Bula do Zinforo
- Infecções complicadas de pele e tecidos moles causadas por isolados sensíveis de Staphylococcus aureus (incluindo cepas resistentes à meticilina), Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalactiae, Streptococcus anginosus (inclui S. anginosus, S. intermedius, e S. constellatus), Streptococcus dysgalactiae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca e Morganella morganii;
- Pneumonia adquirida na comunidade causada por isolados sensíveis de Streptococcus pneumoniae (incluindo casos com bacteriemia concomitante), Staphylococcus aureus (apenas cepas sensíveis à meticillina), Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae e Klebsiella pneumoniae.
Como o Zinforo funciona?
A ceftarolina é um antibiótico cefalosporínico de quinta geração com notável atividade contra Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) e bactérias gram-positivas. Também possui amplo espectro de ação contra bactérias gramnegativas.
Contraindicação do Zinforo
Você não deve utilizar Zinforo se tiver alergia ao principio ativo ou a qualquer dos excipientes.
Você não deve utilizar Zinforo se tiver alergia à classe de medicamentos antibacterianos chamados cefalosporinas.
Você não deve utilizar Zinforo se tiver alergia a qualquer outro tipo de agente antibacteriano beta-lactâmico (por exemplo, penicilinas ou carbapenêmicos).
Como usar o Zinforo
A dose recomendada de Zinforo é de 600 mg administrados a cada 12 horas por infusão intravenosa durante 5 a 60 minutos em pacientes ? 18 anos de idade. A duração do tratamento deve ser orientada pelo tipo de infecção a ser tratada, sua gravidade e da resposta clínica do paciente.
Para o tratamento de infecções complicadas de pele e tecidos moles confirmadas ou suspeitas de serem causadas por Staphylococcus aureus (S. aureus) com uma CIM lt; 2 mg/L à ceftarolina, a dose de Zinforo é de 600 mg administrada a cada 12 horas por infusão intravenosa por 5 a 60 minutos.
Dose recomendada e administração por infecções é a seguinte:
Pacientes com insuficiência renal:
O seguinte ajuste de dose é recomendado em pacientes com insuficiência renal:
Depuração de creatininaa (mL/min) | Doses recomendadas |
gt; 30 a ? 50 | 400 mg |
?15 to ? 30 | 300 mg |
Doença renal em fase terminal, incluindo hemodiáliseb | 200 mg |
a Calculada usando a fórmula de Cockcroft-Gault.
b A ceftarolina é hemodializável, assim, Zinforo deve ser administrado após hemodiálise em dias de hemodiálise.
Pacientes com insuficiência hepática:
Nenhum ajuste de dose é considerado necessário em pacientes com insuficiência hepática.
Pacientes idosos:
Não é necessário ajuste de dose para os idosos com depuração de creatinina (ClCr) gt; 50 mL/min.
Pacientes pediátricos:
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Reconstituição e compatibilidade:
O pó deve ser reconstituído com água para injeção e a solução resultante deve ser diluída imediatamente antes do uso. A solução reconstituída é amarela pálida livre de qualquer partícula.
Técnicas padrão de assepsia devem ser utilizadas para preparação de soluções e administração.
Zinforo pó deve ser reconstituído com 20 mL de água para injeção esterilizada.
A solução reconstituída resultante deve ser agitada antes de ser transferida para um frasco ou bolsa de infusão e, então, deve ser imediatamente diluída em um dos seguintes diluentes:
- Solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%);
- Solução injetável de glicose 50 mg/mL (5%);
- Solução injetável de cloreto de sódio 4,5 mg/mL e glicose 25 mg/mL (cloreto de sódio 0,45% e glicose 2,5%);
- Solução de Ringer lactato.
Uma bolsa de infusão de 250 mL, 100 mL ou 50 mL pode ser utilizada para preparar a infusão. O intervalo de tempo total entre o início da reconstituição e a finalização da preparação da solução diluída para infusão intravenosa não deve exceder 30 minutos.
Um mL da solução reconstituída contém 30 mg de ceftarolina fosamila.
