Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Ziagenavir


Como Ziagenavir funciona?

Ziagenavir pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como antirretrovirais, que combatem vírus do grupo dos retrovírus.

Ziagenavir é um inibidor de transcriptase reversa análogo de nucleosídeos (ITRNs), usado para o tratamento de infecções causadas pelo HIV (que é um tipo de retrovírus).

É utilizado em combinação com outros antirretrovirais para o tratamento dessas infecções.

Reduz a quantidade de HIV que circula no sangue, mantendo-a em níveis baixos.

Também aumenta a contagem de células CD4, um tipo de célula sanguínea branca que tem importante papel na manutenção de um sistema imunológico saudável, capaz de combater a infecção.

A resposta ao tratamento com Ziagenavir varia entre os pacientes. Seu médico irá monitorar a efetividade do seu tratamento.

Contraindicação do Ziagenavir

O uso de Ziagenavir é contraindicado para pacientes com alergia conhecida ao abacavir ou a qualquer componente da sua fórmula.

Como usar o Ziagenavir

Ziagenavir pode ser tomado com ou sem alimentos.

Ziagenavir está disponível nas formulações comprimido e solução oral.

A terapia deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento de infecções por HIV.

Os comprimidos de Ziagenavir devem ser engolidos com um copo de água. Para garantir que seja tomada a dose correta, os comprimidos devem ser engolidos preferencialmente inteiros, sem quebrá-los.

Para os pacientes com dificuldade de engolir comprimidos, recomenda-se Ziagenavir em solução oral.

Como alternativa, os comprimidos podem ser amassados e misturados a líquidos ou a pequenas quantidades de comida semissólida, que devem ser consumidos imediatamente.

Posologia para adultos e crianças que pesam no mínimo 30 kg:

A dose recomendada de Ziagenavir é de 300 mg (um comprimido) duas vezes ao dia ou 600 mg (dois comprimidos) uma vez ao dia.

Posologia para crianças a partir de 3 meses de idade e que pesam menos de 30 kg:

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Ziagenavir?

Se você se esquecer de tomar uma dose do seu medicamento, tome-a assim que se lembrar e continue o tratamento como antes.

Não tome uma dose dupla para compensar doses individuais esquecidas.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

Precauções do Ziagenavir

Acidose láctica:

A classe de medicamentos denominada inibidores de transcriptase reversa análogos a nucleosídeos (ITRN), à qual Ziagenavir pertence, pode causar uma condição denominada acidose láctica, assim como aumento do fígado.

Esse efeito colateral é raro, mas grave e pode ser fatal.

A acidose láctica ocorre mais frequentemente em mulheres e nos pacientes que tinham doença hepática antes de iniciar o tratamento.

Os sinais de acidose láctica incluem dificuldades para respirar, sonolência, dormência ou fraqueza nos membros, enjoo, vômito e dor de estômago.

Seu médico irá monitorá-lo regularmente enquanto você estiver recebendo Ziagenavir.

Lipídeos séricos e glicose sanguínea:

Os níveis de gorduras e açúcar no sangue podem aumentar durante a terapia antirretroviral.

O controle da doença e alterações no estilo de vida são também fatores contribuintes.

Seu médico irá solicitar exames de sangue para monitorar esses níveis.

Caso alguma alteração seja observada, ele irá recomendar o tratamento adequado.

Síndrome de reconstituição imune:

Dentro das primeiras semanas de uso de medicamentos anti-HIV, algumas pessoas, principalmente as que são positivas para esse vírus há algum tempo e com histórico de infecções oportunistas (infecções que podem ocorrer quando o sistema imunológico está enfraquecido), podem desenvolver reações inflamatórias (como dor, vermelhidão, inchaço e febre), que podem ser parecidas com uma infecção e ser graves.

Acredita-se que essas reações sejam causadas por uma recuperação da capacidade do organismo de combater infecções, anteriormente suprimida pelo HIV.

Se você ficar preocupado com quaisquer novos sintomas ou com qualquer alteração na sua saúde após o início do tratamento contra HIV, converse com seu médico.

Infecções oportunistas:

Os pacientes em tratamento com Ziagenavir ou qualquer outro antirretroviral ainda podem desenvolver infecções oportunistas (infecções que podem ocorrer quando o organismo está enfraquecido), devido a complicações da infecção pelo HIV.

