Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Valium

Valium é útil no alívio do espasmo muscular reflexo devido a traumas locais (lesão, inflamação). Pode ser igualmente usado no tratamento da espasticidade devida a lesão dos interneurônios espinhais e supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na síndrome rígida.

Os benzodiazepínicos são indicados apenas para desordens intensas, desabilitantes ou para dores extremas.

Valium só deve ser utilizado quando prescrito por seu médico.

Como o Valium funciona?


Valium pertence a um grupo de medicamentos chamado benzodiazepínicos. Sua substância ativa é o diazepam.

Valium é um sedativo e também exerce efeito contra ansiedade, contra convulsões e é relaxante muscular. Somente seu médico sabe a dose ideal de Valium para o seu caso. Siga as suas recomendações. Não mude as doses por conta própria.

Tempo de Ação

A ação do produto se faz sentir após cerca de 20 minutos de sua administração.

Somente o médico sabe a dose ideal de Valium para o seu caso.

Siga as suas recomendações.

Não mude as doses por conta própria.

Contraindicação do Valium

Você não deve tomar Valium se for alérgico a diazepam ou a qualquer componente da fórmula do produto.

Valium não deve ser administrado se você tiver hipersensibilidade (alergia) aos benzodiazepínicos. Deve-se evitar o uso se você tiver glaucoma de ângulo agudo (aumento da pressão intraocular).

Aconselha-se precaução especial ao se administrar Valium se você tiver miastenia gravis (doença que causa fraqueza e fadiga muscular), por causa do relaxamento muscular preexistente.

Valium deve ser evitado se você tiver insuficiência grave dos pulmões ou do fígado, pois os benzodiazepínicos podem levar à ocorrência de encefalopatia hepática (mau funcionamento do cérebro devido a problemas no fígado) e síndrome da apneia do sono (paradas respiratórias durante o sono).

Os benzodiazepínicos não são recomendados como tratamento primário de doença psicótica.

Benzodiazepínicos não devem ser usados sozinhos para tratar depressão ou ansiedade associada à depressão, pois poderá ocorrer suicídio desses pacientes.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.

Como usar o Valium

Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido (não alcoólico).

Posologia do Valium


Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. O tratamento deve ser iniciado com a menor dose apropriada eficaz para a condição particular.

As doses orais usuais para adultos se iniciam com 5 – 10 mg. Dependendo da gravidade dos sintomas, o médico poderá recomendar doses de 5 – 20 mg/dia. Normalmente cada dose oral para adultos não deve ser superior a 10 mg.

Os comprimidos podem ser divididos em partes iguais para facilitar a dosagem.

Duração do tratamento

A duração do tratamento deve ser a menor possível. Você deve ser reavaliado regularmente quanto à necessidade de se continuar o tratamento, especialmente no paciente assintomático. O tratamento não deve exceder 2 – 3 meses, incluindo o período de retirada progressiva. A extensão além desse limite poderá ser feita após reavaliação da situação.

O seu médico deverá informá-lo sobre a duração do tratamento, limitado ao período de tratamento ao menor tempo possível e explicará como a dose será progressivamente reduzida. Além disso, é importante que você saiba sobre a possibilidade do fenômeno de rebote (reaparecimento temporário dos sintomas), para minimizar a ansiedade sobre tais sintomas caso eles ocorram, durante a retirada do medicamento.

Existem evidências de que, no caso de benzodiazepínicos com efeito de curta duração, o fenômeno de retirada pode se manifestar no intervalo entre as doses, especialmente quando as doses são altas. No caso de benzodiazepínicos com efeito de longa duração, como diazepam, é importante prevenir quando se trocar para um benzodiazepínico com efeito de curta duração, pois podem ocorrer sintomas de abstinência.

Instruções posológicas especiais

Idosos:

Pacientes idosos devem receber doses menores. Esses pacientes devem ser acompanhados regularmente no início do tratamento para minimizar a dosagem e/ou frequência de administração, para prevenir superdose causada pelo acúmulo.

Distúrbios do funcionamento do fígado:

Pacientes com distúrbios graves do funcionamento do fígado não devem ser tratados com Valium. Em pacientes com distúrbios leve a moderado, a menor dose possível deve ser administrada.

O seu médico sabe o momento ideal para suspender o tratamento. Entretanto, lembre-se de que Valium não deve ser tomado indefinidamente.

Se você toma Valium em altas doses e interrompe o tratamento de repente, seu organismo pode reagir. Assim, após dois a três dias sem qualquer problema alguns dos sintomas que o incomodavam podem reaparecer espontaneamente.

Não volte a tomar Valium. Essa reação, da mesma maneira que surgiu, desaparece em dois ou três dias.

Para evitar esse tipo de reação, seu médico pode recomendar que você reduza a dose regularmente durante vários dias, antes de suspender o tratamento.