A solução diluída (frasco ou bolsa de infusão) deve ser administrada em até 6 horas quando mantida em temperatura ambiente de 25°C. Esta solução pode ser armazenada por até 24 horas entre 2 e 8°C. No entanto, uma vez removida da refrigeração, a solução diluída deverá ser utilizada em até 6 horas.
Cada frasco é para uma única utilização.
O limite máximo diário de Zinforo é de 1200 mg.
Zinforo deve ser usado por infusão intravenosa, outra via de administração não é recomendada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Zinforo?
Este medicamento somente poderá ser utilizado/administrado, interrompido e ter sua posologia alterada pelo médico responsável.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Zinforo
Informe seu médico se você:
- Tem problemas renais;
- Teve convulsões;
- Teve diarreia grave ou alergia após tomar outros antibióticos.
Testes laboratoriais:
Você pode apresentar um resultado positivo em um teste de laboratório (chamado teste de Coombs), que detecta certos anticorpos ligados às suas células vermelhas do sangue (hemácias).
Se alguma das situações acima se aplicar a você (ou você não tem certeza), fale com seu médico ou enfermeiro antes de usar Zinforo.
Gravidez:
Informe o seu médico se estiver grávida antes de usar Zinforo. Não use este medicamento durante a gravidez a menos que seu médico tenha indicado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pergunte ao seu médico antes de tomar qualquer medicamento se estiver grávida.
Amamentação:
Informe o seu médico antes de usar Zinforo se estiver amamentando ou se planeja amamentar. O seu médico pode pedir para que pare de amamentar durante o tratamento com Zinforo.
Pergunte ao seu médico antes de tomar qualquer medicamento se estiver amamentando.
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
Não há dados disponíveis referentes à probabilidade de Zinforo afetar a capacidade de conduzir veículos ou utilizar máquinas.
É importante utilizar este medicamento durante todo o tempo prescrito pelo médico, mesmo que os sinais e sintomas da infecção tenham desaparecido, pois isso não significa a cura. A interrupção do tratamento pode contribuir para o aparecimento de infecções mais graves.
Para prevenir o desenvolvimento de bactérias resistentes, este medicamento deverá ser usado somente para o tratamento ou prevenção de infecções causadas ou fortemente suspeitas de serem causadas por micro-organismos sensíveis a este medicamento.
Atenção:
o uso incorreto deste medicamento pode causar resistência microbiana e falha no tratamento.
Reações Adversas do Zinforo
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Teste de Coombs direto positivo.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Cefaleia (dor de cabeça), tontura, flebite (inflamação de uma veia), diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, transaminases aumentadas (aumento de enzimas do fígado), rash (lesões na pele com vermelhidão), prurido (coceira no corpo), reações no local de infusão (eritema, flebite, dor), pirexia (febre).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Colite por Clostridium difficile (inflamação do intestino causada por uma bactéria chamada Clostridium difficile), anemia, trombocitopenia (diminuição das células de coagulação (plaquetas) do sangue), leucopenia (redução do nível dos glóbulos brancos), hipersensibilidade/anafilaxia (alergia), urticária (coceira na pele com vermelhidão), creatinina sanguínea aumentada, alargamento de INR (indicador da coagulação do sangue), tempo de protrombina prolongado.
Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
Agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de glóbulos brancos do sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue).
Em um estudo clínico realizado em pacientes com infecções complicadas de pele e tecidos moles com administração a cada 8 horas, a frequência de rash (lesões na pele com vermelhidão) em um subgrupo de pacientes asiáticos foi muito comum.
Atenção:
este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.
Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Composição do Zinforo
Apresentação:
Zinforo pó para solução para infusão contendo:
600 mg de ceftarolina fosamila em embalagens com 10 frascos.
Via de administração: uso intravenoso.
Uso adulto.
Composição:
Cada frasco de Zinforo contém:
600 mg de ceftarolina fosamila*.
*Equivalente a 530 mg de ceftarolina.
Excipiente:
arginina.
