Bula do Vacina contra Hepatite B Recombinante
Espera-se que, a longo prazo, a vacinação contra a hepatite B reduza não apenas a incidência dessa doença mas também suas complicações crônicas, tais como hepatite B crônica ativa e cirrose associada à hepatite B.
Em áreas de baixa prevalência de hepatite B, a imunização é particularmente recomendada para os indivíduos pertencentes a grupos identificados como de maior risco de infecção (ver abaixo); no entanto, a vacinação universal de todas as crianças e adolescentes contribuirá para o controle da hepatite B em toda a população.
Em áreas de prevalência intermediária e alta de hepatite B, com a maior parte da população em risco de contrair o VHB, a melhor estratégia é fornecer vacinação universal a recém-nascidos, bebês, crianças e adolescentes, bem como a adultos que pertençam a grupos de maior risco de infecção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Comitê Consultivo de Práticas de Imunização (ACIP, de Advisory Committee on Immunization Practices), dos Estados Unidos, e a Academia Americana de Pediatria (AAP, American Academy of Pediatrics) defendem a vacinação de recém-nascidos e/ou a de adolescentes como a estratégia ideal para controlar a hepatite B em todos os países.
Grupos identificados como de maior risco de infecção:
- Profissionais da saúde;
- Pacientes que recebem frequentemente hemoderivados;
- Pessoal e residentes em instituições;
- Pessoas em maior risco devido a seu comportamento sexual;
- Usuários de drogas injetáveis ilícitas;
- Viajantes para áreas com alta endemicidade de VHB;
- Bebês nascidos de mães portadoras do VHB;
- Pessoas originárias de áreas com alta endemicidade de VHB;
- Pacientes com anemia falciforme;
- Pacientes candidatos a transplante de órgãos;
- Contatos domiciliares de qualquer um dos grupos acima e de pacientes com infecção aguda ou crônica pelo VHB;
- Indivíduos com doença hepática crônica (DHC) ou em risco de desenvolvê-la (p. ex. portadores do vírus da hepatite C, pessoas que abusam do álcool);
- Outros – pessoal da polícia, de brigadas de incêndio, das Forças Armadas e qualquer pessoa que, por meio de seu trabalho ou estilo de vida, possa expor-se ao VHB.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Contraindicação do Vacina contra Hepatite B Recombinante
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser administrada a indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da fórmula ou que tenham apresentado sinais de hipersensibilidade após a administração prévia dessa vacina.
A infecção pelo HIV não é considerada como contraindicação para a vacinação contra a hepatite B.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Como usar o Vacina contra Hepatite B Recombinante
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) deve ser injetada por via intramuscular na região deltoide em adultos e crianças ou na parte anterolateral da coxa em neonatos, lactentes e crianças menores. Excepcionalmente, pode-se administrar a vacina por via subcutânea em indivíduos com trombocitopenia ou distúrbios da coagulação.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser aplicada nas nádegas nem por via intradérmica, pois a resposta imune pode ser mais baixa.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser administrada, sob nenhuma circunstância, por via intravascular.
Deve-se inspecionar visualmente a vacina antes da administração, para detectar qualquer partícula estranha e/ou coloração. Antes do uso, Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) deve ser bem agitada para obtenção de uma suspensão branca ligeiramente opaca. Descarte-a se o conteúdo tiver aparência diferente.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser misturada com outras vacinas.
Deve-se descartar qualquer produto não usado ou material residual em conformidade com a legislação local.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Posologia do Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa)
Vacina de 20 mcg
1 dose de 20 mcg (em 1,0 mL de suspensão) para indivíduos de 20 anos de idade ou mais.
Vacina de 10 mcg
1 dose de 10 mcg (em 0,5 mL de suspensão) para recém-nascidos, bebês, crianças e adolescentes de até 19 anos de idade.
Entretanto, a vacina de 20 mcg também pode ser usada em indivíduos de 11 a 15 anos de idade, no esquema de 2 doses, em situações de baixo risco de infecção por hepatite B durante o curso da vacinação e quando é assegurada a adesão ao curso completo de imunização.
