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Bula do Tysabri

Como o Tysabri funciona?


A Esclerose Múltipla causa inflamações no cérebro que resultam em lesões das células nervosas.

A substância ativa do Tysabri, o natalizumabe, é uma proteína semelhante aos seus próprios anticorpos. O natalizumabe impede a entrada no cérebro das células que provocam a inflamação, reduzindo os danos que a Esclerose Múltipla causa nos nervos.

Em ensaios clínicos, o Tysabri reduziu para cerca de metade a progressão dos efeitos incapacitantes da Esclerose Múltipla e também diminuiu a quantidade de surtos em cerca de dois terços. No entanto, o Tysabri não pode reparar os danos que já foram causados pela Esclerose Múltipla.

É possível que durante o tratamento com Tysabri você não sinta qualquer melhora, mas o medicamento estará contribuindo para que a sua doença não se agrave.

Contraindicação do Tysabri

Tysabri é contra-indicado para pacientes com história de alergia (hipersensibilidade) ao natalizumabe, ou a qualquer outro componente da fórmula.

Tysabri é contra-indicado para pacientes que tem Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP). A LMP é uma infecção rara do cérebro.

Também é contra-indicado para indivíduos que apresentem problemas graves no sistema imunológico (imunocomprometidos) devido a alguma doença, como por exemplo HIV, ou que estão ou estiveram em tratamento com medicamentos imunossupressores (como, por exemplo, mitoxantrona ou ciclofosfamida).

A combinação de Tysabri com betainterferonas e acetato de glatirâmer é contra-indicada.

Tysabri é contra-indicado em pacientes com câncer ativo, a menos que seja um câncer de pele chamado de carcinoma das células basais.

Este medicamento é contra-indicado para menores de 18 anos.

Como usar o Tysabri

Tysabri apresenta-se em forma de solução concentrada que deve ser diluído em soro fisiológico antes da administração na veia do braço (por infusão intravenosa). Quando diluída em 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%, a solução para infusão contém aproximadamente 2,6 mg/mL de natalizumabe.

A infusão intravenosa dura aproximadamente 1 hora.

Tysabri deve ser preparado e administrado por um médico ou profissional de saúde.

Posologia do Tysabri


Cada embalagem de Tysabri contém um 1 frasco-ampola com uma única dose de 15 mL de solução concentrada. Cada dose de Tysabri é de 300 mg, administrada a cada 4 semanas.

Alguns pacientes apresentaram reações alérgicas ao Tysabri. Por isso, recomenda-se que o médico fique atento a qualquer sinal de reação alérgica durante a infusão e durante a hora seguinte ao procedimento.

Duração do tratamento

A duração do tratamento deverá ser determinada pelo seu médico. É importante continuar, e não alterar, o uso de Tysabri a menos que seu médico aconselhe o contrário.

É importante que você continue seu tratamento pelo tempo que você e seu médico decidirem que estará trazendo benefícios para você. O tratamento contínuo com Tysabri é importante, especialmente durante os primeiros meses, porque os pacientes que receberam uma ou duas doses de Tysabri e então fizeram um intervalo no tratamento de três meses ou mais, foram mais propensos a ter reações alérgicas quando reiniciaram as infusões.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Tysabri?


Caso você perca uma dose, combine com seu médico para administrá-la assim que puder. A partir daí continue o tratamento com a administração da dose de Tysabri a cada 4 semanas.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Tysabri

Antes de iniciar o tratamento com Tysabri, é importante que você e seu médico tenham discutido os benefícios esperados do tratamento e os riscos associados a ele.

Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP)

Fale com seu médico imediatamente se você tiver ou suspeitar de qualquer tipo de infecção. Outras infecções além da LMP podem ser sérias e podem ser causadas por vírus, bactérias ou outras causas.

Houve relatos de uma infeccção cerebral rara chamada Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP) em alguns pacientes que se trataram com Tysabri. A LMP pode afetar pessoas que tem o sistema imunológico comprometido e as conduz normalmente a incapacidade grave ou morte.