Superdosagem do Zinforo
Superdose intencional por ceftarolina fosamila é improvável, embora overdose relativa possa ocorrer principalmente em pacientes com insuficiência renal moderada a grave. Dados limitados em pacientes que receberam doses superiores a recomendada de Zinforo demonstraram reações adversas similares as observadas em pacientes que receberam as doses recomendadas. Tratamento sob tais circunstâncias devem seguir a prática médica padrão local.
A ceftarolina pode ser parcialmente removida por hemodiálise.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Zinforo
Por favor, informe o seu médico ou enfermeiro se estiver utilizando ou tiver utilizado recentemente quaisquer outros medicamentos. Isto inclui medicamentos obtidos sem receita médica e medicamentos fitoterápicos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Zinforo
Resultados de Eficácia
Infecções complicadas de pele e tecidos moles
Um total de 1396 adultos com infecções complicadas de pele e tecidos moles documentadas foram incluídos em dois estudos idênticos randomizados, multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos (CANVAS 1 e CANVAS 2) comparando Ceftarolina Fosamila (substância ativa) (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas) à vancomicina mais aztreonam (1 g de vancomicina administrada por via intravenosa durante 60 minutos seguido de 1 g de aztreonam administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas).
Pacientes com celulite profunda/extensa, abscesso de grande porte, infecção de ferida (cirúrgica ou traumática), picadas infectadas, queimaduras ou úlceras ou qualquer infecção de extremidade inferior, tanto em pacientes com diabetes mellitus pré-existente, quanto doença vascular periférica, foram elegíveis para os estudos. A duração do tratamento foi de 5 a 21 dias.
A população com intenção de tratar modificada (MITT) abrangeu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade da droga do estudo de acordo com seu grupo de tratamento. A população clinicamente avaliável (CA) incluiu pacientes da população MITT com suficiente adesão ao protocolo.
O desfecho primário de eficácia foi a resposta clínica na visita do teste de cura (TOC) nas populações co-primárias dos pacientes clinicamente avaliáveis (CA) e com intenção de tratar modificada (MITT), vide tabela abaixo.
Tabela 1: Taxas de cura clínica no TOC de dois estudos Fase 3 em infecções complicadas de pele e tecidos moles depois de 5 a 21 dias de terapia
Taxas de cura clínica no TOC por patógenos em pacientes microbiologicamente avaliáveis são apresentados abaixo.
Tabela 2: Taxas de cura clínica por patógeno infectante de pacientes passíveis de avaliação microbiológica com infecções complicadas de pele e tecidos moles (dados de dois estudos integrados de Fase 3)
Organismo | Ceftarolina Fosamila (substância ativa) | Vancomicina/Aztreonam n/N (%) |
Organismos gram-positivos | ||
Staphylococcus aureus | 352/378 (93,1) | 336/356 (94,4) |
MSSA (cepas sensíveis a meticilina) | 212/228 (93,0) | 225/238 (94,5) |
MRSA (cepas resistentes a meticilina) | 142/152 (93,4) | 115/122 (94,3) |
Streptococcus pyogenes | 56/56 (100,0) | 56/58 (96,6) |
Streptococcus agalactiae | 21/22 (95,5) | 18/18 (100,0) |
Grupo Streptococcus anginosus a | 12/13 (92,3) | 15/16 (93,8) |
Organismos gram-negativos | ||
Escherichia coli | 20/21 (95,2) | 19/21 (90,5) |
Klebsiella pneumoniae | 17/18 (94,4) | 13/14 (92,9) |
Klebsiella oxytoca | 10/12 (83,3) | 6/6 (100,0) |
a Inclui S. anginosus, S. intermedius e S. constellatus.
Pneumonias adquiridas na comunidade (PAC)
Um total de 1240 adultos com diagnóstico de PAC foram incluídos em dois estudos (FOCUS 1 e FOCUS 2) randomizados, multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos comparando Ceftarolina Fosamila (substância ativa) (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas) com ceftriaxona (1 g administrada por via intravenosa durante 30 minutos a cada 24 horas).