Um novo período de tratamento com Valium pode ser iniciado a qualquer momento, desde que por indicação médica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Valium?


Você sempre deve tomar a medicação nos dias e horários que o seu médico orientou. Se por algum motivo você se esquecer de tomar Valium e for próximo ao horário da sua próxima dose, não tome a dose perdida. Tome apenas a próxima dose. Caso contrário, tome a dose esquecida assim que perceber e continue com a próxima dose normalmente como recomendado.

Não tente recuperar a dose perdida, tomando mais de uma dose por vez.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Valium

Uso concomitante de álcool/depressores SNC

O uso concomitante de Valium com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central (SNC) deve ser evitado. Essa utilização concomitante tem potencial para aumentar os efeitos clínicos de Valium, incluindo possivelmente sedação grave, que pode resultar em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes.

Histórico médico de abuso de álcool ou drogas

Valium deve ser usado com muita cautela em pacientes com história de alcoolismo ou dependência de drogas.

Valium deve ser evitado em pacientes com dependência de depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool. Uma exceção à dependência de álcool é o gerenciamento das reações agudas de retirada.

Insuficiencia hepática (mau funcionamento do fígado)

Os benzodiazepínicos podem contribuir para a ocorrência de episódios de encefalopatia hepática (mau funcionamento do cérebro, devido a problemas no fígado) em pacientes com insuficiência hepática grave. Deve-se ter especial cuidado ao administrar Valium em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.

Reações psiquiátricas e “paradoxais”

Reações psiquiátricas, como inquietude, agitação, irritabilidade, agressividade, ansiedade, delírios, raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos comportamentais, podem ocorrer com o uso de benzodiazepínicos. Quando isso ocorre, deve-se descontinuar o uso do medicamento. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e idosos.

Amnésia

Os benzodiazepínicos podem induzir a amnésia anterógrada (incapacidade de reter fatos novos na memória, após a ingestão do benzodiazepínico). Esta pode ocorrer com o uso de doses terapêuticas, com aumento do risco em doses maiores.

Esses efeitos podem estar associados com comportamento inapropriado.

Tolerância

Pode ocorrer alguma redução na resposta aos efeitos, após uso repetido de Valium por período prolongado.

Intolerância à galactose

Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose (a deficiência Lapp de lactase ou má absorção de glicose-galactose) não devem tomar esta medicação e deverão falar com o seu médico, pois Valium possui lactose em sua composição.

Abuso e dependência

Dependência:

O uso de benzodiazepínicos e similares pode levar ao desenvolvimento de dependência física ou psicológica. O risco de dependência aumenta com a dose e duração do tratamento. É maior também nos pacientes com história de abuso de drogas e/ou álcool. Abusos foram relatados em usuários de múltiplas drogas.

Valium deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com histórico de abuso de álcool ou outras drogas.

Abstinência:

Quando ocorre dependência física, a retirada abrupta do tratamento será acompanhada de sintomas de abstinência. Podem ocorrer dor de cabeça, diarreia, dores musculares, ansiedade extrema, tensão, inquietude, confusão e irritabilidade. Em casos graves, podem ocorrer sintomas como despersonalização, desrealização, aumento da sensibilidade auditiva, dormência e sensibilidade nas extremidades, hipersensibilidade à luz, a barulho e a contato físico, alucinações ou convulsões.

Ansiedade de rebote:

Pode ocorrer uma síndrome transitória com os mesmos sintomas que levaram ao tratamento com Valium, que pode ser acompanhada de outras reações, incluindo alterações de humor, ansiedade, distúrbio do sono e inquietude. Isso pode acontecer com a descontinuação do tratamento.

Como o risco de abstinência e rebote é maior quando a descontinuação do tratamento é abrupta, é recomendado que a dosagem seja reduzida gradualmente.

Pacientes com insuficiência respiratória

São recomendadas doses menores para pacientes com insuficiência respiratória crônica por causa do risco de depressão respiratória.

Quando existe insuficiência cardiorrespiratória, deve se ter em mente que sedativos como Valium podem acentuar a depressão respiratória. Entretanto, o efeito sedativo pode, ao contrário, ter efeito benéfico ao reduzir o esforço respiratório de certos pacientes. Na hipercapnia severa crônica, Valium só deve ser administrado caso os benefícios potenciais superem os riscos.

Se a duração do sono for insuficiente ou for consumido álcool, a probabilidade da capacidade de alerta estar comprometida é maior.

Até o momento, não há informações de que Valium possa causar doping. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.

Interações medicamentosas

Não tome bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com Valium. O álcool intensifica o efeito de Valium, e isso pode ser prejudicial. Não use e não misture remédios por conta própria.

