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Bula do Uni Carbamaz

Como Uni-Carbamaz funciona?

Uni-Carbamaz pertence ao grupo de medicamentos antiepiléticos (medicamentos para crises convulsivas).

A epilepsia é um distúrbio caracterizado por duas ou mais crises convulsivas (ataques epiléticos). Estas crises ocorrem quando mensagens que partem do cérebro para os músculos não são propriamente transmitidas pelo sistema nervoso do organismo. Uni-Carbamaz auxilia no controle destas transmissões de mensagens, regula as funções do sistema nervoso e também controla as outras doenças mencionadas acima.

Contraindicação do Uni-Carbamaz

Não tome Uni-Carbamaz se

Se algum destes itens for o seu caso, informe o seu médico antes de começar a tomar o Uni-Carbamaz. Se você não tem certeza se é alérgico ou não, certifique-se com o seu médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Uni-Carbamaz

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Nunca exceda a dose recomendada. Todas as recomendações o ajudarão a obter melhores resultados no tratamento e reduzir a chance de efeitos adversos sérios. Não tome doses extras de Uni-Carbamaz por sua conta, nem com mais frequência e nem por mais tempo que o recomendado pelo seu médico.

A duração do tratamento é conforme orientação médica.

Se você estiver tomando Uni-Carbamaz, não pare de tomá-lo repentinamente sem antes consultar o seu médico. Ele irá dizer se você pode e quando deve parar de tomar este medicamento.

Posologia

Uni-Carbamaz é sempre (exceto no primeiro dia, possivelmente) administrado em doses diárias divididas, ou seja, 2 a 4 vezes ao dia, dependendo da sua condição médica.

Epilepsia

Adultos

O tratamento da epilepsia geralmente começa com 100 a 200 mg, 1 a 2 vezes ao dia, em adultos.

A dose é, então, aumentada gradualmente, para 800 a 1.200 mg ao dia (em alguns pacientes, 1.600 mg ou até 2.000 mg ao dia, pode ser necessária), dividida em 2 ou 3 tomadas.

Crianças

O tratamento em crianças é geralmente iniciado com 100 a 200 mg ao dia (baseado em 10 a 20 mg/kg de peso corpóreo por dia) e manter em 400 a 600 mg ao dia. Adolescentes podem receber entre 600 a 1.000 mg por dia.

Neuralgia trigeminal

Para neuralgia trigeminal a dose inicial de 200 a 400 mg ao dia é aumentada gradualmente até que não haja mais dor (geralmente 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia). A dose máxima é de 1.200 mg ao dia.

Pacientes idosos

Para pacientes idosos, uma dose inicial mais baixa (100 mg, 2 vezes ao dia) é recomendada.

Mania aguda e manutenção do tratamento dos distúrbios afetivos bipolares

A dose em geral é de 400 a 600 mg ao dia (faixa de dosagem: cerca de 400 a 1.600 mg ao dia).

O que mais você deve saber enquanto estiver tomando Uni-Carbamaz?

É muito importante que o seu médico acompanhe o seu progresso através de consultas regulares. Ele pode solicitá-lo testes periódicos de sangue, especialmente quando você estiver iniciando o tratamento com Uni-Carbamaz.

Antes de passar por qualquer tipo de cirurgia, incluindo a de tratamento dentário ou de emergência, informe ao médico ou dentista que fará a cirurgia, que você está tomando Uni-Carbamaz.

A retirada do produto deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.

Depois de aberto, manter o medicamento fechado e em local seguro.

Redução da dose ou retirada

A interrupção abrupta do tratamento com Uni-Carbamaz pode provocar crises. Se o tratamento de um paciente epiléptico tiver que ser interrompido abruptamente, a substituição por uma nova substância antiepiléptica deverá ser feita sob ação de um medicamento adequado (por ex.: diazepam e.v. ou retal ou fenitoína e.v.).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Uni-Carbamaz?

