No passado, o tratamento com psiquiatra era cercado de medos e preconceito. Hoje, com a popularização das informações a respeito da psiquiatria e até mesmo com o crescente número de transtornos psiquiátricos em todo o mundo — a depressão está no topo deles —, o receio de procurar a ajuda dele vem sendo deixado de lado.
Nesse contexto, no post de hoje, vamos conhecer o psiquiatra, médico especialista na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes que apresentam formas de sofrimento mental. Entenderemos qual a sua formação, como ele atua e os transtornos que o tratamento com psiquiatra pode ajudar. Acompanhe!
O que faz o psiquiatra?
A palavra psiquiatra vem do grego e significa a arte de curar almas. O foco da ciência está no alívio do sofrimento com a redução dos sintomas e busca pelo bem-estar e saúde mental, com a melhora do quadro e consequente aumento da qualidade de vida do paciente.
Esses médicos estão aptos a prescrever medicamentos (ansiolíticos, estabilizadores de humor, antidepressivos, etc), realizar internações, formular diagnósticos e solicitar e interpretar exames laboratoriais (tomografias computadorizada, ressonâncias magnéticas e eletroencefalograma).
Eles também podem conduzir psicoterapias ou fazer indicações para esse tratamento.
Com duração de curto a médio prazo, o tratamento com psiquiatra pressupõe algumas fases:
- avaliação inicial em busca de problemas médicos que possam resultar na perturbação ou sofrimento mental — podem ser feitos testes neurológicos e psicológicos para o diagnóstico mais efetivo;
- uso da medicação para tratamento dos sintomas e controle do transtorno;
- encontros periódicos com o paciente para acompanhamento e ajuste de medicação.
A formação do psiquiatra
A psiquiatria é uma especialidade da medicina. Portanto, para exercer a função, o médico deve ter passado pelos seis anos de formação básica em medicina e, então, fazer mais três anos de residência em psiquiatria ou um curso de especialização.
Além disso, é preciso ser aprovado em uma prova específica da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Quais transtornos podem ser tratados pelo psiquiatra?
É muito importante ressaltar que o tratamento com o psiquiatra é fundamental para a retomada da saúde mental e bem-estar do paciente. Somente esse médico poderá diagnosticar e conduzir o tratamento mais indicado para a cura ou estabilização do quadro.
Conheça, agora, três transtornos que o tratamento com psiquiatra pode ajudar!
1 – Depressão
Segundo a OMS, em 2015, a depressão afetava 4,4 % da população mundial. Já no Brasil, o número é ainda mais alarmante: cerca de 5,4% da população sofre com o problema.
Fisiologicamente, a depressão é um desequilíbrio no cérebro que causa sintomas como tristeza e melancolia persistentes, além de outros desequilíbrios físicos e emocionais.
O médico psiquiatra atua no diagnóstico e tratamento medicamentoso e psicoterápico. O medicamento é fundamental para a recuperação, além de proteger o paciente de novas crises e agravamento do quadro.
2 – Transtorno bipolar
O transtorno bipolar se caracteriza pelas oscilações de humor, alternando períodos de euforia e irritação/depressão. Essas mudanças podem ser muito rápidas e acontecer com muita ou pouca frequência, dependendo do quadro.
O tratamento com psiquiatra é medicamentoso e tem como objetivo reduzir as oscilações de humor e preservar o bem-estar físico e mental do paciente. Quando o tratamento é feito corretamente, as crises reduzem tanto em intensidade quanto em periodicidade.
3 – Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
O paciente com TOC apresenta obsessões e/ou compulsões. Estão no rol das obsessões os pensamentos repetitivos, impulsos e imagens indesejadas que invadem a consciência e causam ansiedade exacerbada.
Já as compulsões são atos físicos e mentais realizados em resposta à obsessão, que podem vir como os rituais que têm como objetivo afastar ameaças, prevenir falhas ou mesmo aliviar o desconforto físico da ansiedade.
Tanto o diagnóstico quanto o tratamento do TOC devem ser conduzidos por um médico psiquiatra. Ele fará a melhor indicação medicamentosa a fim de reduzir o funcionamento excessivo de algumas partes do cérebro e regular a serotonina, parte fundamental para o controle do transtorno.
O TOC tende a ser uma desordem crônica, por isso, se não for tratada, pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, causando danos emocionais e sociais difíceis de reparar.
Agora que você já sabe o quão importante é o tratamento com psiquiatra, agende agora mesmo sua consulta. A saúde mental deve ser prioridade em sua vida!