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Vírus Parainfluenza: com o que devemos nos preocupar ?

Vírus Parainfluenza: com o que devemos nos preocupar ?

Nessa época do ano existe um aumento de doenças respiratórias agudas causadas principalmente por vírus. Um vírus que não é tão comentado, mas que é bem comum em nossas crianças, é o vírus parainfluenza humano (hPIV).

O hPVI pode ser responsável por causar doenças como um resfriado comum, uma pneumonia, uma bronquiolite ou  até mesmo uma laringotraqueobronquite (crupe), tudo depende do tipo da parainfluenza  que a pessoa é infectada.

Confira este post feito pela nossa pneumologista pediátrica Dra. Marcela Angeli!

Tipos de vírus parainfluenza

A parainfluenza se divide em quatro sorotipos: hPVI1, hPVI2 , hPVI3  e hPVI4. O tipo 1, 2 e 3, geralmente acometem mais as crianças, de 6 a 36 meses.

O hPV1 e hPV2 são responsáveis, principalmente pela crupe, ambos estão principalmente nas epidemias de outono.

Já o tipo 3 encontra-se mais nas bronquiolites, bronquites e pneumonias virais, sua incidência aumenta mais na primavera.

Já o tipo 4 é o mais raro. A maioria das crianças com mais de 5 anos, já possuem uma proteção contra os vírus, os chamados anticorpos, porém, a reinfecção pode ocorrer, por múltiplas vezes, a doença vem de forma mais branda, tornando as infecções assintomáticas ou mais leves.

Sintomas

Os sintomas podem ser bem variados, eles infectam inicialmente as células do nariz e da boca e vão se propagando para toda via aérea de pequenos e grandes calibres. Aparecem após o 2º dia do contato, com pico entre o 2º e 5º dias e decadência após o 7o dia.
Dentre eles estão:

A Crupe

Vamos falar um pouco agora sobre a Crupe, que é causado pelo hPVI1, é caracterizada pela tosse espasmódica (“tosse de cachorro”) e rouquidão.

O quadro clinico mais dramático é o de insuficiência respiratória e estridor inspiratório grave, que geralmente tem um piora durante a noite.  A doença dura em torno de 3 a 4 dias e melhora espontaneamente.

Em alguns caso é necessário a hospitalização, quando se tem a manutenção ou agravamento da insuficiência respiratória, com taquicardia (coração acelerado), cianose (dedos e lábios arroxeados), fadiga ou hipoxemia (diminui do oxigênio e saturação).  Nesse caso temos a necessidade do oxigênio, realizar nebulização e corticoide, até a melhora do quadro. O diagnóstico é clinico e o tratamento é apenas de suporte.

Tratamento

Não existe um tratamento antiviral especifico, apenas existe maneiras para aliviar o sintomas como:

A maioria das pessoas vão se recuperar espontaneamente. Por se tratar de uma doença viral os antibióticos não surgirão efeitos, pois estes servem apenas para combater bactérias.

Surtos infantis de infecções por hPVI podem acontecer em creches, enfermarias e escolas, por isso a prevenção é de extremamente importância.  O vírus pode sobrevier em cima de uma superfície em torno de várias horas, por isso colocar mão em um móvel contaminado e levar ao rosto já é capaz de   adquirir a doença. 

Evitar o contato com pessoas infectadas, lavar as mãos regularmente e desinfetar superfícies que podem abrigar o vírus é uma medida bastante eficaz. 

O aleitamento materno também é de extrema importância, já que o anticorpo pode estar presente no leite materno e proteger o recém nascido.  Atualmente não há vacina contra a infecção.  A prevenção é sempre a forma mais eficaz de combater a doença.
 

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