Os sintomas da LMP podem ser semelhantes aos de um surto de Esclerose Múltipla (como, por exemplo, fraqueza ou alterações visuais). Deste modo, se você achar que sua doença está se agravando ou se notar qualquer sintoma novo, procure imediatamente o seu médico.

Fale com seus familiares ou com seu cuidador sobre o seu tratamento para que eles também estejam atentos a novos sintomas que poderão surgir em você e que você poderá não perceber (como, por exemplo, alterações de humor ou comportamento, lapsos de memória e dificuldades de fala e comunicação), e que seu médico necessitará investigar melhor para descartar a LMP.

A LMP está associada com um aumento descontrolado do vírus JC no cérebro, embora a razão para este aumento em alguns pacientes tratados com Tysabri seja desconhecida. O vírus JC é um vírus comum que infecta muitas pessoas, mas normalmente não causa uma doença perceptível.

Seu médico poderá fazer um teste com uma amostra do seu sangue para verificar se você tem anticorpos para o vírus JC antes de iniciar seu tratamento com Tysabri.

O risco de LMP em pacientes em uso de Tysabri é maior:

Se você tem os três riscos descritos acima, sua chance de ter LMP é maior.

Se você não realizou tratamento prévio com imunossupressores e recebeu tratamento com Tysabri por 2 anos ou mais, níveis maiores de resposta de anticorpos anti-JCV no sangue pode estar associado com maior risco de desenvolver LMP.

Para aqueles com um menor risco de LMP, o seu médico poderá repetir o teste regularmente caso você:

Você deve discutir com seu médico se o Tysabri é o tratamento mais adequado para você antes de iniciar o tratamento e se você estiver em tratamento com Tysabri por mais de 2 anos.

Em pacientes com LMP, uma reação conhecida como IRIS (Immune Reconstitution Inflammatory Syndrome ou Síndrome Inflamatória da Reconstituição Imunológica) pode ocorrer após o tratamento de LMP, assim que o Tysabri é removido do corpo. A IRIS pode levar a uma piora da sua condição, inclusive uma piora da função cerebral.

Outras infeccções oportunistas

Também poderão ocorrer infecções oportunistas graves em pacientes que utilizam Tysabri. Se você desenvolver sintomas como febre inexplicada, diarréia grave, tontura prolongada, dor de cabeça, rigidez do pescoço, perda de peso, sonolência ou outros sintomas que podem estar associados com uma infecção enquanto você estiver em tratamento com Tysabri, fale com o seu médico o mais rapidamente possível.

Reações alérgicas

Alguns pacientes tiveram reações alérgicas ao Tysabri. Seu médico deverá observar a possibilidade destas reações durante a infusão e por até 1 hora após sua conclusão.

O Tysabri sempre funcionará?

Em alguns pacientes que utilizam Tysabri por muito tempo, o sistema de defesa de seus organismos poderá desenvolver anticorpos contra Tysabri e impedir que ele atue corretamente. Se isto acontecer com você, seu médico é quem avaliará se o medicamento está atuando corretamente e, se necessário, interromperá o seu tratamento com Tysabri.

Lesões no fígado

Houve relatos de lesão no fígado em alguns pacientes durante o tratamento com Tysabri. Se você apresentar amarelamento da pele e da parte branca dos olhos ou escurecimento da urina, procure rapidamente seu médico.

Vacinação

Durante o tratamento com Tysabri a resposta a vacinação pode ficar comprometida. Avise seu médico caso você necessite receber alguma vacina durante seu tratamento.

Informação importante sobre a composição do Tysabri

Quando diluído, este medicamento contém 17,7 mmol (ou 406 mg) de sódio por dose. Isto deve ser levado em consideração em pacientes com dieta controlada de sódio.

Interações medicamentosas, alimentares e com testes laboratoriais

Fale com seu médico se você tomou recentemente ou ainda está tomando algum outro medicamento, inclusive medicamentos isentos de prescrição médica.