Valium pode influenciar ou sofrer influência de outros medicamentos, quando são administrados ao mesmo tempo, incluindo:

Suco de toranja; antifúngicos ou antibióticos; medicamentos para o tratamento de doenças do sistema nervoso, incluindo tranquilizantes, sedativos, medicamentos para dormir, medicamentos contra convulsões, entre outros; anticoncepcionais hormonais; medicamentos para o tratamento de doenças do estômago; medicamentos para o tratamento de doenças cardíacas; entre outros.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Valium

Informe o seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.

Os efeitos colaterais mais comuns são:

Cansaço, sonolência e relaxamento muscular; habitualmente relacionados com a dose administrada e no início do tratamento.

Geralmente desaparecem com a administração prolongada.

Distúrbios do sistema nervoso

Ataxia (desequilíbrio), disartria (dificuldade para falar), fala enrolada, dor de cabeça, tremores, tontura, diminuição do estado de alerta. Amnésia anterógrada (esquecimento de fatos recentes a partir da tomada do medicamento) pode ocorrer com doses terapêuticas, sendo que o risco aumenta com doses maiores. Efeitos amnésicos (perda de memória) podem estar associados com comportamento inapropriado.

Distúrbios psiquiátricos

Reações paradoxais como inquietude, agitação, irritabilidade, desorientação, agressividade, nervosismo, hostilidade, ansiedade, delírios, raiva, pesadelos, sonhos anormais, alucinações, psicoses, hiperatividade, comportamento inapropriado. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e idosos e, caso ocorram, o uso do medicamento deve ser descontinuado. Estado confusional, distúrbios emocionais e de humor, depressão, alterações na libido.

O uso crônico (mesmo em doses terapêuticas) pode levar ao desenvolvimento de dependência física. O risco é mais pronunciado em pacientes que recebem tratamento prolongado e/ou com doses elevadas e, particularmente, em pacientes predispostos com antecedentes pessoais de alcoolismo ou abuso de drogas. Uma vez que a dependência física aos benzodiazepínicos se desenvolve, a descontinuação do tratamento pode ser acompanhada de sintomas de abstinência ou fenômeno de rebote. Tem sido relatado abuso de benzodiazepínicos em usuários de múltiplas drogas.

Lesões, envenenamento e complicações de procedimentos: existem relatos de quedas e fraturas em pacientes sob uso de benzodiazepínicos. O risco é maior em pacientes recebendo, concomitantemente, sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes idosos.

Distúrbios de outros órgãos e sistemas

Náuseas, boca seca ou hipersalivação (aumento da saliva), constipação e outros distúrbios gastrointestinais, diplopia (visão dupla), visão turva, hipotensão (pressão baixa), depressão circulatória. Incontinência ou retenção urinária, reações cutâneas, vertigem, insuficiência cardíaca (incluindo parada cardíaca), depressão respiratória (incluindo insuficiência respiratória).

Icterícia (coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos)

Muito raramente.

Alterações em exames

Frequência cardíaca irregular, aumento da fosfatase alcalina sanguínea.

Transaminases aumentadas (exames da função do fígado)

Muito raramente.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa por meio do seu serviço de atendimento.

População Especial do Valium

Pacientes idosos

Se você tem mais de 60 anos, sua sensibilidade a Valium é maior que a de pessoas mais jovens. É possível que seu médico tenha receitado uma dose menor e tenha solicitado a você que observe como reage ao tratamento.

Assegure-se de que você está seguindo essas instruções.

Uso em crianças

Uma vez que a segurança e a eficácia em crianças com idade inferior a 6 meses não foram estabelecidas, Valium deverá ser utilizado nesse grupo etário com extrema cautela e somente quando alternativas terapêuticas não estiverem disponíveis.

Gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.

Informe o seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Informe o seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe o seu médico se você está amamentando.

Valium passa para o leite materno, podendo causar sonolência e prejudicar a sucção da criança.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículo e operar máquinas

Durante o tratamento com Valium, o paciente não deve dirigir veículo ou operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas. Sedação, amnésia, diminuição da concentração e alteração da função muscular podem afetar negativamente a habilidade para dirigir veículo ou operar máquinas. Antes de administrar Valium, você deve ser avisado para não conduzir veículos ou operar máquinas até que esteja completamente recuperado.

O médico deve decidir quando essas atividades podem ser retomadas.

Composição do Valium

Apresentações

Comprimidos de 5 e 10 mg. Caixa com 30 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Composição

Diazepam.

Valium 5 mg:

Lactose, amido de milho, óxido de ferro amarelo e estearato de magnésio.

Valium 10 mg:

Lactose, amido de milho, índigo carmim e estearato de magnésio.

Superdosagem do Valium

Sintomas

A superdose de benzodiazepínicos, em geral, se manifesta por depressão do sistema nervoso central, em graus variáveis, desde sonolência, ataxia (falta de coordenação motora), disartria (dificuldades na fala) e nistagmo (movimentos anormais dos olhos). Coma, hipotensão (pressão baixa), depressão cardiorrespiratória, apneia e diminuição dos reflexos podem ocorrer, mas são clinicamente tratáveis e reversíveis, se Valium tiver sido ingerido sozinho.