Se você se esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que lembrar. No entanto, caso esteja muito perto da hora de tomar a próxima dose, não tome a dose esquecida; apenas, continue o esquema de dose habitual. Não tome o dobro da dose para sobrepor a dose esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Uni-Carbamaz

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

Uni-Carbamaz pode fazer você sentir sonolência ou vertigem ou pode causar a sensação de visão borrada, visão dupla ou você pode sentir falta de coordenação muscular, especialmente no início do tratamento ou quando houver ajuste de dose. Portanto, você deve ter cuidado ao dirigir veículos ou operar máquinas ou ao fazer outras atividades que requeiram muita atenção.

Interações medicamentosas

Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, pois eles podem interagir com Uni-Carbamaz (carbamazepina).

Isto é particularmente importante para Uni-Carbamaz, uma vez que muitos outros medicamentos interagem com ele.

Você pode precisar de uma alteração na dose ou, em alguns casos, interromper um dos medicamentos.

O contraceptivo hormonal (medicamentos anticoncepcionais) pode tornar-se menos efetivo e você deve considerar o uso de outros métodos contraceptivos (não hormonais). Você não deve ingerir álcool durante o período de tratamento com Uni-Carbamaz.

Informações importantes sobre alguns componentes de Uni-Carbamaz suspensão oral

Cada mL de suspensão oral contém 140 mg de sorbitol. Quando administrado conforme as recomendações de dosagem, a dose máxima diária contém 14,0 g de sorbitol. O sorbitol pode causar distúrbio estomacal e diarreia.

Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose não devem tomar esse medicamento.

Uni-Carbamaz suspensão oral contém parahidroxibenzoatos que podem causar reações alérgicas (possivelmente retardadas).

Não há contraindicações relativas a faixas etárias.

Advertências

Você só pode tomar Uni-Carbamaz após um exame médico completo.

O risco de reações cutâneas graves em pacientes chineses han ou de origem tailandesa associado com carbamazepina ou compostos quimicamente relacionados pode ser previsto pelo teste de uma amostra de sangue desses pacientes. O seu médico deve ser capaz de informar se um exame de sangue é necessário antes de tomar Uni-Carbamaz.

Tenha cuidado especial com Uni-Carbamaz se

Informe ao seu médico se ocorrer sangramento vaginal irregular. Se você tiver dúvidas, pergunte ao seu médico.

Informe o médico imediatamente nos seguintes casos

Não interrompa o tratamento com Uni-Carbamaz sem antes verificar com o seu médico. Para prevenir pioras repentinas de suas crises convulsivas, não descontinue sua medicação abruptamente.

Administração de Uni-Carbamaz com alimento ou bebida

Não tome bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com Uni-Carbamaz.

Não beba suco de toranja (grapefruit) e nem coma esta fruta, uma vez que ela pode aumentar o efeito de UNICARBAMAZ.

Outros sucos, como os de laranja e maçã, não têm esse efeito.

Crianças e pacientes idosos

Podem usar de modo seguro Uni-Carbamaz e devem receber informações específicas do médico, como, por exemplo, cuidados na dosagem. Estes pacientes devem ficar sob observação rigorosa do médico, principalmente no início do tratamento.

Gravidez

Informe seu médico se você estiver grávida ou está planejando engravidar.

O controle das crises epilépticas durante a gravidez é importante. Porém, existe um possível risco para o seu bebê, se você toma a medicação antiepiléptica (medicamento para crises convulsivas) durante a gravidez. O seu médico irá avaliar o risco potencial de você tomar o Uni-Carbamaz durante a gravidez.

Não pare o tratamento com Uni-Carbamaz sem antes conversar com o seu médico.

Amamentação

Informe o seu médico se você estiver amamentando. A substância ativa de Uni-Carbamaz passa para o leite materno. O médico irá avaliar o seu caso e decidir se você deve ou não tomar o Uni-Carbamaz. Se o médico decidir que sim, ele irá acompanhar os possíveis efeitos adversos no seu (sua) filho (a). No entanto, se você notar o aparecimento de efeitos adversos nele (a), como por exemplo, muita sonolência, interrompa a amamentação e informe o médico.

Mulheres em idade fértil

Irregularidade no período de menstruação pode ocorrer em mulheres que estejam tomando hormônios contraceptivos (anticoncepcionais) e Uni-Carbamaz. O contraceptivo hormonal pode se tornar menos efetivo e você deve considerar o uso de outro método contraceptivo (não hormonal).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use esse medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Uni-Carbamaz

Como acontece com todos os medicamentos, pacientes tratados com Uni-Carbamaz podem apresentar efeitos indesejáveis embora nem todos os apresentem. A maioria dos efeitos indesejáveis são leves e moderados e geralmente desaparecem após alguns dias de tratamento.