Portanto, o médico deverá acompanhar rigorosamente o seu tratamento.

Infarto do miocárdio (ataque cardíaco):

Alguns medicamentos para o HIV, entre eles o abacavir, podem aumentar o risco de ataque cardíaco.

Se você tem problemas de coração, fuma ou sofre de doenças que aumentam o risco de doenças cardíacas, como hipertensão e diabetes, avise seu médico.

Transmissão da infecção:

Atenção:

o tratamento com Ziagenavir não evita o risco de transmissão do HIV por contato sexual ou por contaminação sanguínea.

Você deve continuar tomando as precauções apropriadas para prevenir a transmissão, como utilizar preservativos e não compartilhar agulhas.

Não pare de tomar a medicação, a não ser por orientação médica.

Ziagenavir ajuda a controlar a infecção pelo HIV, mas não cura essa doença. Você deve tomá-lo diariamente.

Não pare o tratamento sem antes consultar seu médico.

Durante o tratamento, seu médico irá recomendar a realização de exames de sangue, para avaliar seu tratamento e monitorar as possíveis reações adversas.

Reações de hipersensibilidade (reação alérgica grave):

Os pacientes sob tratamento com Ziagenavir, que contém abacavir, podem desenvolver reação de hipersensibilidade, ou seja, uma manifestação alérgica grave que pode levar à morte.

Em pesquisas descobriu-se que as pessoas com um gene chamado HLA-B (tipo 5701) têm maior propensão a essa reação ao abacavir. No entanto, mesmo que você não tenha esse tipo de gene, pode apresentar hipersensibilidade.

Se você tem esse gene, não deixe de informar seu médico antes de tomar Ziagenavir.

Os sintomas mais comuns dessa reação são temperatura elevada (febre) e erupção cutânea.

Outros sinais ou sintomas observados com frequência são: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, falta de ar, tosse, dor de cabeça e cansaço intenso.

Também pode ocorrer dor muscular ou nas articulações, inchaço do pescoço e dor de garganta.

E, mais eventualmente, inflamação dos olhos (conjuntivite), úlceras na boca ou pressão baixa.

Os sintomas dessa reação alérgica podem surgir em qualquer momento do tratamento com Ziagenavir.

No entanto, em geral eles aparecem nas primeiras seis semanas e pioram com a continuação do tratamento.

Se você cuida de uma criança que está sendo tratada com Ziagenavir, é importante que você entenda as informações sobre a reação de hipersensibilidade ao abacavir.

Se você cuida de uma criança que está sendo tratada com Ziagenavir, é importante que você entenda as informações sobre a reação de hipersensibilidade ao abacavir. Se seu filho apresentar os sintomas descritos acima, é fundamental que você siga as instruções dadas em Reações Adversas do Ziagenavir.

Reações Adversas do Ziagenavir

Os pacientes que tomam Ziagenavir podem apresentar reação de hipersensibilidade (reação alérgica grave), que pode ameaçar a vida se o uso for continuado.

Procure seu médico imediatamente (para que ele defina se é preciso interromper o tratamento com Ziagenavir) caso: 

Apareça uma erupção cutânea (manchas na pele).

Você apresente um ou mais sintomas de pelo menos DOIS dos seguintes grupos:

 Se você tiver descontinuado Ziagenavir por causa dessa reação,

nunca

tome novamente este ou outro medicamento que contenha abacavir, porque dentro de poucas horas você poderá apresentar uma queda de pressão sanguínea com risco de morte.

Informe a seu médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Como todo medicamento, Ziagenavir pode provocar efeitos indesejáveis.

Dados de Estudos Clínicos

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

 Dados pós-comercialização

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Reações raras (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

 Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Reações graves na pele como síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme e necrólise epidérmica tóxica, um tipo de doença em que a camada superficial da pele se desprende em lâminas.

Foram observadas alterações nos níveis de lipídeos e de açúcar no sangue.

A reação de sensibilidade ao abacavir foi identificada como uma reação adversa comum do tratamento.

Os sinais e sintomas das reações de hipersensibilidade estão descritos abaixo.