Se ocorrer coma, normalmente tem duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em pacientes idosos.

Os efeitos de depressão respiratória por benzodiazepínicos são mais graves em pacientes com doença respiratória.

Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool.

Conduta

Os sinais vitais devem ser monitorados, e medidas de suporte devem ser instituídas pelo médico. Em particular, você pode necessitar de tratamento sintomático dos efeitos cardiorrespiratórios ou efeitos do sistema nervoso central.

A absorção posterior deve ser prevenida utilizando-se um método apropriado, por exemplo, tratamento em um a duas horas com carvão ativado. Se for utilizado o carvão ativado, é imperativo proteger as vias aéreas em pacientes sonolentos. Em caso de ingestão mista, deve-se considerar a lavagem gástrica, entretanto, esse procedimento não deve ser considerado uma medida de rotina.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Valium

Interação farmacocinética fármaco-fármaco (FFI)

O metabolismo de Diazepam (substância ativa) e seu principal metabólito, DMDZ depende das isoenzimas do citocromo P450, CYP3A4 e CYP2C19. Os moduladores dessas enzimas podem levar a alterações na disposição e efeitos de Diazepam (substância ativa). São observadas fortes interações com compostos que afetam simultaneamente as vias metabólicas oxidativas de Diazepam (substância ativa); os efeitos moderados só ocorrem, mesmo com inibidores fortes, se eles afetam apenas uma das vias metabólicas de Diazepam (substância ativa). Os inibidores de CYP3A4 e CYP2C19 diminuem a taxa metabólica e podem levar a concentrações mais elevadas do que o normal de Diazepam (substância ativa) e do metabólito desmetill e, consequentemente, aos efeitos sedativos e ansiolíticos aumentados / prolongados. Tais mudanças podem exacerbar os efeitos de Diazepam (substância ativa) em pacientes com sensibilidade aumentada, por exemplo, devido à sua idade, função hepática reduzida ou tratamento com outros medicamentos que prejudicam a oxidação. Os indutores de CYP3A4 e CYP2C19 podem levar a concentrações inferiores às esperadas e, portanto, a uma falta da eficácia desejada.

Efeito de outros medicamentos na farmacocinética de Diazepam (substância ativa)

Inibidores enzimáticos

O suco de toranja contém fortes inibidores de CYP3A4. A exposição a Diazepam (substância ativa) foi fortemente aumentada (ASC 3,2 vezes, Cmáx 1,5 vezes) e o tempo para atingir a concentração máxima foi maior quando Diazepam (substância ativa) foi administrado com suco de toranja em vez de água.

Derivados de antimicóticos azólicos inibem as vias CYP3A4 e CYP2C19 e levam a um aumento da exposição a Diazepam (substância ativa) (relação ASC de Diazepam (substância ativa) com fluconazol 2,5; voriconazol 2,2) e prolonga a meia-vida de eliminação de Diazepam (substância ativa) (com fluconazol de 31h para 73h, com voriconazol de 31h para 61h). A influência dos antimicóticos nos níveis de Diazepam (substância ativa) só foi observada a partir de 4 horas após a administração. Itraconazol tem um efeito mais moderado sem interação clinicamente significativa com Diazepam (substância ativa), conforme determinado por testes de desempenho psicomotor.

A fluvoxamina, inibidor de recaptação de serotonina, também é inibidor das duas vias de degradação de Diazepam (substância ativa) e aumentou não apenas a exposição a Diazepam (substância ativa) em 180% e prolongou a sua meia-vida de eliminação de 51h para 118h, como também aumentou a exposição e o tempo para atingir o estado de equilíbrio do metabólito desmetil. Fluoxetina mostrou um efeito mais moderado sobre a ASC de Diazepam (substância ativa) (aumento de aproximadamente 50%) e não afetou a resposta psicomotora porque as concentrações combinadas de Diazepam (substância ativa) e desmetil-Diazepam (substância ativa) foram semelhantes com e sem fluoxetina.

Os contraceptivos hormonais combinados parecem reduzir a depuração (em 67%) e prolongar a meia-vida de eliminação (em 47%) de Diazepam (substância ativa). O comprometimento psicomotor induzido por Diazepam (substância ativa) em mulheres utilizando contraceptivos pode ser maior durante a pausa menstrual de 7 dias fora da preparação hormonal do que no período em que ela está tomando o contraceptivo. Existem algumas evidências limitadas de que os benzodiazepínicos podem aumentar a incidência de hemorragia avançada em mulheres utilizando contraceptivos hormonais. Não foi observada interação medicamentosa que tenha causado gravidez.