Os estudos foram idênticos, exceto em um aspecto, no FOCUS 1 ambos os grupos receberam duas doses de claritromicina via oral (500 mg a cada 12 horas) como terapia adjuvante, iniciando no dia 1.
Nenhuma terapia adjuvante com macrolídeo foi utilizada no FOCUS 2. Pacientes com infiltrado(s) pulmonar novo ou progressivo na radiografia de tórax com sinais e sintomas clínicos compatíveis com PAC, necessitando de hospitalização e terapia intravenosa, foram incluídos nos estudos.
A duração do tratamento foi de 5 a 7 dias. A população de eficácia com intenção de tratar modificada (MITTE) abrangeu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade da droga do estudo de acordo com seu grupo de tratamento e eram Classe de Risco PORT III ou IV. A população clinicamente avaliável (CA) incluiu pacientes da população MITTE com adesão suficiente ao protocolo.
O desfecho primário de eficácia foi a resposta clínica na visita de teste de cura (TOC) nas populações co-primárias dos pacientes clinicamente avaliáveis (CA) e de eficácia com intenção de tratar modificada (MITTE), vide tabela abaixo.
Tabela 3: Taxas de cura clínica no TOC de dois estudos Fase 3 em PAC após 5 a 7 dias de tratamento
Taxas de cura clínica no TOC por patógenos em pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na tabela abaixo.
Tabela 4: Taxas de cura clinica por patógeno infectante de pacientes passíveis de avaliação microbiológica com PAC (dados de dois estudos integrados de Fase 3)
Organismos | Ceftarolina Fosamila (substância ativa) | Ceftriaxona n/N(%) |
Organismos gram-positivos | ||
Streptococcus pneumoniae | 54/63 (85,7) | 41/59 (69,5) |
Staphylococcus aureus (apenas cepas sensíveis a meticilina) | 18/25 (72,0) | 14/25 (56,0) |
Organismos gram-negativos | ||
Haemophilus influenzae | 15/18 (83,3) | 17/20 (85,0) |
Haemophilus parainfluenzae | 16/16 (100,0) | 15/17 (88,2) |
Escherichia coli | 10/12 (83,3) | 9/12 (75,0) |
Klebsiella pneumoniae | 13/13 (100,0) | 10/12 (83,3) |
Estudo CAP Ásia
Um total de 771 adultos com diagnóstico de PAC foram incluídos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego na Ásia comparando Ceftarolina Fosamila (substância ativa) (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas) a ceftriaxona (2 g administrado por via intravenosa durante 30 minutos, a cada 24 horas).
A duração do tratamento foi de 5 a 7 dias. O objetivo primário foi determinar a não-inferioridade da taxa de cura clínica do tratamento com ceftarolina comparado com o tratamento com ceftriaxona na visita de teste de cura (TOC) nas populações clinicamente avaliáveis (CA) de pacientes adultos hospitalizados com PAC (limite inferior do intervalo de confiança de 95% para a diferença na taxa de resposta [ceftarolina – ceftriaxona] superior a 10%).
A não-inferioridade da ceftarolina 600 mg versus ceftriaxona 2 g foi demonstrada tanto nas populações clinicamente avaliáveis (CA) e com intenção de tratar modificada (MITT) (tabelas 5 e 6). Além disso, com base no critério pré-definido (limite inferior do intervalo de confiança de 95% para a diferença na taxa de resposta superior a 0%), a superioridade da ceftarolina 600 mg versus ceftriaxona 2 g foi demonstrada em pacientes adultos com Classe de Risco PORT III ou IV na Ásia.