Você não pode utilizar Tysabri se estiver se tratando com betainterferonas ou acetato de glatirâmer.

Você não poderá utilizar Tysabri se você se tratou recentemente ou ainda está se tratando com medicamentos que afetam o sistema imune como, por exemplo, mitoxantrona ou ciclofosfamida.

Se precisar fazer uma consulta em um hospital por causa de qualquer tratamento ou exame de sangue, lembre-se de informar ao médico ou profissional de saúde que está utilizando Tysabri, pois este medicamento pode afetar os resultados destes exames.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Tysabri

Como qualquer medicamento, Tysabri pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas tenham estas reações adversas.

Fale com seu médico ou enfermeira imediatamente se você perceber qualquer um dos sintomas a seguir.

Sintomas de infecções sérias, incluindo:

Um grupo de sintomas causados por uma infecção séria no cérebro, incluindo:

Mudanças na personalidade e no comportamento tais como confusão, delírio ou perda da consciência, convulsões, dor de cabeça, náusea/vômito, rigidez do pescoço, sensibilidade extrema a luz intensa, febre, erupção cutânea (em qualquer parte do corpo).

Estes sintomas podem ser causados por uma infecção do cérebro (encefalite) ou na sua membrana de cobertura (meningite).

Sinais de reação alérgica ao Tysabri, durante ou logo após sua infusão:

Sinais de um possível problema no fígado:

Frequência das Reações Adversas

? 1/10 (? 10%)

Muito comum

? 1/100 e lt; 1/10 (? 1% e lt; 10%)

Comum (frequente)

? 1/1.000 e lt; 1/100 (? 0,1% e lt; 1%)

Incomum (infrequente)

lt; 1/1.000 (lt; 0,1%)

Rara

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Tysabri

Gravidez e lactação

Tysabri não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que você tenha discutido este assunto com seu médico.

Não amamente enquanto estiver em tratamento com Tysabri. Você deve discutir com seu médico a opção em amamentar ou em utilizar Tysabri.

Informe seu médico imediatamente se você estiver grávida, se você suspeitar que engravidou ou se estiver planejando uma gravidez.

O medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Habilidade de dirigir e utilizar máquinas

Não há estudos sobre o efeito de Tysabri na habilidade de dirigir e utilizar máquinas. No entanto, se você apresentar tontura, você não deve dirigir ou utilizar máquinas.

Composição do Tysabri

Apresentações

Tysabri. Solução concentrada para infusão intravenosa – 300 mg de natalizumabe / 15 mL (20 mg/mL).

Cada embalagem contém 1 frasco-ampola com uma única dose de 15 mL de solução concentrada.

Via intravenosa (IV).

Uso adulto.

Composição

Cada 1,0 mL da solução concentrada contém

Natalizumabe 20 mg.

Excipientes:

fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injetáveis.

Superdosagem do Tysabri

Nenhum caso de superdosagem foi relatado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Tysabri

O uso de Natalizumabe (substância ativa) em combinação com betainterferonas e acetato de glatirâmer está contra-indicado.

Imunização

Em um estudo randomizado e aberto com 60 pacientes portadores de EM recorrente-remitente, não houve diferença significativa na resposta imune humoral a uma re-exposição ao antígeno (toxóide tetânico) e somente uma resposta imune humoral um pouco mais lenta e reduzida a um neoantígeno (hemocianina ou KLH – keyhole limpet haemocyanin) foi observada em pacientes que foram tratados com Natalizumabe (substância ativa) por 6 meses comparado com o grupo controle não tratado. Vacinas vivas não foram estudadas.

Ação da Substância Tysabri

Resultados de eficácia

A eficácia na monoterapia foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo com duração de 2 anos (estudo AFFIRM) em pacientes com Esclerose Múltipla (EM) recorrente-remitente que apresentaram pelo menos 1 surto clínico durante o ano anterior à inclusão no estudo e tiveram uma pontuação entre 0 e 5 na escala EDSS de Kurtzke (Expanded Disability Status Scale – Escala Expandida do Estado de Incapacidade).

