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Bula do Valsartana Althaia

  • Tratamento da hipertensão arterial;
  • Tratamento de insuficiência cardíaca (classes II a IV da NYHA) em pacientes recebendo tratamento padrão tais como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou betabloqueadores, mas não ambos; a presença de todas estas terapêuticas padronizadas não é obrigatória. Valsartana (substância ativa) melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da hospitalização por insuficiência cardíaca. Valsartana (substância ativa) retarda também a progressão da insuficiência cardíaca, melhora a classe funcional da NYHA, a fração de ejeção, os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de vida versus o placebo;
  • Valsartana (substância ativa) é indicada para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis com sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência ventricular esquerda e/ou com disfunção sistólica ventricular esquerda.
  • Contraindicação do Valsartana – Althaia

    Hipersensibilidade conhecida à Valsartana (substância ativa).

    Uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo Valsartana (substância ativa) – ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes com diabetes tipo 2.

    Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.

    Este medicamento é contraindicado durante a gravidez.

    Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D, portanto este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

    Como usar o Valsartana – Althaia

    Valsartana (substância ativa) pode ser administrado independentemente das refeições e deve ser administrado com água por via oral.

    Hipertensão

    A dose inicial recomendada de Valsartana (substância ativa) é de um comprimido revestido de 80 mg ou 160 mg uma vez ao dia, independente da raça, idade ou sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2 semanas e o efeito máximo após 4 semanas.

    Nos pacientes que não apresentarem controle adequado da pressão arterial, a dose diária pode ser aumentada para um comprimido revestido de 320 mg, ou um diurético pode ser associado.

    Valsartana (substância ativa) pode ser administrada concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.

    Insuficiência cardíaca

    A dose diária recomendada para o início de tratamento é de um comprimido revestido de 40 mg de Valsartana (substância ativa) duas vezes ao dia. A titulação para 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a maior dose conforme tolerado pelo paciente.

    Deve-se considerar a redução da dose dos diuréticos concomitantes. A dose máxima diária administrada nos estudos clínicos é de 320 mg em doses fracionadas.

    A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal.

    Pós-infarto do miocárdio

    A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg duas vezes ao dia, a terapêutica com Valsartana (substância ativa) deve ser titulada para um comprimido revestido de 40 mg, 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia durante as próximas semanas. A dose inicial é oferecida por comprimidos de 40 mg divisíveis.

    A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes atinjam um nível de dose de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do tratamento e que o atingimento da dose-alvo máxima ocorra em três meses com base na tolerabilidade do paciente à Valsartana (substância ativa) durante a titulação. Se hipotensão sintomática ou disfunção renal ocorrer, deve ser considerada a redução da dose.

    A Valsartana (substância ativa) pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do miocárdio, por exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.

    A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da função renal.

    Insuficiência hepática

    Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de 80 mg duas vezes ao dia se o benefício clínico for superior ao risco associado com a exposição aumentada a Valsartana (substância ativa).

    Observação para todas as indicações:

     nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes com a disfunção renal ou para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase.

    No Brasil, este medicamento não é aprovado para crianças e adolescentes (menores de 18 anos).

    A dose máxima diária de Valsartana (substância ativa) é de 320 mg.

    Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

    Precauções do Valsartana – Althaia

    Pacientes com depleção do volume e/ou de sódio

    Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo altas doses de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da terapêutica com o medicamento. A depleção de sódio e/ou a hipovolemia devem ser corrigidas antes do início do tratamento com Valsartana (substância ativa), por exemplo, pela redução da dose do diurético.

    Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão venosa de solução salina fisiológica. O tratamento com Valsartana (substância ativa) pode ser continuado, uma vez que a pressão arterial esteja estabilizada.

    Pacientes com estenose de artéria renal

    A administração de Valsartana (substância ativa) por curto prazo a doze pacientes com hipertensão renovascular, secundária a estenose de artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica renal, na creatinina sérica ou na ureia nitrogenada sanguínea (UNS).