Alguns efeitos podem ser sérios (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 1.000 pacientes)

Informe ao seu médico imediatamente, se algum dos seguintes efeitos adversos ocorrer. Estes efeitos podem ser sinais precoces de reações graves ao seu sangue, fígado, rins ou outros órgãos e pode ser necessário tratamento médico com urgência.

Outras reações adversas

Se algum dos seguintes efeitos adversos ocorrer, procure o seu médico o mais rápido possível, pois você pode precisar de assistência médica.

Muito comum (estes efeitos adversos podem afetar mais que 1 em 10 pacientes)

Perda de coordenação motora, inflamação da pele com erupção cutânea e vermelhidão, erupção cutânea.

Menos comum (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 10 pacientes)

Inchaço do tornozelo, nos pés ou na perna (edema), mudanças de comportamento, confusão, fraqueza, aumento da frequência de convulsões (ataques epilépticos devido à quantidade insuficiente de sódio no seu corpo).

Incomum (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 100 pacientes)

Tremores, movimentos incontroláveis do corpo, espasmos musculares.

Raros (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 1.000 pacientes)

Coceira, glândulas inchadas, agitação e hostilidade (especialmente idosos), desmaio, dificuldade em falar ou fala desarticulada, depressão com cansaço, nervosismo ou outras alterações de humor ou mentais, alucinações, visão borrada, visão dupla, coceira nos olhos com vermelhidão e inchaço (conjuntivite), sensação de pressão/dor nos olhos (sinais de aumento na pressão dos olhos), movimentos incontrolados dos olhos, zumbidos ou outros sons inexplicáveis nos ouvidos, audição diminuída, respiração com dificuldade, dor no peito, batimentos cardíacos acelerados ou anormalmente mais lentos, dormência, formigamento nas mãos ou nos pés, fraqueza, aumento da frequência de micção, redução repentina na quantidade da urina, alterações no paladar, secreção anormal de leite das mamas, aumento do peito em homens, inchaço ou vermelhidão das veias que ficam extremamente sensíveis quando tocadas (tromboflebite), aumento da sensibilidade da pele à luz, amolecimento ou diminuição ou enfraquecimento dos ossos levando a um maior risco de lesão no osso (falta de vitamina D, osteoporose).

Alguns efeitos adversos são de frequência desconhecida

A reativação da infecção por vírus de herpes (que podem ser graves quando o sistema imune está deprimido), a perda completa das unhas, fraturas, diminuição na medida da densidade do osso.

Geralmente, as seguintes reações adversas não precisam de atendimento médico. No entanto, se elas persistirem por mais de alguns dias ou causarem muito incômodo, procure o seu médico

Muito comum (estes efeitos adversos podem afetar mais que 1 em 10 pacientes)

Vômito, náusea, tontura, sonolência, instabilidade, ganho de peso.

Comum (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 10 pacientes)

Dor de cabeça, boca seca.

Raros (estes efeitos adversos podem afetar até 1 em cada 1.000 pacientes)

Constipação, diarreia, dor abdominal, dor nas juntas ou músculos, aumento do suor, perda do apetite, perda do cabelo, pelos excessivos no corpo e na face, distúrbios sexuais, infertilidade masculina, língua inflamada e muito vermelha, feridas na boca, alterações na pigmentação da pele, acne.

Alguns efeitos adversos são de frequência desconhecida

Sonolência, perda de memória, inchaço de cor roxa ou vermelha arroxeada que pode coçar.

Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Se você notar alguma outra reação adversa não descrita nesta bula, informe ao seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Composição do Uni-Carbamaz

Suspensão

Cada mL contém:

20 mg de carbamazepina.

Veículo:

Hietelose, sacarina sódica, propilenoglicol, estearato de macrogol, celulose microcristalina, ácido sórbico, aroma de caramelo toffe, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, dimeticona e água purificada.

Comprimido

Cada comprimido contém:

200 mg de carbamazepina.