Quase todos os pacientes que desenvolvem reações de hipersensibilidade têm febre e/ou erupções na pele.

Outros sintomas principais incluem sintomas gastrointestinais, respiratórios ou mal-estar.

Pele:

Erupções na pele.

Trato gastrintestinal:

Enjoo, vômitos, diarreia, dor abdominal, feridas na boca.

Trato respiratório:

Falta de ar, tosse, dor de garganta, síndrome da angústia respiratória do adulto, insuficiência respiratória.

Diversos:

Febre, cansaço, mal-estar, inchaço, linfadenopatia (dilatação dos linfonodos), pressão baixa, conjuntivite, anafilaxia (reação alérgica rápida e severa).

Psiquiatria/neurologia:

Dor de cabeça, parestesia (sensações cutâneas como formigamento, pressão, frio ou queimação nas mãos, braços, ou pés).

Hematologia:

Linfopenia (diminuição do número de linfócitos).

Fígado/pâncreas:

Testes de elevação de função hepática, insuficiência hepática.

Musculoesqueléticos:

Dores musculares, raramente lesões musculares, dores nas articulações, elevação da creatina fosfocinase.

Urologia:

Elevação da creatinina, insuficiência renal.

A reintrodução do Ziagenavir depois de uma reação de hipersensibilidade leva ao retorno dos sintomas em questão de horas, podendo ser mais grave que reação inicial, envolvendo queda de pressão e risco à vida.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também a empresa através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC) pelo telefone 0800 701 22 33.

População Especial do Ziagenavir

Gravidez:

Se você está grávida ou planeja engravidar em breve, informe seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Não foi estabelecido se o uso de Ziagenavir é seguro na gravidez humana.

Seu médico indicará se você deve continuar ou não a tomar Ziagenavir.

Em bebês e crianças de mães que tomaram ITRNs durante a gravidez ou o parto, foram observados pequenos aumentos temporários nos níveis sanguíneos de uma substância chamada lactato.

Além disso, há relatos, muito raros, de doenças que afetam o sistema nervoso, como retardo do desenvolvimento e convulsões.

Em geral, em crianças cujas mães tomaram ITRNs durante a gravidez o benefício da menor possibilidade de infecção pelo HIV provavelmente é maior que o risco de sofrer efeitos colaterais.

Amamentação:

Os especialistas recomendam que, sempre que possível, mulheres vivendo com HIV não amamentem seus filhos, para evitar a transmissão do HIV da mãe para a criança.

Em situações em que o uso de fórmulas infantis não é viável e o aleitamento materno durante o tratamento antirretroviral for considerado, seu médico deverá seguir os guias locais para amamentação e tratamento.

O leite da mãe que toma Ziagenavir pode conter abacavir, a substância ativa deste medicamento.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:

Atualmente não há dados disponíveis que indiquem que Ziagenavir pode afetar a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Crianças abaixo de 3 anos de idade:

Não existem dados disponíveis sobre o uso de Ziagenavir em pacientes dessa faixa etária. 

Este medicamento não deve ser utilizando por mulheres grávidas ou que estejam amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Composição do Ziagenavir

Cada comprimido revestido contém:

Abacavir300 mg (equivalente a 351 mg de sulfato de abacavir)
Excipientes* q.s.p1 comprimido

*Celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, Opadry amarelo YS-1-12789-A (metilcelulose, triacetina, dióxido de titânio, polissorbato 80 e óxido de ferro amarelo) e água purificada.

Superdosagem do Ziagenavir

Nos estudos com abacavir, os pacientes receberam doses únicas de até 1.200 mg (quatro comprimidos) e doses diárias de até 1.800 mg (seis comprimidos) desse medicamento.

Não houve relatos de reações adversas inesperadas.

Os efeitos de doses maiores são desconhecidos.

