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Verruga no pênis e o HPV

Manifestação precisa de tratamento para evitar evolução para o câncer

Se durante um autoexame ou mesmo no banho você encontrou uma verruga no pênis, na virilha ou em qualquer outro lugar que antes não existia, é melhor você ficar atento. Isso porque as verrugas são proliferações benignas da pele que na maioria das vezes estão diretamente associadas à infecção causada pelo papilomavírus humano, o famoso e temido HPV.

A doença é sexualmente transmissível, mas também pode ser passada da mãe infectada para o feto na gestação ou durante o parto.

Como identificar se é mesmo uma verruga no pênis?

A verruga no pênis é classificada como verruga anogenital, da mesma forma que as que aparecem na mucosa genital feminina, na vagina, uretra, colo do útero, região perianal ou mucosa oral.

Elas se caracterizam como lesões vegetantes, ou seja, que se rompem facilmente e sangram até mesmo sem que você mexa nelas. Acontecem porque o vírus acaba gerando um crescimento anormal das células da pele, mais frequente em pessoas de baixa imunidade, principalmente entre 12 e 16 anos de idade. Além disso, são úmidas e lembram um couve-flor.

As infecções genitais podem ser causadas por diferentes subtipos virais, mas a manifestação é relacionada clinicamente à presença de algum subtipo do HPV. Entre os mais de 100 que existem dessa doença, 20 deles podem causar as verrugas genitais, consideradas fatores de risco para o câncer genital. E o maior problema é que ainda o paciente pode estar infectado com mais de um subtipo do HPV ao mesmo tempo.

Tratamento

Tanto a verruga no pênis, como as demais que o paciente estiver apresentando, pode desaparecer espontaneamente em meses. Nas crianças esse quadro é muito comum e evita a necessidade de medicação, já nos adultos costuma persistir.

O tratamento vai depender da evolução da verruga, mas as anogenitais costumam ser as mais complicadas, justamente pelo risco da evolução para um câncer, exigindo uma combinação das terapias de destruição ou remoção.

Medicamentos tópicos e/ou ácidos podem ser suficientes, mas outros casos exigem um procedimento cirúrgico.

É importante lembrar que o vírus do HPV pode ser assintomático e eliminado naturalmente do corpo, mas ainda existe o risco de infectar outras pessoas. E quando há a presença dos sintomas é essencial o tratamento imediato para evitar tanto a transmissão quanto a evolução para o câncer no pênis.

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