Excipientes:

Celulose microcristalina, povidona, dióxido de silício, croscarmelose sódica e estearato de magnésio.

Superdosagem do Uni-Carbamaz

Você deve imediatamente procurar um pronto-socorro, para que as providências emergenciais sejam tomadas.

Se você sentir dificuldade em respirar, batimentos cardíacos acelerados e irregulares, perda da consciência, desmaio, tremedeira, mal-estar e/ou náusea, a dose pode estar muito alta. Pare de tomar o medicamento e informe ao seu médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Uni-Carbamaz

O citocromo P4503A4 (CYP3A4) é a principal enzima catalisadora de formação do metabólito ativo Carbamazepina (substância ativa)10,11-epóxido. A coadministração de inibidores de CYP3A4 pode resultar em aumento de concentrações plasmáticas de Carbamazepina (substância ativa), o que pode induzir reações adversas. A coadministração de indutores de CYP3A4 pode aumentar a proporção do metabolismo de Carbamazepina (substância ativa), causando diminuição no nível sérico de Carbamazepina (substância ativa) e do efeito terapêutico.

Da mesma forma, a descontinuação do indutor de CYP3A4 pode diminuir a proporção do metabolismo de Carbamazepina (substância ativa), levando a um aumento do nível plasmático deste fármaco.

A Carbamazepina (substância ativa) é um potente indutor de CYP3A4 e de outros sistemas enzimáticos de fase I e II do fígado, e pode, portanto, reduzir as concentrações plasmáticas de medicações concomitantes, principalmente, as metabolizadas pela CYP3A4 através da indução dos seus metabolismos.

O epóxido hidroxilase microssomal humano foi identificado como a enzima responsável pela formação do derivado 10,11- trans-diol a partir da Carbamazepina (substância ativa)-10,11-expóxido. A coadministração do inibidor do epóxido hidroxilase microssomal humano pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de carmabamazepina-10,11-epóxido.

Interações resultando em contraindicação

O uso de Carbamazepina (substância ativa) é contraindicado em combinação com inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs). Antes da administração de Carbamazepina (substância ativa), os IMAOs devem ser descontinuados por no mínimo 2 semanas ou, se a condição clínica permitir por um período maior.

Agentes que podem aumentar o nível plasmático de Carbamazepina (substância ativa)

Uma vez que o aumento dos níveis plasmáticos de Carbamazepina (substância ativa) pode resultar em reações adversas (por ex.: tontura, sonolência, ataxia, diplopia), a posologia de Carbamazepina (substância ativa) deve ser ajustada adequadamente e/ou os níveis plasmáticos monitorizados, quando for administrado concomitantemente com as substâncias descritas a seguir.

Fármacos analgésicos e anti-inflamatórios: dextropropoxifeno, ibuprofeno.

Andrógenos

Danazol.

Antibióticos

Antibióticos macrolídeos (por ex.: eritromicina, troleandromicina, josamicina, claritromicina e ciprofloxacina).

Antidepressivos

Possivelmente desipramina, fluoxetina, fluvoxamina, nefazodona, paroxetina, trazodona, viloxazina.

Antiepilépticos

Estiripentol, vigabatrina.

Antifúngicos

Azóis (por ex.: itraconazol, cetoconazol, fluconazol, voriconazol). Anticonvulsivantes alternativos podem ser recomendados em pacientes tratados com voriconazol ou itraconazol.

Anti-histamínicos

Loratadina, terfenadina.

Antipsicóticos

Olanzapina.

Antituberculosos

Isoniazida.

Antivirais

Inibidores da protease para o tratamento do HIV (por ex.: ritonavir).

Inibidores anidrase carbônicos

Acetazolamida.

Fármacos cardiovasculares

Diltiazem, verapamil.

Fármacos gastrintestinais

Possivelmente cimetidina, omeprazol.

Relaxantes musculares

Oxibutinina, dantroleno.

Inibidores agregação plaquetária

Ticlopidina.

Outras interações

Suco de toranja (grapefruit), nicotinamida (somente em dose elevada).