Omeprazol, inibidor de bomba de prótons e inibidor CYP2C19 e CYP3A4, administrado em dose de 20mg uma vez ao dia, aumentou ASC de Diazepam (substância ativa) em 40% e a meia-vida em 36%, e em dose de 40mg uma vez ao dia, aumentou a ASC de Diazepam (substância ativa) em 122% e a meia-vida em 130%. A eliminação de desmetil-Diazepam (substância ativa) também foi reduzida. O efeito de omeprazol só foi visto em metabolizadores extensos, mas não lentos, de CYP2C19. Esomeprazol (mas não lanzoprazol ou pantoprazol) tem potencial para inibir o metabilismo de Diazepam (substância ativa) em um grau semelhante ao omeprazol.

Cimetidina, antagonista do receptor H2 da histamina e inibidor de múltiplas isoenzimas CYP, incluindo CYP3A4 e CYP2C19, reduz a depuração de Diazepam (substância ativa) e de desmetil-Diazepam (substância ativa) em 40% a 50%. O efeito não é diferente após um dia ou após o tratamento crônico com cimetidina e resulta em maior exposição e meia-vida de eliminação prolongada de Diazepam (substância ativa) e seu principal metabólito após administração única e maiores concentrações de equilíbrio após administração múltiplas de Diazepam (substância ativa). A potencialização da sedação foi observada com coadministração de cimetidina. Não foi observada tal interação farmacocinética com os antagonistas do H2 ranitidina e famotidina.

Disulfiram inibe o metabolismo de Diazepam (substância ativa) (diminuição mediana da depuração em 41% e aumento da meia-vida em 37%) e provavelmente o metabolismo dos metabólitos ativos de Diazepam (substância ativa), podendo resultar na potencialização dos efeitos sedativos.

A terapia com antituberculínicos pode alterar a disposição do Diazepam (substância ativa). Na presença de isoniazida, a exposição média (ASC) e a meia-vida de Diazepam (substância ativa) aumentaram (em média 33 –35%). As maiores alterações foram observadas em indivíduos com fenótipo de acetilador lento.

Diltiazem, bloqueador do canal de cálcio e que é substrato para as mesma isoenzimas do CYP que Diazepam (substância ativa) e inibidor do CYP3A4, aumentou a ASC (em aproximadamente 25%) e prolongou a meia-vida (em 43% nos metabolizadores extensivos da CYP2C19) de Diazepam (substância ativa), com pequenas diferenças entre indivíduos com diferentes fenótipos de CYP2C19. Na presença de diltiazem, a exposição a desmetil-Diazepam (substância ativa) também tende a aumentar.

O metabólito primário de idelasibe é um inibidor forte de CYP3A4 e aumenta as concentrações séricas de Diazepam (substância ativa) de forma que a redução da dose pode ser considerada.

Os psicoestimulantes modafinil e armodafinil induzem CYP3A4 e inibem CYP2C19, podendo prolongar a eliminação de Diazepam (substância ativa) e causar sedação excessiva.

Indutores enzimáticos

Rifampicina é um potente indutor do CYP3A4 e também tem um significante efeito acelerador na via de CYP2C19.

Quando administrada a 600mg por dia, durante 7 dias, a depuração de Diazepam (substância ativa) aumentou 4,3 vezes e a ASC diminuiu em 77%. Também foi observada redução significativa na exposição a todos os metabólitos de Diazepam (substância ativa). Duplicar a dose diária da rifampicina não aumentou o seu efeito.

A carbamazepina é um indutor conhecido de CYP3A4, acelerando a eliminação (aumento da depuração e meia-vida reduzida) de Diazepam (substância ativa) em 3 vezes, enquanto aumenta as concentrações de desmetil-Diazepam (substância ativa).

As drogas procinéticas aumentam a taxa de absorção de Diazepam (substância ativa).

A metoclopramida intravenosa, mas não oral, aumenta a taxa de absorção de Diazepam (substância ativa) e aumenta a concentração máxima alcançada após a administração oral.

Os narcóticos (morfina, petidina) diminuem a taxa de absorção e o pico de concentração em administrações orais de Diazepam (substância ativa).

Efeitos de Diazepam (substância ativa) na famarcocinética de outros medicamentos

Diazepam (substância ativa) não é considerado um indutor ou inibidor de enzimas metabolizadoras. No entanto, podem ocorrer algumas interações com outros medicamentos em que o Diazepam (substância ativa) é a causa da interação.

A terapia com fenitoína foi associada com maiores concentrações e aumento de intoxicação por fenitoína quando combinada com Diazepam (substância ativa). No entanto alguns estudos não encontraram nenhuma interação ou mesmo baixas concentrações plasmáticas de fenitoína quando co-administrada com Diazepam (substância ativa).

Interação farmacodinâmica fármaco-fármaco (FFI)

O álcool deve ser evitado em pacientes que recebem Diazepam (substância ativa). Efeitos aumentados, como sedação e depressão cardiorrespiratória, também podem ocorrer quando o Diazepam (substância ativa) é coadministrado com depressores de atuação central, incluindo o álcool.