Tabela 5: Resposta clínica no TOC- Não-inferioridade (populações clinicamente avaliáveis (CA)
Tabela 6: Resposta clínica no TOC- (população com intenção de tratar modificada (MITT)
Tabela 7: Taxas de cura clínica por patógeno infectante de pacientes passíveis de avaliação microbiológica com PAC (dados do estudo na Ásia em pacientes com PAC)
Organismos | Ceftarolina Fosamila | Ceftriaxona |
Organismos gram-positivos | ||
Streptococcus pneumoniae | 19/22 (86,4) | 13/15 (86,7) |
Staphylococcus aureus (apenas cepas sensíveis a meticilina) | 4/4 (100,0) | 2/4 (50,0) |
Organismos gram-negativos | ||
Haemophilus influenzae | 11/12 (91,7) | 6/7 (85,7) |
Haemophilus parainfluenzae | 0/0 | 4/6 (66,7) |
Escherichia coli | 3/3 (100,0) | 5/6 (83,3) |
Klebsiella pneumoniae | 11/14 (78,6) | 12/16 (75,0) |
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A ceftarolina é uma cefalosporina com atividade contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Estudos in vitro demonstram que a ação bactericida da ceftarolina resulta da inibição da biosíntese da parede celular, pela ligação a proteínas essenciais de ligação à penicilina (PBPs).
A ceftarolina também é ativa contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Streptococcus pneumoniae não sensível a penicilina (PNSP), devido à sua alta afinidade para os PBPs alterados encontrados nestes organismos.
Relação farmacocinética/farmacodinâmica
Assim como com outros agentes antimicrobianos beta-lactâmicos, a porcentagem de tempo acima da concentração inibitória mínima (CIM) do organismo infectante durante o intervalo de dose (% T gt; CIM) tem se mostrado a melhor correlação com a atividade antimicrobiana da ceftarolina.
Mecanismos de resistência
A ceftarolina não é ativa contra cepas de Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBLs) das familias TEM, SHV ou CTX-M, carbapenemases serinas (como KPC), metalo-beta-lactamases de classe B ou classe C (cefalosporinases AmpC). Também pode ocorrer resistência por impermeabilidade bacteriana ou por mecanismos de bomba de efluxo da droga. Um ou mais desses mecanismos pode coexistir na mesma bactéria.
A resistência cruzada
Ao contrário de outras cefalosporinas, a ceftarolina é ativa contra a maioria dos MRSA e PNSP devido à capacidade de ligar-se aos PLP alterados nestes organismos que normalmente conferem insensibilidade a outros agentes beta- lactâmicos.
Interação com outros antimicrobianos
Os estudos in vitro não demonstraram qualquer antagonismo entre ceftarolina em combinação com outros agentes antibacterianos comumente utilizados (por exemplo, amicacina, azitromicina, aztreonam, daptomicina, levofloxacina, linezolida, meropenem, tigeciclina, e vancomicina).
Teste de sensibilidade
A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para as espécies selecionadas. A informação local sobre a resistência é desejável, particularmente no tratamento de infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um profissional quando a prevalência da resistência local é tal, que a utilidade do agente torna-se questionável.
A sensibilidade à ceftarolina de isolados clínicos deve ser determinada por métodos padronizados. Interpretações dos resultados dos testes devem ser feitos de acordo com doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica.
Resultados de eficácia contra patógenos específicos
Foi demonstrada eficácia em estudos clínicos contra os patógenos sensíveis à ceftarolina in vitro listados abaixo de cada indicação.
Infecções complicadas de pele e tecidos moles
Organismos gram-positivos:
- Staphylococcus aureus (incluindo cepas resistentes à meticilina);
- Streptococcus pyogenes;
- Streptococcus agalactiae;
- Streptococcus anginosus (inclui S. anginosus, S. intermedius, e S. constellatus);
- Streptococcus dysgalactiae.
Organismos gram-negativos:
- Escherichia coli;
- Klebsiella pneumoniae;
- Klebsiella oxytoca;
- Morganella morganii.
Pneumonia adquirida na comunidade
Organismos gram-positivos:
- Streptococcus pneumoniae (incluindo casos com bacteriemia concomitante);
- Staphylococcus aureus (apenas cepas sensíveis à meticillina).
Organismos gram-negativos:
- Escherichia coli;
- Haemophilus influenzae;
- Haemophilus parainfluenzae;
- Klebsiella pneumoniae.