Esquema de vacinação
Vacinação primária
Todos os pacientes:
O esquema de dosagem de 0, 1 e 6 meses fornece proteção ideal no mês 7 e produz altos títulos de anticorpos. O esquema acelerado, com vacinação aos 0, 1 e 2 meses, confere proteção mais rapidamente e, espera-se, melhor adesão dos pacientes. Neste último esquema, deve-se administrar a quarta dose aos 12 meses, já que os títulos após a terceira dose são inferiores aos obtidos no esquema de 0, 1 e 6 meses. Em bebês este esquema permite a administração simultânea da vacina contra a hepatite B com outras vacinas infantis.
Pacientes de 20 anos ou mais:
Em circunstâncias excepcionais em que adultos necessitam de indução mais rápida de proteção – por exemplo em caso de viagem para áreas de alta endemicidade, no qual o ciclo de vacinação contra a hepatite B começa 1 mês antes da partida –, pode-se adotar o esquema de 3 injeções intramusculares administradas em 0, 7 e 21 dias. Nessas circunstâncias, recomenda-se a quarta dose 12 meses após a primeira.
Pacientes de 11 a 15 anos de idade:
A dose de 20 mcg da vacina pode ser administrada a pacientes de 11 a 15 anos de idade de acordo com o esquema de 0 e 6 meses. Entretanto, nesse caso é possível que não se obtenha a proteção contra a infecção por hepatite B até que se aplique a segunda dose. Assim, esse esquema deve ser usado somente quando houver baixo risco de contrair a infecção por hepatite B durante o período de vacinação e quando se puder assegurar o curso completo de vacinação com 2 doses. Em ambas as condições, não se pode garantir (por exemplo, no caso de pacientes em hemodiálise, viajantes para regiões endêmicas e contatos próximos de sujeitos infectados) que o esquema de 3 doses ou o acelerado de 10 mcg da vacina possam ser usados.
Pacientes com insuficiência renal, inclusive em hemodiálise, com 16 anos de idade ou mais:
O esquema de imunização primária de pacientes com insuficiência renal, inclusive em hemodiálise, é de 4 doses dobradas (2 x 20 mcg) nos meses 0, 1, 2 e 6 após a data da primeira dose. O esquema de imunização deve ser adaptado para que os títulos de anticorpos anti-HBs sejam iguais ou maiores que os níveis aceitáveis de proteção de 10 UI/L.
Pacientes com insuficiência renal, inclusive em hemodiálise, com até 15 anos de idade e neonatos:
Pacientes com insuficiência renal, inclusive em hemodiálise, têm resposta imune reduzida a vacinas contra hepatite B. Com a dose de 10 mcg de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode-se usar tanto o esquema de 0, 1, 2 e 12 meses quanto o de 0, 1 e 6 meses. Baseado na experiência em adultos mostra que uma dosagem maior de antígenos pode aumentar a resposta imune. Deve-se considerar a realização de testes sorológicos após a vacinação. Para assegurar um nível de proteção anti-HBs ?10 UI/L, podem ser necessárias doses adicionais da vacina.
Recomendação de dosagem para exposição conhecida ou presumida ao VHB:
Em circunstâncias em que a exposição ao VHB tenha ocorrido recentemente, como no ferimento com agulha contaminada, a primeira dose de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode ser administrada simultaneamente com HBIg, que, no entanto, tem de ser aplicada em local de injeção diferente. Pode ser usado o esquema de 0, 1, 2 e 12 meses.
Neonatos nascidos de mães portadoras do VHB:
A imunização com Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) (10 mcg) nesses recém-nascidos deve começar no nascimento, usando-se o esquema de 0, 1, 2 e 12 meses ou o de 0, 1 e 6 meses. O primeiro esquema fornece resposta imune mais rápida. Quando disponível, a HBIg deve ser administrada simultaneamente com Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) (em locais diferentes de aplicação) para obter maior eficácia protetora.
Pode-se ajustar os esquemas vacinais de forma a adequá-los melhor às práticas locais de imunização no que se refere à idade recomendada para a administração de outras vacinas infantis.
Dose de reforço
Não foi estabelecida a necessidade da dose de reforço para indivíduos sadios que receberam um ciclo de vacinação primária completo.
Já para pacientes em hemodiálise e outros imunocomprometidos, recomendam-se doses de reforço a fim de assegurar um nível de anticorpos ?10 UI/L.