A média de idade era de 37 anos, com uma duração média da doença de 5 anos. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente numa proporção de 2:1 para receber Natalizumabe (substância ativa) 300 mg (n = 627) ou placebo (n = 315), de 4 em 4 semanas até um máximo de 30 infusões. Foram realizadas avaliações neurológicas de 12 em 12 semanas e sempre que houve suspeita de recidiva. Foram realizadas anualmente avaliações por imagem de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para detecção de lesões T1-ponderadas realçadas por gadolínio (Gd) e lesões hiperintensas T2.

As características e resultados do estudo são apresentados no quadro a seguir.

Estudo AFFIRM: Principais características e resultados

ConcepçãoMonoterapia; estudo de grupo paralelo duplo-cego, controlado por placebo e randomizado durante 120 semanas
IndivíduosEsclerose Múltipla recorrente-remitente (critérios McDonald)
TratamentoPlacebo / Natalizumabe (substância ativa) 300 mg IV de 4 em 4 semanas
Objetivo primário de um anoTaxa de surtos
Objetivo primário de dois anosProgressão no EDSS
Objetivos secundáriosVariáveis derivadas da taxa de recidivas / Variáveis derivadas da RMN
IndivíduosPlaceboNatalizumabe (substância ativa)
Randomizados315627
Concluindo 1 ano296609
Concluindo 2 anos285589
Idade em anos, mediana (intervalo)37 (19-50)36 (18-50)
História EM em anos, mediana (intervalo)6,0 (0-33)5,0 (0-34)
Tempo desde diagnóstico, mediana anos (intervalo)2,0 (0-23)2,0 (0-24)
Recidivas nos últimos 12 meses, mediana (intervalo)1,0 (0-5)1,0 (0-12)
Linha base EDSS, mediana (intervalo)2 (0-6,0)2 (0-6,0)

Resultados

Taxa anual de surto:PlaceboNatalizumabe (substância ativa)
Ao fim de um ano (objetivo primário)0,8050,261
Ao fim de dois anos0,7330,235
Um anoRelação da taxa 0,33 CI95% 0,26; 0,41
Dois anosRelação da taxa 0,32 CI95% 0,26; 0,40
Sem recidivaPlaceboNatalizumabe (substância ativa)
Ao fim de um ano53%76%
Ao fim de dois anos41%67%
Incapacidade:PlaceboNatalizumabe (substância ativa)
Porcentagem da progressão1 (confirmação de 12 semanas; resultado primário)29%17%
Proporção de risco 0,58, CI95% 0,43; 0,73, plt;0,001
Percentagem da progressão1 (confirmação de 24 semanas)23%11%
Proporção de risco 0,46, CI95% 0,33; 0,64, plt;0,001
RMN (0-2 anos)PlaceboNatalizumabe (substância ativa)
Alteração mediana % no volume de lesão T2 hiperintensa+8,8%-9,4% (plt;0,001)
Número médio de lesões T2 hiperintensas novas ou recentemente aumentadas11,01,9 (plt;0,001)
Número médio de lesões T1 hipointensas4,61,1 (plt;0,001)
Número médio de lesões realçadas por Gadolínio1,20,1 (plt;0,001)

1A progressão da incapacidade foi definida como pelo menos um aumento de 1,0 ponto no EDSS a partir de uma linha basal EDSS gt;=1,0 mantida durante 12 ou 24 semanas ou pelo menos um aumento de 1,5 pontos no EDSS a partir de uma linha basal de EDSS =0 mantida durante 12 ou 24 semanas.

No subgrupo de pacientes indicados para tratamento de EM recorrente-remitente em rápida evolução (pacientes com 2 ou mais recidivas e 1 ou mais lesões Gd+), a taxa média anual de recidiva foi de 0,282 no grupo tratado com Natalizumabe (substância ativa) (n= 148) e 1,455 no grupo com placebo (n= 61) (p lt;0,001).