Agentes que podem aumentar o nível plasmático do metabólito ativo Carbamazepina (substância ativa)-10,11-epóxido

Uma vez que o aumento do nível plasmático de Carbamazepina (substância ativa)-10,11-epóxido pode resultar em reações adversas (por ex.: tontura, sonolência, ataxia, diplopia), a dose de Carbamazepina (substância ativa) deve ser ajustada de acordo e/ou nível plásmatico monitorado quando usado concomitantemente com as substâncias descritas loxapina, quetiapina, primidona, progabida, ácido valproico, valnoctamida e valpromida.

Agentes que podem diminuir o nível plasmático de Carbamazepina (substância ativa)

A dose de Carbamazepina (substância ativa) pode precisar de ajuste, quando houver administração concomitante com as seguintes substâncias: Antiepilépticos: felbamato, metosuximida, oxcarbazepina, fenobarbital, fensuximida, fenitoína (para evitar a intoxicação de fenitoína e concentrações subterapêuticas de Carbamazepina (substância ativa), recomenda-se a ajustar a concentração plasmática de fenitoína para 13 microgramas / ml antes da adição de Carbamazepina (substância ativa) para o tratamento) e fosfenitoína, primidona e, apesar dos dados serem parcialmente contraditórios, possivelmente também por clonazepam.

Antineoplásicos

Cisplatina ou doxorrubicina.

Antituberculosos

Rifampicina.

Fármacos broncodilatadores ou antiasmáticos

Teofilina, aminofilina.

Fármacos dermatológicos

Isotretinoína.

Outras interações

Preparações herbais contendo erva de São João (Hypericum perforatum).

Efeito de Carbamazepina (substância ativa) nos níveis plasmáticos de agentes concomitantes

A Carbamazepina (substância ativa) pode diminuir o nível plasmático ou, até mesmo, abolir a atividade de certos fármacos. A posologia dos seguintes fármacos pode sofrer ajustes, conforme a exigência clínica.

Agentes analgésicos e anti-inflamatórios

Buprenorfina, metadona, paracetamol (administração a longo prazo de Carbamazepina (substância ativa) e paracetamol (acetaminofeno) pode estar associada a hepatotoxicidade), fenazona (antipirina), tramadol.

Antibióticos

Doxiciclina, rifabutina.

Anticoagulantes

Anticoagulantes orais (por ex.: varfarina, femprocumona, dicumarol, acenocumarol, rivaroxaban, dabigatran, apixaban e edoxaban).

Antidepressivos

Bupropiona, citalopram, mianserina, nefazodona, sertralina, trazodona, antidepressivos tricíclicos (por ex.: imipramina, amitriptilina, nortriptilina, clomipramina).

Antieméticos

Aprepitanto.

Antiepilépticos

Clobazam, clonazepam, etosuximida, felbamato, lamotrigina, eslicarbazepina, oxcarbazepina, primidona, tiagabina, topiramato, ácido valproico, zonisamida. Para evitar a intoxicação de fenitoína e concentrações subterapêuticas de Carbamazepina (substância ativa), recomenda-se a ajustar a concentração plasmática de fenitoína para 13 microgramas / ml antes da adição de Carbamazepina (substância ativa) para o tratamento. Há raros relatos também de aumento dos níveis plasmáticos da mefenitoína.

Antifúngicos

Itraconazol, voriconazol. Alternativas anti-convulsivantes podem ser recomendadas em pacientes tratados com voriconazol e itraconazol.

Anti-helmínticos

Praziquantel, albendazol.

Antineoplásicos

Imatinibe, ciclofosfamida, lapatinib, temsirolimus.

Antipsicóticos

Clozapina, haloperidol e bromperidol, olanzapina, quetiapina, risperidona, ziprasidona, aripiprazol, paliperidona.

Antivirais

Inibidores da protease para o tratamento do HIV (por ex.: indinavir, ritonavir, saquinavir). Ansiolíticos: alprazolam, midazolam. Fármacos broncodilatadores e antiasmáticos: teofilina.

Anticoncepcionais

Hormônios contraceptivos (métodos anticoncepcionais alternativos devem ser considerados).

Fármacos cardiovasculares

Bloqueadores dos canais de cálcio (grupo diidropiridina), por ex.: felodipina, digoxina, sinvastatina, atorvastatina, lovastatina, cerivastatina, ivabradina

Corticosteroides

Corticosteroides (por ex.: prednisolona, dexametasona).