    No entanto, como os medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica em pacientes com estenose de artéria renal unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitorização de ambos os parâmetros desses pacientes como medida de segurança.

    Pacientes com insuficiência renal

    Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não existem dados disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatinina lt; 10 mL/min], recomendando-se cautela.

    O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo Valsartana (substância ativa) – ou inibidores da ECA juntamente com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG lt; 30 mL/min).

    Pacientes com insuficiência hepática

    Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A Valsartana (substância ativa) é eliminada principalmente como composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos mostraram clearance (depuração) mais baixo de Valsartana (substância ativa). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar Valsartana (substância ativa) a pacientes com distúrbios biliares obstrutivos.

    Pacientes com insuficiência cardíaca / Pós-infarto do miocárdio

    Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam Valsartana (substância ativa) normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da terapêutica devido a uma hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária quando a posologia correta é seguida.

    Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio.

    Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis. Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender da atividade do SRAA, o tratamento com inibidores da ECA ou com antagonistas do receptor da angiotensina foi associado à oligúria e/ou azotemia e (raramente) com insuficiência renal aguda e/ou morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir a avaliação da função renal.

    Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um inibidor da ECA, de um betabloqueador e Valsartana (substância ativa).

    Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e Valsartana (substância ativa) não demonstrou nenhum benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos comparado à monoterapia. Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes com infarto do miocárdio recente, ao contrário da monoterapia com Valsartana (substância ativa) que é indicado para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis.

    Angioedema

    Em pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) tem sido reportado, angioedema, incluindo inchaço de laringe e glote, levando a obstrução das vias áreas e/ou inchaço de face, lábios, faringe, e/ou língua. Alguns destes pacientes apresentaram previamente angioedema com outros fármacos, incluindo inibidores da ECA. Valsartana (substância ativa) deve ser imediatamente descontinuada em pacientes que desenvolverem angioedema, e não deve ser readministrada.

    Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)

    É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo Valsartana (substância ativa), com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina como IECAs ou alisquireno.

    Mulheres em idade fértil

    Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, Valsartana (substância ativa) não deve se usado por mulheres que planejam engravidar.

    Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a gravidez.

    Gravidez e lactação

    Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, Valsartana (substância ativa) não deve ser usado durante a gravidez. Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não deve ser excluído. Em exposição in utero a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamentos que agem no SRAA), durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesões e morte de fetos em desenvolvimento.

    Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas. Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal em recém nascidos quando mulheres grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana.

    Se gravidez for detectada durante o tratamento, Valsartana (substância ativa) deve ser descontinuado assim que possível.

    Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de ratas lactantes. Portanto, não se recomenda o uso de Valsartana (substância ativa) em lactantes.

    Fertilidade

    Não há dados dos efeitos de Valsartana (substância ativa) na fertilidade humana. Estudos em ratos não demonstraram qualquer efeito da valsartana na fertilidade.

    Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

    Assim como outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao se operar máquinas e/ou dirigir veículos.

    Reações Adversas do Valsartana – Althaia

    Em estudos clínicos controlados com pacientes adultos com hipertensão, a incidência geral de reações adversas foi comparável ao placebo e é consistente com a farmacologia da valsartana. A incidência de reações adversas não está relacionada com a dose ou duração do tratamento e também pareceu não estar associada ao sexo, idade ou etnia.

    Os relatos de reações adversas dos estudos clínicos, da experiência pós-comercialização e dos achados laboratoriais estão listados a seguir de acordo com a classificação dos sistemas de órgãos.

    As reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes listadas no início, utilizando-se o seguinte critério:

    Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão classificadas em ordem decrescente de gravidade. Todas as reações adversas relatadas em experiência pós-comercialização e em achados laboratoriais possuem a frequência descrita como “desconhecida” uma vez que não é possível aplicar a frequência de reações adversas.