Caso você ingira uma quantidade maior que a indicada deste medicamento, procure socorro médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Ziagenavir

O Abacavir (substância ativa) tem baixo potencial de interações medicamentosas, considerando-se os resultados dos estudos in vitro e suas principais vias metabólicas conhecidas. Esse fármaco não demonstrou potencial para inibir o metabolismo mediado pela enzima 3A4 do citocromo P450. Nos estudos in vitro, o Abacavir (substância ativa) tampouco demonstrou interagir com as drogas metabolizadas pelas enzimas CYP3A4, CYP2C9 ou CYP2D6. Não se observou indução do metabolismo hepático nos estudos clínicos. Portanto, é baixo o potencial de interações medicamentosas com antirretrovirais inibidores da protease e outras substâncias metabolizadas pelas principais enzimas do sistema P450. Estudos clínicos demonstram que não há interações clinicamente significativas entre o Abacavir (substância ativa), a zidovudina e a lamivudina.

Efeito do Abacavir (substância ativa) na farmacocinética de outros agentes

In vitro, o Abacavir (substância ativa) demonstra nenhuma ou fraca inibição de fármacos transportadores de ânions orgânicos 1B1 (OATP1B1), OATP1B3, proteína resistente ao câncer de mama (BCRP) ou glicoproteína P (Pgp) e mínima inibição dos transportadores de cátions orgânicos 1 (OCT1), OCT2 e proteína de extrusão de múltiplos fármacos e toxinas 2-K (MATE2- K). Portanto, não é esperado que o Abacavir (substância ativa) afete a concentração plasmática dos fármacos que são substratos desses transportadores.

O Abacavir (substância ativa) é um inibidor in vitro de MATE1. No entanto, o Abacavir (substância ativa) tem baixo potencial de afetar as concentrações plasmáticas de substratos de MATE1 a exposições terapêuticas do fármaco (até 600 mg).

Efeito de outros agentes na farmacocinética do Abacavir (substância ativa)

O Abacavir (substância ativa) não é um substrato in vitro de OATP1B1, OATP1B3, OCT1, OCT2, OAT1, MATE1, MATE2-K, proteína de resistência a múltiplas drogas 2 (MRP2) ou MRP4. Portanto, fármacos que modulam esses transportadores não são esperados de afetar a concentração plasmática do Abacavir (substância ativa).

Embora o Abacavir (substância ativa) seja um substrato da BCRP e Pgp in vitro, estudos clínicos não demonstram mudanças significantes na farmacocinética do Abacavir (substância ativa) quando este é coadministrado com lopinavir/ritonavir (inibidores de Pgp e BCRP).

Interações relevantes ao Abacavir (substância ativa)

Etanol

O metabolismo do Abacavir (substância ativa) é alterado pelo uso concomitante de etanol, e isso resulta no aumento de aproximadamente 41% da AUC do Abacavir (substância ativa). Dado o padrão de segurança desse fármaco, tais achados não são clinicamente significativos. O Abacavir (substância ativa) não altera o metabolismo do etanol.

Metadona

Em um estudo sobre farmacocinética, a administração concomitante de 600 mg de Abacavir (substância ativa) duas vezes ao dia e de metadona mostrou redução de 35% da Cmáx do Abacavir (substância ativa) e atraso do Tmáx de uma hora. A AUC do Abacavir (substância ativa), porém, não foi afetada. Essas alterações na farmacocinética do Abacavir (substância ativa) não são clinicamente significativas. No estudo, o fármaco aumentou o clearance sistêmico médio da metadona em aproximadamente 22%. A alteração não é clinicamente relevante para a maioria dos pacientes, mas um ajuste de dosagem da metadona pode ser ocasionalmente necessário.

Retinoides

Os compostos retinoicos, como a isotretinoína, são eliminados através da desidrogenase alcoólica. A interação com o Abacavir (substância ativa) é possível, porém não foi estudada.

Ação da Substância Ziagenavir

Resultados de eficácia

Em um estudo comparativo de Abacavir (substância ativa)/lamivudina e zidovudina/lamivudina (ambos prescritos 2 vezes ao dia e associados ao efavirenz), os participantes de ambos os braços alcançaram respostas virológicas semelhantes. Os participantes em tratamento com Abacavir (substância ativa) obtiveram maior incremento na contagem de células T-CD4 ao final de 48 semanas.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico análogo de nucleosídeo.

Mecanismo de ação

O Abacavir (substância ativa) é um análogo de nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa. É um potente agente antiviral seletivo para os vírus HIV-1 e HIV-2, inclusive dos isolados de HIV-1 com susceptibilidade reduzida a lamivudina, zidovudina, zalcitabina, didanosina ou nevirapina. O Abacavir (substância ativa) é metabolizado no meio intracelular em carbovir 5-trifosfato (TP).

