imediatamente.

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