A proporção de risco para progressão de incapacidade foi de 0,36 (95% CI: 0,17, 0,76) p=0,008. Estes resultados foram obtidos a partir de uma análise post hoc e devem ser interpretados com precaução. Não se encontram disponíveis informações sobre a gravidade das recidivas antes da inclusão de pacientes no estudo.

Características farmacológicas

O Natalizumabe (substância ativa) é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado anti-integrina ?4 (IgG4?), produzido em uma linhagem de células de camundongos através de tecnologia de DNA recombinante.

O Natalizumabe (substância ativa) é um inibidor seletivo da molécula de adesão: ele atua ligando-se à sub-unidade ?4 das integrinas ?4?1 e ?4?7, que são expressas na superfície de todos os leucócitos, com exceção dos neutrófilos, inibindo a adesão dos leucócitos mediada por ?4 aos seus contra-receptores.

Os receptores da família ?4 de integrinas incluem a molécula-1 de adesão às células vasculares (VCAM-1), que é expressa no endotélio vascular ativado, e a molécula-1 de adesão às células de adressina mucosal (Mad CAM-1), presente nas células do endotélio vascular do trato gastrointestinal.

A perturbação destas interações moleculares previne a transmigração dos leucócitos mononucleares através do endotélio para o tecido parenquimal inflamado. In vitro, os anticorpos anti-integrina ?4 também bloqueiam a adesão de células mediadas por ?4 aos ligantes, como a osteopontina e um domínio alternativamente inserido de fibronectina, segmento de ligação-1 (CS-1).

In vivo, Natalizumabe (substância ativa) pode também agir inibindo a interação dos leucócitos que expressam ?4 com seus respectivos ligantes na matriz extra-celular e nas células parenquimais, suprimindo, deste modo, a atividade inflamatória presente no local da doença e inibindo o recrutamento de células imunes ativadas para os tecidos inflamados.

O mecanismo específico do Natalizumabe (substância ativa) na Esclerose Múltipla não foi totalmente definido.

Em Esclerose Múltipla, acredita-se que as lesões ocorrem quando as células inflamatórias ativadas, incluindo os linfócitos T, atravessam a barreira hemato-encefálica. A migração dos leucócitos através da barreira hemato-encefálica envolve a interação entre moléculas de adesão nas células inflamatórias e seus contra-receptores presentes nas células endoteliais da parede do vaso.

A interação entre ?4?1 e os seus alvos é um componente importante da inflamação patológica no cérebro, e a perturbação destas interações conduz à redução da inflamação.

Em condições normais, a VCAM-1 não é expressa no parênquima cerebral. No entanto, na presença de citocinas pro-inflamatórias, aumenta-se a expressão da VCAM-1 nas células endoteliais e, possivelmente, em células da glia próximas dos locais da inflamação. No quadro da inflamação do sistema nervoso central (SNC) na Esclerose Múltipla (EM), é a interação do ?4?1 com a VCAM-1, CS-1 e a osteopontina que medeia a adesão e a transmigração de leucócitos para o parênquima cerebral podendo perpetuar a cascata inflamatória no tecido do SNC.

O bloqueio das interações moleculares de ?4?1 com os respectivos alvos reduz a atividade inflamatória presente no cérebro na EM e inibe a progressão do recrutamento de células imunes para os tecidos inflamados, reduzindo, assim, a formação ou o aumento das lesões resultantes da EM.

Propriedades Farmacocinéticas

Na administração repetida de uma dose de 300mg de Natalizumabe (substância ativa) por via intravenosa a pacientes com Esclerose Múltipla (EM), a concentração sérica máxima média observada foi de 110 ± 52 ?g/ml. A média das concentrações mínimas de Natalizumabe (substância ativa) em estado de equilíbrio ao longo do período de tratamento variou entre 23 ?g/ml e 29 ?g/ml. O tempo previsto para alcançar o estado de equilíbrio foi de aproximadamente 36 semanas.