Estudos in vitro demonstraram que o mecanismo de ação consiste na inibição da enzima transcriptase reversa do HIV, o que resulta na finalização da cadeia de ácido nucléico e na interrupção do ciclo de replicação viral. Em cultura de células, a atividade antiviral do Abacavir (substância ativa) não foi antagonizada quando em combinação com os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa (ITRNs), didanosina, entricitabina, lamivudina, estavudina, tenofovir, zalcitabina ou zidovudina; nem com o inibidor não-nucleosídeo da transcriptase reversa (ITRNN), nevirapina, ou com o inibidor de protease (IP), amprenavir.

Em um estudo com 20 pacientes vivendo com HIV sob tratamento com Abacavir (substância ativa) 300 mg duas vezes ao dia, com apenas uma dose de 300 mg administrada antes do período de 24 horas de amostragem, a média geométrica terminal da meia vida de carbovir-TP intracelular em estado de equilíbrio foi de 20,6 horas em comparação à média geométrica da meia vida plasmática do Abacavir (substância ativa) nesse estudo, de 2,6 horas. As propriedades farmacocinéticas em estado de equilíbrio de Abacavir (substância ativa) 600 mg uma vez ao dia foram comparadas às de Abacavir (substância ativa) 300 mg duas vezes ao dia em um estudo cruzado com 27 pacientes vivendo com HIV. As exposições intracelulares ao trifosfato de carbovir em células mononucleares do sangue periférico foram mais altas com Abacavir (substância ativa) 600 mg uma vez ao dia referente a AUC24,ss (32% mais altas), Cmáx 24,ss (99% maior) e por meio de valores mínimos (18% maior) em comparação ao regime de 300 mg duas vezes ao dia. Esses dados apoiam o uso de Abacavir (substância ativa) 600 mg uma vez ao dia no tratamento de pacientes vivendo com HIV. Além disso, um estudo clínico pivotal demonstrou a eficácia e a segurança de Abacavir (substância ativa) em administração de uma dose diária.

Isolados de HIV-1 resistentes ao Abacavir (substância ativa) foram selecionados in vitro e estão associados a alterações genotípicas específicas dos códons (M184V, K65R, L74V e Y115F) da transcriptase reversa (TR). A resistência ao Abacavir (substância ativa) desenvolve-se de modo relativamente lento, in vitro e in vivo, exigindo mutações múltiplas para atingir aumento de oito vezes da Cl50 sobre o vírus selvagem, o que pode ser um nível clinicamente relevante. Isolados virais resistentes ao Abacavir (substância ativa) também podem demonstrar sensibilidade reduzida a lamivudina, zalcitabina e/ou didanosina, mas permanecem sensíveis à zidovudina e à estavudina. A ocorrência de resistência cruzada entre o Abacavir (substância ativa) e os inibidores da protease ou os inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos não é provável. O fracasso do tratamento após terapia inicial com Abacavir (substância ativa), lamivudina e zidovudina está principalmente associado ao M184V isolado, mantendo-se, portanto, muitas outras opções para um esquema terapêutico de segunda linha.

O Abacavir (substância ativa) penetra no líquor (ver, em Características Farmacológicas, o item Propriedades Farmacocinéticas), e os estudos evidenciam sua capacidade de reduzir os níveis de RNA do HIV-1 nesse meio. O Abacavir (substância ativa) pode desempenhar seu papel na prevenção das complicações neurológicas relacionadas à infecção pelo HIV e retardar o desenvolvimento da resistência no líquor quando associado a outros antirretrovirais.

Experiência clínica

Num estudo clínico duplo cego de 48 semanas em pacientes adultos sem tratamento prévio, a combinação de Abacavir (substância ativa), lamivudina e zidovudina mostrou um efeito antiviral equivalente à combinação de indinavir, lamivudina e zidovudina na análise primária de eficácia. Numa análise secundária em pacientes com níveis plasmáticos basais de RNA do HIV-1 acima de 100.000 cópias/mL, os pacientes recebendo a combinação contendo indinavir apresentaram uma resposta superior. Pacientes com RNA do HIV-1 abaixo de 100.000 cópias/mL apresentaram respostas equivalentes em ambos os tratamentos.