Droga usada na disfunção erétil

Tafalafil.

Imunossupressores

Ciclosporina, everolimo, tacrolimos, sirolimos.

Agentes tireoides

Levotiroxina.

Outras interações

Medicamentos contendo estrógenos e/ou progesteronas.

Combinações que requerem consideração específica

Foi reportado que o uso concomitante de Carbamazepina (substância ativa) e levetiracetam aumenta a toxicidade induzida por Carbamazepina (substância ativa).

Observou-se que o uso concomitante de Carbamazepina (substância ativa) e isoniazida aumenta a hepatotoxicidade induzida pela isoniazida.

O uso combinado de Carbamazepina (substância ativa) e lítio ou metoclopramida de um lado e Carbamazepina (substância ativa) e neurolépticos (haloperidol e tioridazina) de outro, pode causar aumento de reações adversas neurológicas (com a combinação posterior, mesmo em presença de níveis plasmáticos terapêuticos).

A administração concomitante de Carbamazepina (substância ativa) e de alguns diuréticos (hidroclorotiazida e furosemida) pode causar hiponatremia sintomática.

A Carbamazepina (substância ativa) pode antagonizar os efeitos dos relaxantes musculares não despolarizantes (por ex.: pancurônio). A sua posologia pode necessitar de aumento e os pacientes devem ser monitorizados rigorosamente para recuperação do bloqueio neuromuscular mais rápida do que o esperado.

A Carbamazepina (substância ativa), assim como outros fármacos psicoativos, pode reduzir a tolerância ao álcool. Portanto, é aconselhável que o paciente abstenha-se de álcool.

O uso concomitante de Carbamazepina (substância ativa) com anticoagulante oral de ação direta (rivaroxaban, dabigatran, apixaban, and edoxaban) pode levar a concentrações plasmáticas reduzidas de anticoagulantes orais de ação direta, o que traz risco de trombose. Portanto, se o uso concomitante for necessário, recomenda-se um acompanhamento próximo dos sinais e sintomas de trombose.

Intereferência com testes sorológicos

A Carbamazepina (substância ativa) pode resultar em concentrações falso positivas de perfenazinas em análises por HPLC, devido a interferência.

A Carbamazepina (substância ativa) e o metabólito 10,11-epóxido podem resultar em concentrações falso-positivas de antidepressivo tricíclico no método de imunoensaio de fluorescência polarizada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Tegretol.

Ação da Substância Uni-Carbamaz

Resultados de Eficácia


Em estudos clínicos de Carbamazepina (substância ativa) administrado como monoterapia em pacientes com epilepsia – em particular, crianças e adolescentes – tem sido relatada a ação psicotrópica, incluindo um efeito positivo sobre os sintomas de ansiedade e depressão, tão bem quanto uma diminuição na irritabilidade e agressividade. Quanto à performance psicomotora e cognitiva, efeitos negativos ou equivocados foram relatados em alguns estudos, dependendo também da dose administrada. Em outros estudos, foram observados efeitos benéficos sobre a atenção, performance cognitiva / memória.

Como agente neurotrópico, Carbamazepina (substância ativa) é clinicamente eficaz nas crises paroxísticas de dor em neuralgia idiopática e neuralgia trigeminal secundária; adicionalmente, é utilizado no alívio de dor neurogênica em condições variadas, incluindo tabes dorsal, parestesia pós-traumática e neuralgia pós-herpética. Na síndrome de abstinência alcoólica, aumenta o limiar de convulsão e melhora os sintomas de abstinência (por ex.: hiperexcitabilidade, tremor, andar prejudicado). Na diabetes insípido central, Carbamazepina (substância ativa) reduz o volume urinário e alivia os sintomas da sede.

Como agente psicotrópico, comprovou eficácia clínica em distúrbios afetivos, ou seja, no tratamento da mania aguda tão bem quanto no tratamento de manutenção do distúrbio afetivo bipolar (maníaco-depressivo), tanto administrado em monoterapia quanto em combinação com neurolépticos, antidepressivos ou lítio, em distúrbio esquizo-afetivo excitado e mania excitada em combinação com outros neurolépticos e em episódios cíclicos rápidos.