Os dados sobre a dose de reforço estão disponíveis. A dose de reforço é tão bem tolerada quanto as doses da vacinação primária.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Precauções do Vacina contra Hepatite B Recombinante
Assim como com outras vacinas, deve-se adiar a administração de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) a indivíduos com doença febril aguda grave. A presença de infecção leve, no entanto, não representa contraindicação para a imunização.
Pode ocorrer síncope (desmaio) após, ou mesmo antes, de qualquer vacinação, como uma resposta psicogênica à injeção por seringa. É importante que estejam em uso procedimentos para evitar ferimentos decorrentes dos desmaios.
Devido ao longo período de incubação da hepatite B, é possível que a infecção não diagnosticada esteja presente na ocasião da vacinação.
A vacina pode não prevenir a infecção por hepatite B nesses casos. A vacinação não impedirá a infecção causada por outros agentes conhecidos capazes de infectar o fígado, como o vírus da hepatite A, o da hepatite C e o da hepatite E.
Assim como com todas as vacinas injetáveis, tratamento médico e supervisão adequados devem estar sempre disponíveis para o caso de reação anafilática, que é rara, após a administração desta vacina.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser administrada nas nádegas nem por via intradérmica, pois a resposta imune pode ser mais baixa.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) não deve ser administrada, sob nenhuma circunstância, por via intravascular.
Assim como com qualquer vacina, a resposta imune pode não ser obtida em todos os vacinados.
O risco potencial de apneia e a necessidade de monitoramento respiratório durante 48-72 horas devem ser considerados quando o ciclo primário de vacinação é realizado em bebês prematuros (que nasceram com ? 28 semanas de gestação) e particularmente naqueles que tenham histórico de imaturidade respiratória. Como o benefício da vacinação neste grupo é alto, a vacinação não deve ser evitada nem postergada.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Não é previsto que a vacina possa afetar a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Grupos de risco
A resposta imune a vacinas contra a hepatite B relaciona-se a vários fatores, entre eles idade avançada, sexo masculino, obesidade, hábito de fumar e via de administração. Pode-se considerar o uso de doses adicionais em indivíduos que possam não responder tão bem à vacina contra a hepatite B (p. ex. aqueles com idade gt;40 anos).
Em pacientes com insuficiência renal, inclusive os que estão em hemodiálise, os infectados pelo HIV e aqueles com o sistema imune comprometido, pode ocorrer de a série de vacinação primária não proporcionar títulos adequados de anticorpos anti-HBs. Portanto, esses pacientes podem necessitar da administração de doses adicionais da vacina.
Gravidez e lactação
Não estão disponíveis dados adequados sobre o uso da vacina em humanos durante a gravidez e a lactação nem sobre estudos de reprodução em animais.
No entanto, como com todas as vacinas virais inativadas, não se espera nenhum dano ao feto.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) deve ser usada durante a gravidez apenas quando for claramente necessário e se as possíveis vantagens justificarem os possíveis riscos para o feto.
Nenhuma contraindicação foi estabelecida para a lactação.
Categoria C de risco na gravidez.
Esta vacina não deve ser usada por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Reações Adversas do Vacina contra Hepatite B Recombinante
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) geralmente é bem tolerada. Os seguintes efeitos indesejáveis, geralmente leves e transitórios, foram relatados após o uso amplo da vacina. Assim como com outras vacinas contra a hepatite B, em muitos casos em que ocorreram esses efeitos não se estabeleceu relação causal com a vacina.
O perfil de segurança apresentado abaixo é baseado em dados de mais de 5.300 indivíduos.
De acordo com a frequência, as reações adversas são classificadas como:
- Muito comuns (gt;1/10);
- Comuns (gt;1/100 a lt;1/10);
- Incomuns (gt;1/1.000 a lt;1/100);
- Raras (gt;1/10.000 a lt;1/1.000);
- Muito raras (lt;1/10.000);
Reações muito comuns (gt;1/10)
Irritabilidade, dor e vermelhidão no local de injeção, fadiga.
Reações comuns (gt;1/100 e lt;1/10)
Perda de apetite, dor de cabeça (muito comum com a formulação de 10 mcg), sonolência, sintomas gastrintestinais (como náusea, vômito, diarreia e dor abdominal), edema no local de injeção, mal-estar, enduração, febre (? 37,5ºC).