Um regime de Abacavir (substância ativa) e lamivudina uma vez ao dia foi investigado em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado (CNA30021) de 770 pacientes adultos vivendo com HIV e sem tratamento prévio. Eles foram randomizados para receber Abacavir (substância ativa) 600 mg uma vez ao dia ou 300 mg duas vezes ao dia, ambos em associação com lamivudina 300 mg uma vez ao dia e efavirenz 600 mg uma vez ao dia. Os pacientes foram estratificados na linha de base de acordo com o RNA de HIV-1 no plasma inferior ou igual a 100.000 cópias/mL ou mais de 100.000 cópias mL. A duração do tratamento duplo-cego foi de, pelo menos, 48 semanas. Os resultados estão resumidos na tabela abaixo.

Resposta Virológica Baseada no RNA de HIV-1 no plasma de menos de 50 cópias/mL da População ITT exposta na Semana 48

População

ABC uma vez ao dia +3TC + EFV
(n=384)

ABC duas vezes ao dia + 3TC + EFV (n=386)

Subgrupo pelo RNA na linha de base
Menor ou igual a 100.000 cópias/mL141/217 (65%)145/217 (67%)
Maior que 100.000 cópias/mL112/167 (67%)116/169 (69%)
População total253/284 (66%)261/386 (68%)

O grupo com Abacavir (substância ativa) uma vez ao dia demonstrou ser não-inferior quando comparado ao grupo de administração duas vezes ao dia nos subgrupos de carga viral global e linha de base. A incidência de eventos adversos relatados foi similar nos dois grupos de tratamento.

A análise genotípica foi testada para todos os indivíduos com falência virológica(confirmado com RNA do HIV maior de 50 cópias/mL). Houve uma incidência global baixa de falência virológica em ambos os grupos de tratamento (10% para o grupo com administração uma vez ao dia e 8% para o grupo com administração duas vezes ao dia).

Adicionalmente, a genotipagem foi restrita a amostras de RNA de HIV-1 no plasma maiores que 500 cópias/mL. Esses fatores resultaram em um pequeno tamanho de amostra. Portanto, não poderiam ser tiradas conclusões definitivas sobre as diferenças nas mutações emergentes ao tratamento entre os dois grupos tratados. O resíduo 184 de aminoácidos da transcriptase reversa foi, consistentemente, a posição mais frequente das mutações associadas a resistência aos ITRN (M184V ou M184I). A segunda mutação mais frequente foi L74V. Mutações Y115F e K65R eram incomuns.

Num estudo comparando combinações ITRN não cegas (com ou sem nelfinavir cego) em crianças, uma porção significativamente maior tratada com Abacavir (substância ativa) e lamivudina (73%) ou Abacavir (substância ativa) e zidovudina (70%) apresentou níveis de RNA do HIV-1 ? 400 cópias/mL em 24 semanas, comparados àquela tratada com lamivudina e zidovudina (44%). Em criança com extensa exposição antirretroviral, um efeito modesto, porém sustentado foi observado com a combinação de Abacavir (substância ativa), lamivudina e zidovudina.

Na terapêutica de pacientes previamente tratados, dados limitados demonstram que a associação de Abacavir (substância ativa) aos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa garante um benefício adicional na redução da carga viral e no aumento da contagem de células CD4. O grau de benefício dependerá da natureza e duração do tratamento anterior, o qual poderá ter induzido resistência cruzada ao Abacavir (substância ativa).

The Antiretroviral Pregnancy Registry

O Antiretroviral Pregnancy Registry recebeu relatos prospectivos de mais de 2.000 casos de exposição ao Abacavir (substância ativa) durante a gravidez que resultaram em bebês nascidos com vida. Estes compreendem mais de 800 exposições durante o primeiro trimestre e mais de 1.100 exposições durante o segundo/terceiro trimestre, sendo o número de nascimentos com deficiências congênitas de 27 e 32, respectivamente. A prevalência (95% IC) das deficiências congênitas no primeiro trimestres foi de 3,1% (2,0; 4,4%) e no segundo/terceiro trimestre de 2,7% (1,9; 3,9%). Dentre as grávidas da população de referência, a taxa de base das deficiências congênitas foi de 2,7%. Não houve associação entre o Abacavir (substância ativa) e o número geral de deficiências congênitas observadas nos registros (Pregnancy Registry) do Abacavir (substância ativa).