Existem vários relatos de hipotensão grave, depressão respiratória ou perda da consciência em pacientes sob tratamento combinado com clozapina e benzodiazepínicos, incluindo Diazepam (substância ativa).

Efeitos aditivos depressivos no SNC são esperados ao combinar fenotiazinas e benzodiazepínicos. Sedação, depressão respiratória e obstrução das vias aéreas foram relatadas com o uso combinado de levopromazina e Diazepam (substância ativa). Os efeitos aditivos de olanzapina e Diazepam (substância ativa) na sedação e hipotensão ocorrem na ausência de uma interação farmacocinética. Não é recomendado uso parenteral concomitante.

Diazepam (substância ativa) aumenta os efeitos subjetivos de opioides da metadona, Diazepam (substância ativa) também aumenta os efeitos da metadona sobre o diâmetro da pupila e sobre a sedação e também causa uma perda significativa no tempo de reação em comparação com a metadona sozinha. Não ocorre interação farmacocinética entre os dois medicamentos.

Foi observada perda reversível do controle da doença de Parkinson em alguns pacientes tratados com levodopa combinada com Diazepam (substância ativa). Isso pode ser causado pela diminuição dos níveis de dopamina estriatal.

As xantinas teofilina e cafeína antagonizam os efeitos sedativos e possivelmente ansiolíticos de Diazepam (substância ativa) parcialmente através do bloqueio dos receptores de adenosina.

O pré-tratamento com Diazepam (substância ativa) altera a farmacodinâmica e a farmacocinética da cetamina anestésica. A n-desmetilação de cetamina foi inibida, resultando em aumento da meia e do tempo de sono induzido por cetamina. Na presença de Diazepam (substância ativa), é necessária uma concentração reduzida de cetamina para obter a anestesia adequada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Valium.

Interação Alimentícia do Valium

Alimentos e antiácidos podem reduzir a taxa, mas não diminuirão a extensão da absorção dos comprimidos de Diazepam (substância ativa). Isso pode levar a efeitos atenuados após uma única dose, mas não influenciar as concentrações no estado de equilíbrio durante a terapia com múltiplas doses.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Valium.

Ação da Substância Valium

Resultados de Eficácia


Síndrome da ansiedade

O uso de Diazepam (substância ativa) melhora os sintomas de agorafobia e ansiedade. A dose recomendada é de 2 a 10 mg administrada duas a quatro vezes ao dia (Prod Info Diazepam (substância ativa)(R), 1999). A eficácia é mantida mesmo com o tratamento prolongado durante vários anos.1,2,3 Em estudo que envolvia 228 pacientes, duplo–cego, com placebo, o tratamento com Diazepam (substância ativa) na dose de 2 mg, três vezes ao dia, e 4 mg, à noite, foi superior ao placebo no alívio dos sintomas da ansiedade.4

Quando comparada ao Diazepam (substância ativa), a terapêutica com alprazolam é igualmente eficaz no tratamento de ansiedade dos pacientes ambulatoriais.5,6,7,8,9 Entretanto, a incidência de sedação é maior com o alprazolam.6,8,10

O bromazepam é tão eficaz quanto o Diazepam (substância ativa) como ansiolítico em pacientes com neurose de ansiedade.11,12,13,14 Entretanto, há relatos que sugerem a superioridade do bromazepam.14,15 Acredita-se que o bromazepam é mais específico como ansiolítico, quando comparado ao Diazepam (substância ativa)13,16 e, portanto, mais eficaz.

A superioridade de eficácia do Diazepam (substância ativa) sobre a buspirona no tratamento de ansiedade crônica foi reportada.17,18 Quanto ao lorazepam, alguns estudos indicam que a eficácia de Diazepam (substância ativa) é superior19,20,21,22,23, enquanto outros relatam a superioridade de lorazepam.20,24,25

Espasmos musculares

A terapêutica com Diazepam (substância ativa) é indicada e eficaz como adjuvante no tratamento de espasmos musculares causados por reflexo à patologia local, como inflamação ou trauma, espasticidade causada por lesões de neurônio motor ou atetose26,27 e, também, para alívio da espasticidade na esclerose múltipla e lesões medulares. Porém, poderá ocorrer tolerância sendo necessária a alternância de doses e/ou modificação da terapêutica.