Reações incomuns (gt;1/1.000 a lt;1/100)
Vertigem, mialgia, sintomas semelhantes aos da gripe.
Reações raras (gt; 1/10.000 e lt;1/1.000)
Linfadenopatia, parestesia, rash, artralgia, prurido, urticária.
Em um estudo comparativo com indivíduos de 11 a 15 anos de idade, a incidência de eventos adversos locais e gerais solicitados após o regime padrão de 2 doses de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) 20 mcg foi similar, na maioria dos casos, à observada após o regime padrão de 3 doses de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) 10 mcg.
Dados pós-comercialização
Infecções e infestações
Meningite.
Distúrbios do sistema sangüíneo e do sistema linfático
Trombocitopenia.
Distúrbios do sistema imune
Anafilaxia e reações alérgicas, entre elas as reações anafilactoides e as semelhantes à doença do soro.
Distúrbios do sistema nervoso
Paralisia, convulsões, hipestesia, encefalopatia, encefalite, neuropatia e neurite.
Distúrbios vasculares
Hipotensão e vasculite.
Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneo
Edema angioneurótico, líquen plano e eritema multiforme.
Distúrbios do tecido musculoesquelético e do tecido conjuntivo
Artrite e fraqueza muscular.
Em casos de eventos advsersos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Interação Medicamentosa do Vacina contra Hepatite B Recombinante
A administração simultânea de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) e de uma dose padrão de HBIg não resulta em títulos de anticorpos anti-HBs mais baixos, desde que ambas sejam aplicadas em locais separados.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode ser aplicada concomitantemente com BCG, DTP, DT e/ou vacinas contra a pólio, se isso se ajustar convenientemente a um esquema de imunização recomendado pelas autoridades sanitárias do país.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode ser administrada com vacinas contra sarampo-caxumba-rubéola, contra Haemophilus influenzae tipo b e contra a hepatite A.
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode ser administrada concomitantemente com a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) [vacina papilomavírus humano 16 e 18 (recombinante)].
A administração de Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) ao mesmo tempo que a vacina contra HPV oncogênico (16 e 18, recombinante com adjuvante AS04) (vacina contra o HPV) não demonstrou interferência clinicamente relevante na resposta de anticorpos aos antígenos de HPV. As concentrações médias geométricas de anticorpos anti-HBs foram mais baixas com a coadministração, mas a significância clínica dessa observação não é conhecida, já que as taxas de soroproteção não foram afetadas. A proporção de indivíduos que atingiram anti-HBs ? 10 mUI/mL foi de 97,9% para a vacinação concomitante e 100% para Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) administrada isoladamente.
Vacinas injetáveis diferentes devem ser sempre aplicadas em diferentes locais de injeção.
Intercambialidade das vacinas contra a hepatite B
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) pode ser usada para completar um curso de imunização primária iniciada com vacinas contra a hepatite B derivadas do plasma ou com outras vacinas contra a hepatite B geneticamente manipuladas, ou ser administrada como dose de reforço em indivíduos que tenham recebido anteriormente uma série primária de vacinas contra a hepatite B derivadas do plasma ou geneticamente manipuladas.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Ação da Substância Vacina contra Hepatite B Recombinante
Resultados de Eficácia
Eficácia protetora em grupos de risco
Em estudos de campo, demonstrou-se eficácia protetora de 95% a 100% em neonatos, crianças e adultos em risco de contrair a doença.
A eficácia protetora de 95% foi demonstrada em neonatos de mães positivas para o antígeno E da hepatite B (HBeAg), imunizados de acordo com os esquemas de 0, 1, 2 e 12 meses ou 0, 1 e 6 meses, sem a administração concomitante de imunoglobulina da hepatite B (HBIg) no nascimento. No entanto, a administração simultânea de HBIg e vacina ao nascer aumenta a eficácia protetora para 98%.
Vinte anos após a primeira vacinação durante a infância, indivíduos nascidos de mães portadoras de hepatite B receberam uma dose de desafio da vacina de hepatite B (recombinante). Um mês depois, pelo menos 93% desses indivíduos (N=75) obtiveram uma resposta anamnéstica demonstrando uma memória imunológica.
