Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Travad

Contraindicação do Travad

Fosfato de Sódio (substância ativa) não deve ser utilizado nos seguintes casos

Este medicamento não é recomendado para menores de 12 anos.

Como usar o Travad

A Embalagem

Fosfato de Sódio (substância ativa) possui embalagem especialmente desenvolvida, com ponta anatômica, lubrificada, com capa protetora e válvula de segurança para controlar o fluxo e evitar o refluxo.

Modo de usar

  1. Antes de usar, retire a capa protetora da cânula retal;
  2. Com o frasco para cima, segure com os dedos a tampa sulcada;
  3. Com a outra mão, segure a capa protetora, retirando-a suavemente;

Escolher a posição mais conveniente, entre as citadas abaixo

Lado esquerdo

Deitar sobre o lado esquerdo, com os joelhos em flexão e braços relaxados.

Joelho – Toráx

Ajoelhar-se e, em seguida, baixar a cabeça e o tórax para a frente, até que o lado esquerdo da face repouse na superfície, deixando os braços em posição confortável.

Auto-administração

O processo mais simples é assumir a posição indicada, deitado sobre uma toalha, colocada de preferência no piso do banheiro.

Com pressão firme, inserir suavemente a cânula no reto, comprimindo o frasco até ser expelido quase todo o líquido. Retire a cânula do reto.

Nota: 

Não é necessário esvaziar completamente o frasco porque ele contém quantidade de líquido superior à necessária para uso eficaz.

Não forçar o enema, poderá resultar em perfuração e/ou abrasão do reto.

Após a compressão, uma pequena quantidade ficará no frasco. Manter a posição até sentir forte vontade de evacuar (geralmente 2 a 5 minutos).

Posologia

Fosfato de Sódio (substância ativa) deve ser administrado por via retal.

Adultos e crianças acima de 12 anos

A dose usual de Phosfoenema é de 100 mL em 24 horas.

A dose máxima diária não deve exceder os 100mL em 24 horas.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Os idosos são mais sensíveis aos efeitos dos enemas. Não utilizar em crianças menores de 12 anos de idade e em portadores de insuficiência hepática ou renal.

Precauções do Travad

Soluções laxativas devem ser utilizadas com cautela em pacientes com função renal comprometida ou com hiperfosfatemia.

Apesar da absorção pela via retal ser pequena, o fosfato pode reduzir a concentração de cálcio ionizado no plasma. Alguma absorção de sódio pode não ser recomendada em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou insuficiência renal, pois o aumento de sódio e a diminuição dos níveis séricos de cálcio e potássio, devido ao aumento dos fosfatos, podem levar a hipernatremia, hiperfosfatemia, hipocalemia, hipocalcemia, acidose metabólica, insuficiência renal, prolongamento do intervalo QT e em casos gravíssimos falência múltipla dos órgãos, arritmia cardíaca e morte.

Devido ao fato de ser uma solução hipertônica, deve ser administrada com cautela em pacientes debilitados, desidratados ou em uso de medicação que aumente a filtração glomerular, pois a mesma pode agravar estas condições.

Todo o conteúdo intestinal deve ser expelido após a utilização desta medicação, e seu uso em pequenos intervalos de tempo repetidamente deve ser evitado.

Cautela ao utilizar em mulheres grávidas, assim como em idosos, pois eles são mais sensíveis aos efeitos dos enemas.

Deve-se assegurar que o conteúdo do intestino seja evacuado após a administração deste medicamento.

Seu uso repetido em intervalos curtos deve ser evitado.

Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 12 anos de idade.

Gravidez e lactação

Categoria de risco na gravidez: C.

Não é conhecido se o Fosfato de Sódio (substância ativa) é eliminado pelo leite materno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Travad

As frequências das reações adversas estão listadas a seguir, de acordo com a seguinte convenção

Sistema

Evento Adverso

Detalhes

Muito Comum

Endócrino/Metabólico

Hiperfosfatemia

Incidência 93 a 96%

Hipopotassemia

Incidência 18 a 22%

Gastrointestinal

Edema abdominal

Incidência 31 a 41%

Dor abdominal

Incidência 23 a 25%

Náuseas

Incidência 26 a 37%

Comum

Gastrointestinal

Vômitos

Incidência 4 a 10%

Sério/Grave

Cardiovascular

Prolongamento do intervalo QT

Raro

Neurológico

Convulsão tônico-clônica

Raro

Renal

Nefropatia aguda pelo fosfato

Raro

Falência renal

Raro

Reações desagradáveis podem ocorrer. Este medicamento pode causar distúrbios hidroeletrolíticos, cólicas, irritação da pele próxima à região retal, queimação, prurido, dor ou sangramento retal.