Uma análise farmacocinética de população foi realizada em amostras de mais de 1.100 pacientes com EM que receberam doses que variaram entre 3 e 6 mg/kg de Natalizumabe (substância ativa). Destes, 581 pacientes receberam uma dose fixa de 300 mg como monoterapia. A média do clearance ± DP em estado de equilíbrio foi 13,1 ± 5,0 ml/h, com uma meia-vida média ± DP de 16 ± 4 dias.

A análise explorou os efeitos de co-variáveis selecionadas incluindo peso corporal, idade, sexo, função hepática e renal e a presença de anticorpos contra Natalizumabe (substância ativa) na farmacocinética. Apenas o peso corporal e a presença de anticorpos anti-natalizumabe foram confirmados como capazes de influenciar a disponibilidade do Natalizumabe (substância ativa).

Concluiu-se que o peso corporal influencia o clearance de uma forma menos proporcional, de tal modo que uma alteração de 43% no peso corporal resultou em uma alteração entre 31% a 34 % no clearance. A alteração no clearance não foi clinicamente significativa. A presença de anticorpos persistentes anti-Natalizumabe (substância ativa) aumentou cerca de 3 vezes mais o clearance do Natalizumabe (substância ativa), consistente com as concentrações séricas do Natalizumabe (substância ativa) reduzidas, observadas em pacientes com resultado positivo para anticorpos persistentes.

Não foi estudada a farmacocinética de Natalizumabe (substância ativa) em pacientes pediátricos com EM ou em pacientes com insuficiência renal ou hepática.

O efeito da troca plásmática no clearance e na farmacodinâmica do Natalizumabe (substância ativa) foi avaliado em um estudo envolvendo 12 pacientes com EM. As estimativas da remoção total de Natalizumabe (substância ativa) após 3 trocas plasmáticas (ao longo de 5 a 8 dias de intervalo) foi de, aproximadamente, 70 a 80%.

Isto é comparável aos, aproximadamente, 40% observados em estudos anteriores em que as medições ocorreram após a descontinuação do Natalizumabe (substância ativa) ao longo de um período similar de observação. O impacto da troca plasmática na restituição da migração dos linfócitos e sua utilidade clínica são desconhecidos.

Cuidados de Armazenamento do Tysabri

Tysabri deve ser conservado sob refrigeração (2ºC a 8ºC). Não congelar. Mantenha o frasco-ampola dentro da embalagem para protegê-lo da luz.

Após preparo (solução diluída), manter armazenado sob refrigeração (2ºC a 8ºC). Depois de preparado, este medicamento pode ser utilizado em até 8 horas.

Validade do medicamento: 48 meses a partir da data de fabricação desde que observados os cuidados de conservação do produto Tysabri.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Tysabri é uma solução concentrada, um líquido transparente incolor a levemente turvo, que deve ser preparado e administrado por um médico ou profissional de saúde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Tysabri

Reg. MS: 1.6993.0002.001-8

Farm. Resp.:

Milton Castro
CRF GO nº 8070

Fabricado por:

Vetter Pharma-Fertigung GmbH amp; Co. KG
Ravensburg, Alemanha

Embalado por:

Biogen (Denmark) Manufacturing ApS
Hillerod, Dinamarca

Registrado por:

Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos LTDA.
Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1184 – 17° andar – Vila Olímpia
CEP 04548-004
São Paulo – SP
CNPJ 07.986.222/0001-74

Importado e comercializado por:

Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos LTDA.
Rodovia BR-153, s/n, Km 42 – Parte B, Subparte R
Zona Urbana – Parque Calixtópolis
CEP 75135-040
Anápolis – GO
CNPJ 07.986.222/0003-36

Biogen Atendimento ao Cliente:

0800 7240055

Venda sob prescrição médica.

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