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

O Abacavir (substância ativa) é rapidamente absorvido após a administração oral, e sua biodisponibilidade absoluta, nos pacientes adultos, é de cerca de 83%. Após a administração oral, o tempo médio (tmáx) do alcance das concentrações séricas máximas do Abacavir (substância ativa) é de aproximadamente 1,5 hora com os comprimidos e de cerca de 1 hora com a solução oral. Não se observaram diferenças entre a área sob a curva (AUC) obtida com os comprimidos e a obtida com a solução oral. Nas doses terapêuticas (300 mg duas vezes ao dia), a Cmáx estável obtida com os comprimidos de Abacavir (substância ativa) é de aproximadamente 3 ?g/mL e a AUC durante um intervalo de administração de 12 horas é de cerca de 6,02 ?g.h/mL (AUC diária de aproximadamente 12,0 ?g.h/mL). O valor da Cmáx obtido com a administração da solução oral é ligeiramente superior ao obtido com os comprimidos. Após uma dose de 600 mg de Abacavir (substância ativa) (substância ativa) comprimidos, a Cmáx média do Abacavir (substância ativa) foi de cerca de 4,26 ?g/mL e a AUC média foi de 11,95 ?g.h/mL.

A ingestão de alimentos retarda a absorção e diminui a Cmáx, mas, de modo geral, não afeta as concentrações plasmáticas (AUC). Portanto, Abacavir (substância ativa) pode ser administrado com ou sem alimentos.

Não se espera que a administração dos comprimidos macerados, misturados com líquidos ou com uma pequena porção de comida semissólida tenha impacto na qualidade de Abacavir (substância ativa). Portanto, tampouco se esperam alterações no efeito clínico. Essa conclusão se baseia nas características físico químicas e farmacocinéticas do ingrediente ativo e no comportamento da dissolução in vitro dos comprimidos de Abacavir (substância ativa) em água, assumindo-se que o paciente macere e transfira 100% do comprimido (ou a metade de um comprimido) e o ingira imediatamente.

Distribuição

Após a administração intravenosa, o volume aparente de distribuição foi de cerca de 0,8 L/kg, e isso indica que o Abacavir (substância ativa) penetra livremente nos tecidos corporais. Estudos realizados com pacientes vivendo com HIV demonstraram que o Abacavir (substância ativa) apresenta boa penetração no líquor, e a proporção líquor/AUC plasmática oscila entre 30% e 44%. Um estudo de Fase I sobre farmacocinética investigou a penetração do Abacavir (substância ativa) no líquor após a administração de 300 mg duas vezes ao dia. Uma hora e meia após a administração, a concentração média do Abacavir (substância ativa) no líquor foi de 0,14 ?g/mL. Em outro estudo sobre farmacocinética no qual houve administração de doses de 600 mg duas vezes ao dia, a concentração de Abacavir (substância ativa) no líquor aumentou, com o tempo, de cerca de 0,13 ?g/mL entre 0,5 e 1 hora após a administração para aproximadamente 0,74 ?g/mL após 3 a 4 horas. Embora as concentrações máximas possam não ser atingidas em 4 horas, os valores observados são nove vezes mais altos que a Cl50 do Abacavir (substância ativa), de 0,08 ?g/mL ou 0,26 ?M. Estudos in vitro indicam que o Abacavir (substância ativa), nas concentrações terapêuticas, liga-se apenas em níveis baixos ou moderados às proteínas plasmáticas (~49%). Isso indica baixa probabilidade de ocorrência de interações medicamentosas por deslocamento das ligações às proteínas plasmáticas.

Metabolismo

O Abacavir (substância ativa) é metabolizado principalmente pelo fígado, com excreção renal de menos de 2% da dose, como composto inalterado. As principais vias de metabolização no homem se dão através da desidrogenase alcoólica e da glicuronidação, produzindo-se 5’- carboxílico e 5’-glicuronídeo, que representam cerca de 66% da dose excretada na urina.