Observar alterações do hábito intestinal que persistam por mais de duas semanas.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância de Sanitária–NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Travad

Fosfato de Sódio (substância ativa) não deve ser utilizado com nenhuma outra preparação de fosfato de sódio, incluindo soluções orais ou comprimidos, concomitantemente.

Não existem interações específicas conhecidas do Fosfato de Sódio (substância ativa) com outros fármacos.

Cautela ao administrar Fosfato de Sódio (substância ativa) com outros medicamentos que podem afetar os níveis de eletrólitos.

Ação da Substância Travad

Resultado de eficácia

Enemas de sódio-fosfatados são amplamente utilizados para tratar a constipação, e são raramente associados com efeitos colaterais. Uma revisão sistemática da literatura foi realizada para identificar os efeitos adversos mais comuns de enemas de Fosfato de Sódio (substância ativa) e fatores de risco associados.

A busca sistemática foi realizada no MEDLINE, e da base de dados Cochrane, compreendendo o período de janeiro 1957 a março de 2007. Trinta e nove trabalhos relevantes foram selecionados. As indicações terapêuticas mais comuns incluíram constipação intestinal (63%). Sessenta e oito por cento dos pacientes com efeitos adversos associados apresentava comorbidades, sendo as mais comuns os distúrbios da motilidade gastrointestinal, doenças cardíacas e insuficiência renal. Praticamente todos os efeitos secundários foram devidos a distúrbios hidroeletroliticos. A maioria dos pacientes era menor de 18 anos de idade (66%) ou com idade acima de 65 anos (25%).

Um total de 12 mortes foram relatadas. Os principais efeitos colaterais causados pelos enemas de fosfato de sódio são os distúrbios de água e eletrólitos. Os principais fatores de risco são idade extrema e comorbidades associadas. A faixa etária compreendida entre 2 e 18 anos de idade foi representada por um grupo de 14 pacientes, sendo 50% de cada sexo. As comorbidades mais comuns foram os distúrbios de motilidade intestinal. A indicação mais frequente do enema para estes pacientes foi para tratamento da constipação intestinal. Todos os pacientes sofreram distúrbios hidroeletrolíticos, no entanto, apenas um foi a óbito por causa da própria comorbidade. Observou-se que apesar dos efeitos adversos experimentados, o método com solução fosfatada não traz risco à vida em pacientes sadios.

Com o objetivo de determinar a segurança e eficácia do enema de leite e melaço (ELM) em comparação com enemas de fosfato de sódio para o tratamento da constipação no departamento de emergência pediátrica, foi feita revisão de prontuários de pacientes que se apresentaram à emergência com queixa de constipação intestinal, e receberam ou ELM ou enema fosfatado para tratamento, entre 1º de novembro de 2007 e 1º de Novembro de 2008. Foram identificados e revisados os prontuários para a coleta de dados. A idade variou desde os dois anos (dose de 59 mL do enema fosfatado) até pacientes maiores de 11 anos (os quais receberam dose de enema fosfatado equivalente à dose de adultos).

Os seguintes dados foram coletados para determinar a segurança e a eficácia: dados basais, queixa principal, história médica, imagens radiográficas, tipo de enema, dose do tratamento, efeitos adversos, melhora dos sintomas, o tempo até a defecação, falha da terapia inicial a necessidade de intervenção adicional, e o tempo de tratamento até a disposição. Ambos grupos de tratamento apresentavam características basais semelhantes.

Não houve diferenças estatísticas de efeito do tratamento entre ELM e enemas fosfatados de sódio. Várias tendências clinicamente significativas foram observadas, incluindo a necessidade de tratamento adicional retal após a administração de enemas de fosfato de sódio versus terapia oral após ELM. Além disso, houve 6 casos de falha do tratamento com enemas de fosfato de sódio contra um caso com o ELM. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre ELM e enemas fosfatados de sódio. Com base nos resultados, ambos tratamentos foram igualmente eficazes e seguros.

Características farmacológicas

Os fosfatos atuam como laxativos salinos quando administrados por via retal na forma de enema ou supositórios. O mecanismo de ação se baseia no fato dos fosfatos serem fracos e lentamente absorvidos, e devido às suas propriedades osmóticas aumentarem o volume de água na luz intestinal.

Cerca de dois terços do fosfato, quando ingerido, são absorvidos do trato gastrointestinal; o excesso de fosfato é excretado principalmente pela urina, sendo o restante excretado pelas fezes.

O tempo médio estimado para o inicio da ação terapêutica do medicamento é em torno de 2 a 5 minutos após sua administração.

Sair da versão mobile