Delirium tremens – abstinência de álcool

A administração de benzodiazepínicos é eficaz no tratamento da abstinência, pois reduz a severidade e a incidência de convulsões e delírio.28 Alguns clínicos preferem Diazepam (substância ativa), por causa de sua meia-vida longa e a possibilidade de retirada mais branda.29,30,31 O uso de alprazolam foi tão efetivo quanto o Diazepam (substância ativa) no tratamento da abstinência de álcool.32

Abstinência de benzodiazepínicos

A administração de Diazepam (substância ativa) para desintoxicação de pacientes com uso abusivo de outros benzodiazepínicos tem sido eficaz.33

Referências bibliográficas

1. Laughren TP, Battey YW amp; Greenblatt DJ: Chronic Diazepam (substância ativa) treatment in psychiatric outpatients. J Clin Psychiatry 1982; 43:461-462.
2. Hollister LE, Conley FK, Britt RH et al: Long-term use of Diazepam (substância ativa). JAMA 1981; 246:1568-1570.
3. Bowden CL amp; Fisher JG: Safety and efficacy of long-term Diazepam (substância ativa) therapy. South Med J 1980; 73:1581-1584.
4. Hesbacher PT, Rickels K, Hutchison J et al: Setting, patient, and doctor effects on drug response in neurotic patients. II. Differential improvement. Psychopharmacologia 1970; 18:209-226.
5. Davison K, Farquharson RG, Khan MC et al: A double blind comparison of alprazolam, Diazepam (substância ativa), and placebo in the treatment of anxious out-patients. Psychopharmacology 1983; 80:308-310.
6. Rickels D, Case WG, Downing RW et al: Long-term Diazepam (substância ativa) therapy and clinical outcome. JAMA 1983; 250:767-771.
7. Cohn JB: Multicenter double-blind efficacy and safety study comparing alprazolam, Diazepam (substância ativa) and placebo in clinically anxious patients. J Clin Psychiatry 1981; 42:347-351.
8. Aden GC amp; Thein SG: Alprazolam compared to Diazepam (substância ativa) and placebo in the treatment of anxiety. J Clin Psychiatry 1980; 41:245-248.
9. Fabre LF amp; McLendon DM: A double-blind study comparing the efficacy and safety of alprazolam with Diazepam (substância ativa) and placebo in anxious outpatients. Curr Ther Res 1979; 25:519-526.
10. Cohn JB: Multicenter double-blind efficacy and safety study comparing alprazolam, Diazepam (substância ativa) and placebo in clinically anxious patients. J Clin Psychiatry 1981; 42:347-351.
11. Carlier L et al.: Open and double-blind clinical study of a new benzodiazepine in neurotic disturbances. Ars Medici 1974; 29:935-944.
12. De Geyter J, Dumont E amp; Steiner P: Clinical assay of a new tranquilizer, Lexotan, in the treatment of neurotic troubles. Sem Hop Ther 1975; 51:247-252.
13. Lapierre YD et al.: Curr Ther Res 1978; 23:475.
14. Anon: Bromazepam, a new anxiolytic: a comparative study with Diazepam (substância ativa) in general practice. J Roy Coll Gen Pract 1984; 34:509-512.
15. Fontaine R, Annable L, Chouinard G et al.: Bromazepam and Diazepam (substância ativa) in generalized anxiety: A placebo-controlled study with measurement of drug plasma concentrations. J Clin Psychopharmacol 1983; 3:80-87.
16. Cherpillod C amp; Hitz F: Bromazepam (Lexotanil). Clinical trial and double-blind at different dosing with Diazepam (substância ativa)(R). Praxis 1976; 65:693-698.
17. Jacobson AF, Dominguez RA, Goldstein BJ et al.: Comparison of buspirone and Diazepam (substância ativa) in generalized anxiety disorder. Pharmacotherapy 1985; 5:290-296.
18. Olajide D amp; Lader M: A comparison of buspirone, Diazepam (substância ativa), and placebo in patients with chronic anxiety states. J Clin Psychopharmacol 1987; 7:148-152.
19. Haider I: A comparative trial of lorazepam and Diazepam (substância ativa). Br J Psychiatry 1971; 119:599-600.
20. Singh AN amp; Saxenia B: A comparison of lorazepam, Diazepam (substância ativa) and placebo in the treatment of anxiety states. Curr Ther Res 1974; 16:149-162.
21. Padron C: Comparative clinical evaluation of lorazepam and Diazepam (substância ativa). Praxis 1974; 63:494.
22. Lawrence JM, Edwards JE, Briggs GS et al: A controlled clinical trial of a new antianxiety agent lorazepam (Ativan(R)). Med J Aust 1974; 2:660-661.
23. Kasich AM: Lorazepam in the management of anxiety associated with chronic gastrointestinal disease: a double-blind study. Curr Ther Res 1976; 19:292-306.
24. Eaves D, Kane K amp; Swinson RP: A double-blind, controlled trial of lorazepam and Diazepam (substância ativa) in the treatment of anxiety. Curr Med Res Opin 1973; 1:265-268.
25. Scheliker J: A comparison of lorazepam and Diazepam (substância ativa) in general practice. Curr Med Res Opin 1973; 1:269-271.
26. DeLee JC amp; Rockwood CA: Skeletal muscle spasm and a review of muscle relaxants. Curr Ther Res 1980; 27:64-74.
27. Young RR amp; Delwaide PJ: Spasticity (second of two parts). N Engl J Med 1981; 304:96-99.
28. Mayo-Smith: Pharmacological management of alcohol withdrawal: a meta-analysis and evidence-based practice guideline. JAMA 1997; 278:144-151.
29. Peppers MP: Benzodiazepines for alcohol withdrawal in the elderly and in patients with liver disease. Pharmacotherapy 1996; 16:49-58.
30. Bird RD amp; Makela EH: Alcohol withdrawal: what is the benzodiazepine of choice? Ann Pharmacother 1994; 28:67-71.
31. Rosenbloom AJ: Optimizing drug treatment of alcohol withdrawal. Am J Med 1986; 8:901-904.
32. Kolin IS amp; Linet OI: Double-blind comparison of alprazolam and Diazepam (substância ativa) for subchronic withdrawal from alcohol. J Clin Psychiatry 1981; 42:169-174.
33. Harrison M, Busto U, Naranjo CA et al: Diazepam (substância ativa) tapering in detoxification for high-dose benzodiazepine abuse. Clin Pharmacol Ther 1984; 36:527-533.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Valium.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Diazepam (substância ativa) faz parte do grupo dos benzodiazepínicos que possuem propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos. Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro.