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Características Farmacológicas


Grupo farmacoterapêutico, ATC

Classe terapêutica

Antiepiléptico, neurotrópico e agente psicotrópico (código ATC: N03 AF01). Derivado dibenzazepínico.

Mecanismo de ação

O mecanismo de ação da Carbamazepina (substância ativa), a substância ativa de Carbamazepina (substância ativa), só foi parcialmente elucidado. A Carbamazepina (substância ativa) estabiliza a membrana do nervo hiperexcitado, inibe a descarga neuronal repetitiva e reduz a propagação sináptica dos impulsos excitatórios. Considera-se que a prevenção de estímulos repetitivos dos potenciais de ação sódio-dependentes na despolarização dos neurônios via bloqueio do canal de sódio voltagem-dependente pode ser o principal mecanismo de ação.

Enquanto a redução da liberação de glutamato e a estabilização das membranas neuronais podem ser consideradas responsáveis principalmente pelos efeitos antiepilépticos, o efeito depressivo no turnover (quantidade metabolizada) de dopamina e noradrenalina poderia ser responsável pelas propriedades antimaníacas da Carbamazepina (substância ativa).

Farmacodinâmica

Como agente antiepiléptico, o espectro de atividade de Carbamazepina (substância ativa) inclui:

Crises parciais (simples e complexas) com ou sem generalização secundária; crises tônico-clônicas generalizadas, bem como combinações destes tipos de crises.

Farmacocinética

Absorção

A Carbamazepina (substância ativa) administrada na forma de comprimidos é absorvida quase completamente, porém, de maneira relativamente lenta. Os comprimidos convencionais apresentam um pico plasmático médio da substância inalterada em 12 horas após uma dose oral única. Com a suspensão oral, as concentrações médias dos picos plasmáticos são alcançadas em 2 horas. Em relação à quantidade de substância ativa absorvida, não há diferenças clinicamente relevantes entre as formas farmacêuticas orais. Após uma dose única por via oral de 400 mg de Carbamazepina (substância ativa) comprimidos, o pico médio de concentração do fármaco inalterado no plasma é de aproximadamente 4,5 mcg/mL.

Ao se administrar os comprimidos de Carbamazepina (substância ativa) CR, unitária e repetidamente, estes apresentam picos de concentração da substância ativa 25% mais baixo no plasma do que os comprimidos convencionais, sendo que estes picos são atingidos em 24 horas. Os comprimidos CR promovem redução do índice de flutuação estatisticamente significativa, mas não uma redução significativa na Cmín no steady-state (estado de equilíbrio). A flutuação das concentrações plasmáticas com um regime posológico de duas administrações diárias é baixa. A biodisponibilidade para os comprimidos CR é cerca de 15% mais baixa do que a de outras formas farmacêuticas orais.

As concentrações plasmáticas de steady-state (estado de equilíbrio) da Carbamazepina (substância ativa) são atingidas em cerca de uma a duas semanas, dependendo da autoindução individual pela Carbamazepina (substância ativa) e pela heteroindução por outros fármacos indutores enzimáticos, bem como do pré-tratamento, da posologia e da duração do tratamento.

As concentrações plasmáticas de steady-state (estado de equilíbrio) da Carbamazepina (substância ativa), consideradas como intervalo terapêutico, variam consideravelmente de indivíduo para indivíduo. Para a maioria dos pacientes, relatou-se um intervalo entre 4 e 12 µg/mL correspondente a 17 a 50 µmol/L. As concentrações de Carbamazepina (substância ativa)-10,11-epóxido (metabólito farmacologicamente ativo), foram cerca de 30% dos níveis de Carbamazepina (substância ativa).

A ingestão de alimentos não tem influência significativa na taxa e na extensão da absorção, em relação à forma farmacêutica de Carbamazepina (substância ativa).

Distribuição

Assumindo a absorção completa de Carbamazepina (substância ativa), o volume aparente de distribuição varia entre 0,8 e 1,9 L/kg.

A Carbamazepina (substância ativa) atravessa a barreira placentária.

A Carbamazepina (substância ativa) está ligada às proteínas séricas em 70 a 80%. A concentração de substância inalterada no líquido cerebroespinhal e na saliva reflete a parte da ligação não proteica no plasma (20-30%). As concentrações encontradas no leite materno foram equivalentes a 25 a 60% dos níveis plasmáticos correspondentes.