Eliminação

A meia vida do Abacavir (substância ativa) é de aproximadamente 1,5 hora. Após múltiplas doses orais de 300 mg duas vezes ao dia, não existe acúmulo significativo da droga. O Abacavir (substância ativa) é eliminado através do metabolismo hepático, com subsequente excreção urinária dos principais metabólitos. Os metabólitos e o Abacavir (substância ativa) não metabolizados representam 83% da dose excretada na urina; o remanescente é eliminado através das fezes.

Populações Especiais

Crianças

Esses pacientes absorvem o Abacavir (substância ativa) satisfatória e rapidamente após a administração da solução oral. Os parâmetros farmacocinéticos em crianças são comparáveis aos dos adultos, com variabilidade mínima das concentrações plasmáticas. A dose recomendada para crianças de 3 meses a 12 anos de idade é de 8 mg/kg duas vezes ao dia, o que propicia concentrações plasmáticas médias ligeiramente mais altas. Isso assegura que a maioria dos pacientes atinja concentrações terapêuticas equivalentes às obtidas em adultos tratados com 300 mg duas vezes ao dia.

Os dados de segurança existentes são insuficientes para recomendar o uso de Abacavir (substância ativa) (substância ativa) em crianças com menos de 3 meses de idade. Os limitados dados disponíveis indicam que uma dose de 2 mg/kg em recém-nascidos com menos de 30 dias de vida fornece AUC similares ou maiores em comparação à dose de 8 mg/kg administrada a crianças mais velhas.

Idosos

A farmacocinética do Abacavir (substância ativa) não foi estudada em pacientes com mais de 65 anos de idade. No tratamento de idosos, deve-se considerar que os casos de redução da função hepática, renal e cardíaca, bem como de doenças concomitantes e de uso de outros tratamentos medicamentosos são mais frequentes.

Pacientes com insuficiência renal

O Abacavir (substância ativa) é primariamente metabolizado pelo fígado, e cerca de 2% é excretado na urina como fármaco inalterado. Sua farmacocinética em pacientes com insuficiência renal grave é similar à dos que apresentam função renal normal. Portanto, não existe necessidade de ajuste de dose para pacientes com disfunção renal.

Pacientes com insuficiência hepática

O Abacavir (substância ativa) é metabolizado principalmente no fígado. Sua farmacocinética foi estudada em pacientes com insuficiência hepática leve (pontuação Child-Pugh de 5 a 6). Os resultados demonstraram aumento médio de 1,89 vez da AUC do Abacavir (substância ativa) e de 1,58 vez de sua meia-vida. As AUC dos metabólitos não foram modificadas pela insuficiência hepática. No entanto, ocorreu redução das taxas de formação e eliminação.

Para alcançar níveis de exposição que estejam dentro da faixa terapêutica de pacientes sem disfunção hepática, deve-se administrar 200 mg de Abacavir (substância ativa) duas vezes ao dia a indivíduos com insuficiência hepática leve. Não se estudou a farmacocinética em pacientes que apresentam insuficiência hepática moderada ou grave. Dessa forma, Abacavir (substância ativa) não é recomendado para esse grupo.

Cuidados de Armazenamento do Ziagenavir

Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características organolépticas:

Comprimidos revestidos amarelos, biconvexos, em formato de cápsula, com a gravação GX 623 e com um sulco em cada face.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.?

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.?

Dizeres Legais do Ziagenavir

M.S: 1.0107.0234

Farm. Resp.:

Edinilson da Silva Oliveira
CRF-RJ Nº 18875.

Fabricado e Embalado por:

Glaxo Operations UK Limited Priory Street,
Ware, Hertfordshire, SG12 0DJ,
Inglaterra.

GlaxoSmithKline Pharmaceuticals S.A.
189 Grunwaldzka Street, 60-322,
Poznan – Polônia.

Registrado e Importado por:

GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8464
Rio de Janeiro -RJ
CNPJ: 33.247.743/0001-10

Ministério da saúde.

Venda proibida ao comércio.

Uso sob prescrição médica.

Atenção: o uso incorreto causa resistência do vírus da aids e falha no tratamento.

Sair da versão mobile