    Reações adversas em hipertensão

    Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo

    Desconhecido

    Hemoglobina diminuída, hematócrito diminuído, neutropenia, trombocitopenia

    Distúrbios do sistema imunológico

    Desconhecido

    Hipersensibilidade incluindo doença do soro

    Distúrbios nutricionais e metabólicos

    Desconhecido

    Potássio no sangue aumentado

    Distúrbios do labirinto e ouvido

    Incomum

    Vertigem

    Distúrbios vasculares

    Desconhecido

    Vasculite

    Distúrbios do mediastino, torácicos e respiratórios

    Incomum

    Tosse

    Distúrbios gastrointestinais

    Incomum

    Dor abdominal

    Distúrbios hepatobiliares

    Desconhecido

    Teste da função hepática anormal incluindo aumento da bilirrubina no sangue

    Distúrbios do tecido subcutâneo e pele

    Desconhecido

    Angioedema, dermatite bolhosa, erupção cutânea e prurido

    Distúrbios do tecido conjuntivo e músculo-esquelético

    Desconhecido

    Mialgia

    Distúrbios urinários e renais

    Desconhecido

    Insuficiência e disfunção renal, creatinina no sangue aumentada

    Distúrbios gerais e condições do local de administração

    Incomum

    Fadiga

    Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes hipertensos, desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo:

    Artralgia, astenia, dor nas costas, diarreia, tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecções virais.

    Pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca

    O perfil de segurança observado em estudos clínicos controlados em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca varia com relação ao perfil de segurança observado em pacientes hipertensos. Este fato pode estar relacionado à doenças subjacentes. As reações adversas que ocorreram em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca estão listadas abaixo.

    Reações adversas em pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca

    Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo

    Desconhecido

    Trombocitopenia

    Distúrbios do sistema imunológico

    Desconhecido

    Hipersensibilidade incluindo doença do soro

    Distúrbios nutricionais e metabólicos

    Incomum

    Hipercalemia

    Desconhecido

    Potássio no sangue aumentado

    Distúrbios do sistema nervoso

    Comum

    Tontura, tontura postural

    Incomum

    Síncope, dor de cabeça

    Distúrbios do labirinto e ouvido?

    Incomum

    Vertigem

    Distúrbios cardíacos?

    Incomum

    Insuficiência cardíaca

    Distúrbios vasculares?

    Comum

    Hipotensão, hipotensão ortostática

    Desconhecido

    Vasculite

    Distúrbios mediastinais, torácicos e respiratórios?

    Incomum

    Tosse

    Distúrbios gastrointestinais?

    Incomum

    Náusea, diarreia

    Distúrbios hepatobiliares?

    Desconhecido

    Teste da função hepática anormal

    Distúrbios do tecido subcutâneo e pele?

    Incomum

    Angioedema

    Desconhecido

    Dermatite bolhosa, erupção cutânea, prurido

    Distúrbios do tecido conjuntivo e músculo-esquelético?

    Desconhecido

    Mialgia

    Distúrbios urinários e renais

    Comum

    Disfunção e insuficiência renal

    Incomum

    Insuficiência renal aguda, creatinina no sangue aumentada

    Desconhecido

    Ureia do sangue aumentada

    Distúrbios gerais e condições do local de administração

    Incomum

    Astenia, fadiga

    Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo:

    Artralgia, dor abdominal, dor nas costas, insônia, diminuição da libido, neutropenia, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecções virais.

    Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Interação Medicamentosa do Valsartana – Althaia

    Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno

    O uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo Valsartana (substância ativa), com outros medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento da incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com a monoterapia.

    É recomendada a monitorização da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em tratamento com Valsartana (substância ativa) e outros agentes que afetam o SRA.

    O uso concomitante de BRAs, incluindo Valsartana (substância ativa), ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG lt; 30 mL/min).

    O uso concomitante de BRAs, incluindo Valsartana (substância ativa), ou IECAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes tipo 2.