Biotransformação/metabolismo

A Carbamazepina (substância ativa) é metabolizada no fígado, onde a biotransformação via epóxido é a mais importante, tendo o derivado 10,11-trans-diol e seu glicuronídeo como os principais metabólitos. O citocromo P4503A4 foi identificado como a principal isoforma responsável pela formação de Carbamazepina (substância ativa)-10,11-epóxido a partir da Carbamazepina (substância ativa). O epóxido hidroxilase microssomal humano foi identificado como a enzima responsável pela formação do derivado 10,11-trans-diol a partir da Carbamazepina (substância ativa)-10,11-epóxido. O 9-hidroxi-metil-10-carbamoil acridan é um metabólito secundário relacionado a esta via. Após uma dose oral única de Carbamazepina (substância ativa), cerca de 30% aparece na urina como produto final da via epóxido. Outras vias de biotransformação importantes para a Carbamazepina (substância ativa) levam a vários compostos monoidroxilados, bem como ao N-glicuronídeo da Carbamazepina (substância ativa) produzido pelo UGT2B7.

Eliminação

A meia-vida média de eliminação da Carbamazepina (substância ativa) inalterada é de aproximadamente 36 horas após uma dose oral única, sendo que após a administração oral repetida, a média é de 16 a 24 horas (sistema de autoindução da monoxigenase hepática), dependendo da duração do tratamento. Em pacientes que recebem tratamento concomitante com outros fármacos indutores de enzimas hepáticas (por ex.: fenitoína, fenobarbital), a meia-vida média encontrada é de 9 a 10 horas.

A meia-vida média de eliminação do metabólito 10,11-epóxido no plasma é cerca de 6 horas, após dose única oral do próprio epóxido.

Após a administração de uma dose oral única de 400 mg de Carbamazepina (substância ativa), 72% é excretada na urina e 28%, nas fezes.

Na urina, cerca de 2% da dose é recuperada como substância inalterada e cerca de 1% como metabólito 10,11-epóxido, farmacologicamente ativo.

Populações especiais

Crianças

Em função de maior eliminação da Carbamazepina (substância ativa), as crianças podem requerer doses mais altas deste fármaco (em mg/kg) do que os adultos.

Idosos

Não há indicação de alteração da farmacocinética da Carbamazepina (substância ativa) em pacientes idosos, quando comparados com adultos jovens.

Pacientes com disfunção hepática ou renal

Não há dados disponíveis sobre a farmacocinética da Carbamazepina (substância ativa) em pacientes com distúrbio de função hepática ou renal.

Dados de segurança não-clínicos

Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de toxicidade de dose única e repetida, genotoxicidade e potencial carcinogênico. No entanto, os estudos com animais não foram suficientes para descartar um efeito teratogênico de Carbamazepina (substância ativa).

Carcinogenicidade

Em ratos tratados com Carbamazepina (substância ativa) por 2 anos, observou-se um aumento na incidência de tumores hepatocelulares em fêmeas e tumores benignos testiculares em machos. No entanto, não há nenhuma evidência de que estas observações são de qualquer relevância para o uso terapêutico de Carbamazepina (substância ativa) em humanos.

Genotoxicidade

A Carbamazepina (substância ativa) não foi genotóxica em vários estudos padrões de mutagenicidade em bactérias e mamíferos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Tegretol.

Cuidados de Armazenamento do Uni-Carbamaz

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da luz.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Após aberta, a suspensão oral é válida por 7 semanas.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características organolépticas

Suspensão

Suspensão branca ou quase branca.

Comprimido

Comprimido branco a quase branco, circular, biconvexo e liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Dizeres Legais do Uni-Carbamaz

Registro MS – 1.0497.0172.

Farm. Resp.:

Florentino de Jesus Krencas
CRF-SP: 49136

União Química Farmacêutica Nacional S/A.

Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18.
Indústria Brasileira.

Fabricado na unidade fabril:

Trecho 1 Conj. 11 Lote 6/12
Polo de Desenvolvimento JK
Brasília – DF – CEP: 72.549-555
CNPJ: 60.665.981/0007-03
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da receita.

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