Farmacocinética

Absorção

Diazepam (substância ativa) é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal após administração oral, atingindo a concentração plasmática máxima após 30 – 90 minutos.

Distribuição

Diazepam (substância ativa) e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (Diazepam (substância ativa) 98%). Eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a, aproximadamente, um décimo da concentração sérica materna. O volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 0,8 – 1,0 L/kg. A meia-vida de distribuição é de até três horas.

Metabolismo

Diazepam (substância ativa) é principalmente metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordiazepam (N-desmetildiazepam), temazepam (hidroxidiazepam) e oxazepam. O metabolismo oxidativo de Diazepam (substância ativa) é mediado pelas isoenzimas CYP3A e CYP2C19. Oxazepam e temazepam são posteriormente conjugados ao ácido glicurônico.

Eliminação

O declínio da curva de concentração plasmática/tempo do Diazepam (substância ativa) após administração oral é bifásica:

Uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a três horas e uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida de até 48 horas). A meia-vida de eliminação terminal do metabólito ativo nordiazepam é de, aproximadamente, 100 horas, dependendo da idade e da função hepática. Diazepam (substância ativa) e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina (cerca de 70%), predominantemente sob a forma conjugada. O clearance de Diazepam (substância ativa) é de 20 – 30 mL/min.

Farmacocinética em condições clínicas especiais

A meia-vida de eliminação pode ser prolongada nos idosos e nos pacientes com comprometimento hepático, devendo-se lembrar que a concentração plasmática pode, em consequência, demorar para atingir o estado de equilíbrio dinâmico (‘steady-state‘). Na insuficiência renal, a meia-vida do Diazepam (substância ativa) não é alterada.

Segurança não-clínca

Carcinogenicidade

O potencial carcinogênico de Diazepam (substância ativa) oral foi estudado em várias espécies roedoras. Aumento na incidência de tumores hepatocelulares ocorreu em camundongos machos. Não houve aumento significativo na incidência de tumores em camundongos fêmeas, ratos, hamsters ou outros roedores.

Genotoxicidade

Um número de estudos proporcionou uma fraca evidência de um potencial mutagênico, em altas concentrações, que estão, entretanto, acima das doses terapêuticas em seres humanos.

Prejuízo da fertilidade

Estudos reprodutivos em ratos mostraram diminuições no número de gestações e no número de sobreviventes da prole, seguindo administração de doses orais de 100 mg/kg/dia, antes e durante o cruzamento e por toda a gestação e lactação.

Toxicidade reprodutiva

Diazepam (substância ativa) foi considerado teratogênico em camundongos em níveis de dose de 45 – 50 mg/kg, 100 mg/kg e 140 mg/kg/dia, assim como em hamsters, em 280 mg/kg. No entanto, essa droga não se mostrou teratogênica em 80 e 300 mg/kg/dia, em ratos, e em 20 e 50 mg/kg/dia, em coelhos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Valium.

Cuidados de Armazenamento do Valium

Valium deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características Físicas

Os comprimidos de Valium possuem formato cilíndrico biplanar. Os comprimidos de 5 mg são de cor amarelo pálido e os de 10 mg são de cor azul pálido a azul-claro.

Valium não possui características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros comprimidos.

Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida

O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

Dizeres Legais do Valium

MS – 1.0100.0091.

Farm. Resp.:

Tatiana Tsiomis Díaz.
CRF-RJ nº 6942.

Fabricado por Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A

.
Estrada dos Bandeirantes, 2.020 CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ.
CNPJ: 33.009.945/0023-39.
Indústria Brasileira.

SAC – 0800 7720 289.

Venda sob prescrição médica.

O abuso deste medicamento pode causar dependência.

Sair da versão mobile