Nos últimos anos, o vírus da Zika se tornou famoso no Brasil após ser responsável por milhares de casos de microcefalia em bebês. Mesmo que o auge da epidemia tenha passado, os casos de zika continuam acontecendo e é preciso ficar atento para não deixar a doença sem o tratamento adequado.
Quer descobrir mais sobre o vírus da Zika e como é feito o tratamento? Continue a leitura!
O que é o vírus da Zika?
O vírus da Zika é um arbovírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti no Brasil, o mesmo responsável pela transmissão da dengue, febre amarela, febre do Mayaro e a chikungunya.
Nos últimos anos, no entanto, outras formas de contágio já foram relatadas: transmissão da mãe para o bebê através da placenta, por transfusão sanguínea e transmissão sexual por meio do sêmen e fluidos vaginais.
O vírus também é encontrado na urina, na saliva e no leite materno das pessoas infectadas, embora ainda não haja relatos de transmissão por meio desses líquidos.
De onde esse vírus surgiu?
Embora tenha sido descoberto em 1947 em macacos na África — e ter afetado humanos em 1954 —, apenas na última década é que ele começou a se espalhar pelo mundo.
Em 2007, houve casos de zika na Oceania; em 2013, na Polinésia Francesa e em 2015, após a Copa do Mundo, começaram a surgir as primeiras ocorrências no Brasil.
Quais os sintomas da zika?
A maior parte dos indivíduos contaminados pelo vírus da zika — cerca de 80% — não apresenta sintomas, o que facilita a transmissão entre as pessoas.
Nos 20% restante, os sintomas são inespecíficos e podem simular um quadro de resfriado ou mesmo de dengue, como febre baixa, mal estar, dor muscular e dor de cabeça.
Em geral, esses sintomas duram de 2 a 7 dias — com exceção das dores nas articulações, que podem se manter por até um mês. Em casos raros, o quadro pode ainda evoluir com a Síndrome de Guillain-Barré, na qual os nervos são afetados e o paciente pode ficar em estado grave.
Caso a mulher grávida se contamine com o zika, o bebê pode desenvolver diversas alterações na formação do cérebro, como microcefalia e hidrocefalia.
Quais os tratamentos disponíveis contra o vírus da zika?
Em geral, não há tratamentos específicos contra doenças provocadas por vírus — e com o zika não é diferente. O principal objetivo do tratamento é aliviar os sintomas de forma a aumentar o conforto do paciente e acompanhar a evolução do quadro.
Para isso, são recomendados analgésicos, antitérmicos, alto consumo de líquidos, colírios e medicamentos que reduzam a coceira pelo corpo. Assim, como na dengue, o uso de aspirina é contraindicado.
Também é recomendado o uso de repelentes, para que os mosquitos não se contaminem ao picar a pessoa doente — evitando, assim, a continuação da cadeia de transmissão —, além do retorno do paciente para reavaliação médica.
E no caso das gestantes?
Infelizmente, não há um tratamento que impeça a transmissão do vírus para o bebê ou que garanta que o bebê nascerá sem alterações.
Assim, o mais indicado para grávidas é evitar o contato com pessoas doentes e usar o repelente de insetos, já que a picada do mosquito Aedes aegypti se mantém como a principal forma de transmissão.
Afinal, é necessário ir ao médico para tratar da zika?
Sim! Como os sintomas da doença são muito pouco específicos, você pode achar que está com zika e na verdade apresentar os sintomas da dengue, por exemplo.
Apenas o médico será capaz de realizar o diagnóstico correto e definir qual o melhor tratamento a ser seguido para ter certeza de que o quadro está evoluindo como deveria.
No caso da gestante, isso é ainda mais importante. Ao surgimento de quaisquer sintomas semelhantes aos da zika, procure um centro de saúde para investigação e definição de um diagnóstico.
Caso a doença seja confirmada, é necessário um acompanhamento mais cuidadoso da gestação, com a realização de ultrassons extras, por exemplo, e a realização de alguns testes no bebê após o nascimento.
Apresenta alguns desses sintomas e quer se consultar com um médico? Agende uma consulta com um infectologista.