Eficácia protetora em indivíduos sadios e pacientes com insuficiência renal
A tabela abaixo resume as taxas de soroproteção (por exemplo: porcentagens dos sujeitos com concentrações de anticorpos anti-HBs ? 10UI/l) obtidas em estudos clínicos com os diferentes esquemas como mencionado no item Posologia.
População | Esquema | Taxa de soroproteção |
Indivíduos sadios | 0, 1, 6 meses | Mês 7: ? 96 % |
Mês 1: 15 % | ||
0, 1, 2 – 12 meses | Mês 3: 89 % | |
Mês 13: 95.8 % | ||
Indivíduos sadios a partir de 20 anos de idade | 0, 7, 21 dias – 12 meses | Dia 28: 65.2 % |
Mês 2: 76 % | ||
Mês 13: 98.6 % |
As taxas de soroproteção (SP) obtidas com as duas diferentes doses e esquemas registrados em pacientes de 11 a 15 anos de idade foram avaliadas até 66 meses após a primeira dose da vacinação primária e são apresentadas na tabela abaixo:
Grupos da vacina | Taxa de soroproteção | ||||||
Mês 2 | Mês 6 | Mês 7 | Mês 30 | Mês 42 | Mês 54 | Mês 66 | |
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) 10 mcg (esquema de 0, 1, 6 meses) | 55,8% | 87,6% | 98,2% | 96,9% | 92,5% | 94,7% | 91,4% |
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) 20 mcg (esquema de 0, 6 meses) | 11,3% | 26,4% | 96,7% | 87,1% | 83,7% | 84,4% | 79,5% |
Esses dados mostram que uma vacinação primária com Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) induz anticorpos anti-HBs circulantes que persistem por pelo menos 66 meses. Após completar o ciclo de vacinação primária, não há diferença clinicamente significativa em nenhum ponto de tempo nas taxas de soroproteção, quando se comparam os dois grupos da vacina. De fato, todos os pacientes nos dois grupos da vacina (incluindo aqueles com concentrações de anticorpos anti-HBs lt; 10 UI/L) receberam uma dose de desafio 72 a 78 meses após a vacinação primária. Um mês após a dose de desafio, todos os pacientes apresentavam uma resposta anamnésica à dose de desafio e mostravam soroproteção (ou seja, com concentrações de anticorpos anti-HBs ? 10 UI/L). Esses dados indicam que a proteção contra a hepatite B ainda pode ser conferida por meio da memória imune em todos os pacientes que responderam à vacinação primária, mas perderam o nível de soroproteção dos anticorpos anti-HBs.
Desafio em indivíduos saudáveis
Indivíduos (N=284) de 12 e 13 anos de idade, vacinados durante a infância com as 3 doses da vacina de hepatite B (recombinante) receberam uma dose de desafio. Um mês depois, 98,9% desses indivíduos mostraram estar soroprotegidos.
Pacientes com insuficiência renal incluindo pacientes em hemodiálise
Idade (anos) | Esquema | Taxa de soroproteção no mês 7 |
16 e acima
| 0, 1, 2, 6 meses (2 x 20 mcg) | Mês 3: 55,4% |
Mês 7: 87,1% |
Pacientes com diabetes tipo II
Idade (anos) | Esquema | Taxa de soroproteção no mês 7 |
20-39 | 0, 1, 6 meses (20 mcg) | 88,5% |
40-49 | 81,2% | |
50-59 | 83,2% | |
? 60 | 58,2% |
Redução na incidência de carcinoma hepatocelular em crianças
Observou-se redução significativa na incidência de carcinoma hepatocelular em crianças com 6 a 14 anos de idade após campanha nacional de vacinação contra a hepatite B, em Taiwan. Houve declínio significativo na prevalência do antígeno da hepatite B, cuja persistência é fator essencial para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.
Características Farmacológicas
Vacina Hepatite B (Recombinante) (substância ativa) induz anticorpos específicos contra o HBsAg (anticorpos anti-HBs). As concentrações de anticorpos anti-HBs ?10 UI/L correlacionam-se com a proteção contra a infecção pelo VHB.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Engerix B.