    Potássio

    O uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos à base de potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.) podem acarretar aumento do potássio sérico e, em pacientes com insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica.

    Se o uso simultâneo desses compostos for considerado necessário, recomenda-se monitoramento do potássio sérico.

    Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2 (inibidor da COX 2)

    Quando os antagonistas de angiotensina II são administrados simultaneamente com os AINEs, pode ocorrer atenuação do efeito anti-hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles sobre terapia com diurético) ou que tiver comprometimento da função renal, o uso concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de risco da piora da função renal. Portanto, recomenda-se o monitoramento da função renal quando se inicia ou modifica o tratamento em pacientes com Valsartana (substância ativa) e que estão tomando AINEs simultaneamente.

    Lítio

    Foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a administração concomitante de lítio e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II, incluindo a Valsartana (substância ativa).

    Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio durante o uso concomitante. Se um diurético também for usado, o risco de toxicidade por lítio pode presumidamente ser aumentado ainda mais com Valsartana (substância ativa).

    Transportadores

    O resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que a Valsartana (substância ativa) é um substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o transportador – hepático de efluxo MRP2.

    A coadministração de inibidores do transportador por captação (por exemplo, rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a exposição sistêmica da Valsartana (substância ativa).

    O uso concomitante de Valsartana com:

    Lítio

    Pode levar a uma intoxicação por lítio.

    Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs)

    Pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva.

    Ritonavir

    Aumento da exposição da Valsartana (substância ativa).

    Agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia.

    Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se realizaram estudos clínicos incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina, hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.

    Como Valsartana (substância ativa) não sofre extensa metabolização, interações do tipo medicamento-medicamento, clinicamente relevantes em termos de indução ou inibição metabólica do sistema do citocromo P450, não são esperadas com a Valsartana (substância ativa).

    Embora a Valsartana (substância ativa) possua alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não mostraram qualquer interação nesse nível com uma série de moléculas que também têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, como diclofenaco, furosemida e varfarina.

    Ação da Substância Valsartana – Althaia

    Resultados de Eficácia


    Hipertensão

    A administração de Valsartana (substância ativa) em pacientes com hipertensão ocasiona redução da pressão arterial sem alterar a frequência cardíaca.

    Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre dentro de duas horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em 4 – 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial com qualquer dose é geralmente atingida em 2 – 4 semanas e se mantém durante a terapêutica a longo prazo. Em associação com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.

    A retirada abrupta de Valsartana (substância ativa) não foi associada com hipertensão de rebote ou outro efeito clínico adverso.

    Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, Valsartana (substância ativa) não demonstrou efeitos significativos sobre as dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum, da glicemia de jejum ou do ácido úrico.

    Insuficiência cardíaca

    Hemodinâmica e neuro-hormônios

    A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca classe II – IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão capilar pulmonar gt; 15 mmHg em 2 estudos de tratamento crônico de curta duração.

    Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da ECA, doses únicas e múltiplas de Valsartana (substância ativa) administradas em combinação com inibidores da ECA melhoraram a hemodinâmica, incluindo a pressão capilar pulmonar (PCP), a pressão diastólica da artéria pulmonar (PDAP) e a pressão arterial sistólica (PAS).

    Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática (AP) e da noradrenalina plasmática (NP) após 28 dias de tratamento. No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com inibidores da ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a Valsartana (substância ativa) melhorou significativamente a PCP, a resistência vascular sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a PAS após 28 dias de tratamento.

    No estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina plasmática e o peptídeo cerebral natriurético (PCN) foram significativamente reduzidos em relação à fase inicial no grupo Valsartana (substância ativa) quando comparado ao placebo.

    Morbidade e mortalidade

    O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado em que se comparou Valsartana (substância ativa) ao placebo na morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA recebendo terapêutica usual com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) lt; 40% e diâmetro diastólico interno do ventrículo esquerdo (DDIVE) gt; 2,9 cm/m2.

    Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que foram randomizados para receber Valsartana (substância ativa) ou placebo em adição a todas as outras terapêuticas apropriadas incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a digoxina (67%) e os betabloqueadores (36%). A duração média do acompanhamento foi de aproximadamente dois anos.

    A dose média diária de Valsartana (substância ativa) no estudo Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2 desfechos primários, mortalidade por todas as causas (tempo até o óbito) e a morbidade da insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte, morte súbita com ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca, ou administração intravenosa de drogas inotrópicas ou vasodilatadoras por quatro horas ou mais sem hospitalização.

    Mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos tratados com Valsartana (substância ativa) e com placebo. A morbidade foi significativamente reduzida em 13,2% com a Valsartana (substância ativa) comparada ao placebo. O principal benefício foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por insuficiência cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não estavam recebendo um inibidor da ECA ou um betabloqueador.

    Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo foram observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação de um betabloqueador, um inibidor da ECA e Valsartana (substância ativa). Estudos adicionais como o Valiant, nos quais a mortalidade não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as preocupações em relação à tripla combinação.

    Capacidade e tolerância ao exercício

    Os efeitos da Valsartana (substância ativa) em adição à terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao exercício usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca da classe II – IV da NYHA com disfunção ventricular esquerda (FEVE ? 40%). O aumento do tempo de exercício em relação à fase inicial foi observado para todos os grupos do tratamento.

    Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de exercício foram observados para o grupo Valsartana (substância ativa) comparado ao grupo placebo, embora não tenha atingido significância estatística.

    As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos pacientes que não estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício foram 2 vezes maiores para o grupo Valsartana (substância ativa) comparado ao grupo placebo.

    Os efeitos da Valsartana (substância ativa) comparados aos do enalapril na capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de seis minutos foram determinados nos pacientes com insuficiência cardíaca classes II e III da NYHA e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo ? 45% que estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA por pelo menos 3 meses antes do início do estudo.

    A Valsartana (substância ativa) de 80 mg a 160 mg uma vez ao dia foi tão eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com referência à capacidade ao exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos seis minutos nos pacientes estabilizados previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para Valsartana (substância ativa) ou enalapril.

    Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida e fração de ejeção

    No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) demonstraram uma melhora significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e estertores em comparação ao placebo.

    Os pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) tiveram uma melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na pontuação do questionário “Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo.

    A fração de ejeção em pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) aumentou significativamente e o DDIVE foi reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial quando comparado ao placebo.

    Pós-infarto do miocárdio

    O estudo de Valsartana (substância ativa) no infarto agudo do miocárdio (VALIANT) foi randomizado, controlado, multinacional e duplo-cego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio agudo e sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como uma fração de ejeção ? 40% por ventriculografia por radionuclídeos ou ? 35% por ecocardiografia ou angiografia ventricular de contraste).

    Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o início dos sintomas de infarto do miocárdio em um dos três grupos de tratamento: Valsartana (substância ativa) (titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril (titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação de Valsartana (substância ativa) mais captopril.

    No grupo de combinação, a dose de Valsartana (substância ativa) foi titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do tratamento foi de dois anos. A dose diária média de Valsartana (substância ativa) no grupo de monoterapia foi de 217 mg.

    A terapêutica basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%), betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos (35%) e estatinas (34%). A população estudada foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e 53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o tempo para a mortalidade por todas as causas.

    A Valsartana (substância ativa) foi pelo menos tão efetiva quanto o captopril na redução da mortalidade por todas as causas pós-infarto do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos de Valsartana (substância ativa) (19,9%), captopril (19,5%) e Valsartana (substância ativa) + captopril (19,3%).

    A Valsartana (substância ativa) foi também efetiva na prolongação do tempo para redução da mortalidade cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recorrente, parada cardíaca ressuscitada e em acidente vascular cerebral não-fatal (desfecho composto secundário).

    Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da mortalidade por todas as causas foi realizada para estimar o quanto a Valsartana (substância ativa) desempenhou versus placebo. Usando os resultados das referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio – Save, Aire e Trace – o efeito estimado da Valsartana (substância ativa) preservou 99,6% do efeito do captopril (97,5% CI = 60 – 139%).

    Combinar Valsartana (substância ativa) com captopril não adicionou mais benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade por todas as causas com base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.

    Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou mortalidade cardiovascular ou morbidade quando betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de Valsartana (substância ativa) + captopril, Valsartana (substância ativa) isolada ou captopril isolado. Independentemente do tratamento da droga estudada, a mortalidade foi maior no grupo de pacientes não tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta população foi mantido neste estudo.

    Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de Valsartana (substância ativa) + captopril, monoterapia de Valsartana (substância ativa) e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes tratados com betabloqueadores.

    Características Farmacológicas


    Farmacodinâmica

    Grupo farmacoterapêutico

    Bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.

    Código ATC:

    C09C A03.

    O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A angiotensina II se liga a receptores específicos localizados na membrana das células de vários tecidos, exercendo diversos efeitos fisiológicos, inclusive em particular no envolvimento direto e indireto na regulação da pressão arterial. Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e estimulação da secreção de aldosterona.

    Valsartana (substância ativa) é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por via oral. Ele atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina II. As concentrações plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se ao bloqueio do receptor AT1 com Valsartana (substância ativa) pode estimular o receptor AT2 não-bloqueado, o que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1.

    A Valsartana (substância ativa) não apresenta atividade agonista parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes) para com receptores AT1 do que para com receptores AT2.

    A Valsartana (substância ativa) não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e degrada a bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma potencialização da bradicinina ou substância P, é improvável que os antagonistas de angiotensina II estejam associados à tosse. Em estudos clínicos em que a Valsartana (substância ativa) foi comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (P lt; 0,05) em pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) do que naqueles tratados com inibidores da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente).

    Em um estudo clínico em pacientes com história de tosse seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que recebiam Valsartana (substância ativa) e 19,0% desses que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparados a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P lt; 0,05).

    A Valsartana (substância ativa) não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na regulação cardiovascular.

    Farmacocinética

    Absorção

    Após a administração oral de Valsartana (substância ativa) isolada o pico da concentração plasmática da Valsartana (substância ativa) é atingido em 2-4 horas. A biodisponibilidade absoluta média é de 23%.

    Quando a Valsartana (substância ativa) é administrada com alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de Valsartana (substância ativa) sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração, as concentrações plasmáticas de Valsartana (substância ativa) sejam similares em pacientes que ingeriram o produto em jejum ou com alimentos. Entretanto, esta redução da AUC não se acompanha de redução clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos, podendo a Valsartana (substância ativa) ser administrada com ou sem alimentos.

    Distribuição

    O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) da Valsartana (substância ativa) após administração intravenosa, é cerca de 17 litros, indicando que a Valsartana (substância ativa) não é distribuída extensivamente pelos tecidos. A Valsartana (substância ativa) tem alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 – 97%), principalmente à albumina sérica.

    Biotransformação

    A Valsartana (substância ativa) não é biotransformada em grande extensão uma vez que apenas cerca de 20% da dose é recuperada como metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em baixas concentrações (menos de 10% da AUC de Valsartana (substância ativa)). Este metabólito é farmacologicamente inativo.

    Eliminação

    A Valsartana (substância ativa) apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 alfa lt; 1h e t1/2 beta cerca de 9 h). A Valsartana (substância ativa) é eliminada principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca de 13% da dose), principalmente como fármaco inalterado. Após administração intravenosa, o clearance (depuração) plasmático da Valsartana (substância ativa) é cerca de 2 L/h e seu clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (cerca de 30% do clearance total). A meia-vida da Valsartana (substância ativa) é de 6 horas.

    A farmacocinética de Valsartana (substância ativa) é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética de Valsartana (substância ativa) em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e mulheres.

    O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da Valsartana (substância ativa) em pacientes com insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores AUC e Cmax da Valsartana (substância ativa) aumentam linearmente e são praticamente proporcionais com o aumento da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas vezes ao dia). O fator de acumulação médio é aproximadamente 1,7. O clearance (depuração) aparente da Valsartana (substância ativa) após uma administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não afeta o clearance (depuração) aparente em pacientes com insuficiência cardíaca.

    Populações especiais de pacientes

    Pacientes geriátricos (65 anos ou acima)

    Maior exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa) foi observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos jovens; entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.

    Insuficiência renal

    Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas 30% do clearance (depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa). Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.

    Nenhum estudo foi realizado em pacientes sob diálise. No entanto, Valsartana (substância ativa) possui alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção por diálise.

    Insuficiência hepática

    Cerca de 70% da dose absorvida é excretada na bile, principalmente como composto inalterado. Valsartana (substância ativa) não sofre biotransformação extensiva e, como esperado, a exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa) não se relaciona com o grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da Valsartana (substância ativa) é aproximadamente o dobro em pacientes com cirrose biliar ou obstrução biliar.

    Dados de segurança pré-clínicos

    Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos, baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos na fertilidade.

    Segurança farmacológica e toxicidade de longo prazo

    Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com várias espécies de animais, não houve resultados que excluem o uso de doses terapêuticas de Valsartana (substância ativa) em humanos.

    Em estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de Valsartana (substância ativa) (200 a 600 mg/kg/dia de peso corporal) em ratos, causou uma redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos, hemoglobina, hematócrito) e evidência de alterações na hemodinâmica renal (nitrogênio na ureia levemente aumentado no sangue, hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18 vezes a dose humana máxima recomendada com base em mg/m2 (cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um paciente de 60 kg).

    Em macacos saguis, em doses comparáveis, as alterações foram semelhantes, embora mais graves, particularmente nos rins onde as alterações desenvolveram para uma nefropatia, incluindo aumento no sangue de nitrogênio na ureia e creatinina. A hipertrofia das células justaglomerulares renais também foi observada em ambas as espécies.

    Todas as alterações foram consideradas como sendo causadas pela ação farmacológica da Valsartana (substância ativa), que produziu hipotensão prolongada, particularmente nos macacos saguis. Para doses terapêuticas de Valsartana (substância ativa) em humanos, a hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter qualquer relevância.

    Toxicidade reprodutiva

    A Valsartana (substância ativa) não apresentou reações adversas sobre o desempenho reprodutivo de ratos machos ou fêmeas com doses orais de até 200 mg/kg/dia. Em estudos de desenvolvimento embriofetal (segmento II) em camundongos, ratos e coelhos, foi observada toxicidade fetal em associação com toxicidade materna em ratos com doses de Valsartana (substância ativa) 600 mg/kg/dia e em coelhos com doses de 10 mg/kg/dia.

    Em estudo de toxicidade de desenvolvimento peri e pós-natal (Segmento III), proles de ratos descendentes de ratas que receberam 600 mg/kg/dia durante o último trimestre de gravidez e durante a lactação mostraram índice de sobrevivência levemente reduzido, bem como leve retardo no desenvolvimento.

    Os principais achados pré-clínicos de segurança são atribuídos à ação farmacológica do fármaco e não demonstraram qualquer significado clínico.

    Mutagenicidade

    A Valsartana (substância ativa) foi isenta de potencial mutagênico em estudos de genotoxicidade, quer ao nível do gene ou cromossomo, quando investigada em vários padrões in vitro e in vivo.

    Carcinogenicidade

    Não houve evidência de carcinogenicidade quando a Valsartana (substância ativa) foi administrada na dieta a camundongos e ratos por 2 anos em doses de até 160 e 200 mg/kg/dia, respectivamente.

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