Atividade antibacteriana contra outros patógenos relevantes
Não foi estabelecida eficácia clínica contra os seguintes patógenos, embora estudos in vitro tenham sugerido que são sensíveis à ceftarolina na ausência de mecanismos de resistência adquiridos:
Organismos anaeróbicos gram-positivos:
- Espécies de Peptostreptococcus.
Organismos anaeróbicos gram-negativos:
- Espécies de Fusobacterium.
Propriedades farmacocinéticas
A concentração máxima (Cmáx) e a área sob a curva (AUC) da ceftarolina aumentam quase que proporcionalmente à dose no intervalo de dose única de 50 a 1000 mg.
Não é observado acúmulo significativo de ceftarolina após múltiplas infusões intravenosas de 600 mg administradas durante 60 minutos a cada 12 horas por até 14 dias em adultos saudáveis com função renal normal.
Distribuição
A ligação de ceftarolina às proteínas plasmáticas é baixa (cerca de 20%) e a ceftarolina não é distribuída nos eritrócitos.
O volume médio de distribuição da ceftarolina no estado de equilíbrio em adultos saudáveis após uma dose única de 600 mg de ceftarolina fosamila radiomarcada por via intravenosa foi de 20,3 L, semelhante ao volume do fluído extracelular.
Metabolismo
A ceftarolina fosamila (pró-droga) é convertida em ceftarolina ativa no plasma por enzimas fosfatase e concentrações da pró-droga são mensuráveis no plasma primariamente durante a infusão intravenosa.
A hidrólise do anel beta-lactâmico da ceftarolina ocorre formando o metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto, ceftarolina M-1. A razão da AUC plasmática média da ceftarolina M-1 em relação à AUC plasmática média da ceftarolina após uma única infusão de 600 mg intravenosa de ceftarolina fosamila em indivíduos saudáveis é de aproximadamente 20 a 30%.
Num conjunto de microssomos de fígado humano, a alteração metabólica foi baixa para ceftarolina, indicando que a ceftarolina não é metabolizada pelas enzimas do citocromo P450 hepático.
Excreção
A ceftarolina é eliminada principalmente pelos rins. A depuração renal da ceftarolina é aproximadamente igual ou ligeiramente inferior à taxa de filtração glomerular nos rins, e estudos de transportador in vitro indicam que a secreção ativa não contribui para a eliminação renal da ceftarolina.
A meia-vida média de eliminação terminal da ceftarolina em adultos saudáveis é de aproximadamente 2,5 horas.
Após a administração de uma dose única de 600 mg da ceftarolina fosamila radiomarcada por via intravenosa em adultos saudáveis, cerca de 88% da radioatividade foi recuperada na urina e 6% nas fezes.
Populações especiais
Pacientes com insuficiência renal
O ajuste da dose é necessário em pacientes com insuficiência renal moderada (CLCr gt; 30 a 50 mL/min).
Não há dados suficientes para recomendações de ajuste de dose específicas para pacientes com insuficiência renal grave (CLCr ? 30 mL/min) e fase terminal da doença renal crônica, incluindo pacientes em hemodiálise.
Pacientes com insuficiência hepática
A farmacocinética da ceftarolina em pacientes com insuficiência hepática não foi estabelecida. Como a ceftarolina não parece sofrer metabolização hepática significativa, não é esperado que a depuração sistêmica da ceftarolina seja significativamente afetada pela disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é recomendado para pacientes com insuficiência hepática.
Pacientes idosos
Após a administração de uma dose única de 600 mg por via intravenosa dCeftarolina Fosamila (substância ativa) , a farmacocinética da ceftarolina foi semelhante entre idosos saudáveis (? 65 anos de idade) e adultos saudáveis jovens (18 a 45 anos de idade).
Houve um ligeiro aumento de 33% na AUC0-? em idosos, o que foi principalmente atribuível a mudanças na função renal relacionadas à idade. Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos com depuração de creatinina acima de 50 mL/min.
Pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia dCeftarolina Fosamila (substância ativa) em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Sexo
A farmacocinética da ceftarolina foi semelhante entre homens e mulheres. Não é necessário ajuste de dose com base no sexo.
Raça
A raça foi avaliada como uma co-variável na análise farmacocinética da população em dados de estudos clínicos. Não foram observadas diferenças significativas na farmacocinética da ceftarolina em brancos, hispânicos, negros, asiáticos ou outros pacientes. Não é recomendado ajuste de dose com base na raça.
Dados de segurança pré-clínica
O rim foi o principal órgão alvo de toxicidade, em macacos e ratos. Achados histopatológicos incluíram deposição de pigmentos e inflamação do epitélio tubular. As alterações renais não foram reversíveis, mas tiveram sua severidade reduzida após um período de recuperação de 4 semanas.
Convulsões foram observadas em exposições relativamente altas durante os estudos de dose única e múltipla em ratos e macacos (? 7 vezes a Cmax estimada de uma dose de 600 mg duas vezes ao dia).
Outros achados toxicológicos importantes em ratos e macacos incluíram alterações histopatológicas na bexiga e baço.
Toxicologia genética
A ceftarolina fosamila e a ceftarolina foram clastogênicas em um ensaio in vitro de aberração cromossômica, porém não houve nenhuma evidência de atividade mutagênica em ensaios de Ames de linfoma de camundongo e síntese de DNA não programada.
Além disso, ensaios de micronúcleos in vivo em ratos e camundongos foram negativos. Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos.
Toxicologia reprodutiva
Estudos de reprodução em coelhas grávidas resultou em um aumento da incidência fetal do osso hióide angulado, uma variação esquelética comum em fetos de coelho, com uma exposição similar a 600 mg duas vezes ao dia em humanos.
No rato, não foram observados efeitos adversos sobre o desenvolvimento embriofetal, fertilidade ou o desenvolvimento pós-natal.
Cuidados de Armazenamento do Zinforo
Zinforo deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz.
Após a reconstituição (frasco-ampola):
O frasco-ampola reconstituído deve ser utilizado imediatamente. O tempo total entre o início da reconstituição e a completa diluição em frasco ou bolsa de infusão não deve exceder 30 minutos.
Após diluição (frasco ou bolsa de infusão)
Uma vez preparada com os diluentes listados no item Posologia e Modo de Usar, a solução intravenosa deve ser administrada nas primeiras 6 horas após a preparação. A estabilidade físico-química foi demonstrada durante 24 horas entre 2 e 8°C. Uma vez retirado do refrigerador para a temperatura ambiente de 25°C, o produto diluído deve ser usado dentro de 6 horas.
Do ponto de vista microbiológico, o medicamento deve ser usado imediatamente, a menos que a reconstituição e a diluição tenham ocorrido em condições de assepsia controladas e validadas. Se não for utilizado imediatamente, os tempos de conservação em uso e as condições antes da utilização são da responsabilidade do utilizador.
Após preparo, o produto diluído pode ser mantido por 24 horas entre 2 e 8ºC.
Após preparo ou retirada do refrigerador, o produto diluído pode ser utilizado dentro de 6 horas na temperatura ambiente de 25°C.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do produto:
Pó para solução para infusão branco amarelado pálido a amarelo claro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Zinforo
MS – 1.2110.0432.
Farmacêutica Responsável:
Edina S. M. Nakamura.
CRF-SP nº 9.258.
Registrado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860.
CEP 04717-904 – São Paulo – SP.
CNPJ nº 61.072.393/0001-33.
Fabricado por:
ACS Dobfar S.p.A.
Tribiano – Itália.
Embalado por:
Facta Farmaceutici S.p.A.
Teramo – Itália.
Ou.
Fabricado e Embalado por:
Facta Farmaceutici S.p.A.
Teramo – Itália.
Importado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, n° 32.501, km 32,5.
CEP 06696-000 – Itapevi – SP.
Uso restrito a hospitais.
Venda sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita.